quinta-feira, 14 de julho de 2022

<>MEUS HERÓIS DA FECLESC - BADEL- ELE ADENTROU AOS QUADROS DA FACULDADE APRESENTANDO COMO DIPLOMA E TÍTULOS AS MÃOS CALEJADAS DE PLANTAR GRAMA.

Badel- Uma vida dedicada a FECLESC

Badel- Doutor em cortar grama

<><><>Não há como negar que um dos fortes pilares para o desenvolvimento da bela  Quixadá se deve ao  surgimento de diversas faculdades ensejando a que nós nos tornássemos um polo no setor educacional.  É notória a importância de uma graduação superior na vida daqueles que procuram  espaços mais atrativos na vida profissional.  E tudo começou com o surgimento da FECLESC(Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central). A partir deste espaço aberto na área educacional, jovens quixadaenses e de cidades próximas cresceram profissionalmente impulsionando uma avanço extraordinário no desenvolvimento de suas atividades e por conseguinte, possibilitando um maior desenvolvimento das comunidades a que pertencem. A FECLESC escreveu e continua a fazê-lo uma bela história na área educacional. Desnecessário apregoar o heroísmo de diretores e professores que foram decisivos no reconhecido sucesso no setor cultural de Quixadá. Meu coração dá pinotes de alegria dentro do  peito quando alguém de outro local fala que  nasci numa cidade universitária. Que beleza! Mas, que beleza! Nós, filhos da terra da galinha choca louvamos autoridades, benfeitores, professores, diretores e todos que contribuíram para que o grande sonho se fizesse realidade. Sempre receberão nossos aplausos. Contudo, gostaria de eleger os meus heróis da FECLESC que plantaram as primeiras sementinhas. Aqueles trabalhadores que assentaram os primeiros tijolos, os que bateram enxada para  a limpeza do terreno, os carroceiros naquele frenético vai e vem no transporte do material e outros que deram sua contribuição para o surgimento da pioneira faculdade. Já faz bom tempo tento localizar esses heróis quase invisíveis e a grande dificuldade tem sido a minha trêfega memória e aí peço socorro aos amigos para ajudar na busca dessa gente que também é responsável pelo surgimento da nossa santa casa do saber. Creio que focalizando um pouco da trajetória do senhor Manuel Damião de Sousa, o conhecido Badel, estamos enaltecendo a todos os outros trabalhadores. Ali pelos meados dos anos 70, nosso herói  trabalhava com o Senhor Lafayete e foi chamado pelo Sabiá, filho do icônico carroceiro Janjão para integrar a equipe que teria a missão de construir o prédio. O Badel me falou também de Antônio Edgar, Zé Enrolão(só no apelido) e sem deixar de citar o mestre Zilcar Holanda, Sarrami, Antônio de Paiva e outros. Não sei se motivado pela emoção e grande saudade ou mesmo a memória que já não é a mesma de tempos atrás, Badel não conseguiu lembrar de outros companheiros. Como as pesquisas são intermináveis mais nomes irão aparecer nesta lista dos que pegaram no pesado e que sem eles, nosso sonho não seria concretizado. Mas, como falei, destacando o Badel que ainda hoje continua fazendo parte da equipe de funcionários, estamos homenageando a todos, com certeza. Este simpático cidadão veio ao mundo em 30.09.1951 e recebeu dos pais Pedro Damião Sousa e Maria Neusa lições que nem sempre os livros ensinam. Ainda criança, já batia a enxada no chão junto ao pai e irmãos. Teve pouco contato com os livros e só aprendeu a ler e escrever com a professora sertaneja Lurdes Leite a quem sempre admirou e teve como alguns colegas na escolinha do Cedro velho, o Amadeu Pé de Guerra, Deusimar Mendes, Louro, Dioclécio, Zezinho e outros. Também estudou algum tempo no chamado grupo da Branquinha. Ele é funcionário efetivo desde os tempos da FUNESC e foi selecionado de um grupo de 15 trabalhadores. Para tal, apresentou como diploma e títulos as mãos calejadas de tanto plantar grama no tempo que trabalhou com o senhor Lafayete e em vacarias como tirador de leite. É enorme a identificação deste cidadão com a Faculdade. Não se limitou a plantar grama, mas, tendo feito cursos na Coelce com alguns colegas, também se tornaria o eletricista da casa. Sabe aquele jogador que joga em várias posições? Um probleminha numa sala de aula ou na sala dos professores ou da diretoria, o nosso herói é convocado e resolve o problemas. Até de vigia já trabalhou! acreditem, amigos! Organiza churrascos, prepara festas natalinas  e tudo que a ele for solicitado. Na maioria das vezes, quando alguém busca alguma informação, a turma logo fala: "Pergunte ao Badel"; "Chama o Badel". Como a vida é uma mistura de tristeza e alegria tal qual falou o educador e escritor, Rubens Alves, não só sentiu alegrias no seu trabalho. Assim como todos os colegas, sofreu muito com a morte de professores e do amigo(assim o chamou), Jorge Alberto Rodriguez e lamentou demais a partida da zeladora Socorro, uma pedra preciosa, segundo ele. Uma grande alegria foi quando tomou conhecimento que o senhor Aziz Baquit iria pagar 8 meses de atrasado. Foi uma grande festa para o meu coração, afirmou com um sincero sorriso. Não só a comunidade acadêmica, mas deve partir de todos nós, uma eterna gratidão a todos aqueles operários que com muito amor e esforço construiram o espaço que abriga a nossa sempre amada FECLESC. Através da poética figura do Badel, o nosso abraço, reconhecimento e eternos louvores a todos que participaram do nascimento da Faculdade que tanto faz pelo nosso desenvolvimento. Há motivos de sobra para que sempre sejam lembrados e homenageados esses abençoados operários. Alô amigo Badel! Receba um forte de abraço de todos nós. Depois de prestar informações com tanta presteza, se despediu da equipe do blog e em lágrimas, falou: "Eu também ajudei a construir a FECLESC!".
Aos poucos, o sonho ia virando realidade

Badel e seus companheiros construíram aquele prédio com muito amor

Imagem antiga da Biblioteca da FECLESC
<>As imagens de Badel pertence aos arquivos do Blog e as demais foram obtidas na Biblioteca da FECLESC

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