sexta-feira, 12 de agosto de 2016

MEMÓRIA AFETIVA DE QUIXADÁ: SAUDADE DAQUELAS CASAS CAIADAS DA RUA JUVENCIO ALVES


<><><><><>Que saudade danada daquelas casas caiadas, que ficavam na margem da estrada(rua Juvêncio Alves) que dá acesso ao bairro boto, ao São Cristovao, Aracaju, Califórnia e outras localidades. Lembro  daquelas cercas, mais parece o sertão de capitão Barbino, daquelas roupas dependuradas no quintal parecendo saudar os que passavam, dos canteiros com aquele aroma de "cheiro verde", das goiabeiras que ficavam um pouco, à frente. E aquele barulho musical que vinha de uma rede! E nas noites de lua, naquele lugar, tão calminho, me sentia um "rei", coisa que toda menino é. Lá dentro, gente boa e honesta. Parece mesmo que estou  dez anos atrasados! Quixadá já não é mesmo! Todo dia, me surpreendo com uma mudança. Saudades de vocês, velhas casas queridas. Uma tardinha, voltava da casa do Senhor Cleber, onde sempre pego leite e me deparei com a ausência daquelas lindas casas. Me sentei na calçada de minha amiga Marilza, chorando, com  muita tristeza e só a lua assistia minha dor! Fui socorrido pelo amigo Chicutinho que voltava do seu trabalho e me lembrou que já estava tarde. Em casa, perceberam que estava triste, mas fui consolado pela Damiana, fã chorona de Caetano Veloso que falou "É a força da grana destruindo coisas belas". Morro de saudades de Quixadá sem nunca ter saído daqui! Demolições, demolições, construções e mais construções. Aquela minha terra dos monólitos já não existe mais!