sexta-feira, 25 de outubro de 2013

<>NAS ONDAS DO RÁDIO <><>RODRIÃO MUNIZ: DEVOTO DO PADRE CÍCERO BRILHOU NO RÁDIO QUIXADAENSE-

O radialista é um devorador dos livros de Rachel
<>NAS ONDAS DO RÁDIO<>RODRIÃO MUNIZ: DEVOTO DO PADRE CÍCERO BRILHOU NO RÁDIO QUIXADAENSE- Padre Cícero, que morreu suspenso de ordens pela igreja em 1934 representou para muitos a esperança de um mundo melhor. Ele foi um santo eleito pelo povo nordestino. Por ano, 2,5 milhões de romeiros peregrinam até Juazeiro do Norte para louvar esta figura marcante de nossa história. São milhões de devotos do "meu padim"! E entre eles, está presente o radialista Rodrião Muniz que, durante algum tempo, brilhou no radio quixadaense, trabalhando nas Rádios Cultura, Monólitos e ainda, em diversas "Fms" que começaram a funcionar a partir dos anos 90. Este filho do Juazeiro, 59 anos, lembra com saudades dos bons tempos que em que conquistou uma legião de ouvintes que acompanhavam com muito interesse seus programas jornalísticos apresentados com um estilo bem diferente do convencional. Rodriao adotou um tom mais arrojado, levando para o microfone os anseios da população que tinha nele uma espécie de"amigo de todas as horas". Realizava uma cobertura dinâmica e completa do que acontecia na terra dos monólitos. Em pouco tempo, tornou-se um dos radialistas mais populares da cidade. Tendo a simplicidade como marca maior, logo fez grandes amizades em todas as camadas. Recebeu tanto carinho que resolveu adotar Quixadá como a sua segunda cidade. Morou um bom tempo e inclusive, recebeu o título de cidadão quixadaense, propositura do vereador Cristiano Góis, no ano de 2004. A sua vinda para a terra dos monólitos se deu depois de uma experiência que não foi bem sucedida no rádio de Fortaleza. "As dificuldades eram muitas e muitos colegas não me ajudaram" desabafa com uma certa mágoa. Funcionário dos correios, na época, pediu transferência para a cidade que o adotaria como filho.
                               Filho de Rodriao Ferreira de Sousa e dona Josefa, sempre gostou de estudar, tendo exercido, muito jovem ainda, a profissão de professor. Em contato com a leitura, foi armazenando um grande repertório de conhecimentos que lhe ajudaria bastante no rádio. Estudioso, não foi difícil adentrar aos "correios", nos primeiro anos da década de 70. Telegrafista, função de grande importância na época, passou então a ter contatos com grandes jornais e emissoras de rádio pois era encarregado de enviar as notícias. Não demorou muito e passou a ser correspondente do jornal"Tribuna do Ceará", tendo permanecido por vários anos. Começou na "Rádio Iracema", apenas comentando mas logo passou a dividir a apresentação de programas jornalísticos ao lado de verdadeiras feras do rádio juazeirense. Rodriao faz questão de citar grandes referencias como Marcos Valério, Vilmar Lima, Aucelí Sobreira, Geraldo Alves, João Eudes, Alves Filho, dentre outros. No rádio quixadaense, cita Jonas Sousa como um marco muito forte na sua carreira.
                               Com certeza,muitos quixadaenses não esquecem do radialista e amigo. Ao anunciar sua volta para Juazeiro, muitos ouvintes se pronunciaram pedindo que permanecesse. A imensa legião de amigos lamentou bastante a partida deste romeiro assumido. Mas Rodriao não esquece Quixadá e, sempre que pode, vem visitar amigos e colegas do microfone. De uma coisa, vocês podem ter certeza: Este pacato cidadão gostava tanto de nossa terra que, mesmo devoto do Padre Cícero, acompanhava a procissão de nossos padroeiros, Jesus, Maria e José! E sobre a santíssima trindade ele afirma que: "São dignos do respeito mais profundo"!
Primeiros momentos no rádio

Ele não esquece os ouvintes quixadaenses

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

<>FRANCISCO ENÉAS DE LIMA- O VEREADOR APAIXONADO POR QUIXADÁ

Enéas: Respeito a nossa história
<>FRANCISCO ENÉAS DE LIMA-O VEREADOR APAIXONADO POR QUIXADÁ<><>O velho prédio da Prefeitura Municipal de Quixadá era muito bonito, de belíssimas linhas arquitetônicas. Foi construído na gestão do coronel Francisco Alves Barreira(1893-1895) e inaugurado na administração do médico  Dr. Bonifácio de Carvalho. Foi demolido em plena administração do Senhor José Okka Baquit(1963-1967), causando dor e revolta, principalmente nos mais velhos que puderam testemunhar fatos que mudariam para sempre a história da cidade. Ali, funcionava a Câmara Municipal, a Delegacia de Polícia, o Fórum Eleitoral, além do Grupo Escolar. Era, na época, o poder legislativo composto pelos seguintes vereadores: Adalberto Calixto da Silva,  Agenor Queiroz Magalhães, Eugênio Freire Moreira, Francisco de Assis Nunes, Francisco Pereira Nunes, Geraldo Alves da Cunha, José Lopes Filho, João Vidal, Manoel Carneiro, Otacílio Rodrigues de Oliveira, Paulo Holanda Pinto, Raimundo Mesquita Aires, Tácito Fernando de Queiroz, Fernando Freire de Holanda e Francisco Enéas de Lima, único a votar contra este crime ao nosso patrimônio. FRANCISCO ENÉAS DE LIMA  foi totalmente contrário a demolição do velho e querido prédio.  Este bravo quixadaense que nasceu no sítio Flores, Dom Maurício,  em 29.07.1902, sempre fez questão de ressaltar a sua revolta e desespero ao ver nosso patrimônio histórico ser destruído. Dizia para os amigos: "Quem não respeita seu patrimônio histórico não tem amor pela cidade em que nasceu". "Chico Éneas" como era carinhosamente tratado na cidade por ser bastante popular, além de uma grande atividade política, também foi escrivão e oficial de registro de imóveis. Na administração do Prefeito Eliézer Forte Magalhães(1959-1963) foi nomeado Secretário de Administração da Prefeitura Municipal de Quixadá, exercendo o cargo com muita competência.  Sempre com destacada atuação política foi nomeado pelo governador César Cals de Oliveira Filho, representante da Casa Civil do Governo do Estado.  Foi vereador da Câmara Municipal de Quixadá por quatro legislaturas. Na sua atuação, mostrou um grande respeito a memória da cidade e sempre protestando contra a falta de zelo com a nossa história. Sempre lutou para preservar registros materiais ou imateriais que tinham grande relevância para os filhos da terra dos monólitos. Num momento em que assistimos a destruição de prédios históricos em nossa cidade, que tal conhecermos um pouco da história de Francisco Enéas para aprendermos a valorizar nosso patrimônio. Ele sempre gostava de afirmar que " um povo que não respeita seu patrimônio histórico, não respeita mais nada!" Este apaixonado pela bela Quixadá nos deixou no dia 20 de junho de 1996. Sempre será lembrado pelo grande amor que devotava a sua cidade. Dr. Carlos Enéas, que já presidiu a nossa câmara lembra que seu pai sofreu muito quando destruíram o prédio da velha prefeitura. Dudu, vereador e Neto do querido quixadaense define, desta forma, o seu avô: "Um homem verdadeiramente dedicado a sua terra natal!"                                                    

Dudu, vereador e neto pretende seguir os passos do avô

Dr. Carlos Éneas, assim como o pai, sempre pediu respeito a nossa história

Francisco Enéas, seu neto Dudu e sua neta Marícia

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A SAUDADE QUE FICOU<>DEDÉ DRÁCULA-ELE TRANSPORTAVA ALEGRIA E TRISTEZA PARA O MICROFONE<>

Dedé Drácula dedicação e bondade
José Pessoa fundador da Uirapuru
 <> O rádio ainda é uma mídia indispensável e insubstituível. E com certeza, está no coração das pessoas. Sempre que destacamos este veículo, locutores e operadores são citados e referências são feitas a esses profissionais. E muitas vezes, nem tomamos conhecimento que outros trabalhadores também são importantes para o funcionamento da Emissora. Foi em 1980 que ganhamos a tão sonhada "Rádio Uirapuru" que logo se transformou no "xodó" dos quixadaenses. Foi José Pessoa de Araújo o responsável pela montagem do tão sonhado equipamento. Como os estúdios da "Uirapuru" ficava distante do centro, coube ao jovem José de Arimatéa  Dantas de Sousa, pegar as notas no centro da cidade para levar até as mãos dos locutores para ser divulgadas. Ora, levava notícias alegres, outras vezes, tristes! Na sua bicicleta(que ele chamava "envenenada") ia a cidade e voltava várias vezes. Ganhando a confiança da direção  passou a trabalhar nos transmissores. Nas transmissões externas, carregava o equipamento de trabalho. A alegria e bondade, duas grandes marcas! Sempre nas comemorações dos natais, José Pessoa pedia que ele subisse na mesa e fizesse um discurso. Dedé Drácula(apelido colocado por Jonas Sousa) era só alegria. Era filho da querida Barbosa(trabalhava na cantina da rádio) e Zequinha Brechó. Tempos depois, a "Uirapuru" viria a ser "Rádio Monólitos" e o nosso Dedé continuou a trabalhar e sempre com a mesma dedicação. Também recebeu dos Senhores Aziz Baquit e Everardo Silveira o mesmo carinho e trabalhou até ser chamado para outras missões no céu. Era querido por todos e contava com a confiança do diretor Everardo Filho e de toda a equipe. Foi no dia 13 de agosto de 2013. Com certeza, o humilde e bom Dedé faz parte da história de nossa radiofonia.
             
                         
Anos 80: o jovem Dedé, Célio Aragão e Ribamar Lima