segunda-feira, 21 de agosto de 2023

<>MEMÓRIA DA POLÍCIA QUIXADAENSE(3) -ANTÔNIO PAULO DE SOUSA(SOUZINHA)- SER POLICIAL É UMA MISSÃO DE VIDA

Antônio Paulo de Souza não abandonou a Polícia Militar
<>Recebi o maior amor do mundo que foi aquele dado pelos  meus pais Antônio e Albanisa e ainda bem jovem entendi que precisava reconhecer o que meus heróis de carne e osso fizeram por mim. Sei que nunca conseguirei retribuir completamente o carinho que deles recebi. Falou sem conseguir esconder a emoção ,Antônio  Paulo de Sousa, que durante 30 anos atuou na polícia cearense. No final dos anos 70 foi para Fortaleza, precisava trabalhar e durante bom tempo foi vendedor de ovos nos bairros Montese, Parque Dois Irmãos e em outros espaços da capital. Chegou o momento de servir ao Exército e se apresentou no 23°BC, onde permaneceu de 1976 a 1977. Com muitas dificuldades, mas com força de vontade e fé em conquistar uma melhor qualidade de vida, estudava em colégio particular e sempre teve consciência da grande necessidade de ter conhecimento. Terminado o tempo no Exército, voltou para Quixadá com o objetivo de ajudar a sua mãe no trabalho na fábrica do senhor Renato Carneiro. Mas, tinha consciência de que precisava ter uma profissão, afinal, queria ajudar em casa e é claro, seguir seu próprio rumo. Tentou por várias vezes um trabalho que lhe desse segurança, mas houve muitos nãos. No entanto, soube recomeçar nas derrotas, caiu em algumas tentativas, mas tinha consciência de que chegaria o momento do tão sonhado trabalho. Sempre disposto a encarar os desafios que a vida apresenta, resolveu participar de um concurso para policiais militares que aconteceu em Russas. Teve total apoio da dona Albanisa que pediu um adiantamento de salário ao senhor Renato Carneiro para pagar inscrição do esforçado filho. Ficou entre os 40 classificados o que lhe proporcionou grande alegria e também deixou bastante feliz a sua mãe guerreira.  Era o ano de 1979 e Antônio ficou 6 meses no batalhão daquela cidade da região jaguaribana. Agora, sim, poderia dizer com tranquilidade que era policial militar. Em seguida, foi transferido para Jaguaribe, Pereiro e Jaguaribara. No ano de 1980 veio trabalhar na sua querida Quixadá sendo destacado para Senador Pompeu, Solonópole, Pedra Branca. Por algum tempo, exerceu suas funções em Itapiúna para onde se deslocava no trem de passageiros. Quando começou a atuar na terra dos monólitos, o comandante do batalhão era o Major Lucas Evangelista de Sousa neto e alguns de seus colegas de farda eram o Franco, Menezes, Fernando Sabá, Silva, dentre outros. Também trabalhou quando eram comandantes, Coronel Campos, Calixto, Edmilson,  André Luiz, Vidal, Major Aguiar. Lembra das dificuldades enfrentadas pela polícia para o desenvolvimento do seu trabalho, como por exemplo, poucas armas, transporte ineficiente, dentre outras. Lembra que quando uma dupla saía para a ronda, apenas o de mais idade portava arma e que o camburão já não bastava, pois Quixadá crescia bastante. Lembra com emoção do trabalho humanitário desenvolvido por ele e seus colegas  no socorro as pessoas que sofreram acidentes ou tiveram problemas de saúde e até em um primeiro atendimento as mulheres prestes a dar a luz que eram encaminhadas ao hospital. Bom lembrar que naqueles anos ainda não existia o SAMU. Souzinha, como é carinhosamente chamado pela família e amigos, afirma que exerceu uma profissão honrada. Uma de suas grandes alegrias foi tornar-se um paraquedista, tendo feito o o curso no Aeroclube do Ceará e tendo como instrutor o Coronel Adelson Leite Julião. Gosta sempre de lembrar que  saía de casa todos os dias para proteger a vida de outras pessoas.  É por isso que depois de 30 anos(1979 a 1999) atuando na polícia, não a abandonou e desde 2012 integra o policiamento patrimonial exercendo seu trabalho na FECLESC. Como em toda profissão, teve momentos difíceis, mas enfrentou com garra e determinação os tombos que apareceram. Recorda com emoção que em 1992 quase foi expulso da Polícia Militar. Mas, como, depois de 20 anos de dedicação de minha parte? Até doente, algumas vezes, mas sempre pronto a colaborar com o grande trabalho que sempre exerceu a corporação a quem sempre amei e amo de coração. Batalhei com coragem para mostrar que deveria permanecer servindo a minha comunidade. Esta é um pouco da trajetória de Antônio Paulo de Sousa e ,certamente, lições valiosas nos foram mostradas e Souzinha nos fez ver que podemos transformar as adversidades em grandes conquistas.
Souzinha soube superar as aversidades

Policial é uma profissão honrada

Atuou em diversos trabalhos humanitários

Com a família e amigos em momento de fé: Geniere, Rosa, Caarlinhos, Albaniza(mãe), Souzinha e Socorro
O bem estar das famílias é o grande objetivo do trabalho policial

Lembra com saudade dos colegas de farda

Carteira do curso de Para.quedismo

 

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Torcedor fervoroso do Fortaleza
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