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Corcel-ìcone dos anos 70 |
Acredito ter sido o taxista mais feliz de Quixadá. É desse jeito que Antônio Arruda Pinheiro se define. Toinho amava o que fazia. O táxi foi seu instrumento de trabalho e uma oportunidade que Deus lhe deu para fazer as pessoas felizes. Dirigiu seu táxi pelas ruas da bela Quixadá e em outros espaços por mais de 30 anos. Naqueles anos 70 na praça José de Barros tinha um galpão onde os taxistas ficavam aguardando os clientes. Além de Toinho lembramos de Zé Peixoto, Chico do Ovídio, Zé Vandô, Zé Pirela, Adoniram, Teteu, Fausto. Devemos lembrar que aquele galpão foi demolido para as mudanças que aconteceram na nossa principal praça. Alguns taxistas buscaram outros locais, mas o Toinho ficou por ali mesmo e seu abrigo eram as árvores que tinham em bom número naquele local. Ele colecionou muitas histórias e viveu experiências a bordo do seu táxi, um Corcel que era o carro da moda naquele momento. Antes de ser profissional do guidom trabalhou na Casa primavera do Senhor Quintino. Por algum tempo prestou serviços na antiga Teleceará. Aconselhado por um amigo trocou o seu carro Brasília por um Corcel, veículo ícone dos anos 70 e dedicou-se exclusivamente ao trabalho como taxista. Em pouco tempo conquistou muitos clientes como por exemplo, o pessoal da Teleceará e as irmãs do Instituto Sagrado Coração de Jesus. Muitas famílias quixadenses requisitavam Toinho para as viagens. Ele não esquece de uma muito especial, a professora Valdinha Bezerra. Este simpático cidadão nasceu na terra dos monólitos em 11.08.1942, filho de João Arruda dos Santos e de Luiza Arruda Pinheiro, gente boa lá da serra de Baturité. Passou a infância e adolescência no Cedro Velho sempre aprendendo as coisas do campo. Esteve por pouco tempo em bancos de escolas tendo frequentado a escolinha do DNOCS. Veio para a cidade no ano de 1970 com o objetivo de trabalhar e assim ajudar nas coisas de casa. Bom rapaz, comunicativo e educado era convidado pelas jovens alunas do Colégio das Irmãs para dançar nas festas de término de curso que aconteciam na maioria das vezes no Balneário. Foi num desses bailes que conheceu através da prima Lúcia Xavier aquela que viria a ser a sua deusa, a jovem e bonita Ana Maria filha dos inesquecíveis Cícero e Ana Maria. Naquela festa convidou-a para dançar, ficou encantado querendo logo entregar seu coração. E vieram os lindos momentos de um namoro que mais parecia poesia. Os filmes no Cine Yara, os parques de diversões, as novenas, o passeio na praça de mãos dadas com suspiros a deusa dos namorados(a lua). E veio o tão sonhado casamento numa celebração comandada pelo padre Terence. Desta abençoada união nasceram os filhos Tatiana, Márcia e Liliana, as pedras preciosas do casal. Um taxista de estimação, com certeza. Toinho gosta de lembrar que tinha passageiros generosos e alguns ficaram amigos até os dias de hoje. Este profissional não apenas conduziu pessoas, mas colaborou na divulgação de sua querida Quixadá levando os turistas aos mais belos locais da cidade. Ajudou a salvar vidas conduzindo pacientes aos hospitais e fez alegria de muita gente nos passeios das famílias. Uma verdade é inquestionável. Toinho amava(e ama) a profissão de taxista
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Ana e Toinho-Linda história de amor |
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Toinho ama a profissão de taxista |