domingo, 21 de junho de 2015

JUNINHO QUIXADÁ- A VOZ DE VELUDO DA SERESTA QUIXADAENSE

Juninho Quixadá- voz de veludo da seresta quixadaense

Gilmário e Juninho Quixadá
 <>Quando criança, Mauro Junior Oliveira(verdadeiro nome de Juninho Quixadá) chamava a atenção de professores e alunos ao cantar nas festividades das escolas em que estudou. Nas festas de aniversários, batizados e até casamentos que aconteciam no bairro do Boto, o garoto era convidado para se apresentar. Nunca esqueceu o dia em que, cantando na casa de uma amiguinha, o músico Dudu Viana se aproximou e falou: "Menino, como você canta bem!" Adorava cantar mas o pai José Mauro de Oliveira, alertava "Meu filho, é melhor estudar, cantar só deu certo mesmo para Nelson Gonçalves e eu quero você doutor!". O radialista Julio Cesar que organizava shows em praças da terra dos monólitos e também apresentava programas no rádio, com o objetivo de descobrir novos talentos, convidou o talentoso adolescente para participar de um concurso que escolheria o melhor cantor. Não deu outra. Mauro Junior, disputando com 21 candidatos foi o grande vencedor.  Uma casa noturna, comandada pelo Walker, promovia o evento "Buchada Show" aonde se apresentavam os novos talentos lhe abriu caminhos. Como uma grande chance ainda não tinha surgido, resolveu estudar na banda de música e recebeu todo apoio do Maestro Marquinhos que se tornaria um professor e grande amigo. Mas o jovem precisava trabalhar, ajudar nas despesas de casa e teve que ir a Fortaleza, aonde conseguiu algumas pequenas ocupações. Mas a vida lhe preparou uma surpresa: Frequentando a noite da capital com colegas de trabalho, teve a oportunidade de mostrar sua voz de veludo. Num frequentado restaurante, o seresteiro não teve como atender o pedido  de uma canção de Márcio Greick e aí, por indicação da amiga Rita, ele cantou "Impossível Acreditar que Perdi Você" e foi bastante aplaudido. Realizou apresentações em programas de calouros da "TV", sempre ocupando os primeiros lugares. Era meados dos anos 80.  Mas Juninho não teve como se manter em Fortaleza e retornou a Quixadá. Na terra dos monólitos, encontrou apoio do conhecido seresteiro Chicão, então uma das atrações na já bem movimentadas noites quixadaenses. Chicão, sempre dava oportunidades ao Juninho, ajudando-o a se tornar mais conhecido do público. Mas o grande incentivador de sua carreira foi o popular músico Evandro dos teclados. Este sim, foi o que verdadeiramente abriu as portas para o futuro astro de nossas serestas. Passou a dividir o palco com Gilmário e Aduílio. Teve passagens por bandas de forró e durante algum tempo, era o principal vocalista da banda formada pelo Alci que mantinha um clube no Combate. Fez parte do aplaudido grupo "Trópico Musical" formado por Átila Costa, Ricardinho; Marcos Costa; Leandro. Por problemas financeiros, o grupo encerrou suas atividades mas Juninho recebeu convite para se apresentar ao lado, do hoje consagrado,sanfoneiro Chico Justino que lhe passou várias lições que lhe foram úteis por toda a vida. Depois desta fértil experiencia, formou, ao lado do tecladista Aprígio, uma das duplas mais bem sucedidas, chegando a ter alguns fãs clubes. Juninho e Aprígio se apresentaram em muitas cidades do interior cearense. Para surpresa de seus admiradores, a dupla encerrou as atividades. Então, Juninho Quixadá passou a trabalhar ao lado do tecladista Zé Raimundo(um dos fundadores do grupo Os Dragoes) que fez muito sucesso. Devido a apresentações em programas radiofônicos, recebeu convite para cantar  em diversos municípios do estado. Sempre recebeu o incentivo de sua mãe Marilza e dos irmãos Maria Teresa, Nonato e Evilásio. Juninho não esquece os tempos de escola. O astro quixadaense nunca deixou de sempre lembrar dos seus primeiros professores que foram Jacinta, Edna e Escolástica. Confessa ter chorado quando, voltando de uma apresentação, presenciou operários destruindo a antiga escolinha do Curtume Belém. Sempre foi um aluno aplicado e foi um dos selecionados para estagiar no Banco do Brasil, lá ficando durante 4 anos. Na atualidade, voltou novamente a cantar, acompanhado do seu eterno companheiro de estrada, Evandro dos teclados. Também é um dos componentes da banda Reprise que toca em ocasiões especiais. Louco por Quixadá, não teve coragem de integrar grandes grupos musicais do Brasil. Preferiu continuar cantando para seus fãs e amigos nas noites sempre bonitas da terra dos monólitos. Fique sempre cantando aqui, Juninho! Somos todos seus fãs!
Nos tempos de escola

Primeira comunhão- ao lado da irmã Teresa

Cantar é tudo para ele

Com Evandro, seu grande incentivador

Com Aprígio-dupla de sucesso