quinta-feira, 28 de maio de 2020

VOVÔ PAIDETE FOI MEU PRIMEIRO MÉDICO

Quem, no passado, não tomou estes remédios?

Banha de cururu devolveu minha voz(dizia meu avô)
<> Considero a grande maioria dos médicos como se eles tivessem vindos do céu enviados por Deus para nos curar das doenças. Muitos são amigos da minha família e, louvado seja Deus, da nossa tem dois anjos de carne e osso que são o meu sobrinho, Dr. Fábio, filho do Dr. Lessa e de minha irmã Socorro e o sempre estudioso e esforçado, Dr. Roberto. Mas, hoje, quero lembrar e homenagear meu primeiro médico que não cursou nenhuma Faculdade, mas dizia ter sido curandeiro quando morava no Amazonas. Como estou com tempo suficiente, dei uma olhada no velho e amarelado caderno "Avante" e lá tinha anotado os remédios que meu Avô Dr. Paidete(médico eleito por mim) me receitava. Quando somos jovens, temos grandes dores de dente. Que sofrimento, meu Deus! Quando a danada batia a minha porta(quer dizer, na boca) corria para o vovô que receitava e debochava daquele menino magrinho que era. Com pose de quem sabe muito foi lá dentro e trouxe uma pequena caixa contendo um pequeno frasco onde estava escrito "1 minuto". "Tome Zé mole, ver se não passa!" Não é que passou mesmo, amigos!" .Mas a dor voltava e aí só tinha um jeito e meus pais me levavam para Dr. Belizário. Acho que muita gente já levou picada de inseto e comigo aconteceu algumas vezes e quando tal se dava, lá vinha meu protector(escrevia-se assim mesmo) com uma pomada por nome de Minancora. Além de receitar, meu médico(ou curandeiro?) particular, sentia prazer em debochar e falava: Sua mãe não tá vendo que você tá magrinho e isso é verme!" Mas, apesar de nem ler direito tinha momentos de muita sabedoria e falava que tinha que procurar o Dr. Eudásio porque desse problema ele não entendia "patavina" e não ia se arriscar. Agora, lembro como se fosse hoje, pisando no chão batido de sua casa, pegava logo um vidro de "Biotônico Fontoura" e fazia piada me chamando de Jeca Tatu. Nos jovens anos, nós rapazes, adorávamos uma pelada e vez por outra sofríamos uma pancada no joelho e eu corria para o meu médico que mandava que passasse um tal de "Iodex" no joelho. O cheiro era fortíssimo, mas aliviava e muito. Uma vez, quebrei o braço numa disputa no racha de bola de meia e fiquei desesperado, pois vovô disse que não sabia fazer nada mas, de repente, deu a solução: "Vá no seu Quinzinho" que encana seu braço! O homem é macho, vá sem medo!". E em pouco tempo, já estava nos rachas. De todos os remédios que me foram receitados, o que mais me incomodou e me fez passar vários dias tristes foi ter sido obrigado a engolir, "à força mesmo", banha de cururu. Foram necessárias três pessoas me segurando. Lembro, foram Vovô, Luís Nabor e Raimundinho(pai do Jonas Sousa, da Mazé). É que minha rouquidão(ainda existe) chegou num limite que quase não conseguia falar. Alguns anos depois, um médico em Fortaleza me falou para meu grande espanto que se não fosse aquela banha, provavelmente, estaria sem voz. Só depois que Paidete morreu orei por ele e lhe pedi perdão. Não caiam para trás do que vou lhes contar, diletos amigos! Uma vez, mas sem saber, bebi minha própria urina que engoli tão rápido que não sabia o que era. Fiz uma coisa que não me é habitual que é gritar com Vovô(Não o faria hoje) argumentado que ele não devia ter me dado aquilo e ele respondeu com moral e segurança: "Rapazinho, isso é usado há mais de 5 mil anos!". Saudades do meu primeiro médico que não esqueço. Ainda não entendia muito das coisas e se fosse hoje, não tomaria aqueles remédios, pois não se deve combater os males do corpo sem o conhecimento dos médicos. Mas, acreditem, teria muita coragem de tomar um remédio e até em doses fortes. Acredito muito em Deus mas, uma vez, quando, muito jovem, discordei de um padre que me falou que a melancolia era uma punição divina. Nunca aceitei isso, nem hoje. Até agora, só pude entender Deus como apenas um grande amor por nós todos. Jovens também têm seus momentos de angústia, é claro! Acho que todos nós temos medo da tristeza e continua mais ainda nos dias de hoje. O remédio indicado por vovô naqueles anos que foram carregados pelo tempo foi quase um discurso: "Aproveite suas forças enquanto as tem! Seja solidário com aqueles que precisam de ajuda! Visite os doentes, encoraje-os! Vá nas casas de alguns vizinhos, leve roupas que você não usa mais, ajude na alimentação! Não pode fazer nada, pois dê um sorriso, trate as pessoas com carinho!" E de repente, escrevendo este texto, se apossou de minha pessoa uma imensa melancolia. É que este remédio que vovô me indicou para que me sentisse um ser humano de verdade, não tem feito muito efeito. Se fiz algo de bom para o meu próximo foi muito pouco. Fiz, mas não bastou! Poderia ter feito muito mais. Mas, Deus sempre nos dá novas chances! Quem sabe, com o remédio que me foi indicado, não seja uma pessoa melhor. Obrigado Dr. Vovô Paidete! "Obrigado Dr. Quizinho por não ter perdido meu braço! Em dúvida, sem saber onde encontrar este remédio que me fora indicado faz muito tempo, procurei uma pessoa de minha confiança que tinha o remédio. O remédio que ela me deu foi este: "AME COMO JESUS NOS AMA! SONHE COMO ELE COM UM MUNDO DE AMOR E FRATERNIDADE!
<>
Acreditem! me fizeram beber minha própria urina

Remédio contra dor de dente

Meu avô Paidete e eu nos jovens anos
<>A imagem do meu avô e eu pertence ao arquivo familiar e as demais foram retiradas da Internet

quarta-feira, 27 de maio de 2020

<>MEMÓRIA DOS MEUS VERDES ANOS(1)

soltar pipas
<>Quase todos os dias, pela manhã, da janela da minha casa vejo lindas crianças na calçada olhando seus celulares e sem em nenhum momento se olharem. Meu pensamento, então, foi mais longe e me lembrei das minhas brincadeiras de infância. Mergulhei fundo, então, no rio da saudade. Lembrei dos meus bolsos cheios de bilas compradas no Zé Metero e quando vencia os colegas acertando várias vezes num buraco que fazíamos. Naquelas manhãs e tardes felizes me sentia o melhor dos marinheiros jogando os barquinhos de papel num cacimbão no sítio dos pais da Aparecida, Chico Caetano e dona Robéria. Um dia me senti uma criança rica pensando montar um cavalo árabe, na verdade, um cavalinho de pau. Um dia na infância parecia que não passava, pois, havia tempo ainda para soltar pipas. Assobiava chamando o vento, mas mamãe Itamar alertava para para não fazer isso e que cobra podia aparecer. Foi o único tempo que fui, verdadeiramente, muito rico pois tinha muitas cédulas de carteira de cigarro. Só não queria do cigarro "BB" pois se dizia que não tinha valor nenhum. Mas, já conhecia dinheiro de verdade, pois papai mandava comprar querosene com cédula de cinco cruzeiros. Lembro da brincadeira de cabra cega quando com os olhos vendados tentava acertar um amiguinho(a). Brincávamos muito de esconde-esconde. Colocava as mãos nos olhos e deixava o amigo(a) procurar um bom esconderijo. Carrinhos de corrimão não faltava em nossa rua e quando não tínhamos os nossos, usávamos os do vizinho. Brincadeiras que pareciam não ter fim. Lá em casa, só parávamos para saborear o famoso doce de leite preparado pela tia Baviera ou comer os famosos "Capitão" preparado pela Mãe Sinhá ou beber aluá preparado pela tia Maria(Baitinha). Barrigas cheias, mais brincadeira. As meninas davam verdadeiro show no bambolê e algumas até tinham violão e imitavam a Celly Campelo. Algumas vezes me sentia um Jonh Waine brincando de revolver de espoleta. Pedia a minha prima Angélica e ela fazia umas máscaras e aí pousava de Zorro. Outra alegria eram os rachas com bolas de borracha quando nos sentíamos verdadeiros pelés e garrinchas. Mesmo na farra com outras crianças, de longe sentia o cheiro de um remédio chamado "Iodex" que vovô Paidete passava nas pernas no combate ao reumatismo que sempre reclamou. E lá vinha mamãe com uma chinela na mão lembrando que tava na hora de tomar "Biotônico Fontoura". E falava "Toma logo menino senão tu fica igual ao Jeca tatu". E ainda tinha as corridas de saco, pular corda. Aqui no quintal de casa tinha um pé de jucá e passávamos muitas horas num gostoso balanço. Quando estava sozinho brincava de trem feitos de caixas de fósforo ou fazia um curral de ossos. Amava meus curralzinhos e ainda os trago na lembrança. Tinha também os momentos de menino mau e junto com outros, íamos à rua, escondido dos pais e tocávamos as companhias de algumas casas e saímos correndo demais. Chegava à noitinha, acabou as diversões? De jeito nenhum porque era a hora de correr atrás das galinhas para levá-las até o galinheiro. Não esqueço que levei muita corrida de mamãe galinha protegendo seus pintinhos. Já noite, tentava pegar vaga-lume e achava muito bonita aquelas luzes de pisca-pisca. Quando criança, nosso sono chegava mais cedo e recebia de mamãe o tão esperado beijo na face e a bênção de meu pai, avós, tios e até de pessoas vizinhas de maior idade. Quando não tínhamos sono, a ameaça de que o véi babau tava pegando menino e levando para o buraco de Santo Antônio. A última tarefa da noite era a oração à Nossa Senhora e ao amado jesus. Junto com minhas irmãs Conceição e Socorro e nossos pais, rezávamos ajoelhados e agradecidos por mais um dia feliz. Lembranças de minha infância que o tempo soube roubar! Desejei muitas vezes crescer, ser adulto. Hoje, daria tudo para ser criança outra vez. Vocês também, não é meus amigos? 
cabra cega

soltar pião

carrinho-corrimão

Esconde esconde
Barquinhos de papel

<>Todas as imagens foram retiradas da Internet
.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

QUIXADAENSES SE DESPEDEM DO MÚSICO DAVI DO PISTOM


Davi-grande músico e querido ser humano

<> O coração de muitos quixadaenses e, em especial, os músicos, vestiram luto porque o músico Davi foi chamado por Deus para outras missões. Levaremos bem viva conosco as lembranças deste ser humano maravilhoso e grande artista. A notícia da morte de Davi do Piston atingiu violentamente nossos corações porque não estávamos preparados para perder uma pessoa tão próxima da gente. Só nos resta pedir muita coragem para aceitar os desígnios daquele que nos deu a vida. Não nos esqueçamos que Deus permitiu que ele brilhasse em vida com a sua arte, a sua doce presença, grande bondade e simplicidade. Com lágrimas nos olhos, eu e todos nós, lamentamos que ele não teve tempo para nos dizer adeus. Ele nos tratava com tanto carinho e respeito. Foi integrante da banda de música, tendo participado das grandes conquistas da mesma. Segundo Tony Remelexo que tocou com ele no Vôo Livre, nunca em momento algum, percebeu o Davi com raiva e sempre estava à sorrir. Era muito querido em Baturité onde brilhou no grupo "Bic Show". Os músicos Dudu Barros e Didi sempre elogiaram a performance do talentoso músico ao executar o pistom de onde tirava notas angelicais. O casal Regina(prima de Davi) e Esenhower sempre enalteceram as virtudes do bondoso ser humano. Davi, agora, está recebendo o carinho daquele que mais o ama que é Jesus e o abraço dos pai, Acúrcio. A sua mãe, a bondosa Lurdes, ficará em orações para o filho que tanto amava. Junto do pai, com certeza, intercederá por todos nós para que entendamos que somos todos irmãos e necessitamos um dos outros. Paro por aqui, não aguento mais continuar a chorar. Deus te abençoe, Davi! Nunca vamos lhe esquecer! Saudades, muitas saudades!
Davi, Toinho e Mazé-doce infância


Davi e a bondosa senhora Lurdes
- - - - - - - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

domingo, 24 de maio de 2020

<>UMA SAUDADE IRREMOVÍVEL(texto de autoria de Gilson Ferreira Lima)



<><><><><><>Em Quixada CE, tem uma rua de nome RODRIGUES JUNIOR, na qual até aos dias de hoje, vivencia-se com grande intensidade toda ebulição social daquela cidade. Outrora, 1960, era naquela artéria que os transeuntes percorriam, da estação ferroviária até ao centro: praça da Matriz. Por ali se via toda a movimentação social; os passageiros dos trens, os carreteiros (chapeados), o comercio mais importante da tímida cidade era lindo. Romântico, todos sabendo quem vinha, quem saia, cortando três grandes e memoráveis praças: Praça da Estação (hoje praça Dedé Preto), Praça coronel Nanam e ao final dela, a praça da Matriz. No intercorrer dela, de início tinha a casa do Agente da REFESA, na época o Senhor Alencar que também tinha um comercio muito surtido que na falta desse o seu filho Jose Maria Libório Alencar veio a gerenciar. Não vou minudar face toda ela ser contida de história memoráveis e nesse espaço o meu objetivo é um outro que ainda me salta em todos meus pensamentos. Além do que. Nesse relato possa eu falhar em algum dado e ou em algum nome celebre. Citá-los-ei, topicamente, só para enfeitar o meu relato. Pela lado direito de que vai da estação ferroviária ao centro: Assis Belo, Barbearia do Júlio Lélis, Jose Heméterio, Bar do Nilo Lopes, Posto de Táxi do Neném Nascimento, Loja do Marcelino Pessoa de Queiroz, Sede do Bangu F.Clube, Sapataria dos Paraíbas, Residência do Senhor Fausto Cândido e no quarteirão seguinte a Farmácia do Senhor Jose Forte, Usina de Luz, Padaria e residência do Senhor Zilcar Holanda, Banco do Brasil, centro Espírita Humberto de Campos, Residência do Senhor Lalu e D.Liinha, Farmácia Pasteur e Residência e consultório do José Belisário de Sousa. Antes que entre no quarteirão seguinte, pelo lado esquerdo dessa rua pouca edificação, mas das poucas existentes, a imponência da Usina de Algodão do senhor Abrahão Baquit e a casa do Anísio Lopes. O quarteirão final, que vai da esquina dos Jucás até ao comercio do senhor Júlio Português e D.Branca. 
<>Aquele quarteirão ficava em frente à praça da Matriz, colégio C.S.C.J e, no meio desse quarteirão havia uma tamarineira situada em frente da casa do Senhor Luiz Ricardo da Silveira e Alaíde, duas Filhas Cleine e Cleide, e dois filhos Ítalo e Welington(falecido) que cheguei ainda a conhece-lo. Que chovesse ou fizesse sol, estávamos lá no uso fruto daquela sombra, curtindo uma radiola vermelha do Ítalo a escutar velhas músicas e grande brincadeiras. Dos tantos amigos frequentes me lembro do Rubens Targino Braga. José Augusto Monteiro (Dudu), Luciano Ferreira Lima (Fanin), Gerardo Gomes, Carlos Eduardo Nogueira, e vez por outra chegava a Alaíde com suas prosas, sua alegria enfeitava aquele pedaço e ali era o ponto estratégico para visualizarmos as garotas que saíam do Colégio com suas fardas azuis, linda, meias brancas e sapatos pretos invariavelmente. Uma visão inesquecível.


<><><><><><>Esse conto me veio à mente porquanto havia eu há poucos minutos tentar definir o que realmente é SAUDADE ? E DIZIA EU: É A FALTA DAQUILO QUE NÃO TEMOS MAIS. LONGE DOS OLHOS E PERTO DO CORAÇÃO e por essa razão me lembrei dessa fase boa de minha vida. Não vivo de saudades, porém elas me acompanham “ad aeternum.

<>O autor do texto é funcionário aposentado do Banco do Brasil e apaixonado pela terra dos monólitos.
Alunas do Colégio das Irmãs: Socorro, Elileuda e Conceição
O Cine Yara funcionava próximo à praça Coronel Nanan

O bar de propriedade de Nilo Lopes tinha uma frequência animada

José Forte Magalhães mantinha uma farmácia na rua Rodrigues Junior 

Eduardo Bananeira-um amigo inesquecível

Assis Belo é citado no texto de Gilson ferreira
Imagem da praça Coronel Nanan nos dias atuais




José Maria Libório ocupava a direção do comércio da família quando o Senhor Alencar necessitava se ausentar

O velho abrigo que estava localizado na praça da estação
Gilson Ferreira Lima sempre escreve sobre memórias da terra dos monólitos, a sua grande paixão

sexta-feira, 22 de maio de 2020

LAMARTINE RIBEIRO- -CRAQUE QUIXADAENSE AGORA É CIDADÃO DO INFINITO

Lamartine na equipe do Leão das Tintas(o quarto em pé)

Recebendo troféu das mãos do goleiro do Sumov
 <>
Lamartine Ribeiro se destacou no futsal
<>Lágrimas, dor e saudade por parte da família e dos amigos com a partida do bom caráter e craque Lamartine Ribeiro. Tal qual os outros irmãos se destacou no futebol, mas ao contrário de Everton e Zé Wilson, a sua posição foi de goleiro se destacando pelas grandes defesas, agilidade e reflexo. Muitos lembram de suas atuações memoráveis defendendo o gol do Balneário e sempre tendo o apoio do amigo e técnico Manoel Bananeira e o aplauso do torcedor. Lamartine estava morando em Fortaleza já fazia algum tempo. Na capital, brilhou intensamente defendo a equipe do Leão das Tintas, chegando até a ser campeão e desta forma, ficando muito conhecido nos meios esportivos da capital. Quando criança, fugia da vigilância dos pais Ribeiro e da doce Raimunda Diarina e corria para os rachas que aconteciam no campo que existia próximo ao trilho no hoje bairro Baviera. O amigo e craque nasceu no dia 10.04.1952 e seus irmãos são: Darlor, José Wilson, Everton, Ciro, Getúlio, Ribamar, Lúcia, Vera, Fátima, Lena, Darci, Antonieta e Mazu. Partiu para a presença de Deus em 18.05.2020 para o cumprimento de outras missões que lhe serão confiadas. Os quixadaenses se unem a consternação e a dor da família Ribeiro constituída por pessoas da mais alta dignidade. O talentoso artista plástico Getúlio, irmão, e o sobrinho Augusto sempre enalteceram as virtudes de Lamartine como pessoa humana. Nos despedimos de um ser humano maravilhoso que irá interceder por todos nós que sempre haveremos de lembrar de sua alegria, bondade e amor pela família e amigos. Fica com Deus, amigo Lamartine! A grande saudade eternizará sua presença entre nós. 
Time do Balneário anos 70-Lamartine é o quarto(em pé)

O craque e irmão Everton Ribeiro
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

quarta-feira, 20 de maio de 2020

GILBERTO PEREIRA NOS MOSTRA QUE NENHUMA DEFICIÊNCIA PODE NOS ROUBAR O AMOR PELA VIDA

Gilberto foi craque de bola na cidade e no sertão- Ele é o terceiro(agachado) no time do São Cristovão

 <>Se alguém em algum momento, necessitar destacar um exemplo de superação, então, pode mencionar o nome de Gilberto Pereira porque ele está sempre vivendo muito além das barreiras que lhe foram impostas. Por motivo de saúde, teve sua perna amputada, mas segue mostrando exemplos de grande determinação e fé em Deus em primeiro lugar e em si mesmo. Percorre os caminhos com ajuda de muletas mas sempre está a lembrar: "Deus não me tirou a vida e sou muito grato a ele e a Nossa Senhora Aparecida." é  filho do magarefe Osmar Laranjeira e da doce Ritinha Pereira, hoje, cidadãos do infinito. Veio ao mundo pelas mãos da parteira Maria Miguel no ano de 1953. É irmão de Gilson(foi gerente das Pernambucanas durante algum tempo), Agenor e Socorro. A saudade da infância está sempre presente em seu coração e a gastou bastante na rua do Baturité juntamente com a molecada da sua idade. Bate uma imensa saudade e uma lágrima rola em seu rosto ao lembrar dos banhos no canal do Luís Lúcio, as peladas com outros meninos e outros momentos mágicos próprios dos anos verdes de nossas vidas. Na adolescência, as lembranças dos parques de diversões e as primeiras namoradas, as canções da Jovem Guarda. às vezes, parece que ainda escuta Wanderley Cardoso cantando "Te amar demais, ser um bom rapaz foi o meu mal". Foi Frequentador assíduo do Cine Yara onde assistiu filmes inesquecíveis.Tudo isso só lhe traz lindas recordações. O trabalho fez parte da sua vida ainda criança quando ajudava seu pai no matadouro público. Rapazinho, dava duro trabalhando na padaria de propriedade de Zeni Joca e depois passando a exercer a mesma atividade na panificadora do Senhor Dáfinis e sempre se destacando pelo empenho e pela honestidade. Alguns de seus colegas de padaria foram Ananias, Vicente, João Acácio, entre outros. A partir do dia 02.02.1980 passou a integrar a equipe do Mercantil Cicero Bertoldo onde trabalhou por muitos anos e sua ida para esta tradicional empresa se deve ao fato do amigo Francisco Sousa(Calhambrei) tê-lo indicado aos proprietários Cícero Bertoldo, Gláucia e Meire e a toda a família. Fica apertado de saudade ao lembrar de todos os colegas de trabalho, em especial, Raimundo Cláudio, Neusinha, Calhambrei, Almir e de todos os outros.Dedicou-se com tanta entrega ao trabalho que acabou conquistando a amizade da família de Cícero Bertoldo e de dona Doroteia por quem sempre teve uma grande estima. Apesar dos apelos de dona Ritinha, Gilberto só estudou até o quarto ano primário. Desde pequeno gosta de futebol e chegou a se destacar jogando em algumas equipes, como por exemplo, o Comercial, 13 de maio e foi um craque no futsal. Mas, seu melhor momento como atleta foi jogando no São Cristóvão do amigo Genaro, se destacando como grande artilheiro. Como cobrava faltas com muita classe e era bom nas jogadas aéreas, recebeu o apelido de Gilberto Dinamite colocado pelo radialista Jonas Sousa. No dia 02.07.1970 casou-se com a jovem Maria Elsenir e é pai amoroso de Sâmia e Keiva e avô de Davi e Sofhia Gabriella. Diz que são os seus netos que iluminam o seu coração. Na música, preferência total por Nelson Gonçalves e no esporte, enorme paixão pelo Flamengo e o Fortaleza. Como grande amigo, cita o nome de Francisco Sousa, aquele que estava com o coração sempre de portas abertas. Como já dito nas primeiras letras deste texto, Gilberto Pereira é um grande exemplo. Ele nos mostra que nenhuma condição física pode destruir a beleza da vida que é um prêmio dado por Deus. Gilberto não gasta seu tempo se lamentando e até dá forças aos que apresentam alguma deficiência. Com todas as dificuldades que todo ser humano tem, faz questão sempre de lembrar que está sob a guarda de Jesus e Nossa Senhora e do amor da família e dos amigos.
<>Da série de reportagens: Deficiência não é motivo para deixar de gostar da vida

Gilberto nos jovens anos

Gilberto e os netos Sofhia e Davi

Gilberto e Elzenir
.........................................................................................................................................................................................................................

terça-feira, 19 de maio de 2020

<>AS BRUXAS DO ABILHÃO<>DA SÉRIE DE REPORTAGENS: MEMÓRIA DO QUIXADÁ FUTEBOL CLUBE




Será que alguma bruxa esteve mesmo no Abilhão?
Craque Helano
 <>Seria magia negra? Não sei! Não vi mas teve quem visse uma velha no estádio Abilhão com muitos gatos pretos, isolada num canto da arquibancada. Gargalhadas foram ouvidas e tem quem garanta que foi tudo verdade.. O que sei e vi foi que num jogo no final da década de 70 entre Quixadá contra o Guarani de Juazeiro aconteceram coisas incríveis: Numa disputa de bola, os zagueiros Helano e Tomé bateram com uma cabeça uma na outra. Hospital! Gargalhadas!(da bruxa, é claro). Em outro lance, o goleiro Zé Antônio caiu para pegar na bola e uma quantidade de cal atingiu seus olhos. Hospital, de novo! Mais gargalhadas da mulher encarquilhada. Não terminou aí, pois o craque Rogers que tem problemas de cálculo renal levou uma bolada e de novo, hospital! Sou muito cético com essas coisas, mas vejam, meus amigos, no segundo tempo tomei um grande choque no microfone que gritei e não mas trabalhei neste jogo. Era repórter de campo. Mesmo desconfiado, olhei para a arquibancada e não vi nenhuma velha. Preciso do socorro dos meus amigos: Bruxas existem de verdade?
Imagem do estádio Abilhão
Zé Antônio e Tomé

 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................