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Sousa, Ferreira, Vital e Aldir em plena atividade |
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Sousa-Polícia como vocação |
<>Uma alegria imensurável fazer parte da Polícia Militar do Ceará. Uma segunda família para mim, com certeza. Foram as primeiras palavras que ouvimos de Francisco Ferreira de Sousa quando o entrevistamos para o nosso ¨blog¨. Durante 32 anos atuando como militar serviu a comunidade com muita satisfação. De sertanejo trabalhando na agricultura numa propriedade da família em Ibaretama ao lado do pai Clodoaldo até ingressar nos quadros da Polícia. Bateu enxada no chão, limpou pé de algodão, suava junto aos demais da família naquele trabalho honesto para o sustento da casa. A produção de algodão vinha para Quixadá e a maior parte era vendida no ponto comercial do Senhor Tabosa. A saudade de Sousa desse tempo é imensa e sempre lembra que a mãe, dona Julieta, queria que o jovem estudasse para ser doutor como querem as santas mães. Ficou trabalhando ao lado da família até os 22 anos quando decidiu por ir morar e trabalhar em Fortaleza. Certamente, um mundo todo novo para aquele jovem que sempre amou o sertão, mas tinha consciência que precisava conquistar seu espaço no mundo do trabalho. Queria ajudar o mais que pudesse a toda a família. Por sugestão de um tio onde ficou morando por algum tempo, aceitou o desafio de entrar nos quadros da Polícia militar. Contava, então, com 22 anos quando resolveu integrar os quadros das forças de segurança. Exatamente no dia 16 de abril de 1962, depois da aprovação nos exames, começaram os treinamentos no Quartel General Edgar Facó que duraram 6 meses. Com muita força de vontade, seriedade e também, é claro, vocação, estava pronto para realizar aquilo que é mais bonito na missão de um policial que é defender a segurança de outras pessoas. Durante algum tempo, ficou exercendo atividades burocráticas no próprio quartel onde realizou o treinamento. mas não demorou muito e já foi designado para trabalhar na segurança de eleições no município de Aquiraz. Voltou a Fortaleza para integrar a equipe do batalhão Parsifal Barroso e fez parte da lendária dupla de policiamento que ficou conhecida como Cosme e Damião. Mesmo se sentindo bem na capital, lembrava sempre com muita saudade do pai, Clodoaldo, que lhe ensinou o valor do trabalho e de sua doce mãe, Julieta, que mostrou o significado de respeitar e tratar bem todas as pessoas. Esperava com muita fé o dia de vir trabalhar na sua querida Quixadá e por obra e graça de Deus a quem sempre devotou grande amor, surgiu a tão aguardada oportunidade. Quando o capitão Cláudio foi transferido para a terra dos monólitos e perguntou quem desejaria ir atuar na bela cidade, Sousa se apresentou relatando o seu desejo de ficar perto da família e dos amigos e assim se deu. Estávamos nos primeiros meses do ano de 1963. Naquele momento, A Companhia de Polícia na terra dos monólitos era instalada na Vila do Heitor. Capitão Zarlur foi seu primeiro comandante e durante algum tempo, Sousa ficou exercendo suas atividades naquele local, mas logo depois, foi designado para trabalhar em Juatama onde atuou em duas oportunidades. Atuou ainda em Banabuiú, retornou a Quixadá, esteve em São Luís, Ibaretama, Choró e ainda em Mombaça. Sargento Sousa lembra muito dos seus comandantes que reconheciam naquele militar, uma pessoa devotada ao trabalho. Foram eles: Zarlú, Galdino, Archias, Prado, Leite, Aires e Lucas. A emoção toma conta de Sousa ao falar de alguns de seus colegas policiais como Jaime, Alfredo, Lima, Vital, Ferreira, Audi, Sargento Viana, Franco, Barbosa, dentre outros. A rotina de trabalho de um policial é cheia de desafios e quase sempre, agitada. Sousa nos contou que voltava de um trabalho realizado na Juatama, juntamente com o sargento Cavalcante e um filho do soldado Adécio quando o jipe em que viajavam virou na ponte do Putiú, rolou duas vezes e parou em pé dentro do rio, mas nada sofreram. Sargento Sousa foi casado com uma verdadeira deusa, a amiga das horas incertas, Maria de Lurdes que foi bem amiga que esposa. Por determinação de Deus, Ela foi chamada por Deus para outras missões que lhe foram confiadas. Sousa é pai amoroso de Ana Cléia, filha maravilhosa como ele próprio a define e que está sempre presente na rotina do querido genitor. Sempre participou das atividades da igreja católica e quando morava na COHAB ajudou bastante na construção da capela Nossa Senhora de Fátima e cuidou da mesma por muito tempo. Fez parte durante algum tempo do Encontro de Casais com Cristo e sua querida esposa era ministra da eucaristia. Hoje, Sousa tem doces recordações do tempo em que saía de casa todos os dias para proteger a vida de pessoas de outra família. Como toda atividade humana, afirma que houve momentos árduos, mas o importante é a consciência tranquila de ter se tornado um policial respeitável. Acredito ter seguido o caminho que Deus escolheu para minha vida e sou bastante grato a ele por isso.
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A primeira foto como policial |
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Sousa, a filha Cléia e sua querida esposa Maria de Lurdes |
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Seriedade e compromisso no trabalho |
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Sousa, Bezerra e Nazareno |
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Hoje, doces recordações do trabalho de policial |
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Os pais Clodoaldo e Julieta foram primordiais na formação do caráter do policial |
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