terça-feira, 14 de janeiro de 2014

<>A SAUDADE QUE FICOU: NILO LOPES- A AMIZADE EM PRIMEIRO LUGAR

Mocinha e Nilo- dois anjos de carne e osso
                                         <>A SAUDADE QUE FICOU: NILO LOPES- A AMIZADE EM PRIMEIRO LUGAR<><>    Na bucólica Quixadá dos anos 40, o jovem Nilo gostava de ouvir o canto dos pássaros e o apito do trem que cortava os ares da cidade feliz e anunciava a chegada de passageiros pobres ou alguns com muito dinheiro, na velha estação.. Naqueles anos, já trabalhava mas encontrava algum tempo para ir às  praças onde se dava uma explosão de risos e a verdadeira amizade se dizia presente. Na tentativa de montar uma fotografia daqueles anos, nos vem a imagem de Nilo num bate-papo com Hermínio Almeida, Gamão, Zé Limeira, Nereu, Chagas Holanda, Paulo Holanda, Chico Correia, Dário, João Bezerra, Toinho Libório, Zé Maria Libório e outros.  Mas ainda havia tempo para assistir a missa, aos domingos, ir a feira do gado que acontecia toda sexta-feira e claro, acompanhar uma de suas grandes paixões que era o futebol, indo para os campos de várzea ou ouvindo os grandes jogos pelo rádio em que a transmissão, naquele tempo, era nacional. foi um dos fundadores do Bangu, time que marcaria época na terra dos monólitos. Mas foi o seu trabalho no comércio em que Nilo Lopes(nasceu em 9.07.1922) conquistou, de forma definitiva,  o carinho e o respeito das pessoas.  E mais amigos foram surgindo como Wil Holanda, Nozinho, Besouro, Amadeu do velho mercado, Bandeirinha, Fransquinho Tavares e muitos outros. É porque para este pacato quixadaense, a "AMIZADE"  vinha em primeiro lugar. Começou a trabalhar no comércio em um ponto pertencente ao senhor Fausto Cândido, vizinho a casa do Senhor José Metero. Quase todos os dias, ia ate a banca dos magarefes  Laranjeira e Antonio Vidal onde comprava a carne para o preparo dos famosos tira-gosto que agradava e muito aos frequentadores.  Um dos seus filhos, Everton Lopes(comentarista esportivo) nos informou que seu pai era muito grato a Assis Belo que muito o ajudou. Ficou neste ponto comercial até a década de 70. Mas foi no comercio, que ficava em frente ao portão do velho mercado público que Nilo se firmou, logo conquistando uma clientela grande e fiel. Nilo Neto é quem dá continuidade ao que o querido quixadaense plantou com a mesma competência e simpatia.
                                                Foi casado com Mocinha Lopes da Costa e este amor eterno(foi infinito enquanto durou)) e desta bendita união nasceram os filhos Everton Lopes(radialista), Everardo(bancário), Evando(comerciante) e Maria das Graças. Nilo e Mocinha faziam questão de acolher os amigos em casa e mesmo quando os filhos seguiram seus caminhos, a família se reunia sempre. Ele, nos deixou em 2007 e ela, em 2013. Depois de cumprirem  suas missões aqui na terra, partiram para outras, deixando na sua passagem entre nós, exemplos de pai, mãe e amigos. Conhecendo um pouco da história dessa gente do povo, estamos montando um painel do tempo de um Quixadá ainda pequeno, é bem verdade, mas verdadeiramente feliz. A Historia se desenvolve dessa maneira. Conhecendo, mesmo que so um pouco, como era a realidade diaria dessas pessoas, teremos uma fotografia reveladora de como era aquele Quixada, divino e maravilhoso! Por isso, nao podemos abrir mao de conhecer a vida desta gente simples e ao mesmo tempo, tao importante, que podem ser sim, tomadas como fonte de estudo para que se tenha um conhecimento bem maior de como era, na realidade, a cidade que tanto amamos.
-Fotos, cortesia de Maria Jose Braz e familia

                                               
                                        
                                                                              
Everton Lopes- papai gostava de todos os amigos

Nilo com Emanoel

Nilo e Mocinha em Juazeiro