sexta-feira, 10 de outubro de 2025

,.ALGUNS FATOS QUE ACONTECERAM NO ANO EM QUE O MESTRE DA CULTURA POPULAR QUIXADAENSE PEREIRA NASCEU

Quixadá - anos 20

Primeira sangria do Cedro - 1924

Monumento ao trabalhador em Quixadá

Presidente Arthur Bernardes
Mestre Pereira


A terra dos monólitos comemorou com muita alegria o centésimo aniversario do pai de carnaval de rua de Quixadá, o mestre Pereira. Veio a este mundo em 17 de setembro do ano de 1925. Vamos tentar fazer um resumo dos eventos que aconteceram no ano em que ele veio ao mundo. Começando pela nossa bela Quixadá, o prefeito era o médico Nilo Tabosa Freire que governou de 1917 a 1927. Tivemos a segunda sangria do açude do Cedro que muito alegrou os quixadenses. No ano em que o Pereira nasceu a energia em nossa cidade era fornecida das 18 às 22 horas. A prática do futebol começou a atrair em especial os jovens da cidade e começaram a acontecer competições esportivas e o local da apresentação era no espaço onde hoje localiza-se a nossa catedral e a praça José Linhares da Páscoa. No ano de 2025 tivemos a instalação do telégrafo nacional. De acordo com o memorialista João Eudes Costa as comunicações telegráficas eram feitas através da estação local da RVC e em precárias condições. Nas dependências do prédio da Prefeitura Municipal funcionava o Grupo Escolar e que sempre teve o apoio de Nilo Tabosa freire. No ano de 1925 foi encenada a primeira peça de teatro "Revista Fora dos Eixos" de autoria do ilustre historiador Euzébio de Sousa. Saindo da terra da galinha choca, temos a destacar que o estado do Ceará tinha como governador José Moreira da Rocha, aquele que muitos apontam como o pior chefe do executivo do estado. No nosso Brasil brasileiro o presidente era Arthur Bernardes que governou de 1922 a 1926. Quando o nosso herói Pereira nasceu foi composta a famosa canção "Chuá Chuá" de autoria de Pedro de Sá pereira e Ary Machado Pavão. No mesmo ano que ele nasceu veio ao mundo o famoso ator norte-americano Paul Newman. No Rio de Janeiro, o jornalista Roberto Marinho funda o jornal "O Globo" e começa a circular "A Folha de São Paulo". Em 1925, o dia do trabalho foi comemorado pela primeira vez. O escritor F. Scott Fitzgerald publica o sucesso editorial "O Grande Gatsby". No mesmo ano e se estendendo até 1927 tivemos a Coluna Prestes que foi um movimento político-militar brasileiro. Para terminar, é bom lembrar que no ano em que o mestre da cultura quixadaense veio ao mundo, aconteceu em Juazeiro do Norte-CE o primeiro carnaval do interior cearense. Fim de Papo.
<>Imagens retiradas da Internet. 

<>JÁDER DE CARVALHO -ELE É QUIXADAENSE SIM SENHOR

Ele nasceu em Quixeramobim. Tá lá em várias biografias. Não Senhor, é filho de Fortaleza, garantem alguns autores. Em muitos trabalhos acadêmicos a terra dos monólitos é solenemente ignorada. Como quixadaense e apaixonado por esta bela terra, compro essa briga! Como nos meus tempos de jovem digo: "Podem vir quente que estou fervendo!" Sei que os adversários(não inimigos) são poderosos, pois pertencem a elite intelectual e eu apenas um velho blogueiro que apenas ostenta um diploma do curso de Datilografia que fiz na escola da dona Minervina. Era só o que faltava! Já fizeram isso com Moacir Costa Lopes( A Ostra e o Vento), um "papaema" de verdade. E ninguém reage! Quer dizer que os nosso jovens nas escolas aprendem que os nossos grandes escritores são filhos de outras lugares? Vai prá lá violão, não engulo isso calado! Ora bolas! Jáder, este notável escritor, jornalista, professor, advogado, nasceu na Serra do Estevão(Dom Maurício). E a Serra do Estevão fica aonde? Em Fortaleza, Natal, Rio? Coisa nenhuma, fica em nosso território. Os senhores sabiam que o primeiro artigo escrito por Jáder de Carvalho foi no jornalzinho "O Atheneu"que era produzido pelos alunos do "Atheneu Quixadaense", quando era diretor do estabelecimento o seu pai Francisco Adolfo de Carvalho. Era o ano de 1914 e o menino Jáder só tinha 13 anos de idade. Tá lá! Tá no livro "Retalhos da História de Quixadá" do historiador quixadaense, João Eudes Costa. Talvez, por ter escrito o poema "Em Louvor de Quixeramobim" se fale que ele nasceu lá. Mas, não foi. Meu conterrâneo deveria ter produzido "Em Louvor de Quixadá", não era? Quixadaense de grande talento, teve destaque maior no Jornalismo(Para alguns historiadores, o criador do novo jornalismo cearense) e na Literatura. Estreou com "O Canto Novo da Raça", em 1928, em parceria com Sidnei Neto, Franklin Nascimento e Mozart Firmeza. Colaborou em suplementos literários, em especial, no jornal " O POVO" de curta duração. Seus livros, tem como temática maior, o caráter social: "Terra de Ninguém", "Classe Média", "Doutor Geraldo", "A Criança Vive", "Eu Quero o Sol", "Sua Majestade, o Juiz", Aldeota(grande sucesso de leitores e crítica). Publicou livro de temas sociológicos como: "O Problema Demográfico Brasileiro", "O Índio Brasileiro" e "Povo Sem Terra", nos anos 30(século passado). "Terra Bárbara"(1965), onde escreveu diversos poemas, ainda hoje, lembrados pelos leitores, é um livro maravilhoso. <>Peço o socorro dos meus amigos da "Academia Quixadaense de Letras", da "Unicatólica(amo!), da "UECE", da "Cisne", dos meus amigos professores e de todos que amam Quixadá e sua gente. Não vamos permitir que os talentos que aqui nasceram tenham sua biografia destruída. Não sou um Napoleão Bonaparte, mas a batalha na defesa de Moacir Costa Lopes venci e todos já reconhecem que ele nasceu mesmo na terra dos monólitos. Com a ajuda de todos ganho mais esta. Jáder de Carvalho é quixadaense e papo final. Ora bolas!
<>Imagens retiradas da Internet.



 

<>TOINHO DO TÁXI - MEMÓRIAS DE UM APAIXONADO PELA PROFISSÃO

Corcel-ìcone dos anos 70

Acredito ter sido o taxista mais feliz de Quixadá. É desse jeito que Antônio Arruda Pinheiro se define. Toinho amava o que fazia. O táxi foi seu instrumento de trabalho e uma oportunidade que Deus lhe deu para fazer as pessoas felizes. Dirigiu seu táxi pelas ruas da bela Quixadá e em outros espaços por mais de 30 anos. Naqueles anos 70 na praça José de Barros tinha um galpão onde os taxistas ficavam aguardando os clientes. Além de Toinho lembramos de Zé Peixoto, Chico do Ovídio, Zé Vandô, Zé Pirela, Adoniram, Teteu, Fausto. Devemos lembrar que aquele galpão foi demolido para as mudanças que aconteceram na nossa principal praça. Alguns taxistas buscaram outros locais, mas o Toinho ficou por ali mesmo e seu abrigo eram as árvores que tinham em bom número naquele local. Ele colecionou muitas histórias e viveu experiências a bordo do seu táxi, um Corcel que era o carro da moda naquele momento. Antes de ser profissional do guidom trabalhou na Casa primavera do Senhor Quintino. Por algum tempo prestou serviços na antiga Teleceará. Aconselhado por um amigo trocou o seu carro Brasília por um Corcel, veículo ícone dos anos 70 e dedicou-se exclusivamente ao trabalho como taxista. Em pouco tempo conquistou muitos clientes como por exemplo, o pessoal da Teleceará e as irmãs do Instituto Sagrado Coração de Jesus. Muitas famílias quixadenses requisitavam Toinho para as viagens. Ele não esquece de uma muito especial, a professora Valdinha Bezerra. Este simpático cidadão nasceu na terra dos monólitos em 11.08.1942, filho de João Arruda dos Santos e de Luiza Arruda Pinheiro, gente boa lá da serra de Baturité. Passou a infância e adolescência no Cedro Velho sempre aprendendo as coisas do campo. Esteve por pouco tempo em bancos de escolas tendo frequentado a escolinha do DNOCS. Veio para a cidade no ano de 1970 com o objetivo de trabalhar e assim ajudar nas coisas de casa. Bom rapaz, comunicativo e educado era convidado pelas jovens alunas do Colégio das Irmãs para dançar nas festas de término de curso que aconteciam na maioria das vezes no Balneário. Foi num desses bailes que conheceu através da prima Lúcia Xavier aquela que viria a ser a sua deusa, a jovem e bonita Ana Maria filha dos inesquecíveis Cícero e Ana Maria. Naquela festa convidou-a para dançar, ficou encantado querendo logo entregar seu coração. E vieram os lindos momentos de um namoro que mais parecia poesia. Os filmes no Cine Yara, os parques de diversões, as novenas, o passeio na praça de mãos dadas com suspiros a deusa dos namorados(a lua). E veio o tão sonhado casamento numa celebração comandada pelo padre Terence. Desta abençoada união nasceram os filhos Tatiana, Márcia e Liliana, as pedras preciosas do casal. Um taxista de estimação, com certeza. Toinho gosta de lembrar que tinha passageiros generosos e alguns ficaram amigos até os dias de hoje. Este profissional não apenas conduziu pessoas, mas colaborou na divulgação de sua querida Quixadá levando os turistas aos mais belos locais da cidade. Ajudou a salvar vidas conduzindo pacientes aos hospitais e fez alegria de muita gente nos passeios das famílias. Uma verdade é inquestionável. Toinho amava(e ama) a profissão de taxista
Ana e Toinho-Linda história de amor

Toinho ama a profissão de taxista