quinta-feira, 2 de abril de 2015

JOÃO CLÓVIS- O CAÇADOR DE RELÍQUIAS

João Clóvis-um apaixonado por objetos antigos
 <>Passado e presente se confundem quando visitamos a residencia de João Clóvis de Queiroz. Este quixadaense sustenta e, com muita dedicação, o hábito de colecionar objetos antigos. Em seu acervo encontramos velhas máquinas de escrever, ferros de engomar, radiolas bem antigas(ainda compradas na loja de d. Zélia), rádios, máquinas de costuras, vídeo cassete, balanças, debulhador de milho manual. Garimpar peças antigas faz parte do cotidiano e, certamente, há de constituir-se numa valorização do passado. Clóvis nos conta que começou a colecionar essas raridades há mais de 30 anos e diz não querer parar. "Me considero um guardião desses objetos de grande valor para mim. Na verdade, é um diálogo entre o antigo e o moderno. Destacou ainda que há pessoas que estranham este hábito, mas assegura que, na verdade, está se mostrando culturas passadas para a comunidade, em especial, para os mais jovens. Prova disto é que sempre recebe a visita de alunos, professores e outros interessados em conhecer peças antigas. "Sou um caçador de relíquías", assim se define este filho do casal João Batista de Queiroz e Isabel Fernandes Queiroz. Aos nove anos de idade foi morar em Ibicuitinga, aonde seu pai montou uma loja de variedades. João Batista vendeu uma padaria que administrava na terra dos monólitos. Aos 12 anos, veio com os irmãos estudar em Quixadá. Lembra que seus pais sempre se interessavam pela educação dos filhos. Em 1975, casa-se com Marileide da Páscoa, filha do ilustre homem público, José Linhares da Páscoa. O casamento aconteceu na igreja matriz e teve como celebrante, o saudoso padre Pedro Paulo. É pai devotado de Kristian e Kênia que respeitam e também curtem esse lance do pai de preservar objetos do passado. Algumas peças são compradas, mas recebe muitas doações, em especial dos amigos Lairton, Zé Aparecido, dentre outros. Garimpando peças antigas, conheceu novos amigos, inclusive, de outras cidades. Perguntado sobre o que mais lhe atrai neste hábito, bem pensativo, afirma que é o fato de saber que outras pessoas utilizaram esses objetos, em algum momento de suas vidas. Isso é fantástico, assegura o caçador de relíquias da terra dos monólitos.
anos 70

Clóvis e seus velhos vinis

debulhador de milho-uma rariadade

ferro de engomar

Clóvis ainda utiliza a velha máquina de escrever

velha radiola adquirida na Zélia Modas