sábado, 29 de maio de 2021

<>OUVINTES E AMIGOS CHORAM A PARTIDA DO RADIALISTA RODRIÃO MUNIZ À CASA DO PAI


Rodrião e seus colegas do rádio: Juarez Sá, Audílio Moura, Luis Lopes e Washington Caveirão

Rodrião nos tempos de professor

O radialista era devoto de Jesus, Maria e José

Rodrião adotou Quixadá como a cidade do seu coração

 O radialista Rodrião Muniz que, durante bom tempo, brilhou no radio quixadaense, trabalhando nas Rádios Cultura, Monólitos e ainda, em diversas "Fms" que começaram a funcionar a partir dos anos 90, acaba de falecer. Este filho do Juazeiro, sempre lembrava com saudades dos bons tempos que em que conquistou uma legião de ouvintes que acompanhavam com muito interesse seus programas jornalísticos apresentados com um estilo bem diferente do convencional. Rodriao adotou um tom mais arrojado nos seus noticiosos., levando para o microfone os anseios da população que tinha nele uma espécie de"amigo de todas as horas". Realizava uma cobertura dinâmica e completa do que acontecia na terra dos monólitos. Em pouco tempo, tornou-se um dos radialistas mais populares da cidade. Tendo a simplicidade como marca maior, logo fez grandes amizades em todas as camadas. Recebeu tanto carinho que resolveu adotar Quixadá como a sua segunda cidade. Morou um bom tempo e inclusive, recebeu o título de cidadão quixadaense, propositura do vereador Cristiano Góis, no ano de 2004. A sua vinda para a terra dos monólitos se deu depois de uma experiência que não foi bem sucedida no rádio de Fortaleza. "As dificuldades eram muitas e muitos colegas não me ajudaram" desabafava com uma certa mágoa. Funcionário dos correios, na época, pediu transferência para a cidade que o adotaria como filho.

Filho de Rodriao Ferreira de Sousa e dona Josefa, sempre gostou de estudar, tendo exercido, muito jovem ainda, a profissão de professor. Em contato com a leitura, foi armazenando um grande repertório de conhecimentos que lhe ajudaria bastante no rádio. Estudioso, não foi difícil adentrar aos "correios", nos primeiro anos da década de 70. Telegrafista, função de grande importância na época, passou então a ter contatos com grandes jornais e emissoras de rádio pois era encarregado de enviar as notícias. Não demorou muito e passou a ser correspondente do jornal"Tribuna do Ceará", tendo permanecido por vários anos. Começou na "Rádio Iracema", apenas comentando mas logo passou a dividir a apresentação de programas jornalísticos ao lado de verdadeiras feras do rádio juazeirense. Rodriao fazia questão de citar grandes referencias como Marcos Valério, Vilmar Lima, Aucelí Sobreira, Geraldo Alves, João Eudes, Alves Filho, dentre outros. No rádio quixadaense, citava Jonas Sousa como um marco muito forte na sua carreira.
Com certeza,muitos quixadaenses não esquecerão do radialista e amigo. Ao anunciar sua volta para Juazeiro, muitos ouvintes se pronunciaram pedindo que permanecesse. A imensa legião de amigos lamentou bastante a partida deste romeiro assumido. Mas Rodriao não esquecia Quixadá e, sempre que podia, vinha visitar amigos e colegas do microfone. De uma coisa, vocês podem ter certeza: Este pacato cidadão gostava tanto de nossa terra que, mesmo devoto do Padre Cícero, acompanhava a procissão de nossos padroeiros, Jesus, Maria e José! E sobre a santíssima trindade ele afirmava que: "São dignos do respeito mais profundo. Paro aqui de escrever, pois, estou chorando como se fosse a perda de uma pessoa da família

quinta-feira, 27 de maio de 2021

<>UMA SAUDADE IRREMOVÍVEL - - LEMBRANÇAS DA RUA RODRIGUES JUNIOR(Texto do memorialista Gilson Ferreira Lima)

Cronista Gilson Ferreira Lima
Na Rodrigues Junior ficava a famosa mercearia do Zeca Metero(Desenho de Waldizar Viana)

<><><><>Em Quixada CE, tem uma rua de nome RODRIGUES JUNIOR, na qual até aos dias de hoje, vivencia-se com grande intensidade toda ebulição social daquela cidade. Outrora, 1960, era naquela artéria que os transeuntes percorriam, da estação ferroviária até ao centro: praça da Matriz. Por ali se via toda a movimentação social; os passageiros dos trens, os carreteiros (chapeados), o comercio mais importante da tímida cidade Era lindo. Romântico, todos sabendo quem vinha, quem saia, cortando três grandes e memoráveis praças: Praça da Estação (hoje praça Dedé Preto), Praça coronel Nanam e ao final dela, a praça da Matriz. No intercorrer dela, de início tinha a casa do Agente da RFESA, na época o Senhor Alencar que também tinha um comercio muito surtido que na falta desse o seu filho Jose Maria Libório Alencar veio a gerenciar. Não vou minudar face toda ela ser contida de história memoráveis e nesse espaço o meu objetivo é um outro que ainda me salta em todos meus pensamentos. Além do que. Nesse relato possa e3u falhar em algum dado e ou em algum nome celebre. Citá-los-ei, topicamente, só para enfeitar o meu relato. Pela lado direito de que vai da estação ferroviária ao centro: Assis Belo, Barbearia do Júlio Lelis, Jose Heméterio, Bar do Nilo Lopes, Posto de Taxi do Neném Nascimento, Loja do Marcelino Pessoa de Queiroz, Sede do Bangu F.Clube, Sapataria dos Paraíbas, Residência do Senhor Fausto Candido e no quarteirão seguinte a Farmácia do Senhor Jose Forte, Usina de Luz, Padaria e residência do Senhor Zilcar Holanda, Banco do Brasil, centro Espírita Humberto de Campos, Residência do Senhor Lalu e D.Liinha, Farmácia Pasteur e Residência e consultório do José Belizário de Sousa. Antes que entre no quarteirão seguinte, pelo lado esquerdo dessa rua pouca edificação, mas das poucas existentes, a imponência da Usina de Algodão do senhor Abrahão Baquit e a casa do Anísio Lopes. O quarteirão final, que vai da esquina dos Jucás até ao comercio do senhor Júlio Português e D.Branca. Aquele quarteirão ficava em frente à praça da Matriz, colégio C.S.C.J e, no meio desse quarteirão havia uma tamarineira situada em frente da casa do Senhor Luiz Ricardo da Silveira e Alaíde, duas Filhas Cleine e Cleide, e dois filhos Ítalo e Welington(falecido) que cheguei ainda a conhece-lo. Que chovesse ou fizesse sol, estávamos lá no uso fruto daquela sombra, curtindo uma radiola vermelha do Ítalo a escutar velhas músicas e grande brincadeiras. Dos tantos amigos frequentes me lembro do Rubens Targino Braga. José Augusto Monteiro (Dudu), Luciano Ferreira Lima (Fanin), Gerardo Gomes, Carlos Eduardo Nogueira, e vez por outra chegava a Alaíde com suas prosas, sua alegria enfeitava aquele pedaço e ali era o ponto estratégico para visualizarmos as garotas que saíam do Colégio com suas fardas azuis, linda, meias brancas e sapatos pretos invariavelmente. Uma visão inesquecível. Esse conto me veio à mente porquanto havia eu há poucos minutos tentar definir o que realmente é SAUDADE ? E DIZIA EU: É A FALTA DAQUILO QUE NÃO TEMOS MAIS. LONGE DOS OLHOS E PERTO DO CORAÇÃO e por essa razão me lembrei dessa fase boa de minha vida. Não vivo de saudades, porém elas me acompanham “ad-ethernum” (Gilson Ferreira Lima)
A Casa de Agente ficava na Rodrigues Junior

Na rua Rodrigues Junior fica a sede da AQL onde funcionava o motor de luz