sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

<>LUNGA BAIXISTA TEM DOCES RECORDAÇÕES DA EXPLOSÃO MUSICAL NA TERRA DOS MONÓLITOS NOS ANOS 60, 70

 

Lunga baixista

Eu e meu amigo Lunga

<>Os anos 60 e 70 foram marcados por uma explosão musical em nosso país que invadiu não só as capitais, mas também o interior. A terra dos monólitos logo entrou na onda da Jovem Guarda, das canções internacionais e da discoteca. Os bailinhos, as tertúlias, aconteciam nas casas de família, mas logo chegaram nos clubes com destaque para o Balneário e o comercial. O som dos Beatles, Roberto Carlos,  Renato e Seus Blue Caps, Fevers e outros, estavam na boca e no coração dos jovens. Foi nesse momento que surgiram grupos musicais com integrantes de muito talento. Jovens se destacaram tocando guitarra, contrabaixo, órgão, saxofone, bateria e outros instrumentos. Da primeira formação de Os Monólitos, um  jovem conhecido por Lunga se destacava no contrabaixo atraindo a atenção do maestro Dudu Viana e do publico. Numa manhã de domingo, Lunga, que num primeiro momento queria ser cantor, se apresentou no programa "Juventude se Revela" no Comercial. Numa guitarra emprestada pelo Vinícius cantou "A Última Canção", sucesso na voz de Paulo Sérgio, aquele que incomodou Roberto Carlos. Dudu Viana ficou encantado com o talento de Lunga com o instrumento e fez o convite para o jovem artista fazer parte do grupo Os Monólitos que brilhou nos anos 60 e 70, até meados dos anos 80. Naquele momento a formação do grupo era Dudu Viana, teclados; Vinícius, guitarrista; Luiz, baterista;  Manuel Viana no piston, depois começou a fazer parte do gupo, Zé Pretinho, um craque no saxofone. Um detalhe é que somente Lunga continua entre nós e os demais daquele primeiro momento são cidadãos do infinito. Anos mais tarde formou o grupo musical "Os Águias" na cidade de Jaguaretama e que fez muito sucesso na região. Faz questão de afirmar que aprendeu a tocar vendo e ouvindo o Rubens, ali nas proximidades do Mercantil Cícero Bertoldo.   Atualmente, morando em Fortaleza, guarda boas lembranças de Quixadá e não esquece sua primeira professora que foi a dona Cesarina., um anjo na sala de aula. Lembra com muita saudade dos amigos Vinicius, Paulo Honório e de todos os colegas músicos. De sua biografia consta o fato de ter sido caminhoneiro o que lhe possibilitou conhecer várias cidades nordestinas. Na música jovem do Brasil, naquele momento, se destacavam os baixistas Paulo Cesar Barros do grupo Renato e Seus Blue Caps; Nenê de Os Incríveis; Parada do The Pops, Tony do The Jordans e Fábio Block do grupo Brazilian Bitles. Aqui, na terra dos monólitos, a fera do contrabaixo era o nosso amigo Lunga para quem mandamos um forte abraço.
Lunga mora em Fortaleza e tem doces recordações dos jovens anos
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domingo, 14 de janeiro de 2024

<> TODO MUNDO QUER IR PRO CÉU, MAS NINGUÉM QUER MORRER(EU TAMBÉM NÃO)

 

<> "Todo mundo quer ir pro céu mas ninguém quer morrer! Céu! Céu! Céu! O título destas mal traçadas retirei de uma canção da Blitz. Como não poderei falar depois da death(em língua inglesa fica mais chique), necessito comunicar do que gostaria que acontecesse quando passar desta para pior(Lembro do Neno). E que falta ele faz.  O Tic Tac do meu coração lembra que passei do meio dia. Adoro beijar, mas a dona morte não venha fazer isso. É beijo gelado, sim senhor! Mas, vamos lá! Quero que na minha despedida se encontrem presentes os meus ouvintes do rádio,  os amigos que guardo debaixo de sete chaves como fala na "Canção da América. Quero demais  a presença dos meus colegas professores do Colégio Municipal, do Colégio Estadual, meus alunos, os colegas do microfone e aqueles que vivem honestamente, que enfrentam dificuldades. Se pudesse, pediria ao simpático Padre Filipe  que rezasse um "Pai Nosso"para que os anjos me levassem até o  Céu. Céu! Céu! Céu! Acharia ótimo até demais se meu irmão evangélico, Alexandre Magno(filho do seu Luquinha), lesse trechos da bíblia. Ficarei super feliz com a presença de toda minha família como minhas queridas(e lindas) irmãs Corrinha e Cecê. E, claro, minha filha Tainan e meu neto Lorenzo, o meu amiguinho de todas as horas. Meus cachorros Rin, Tin, Tin e Garrincha e também as minhas gatinha Hilda Furacão, a Gretchen Black que parece desconfiar de minha tristeza e pula no meu colo para aliviar meus ais. Vibraria ,de verdade, se meus amigos Tony Remelexo,  Juninho Quixadá e Evandro dos teclados cantassem "Amigo" do Roberto. Como não sou famoso, com certeza, jamais serei nome de rua, nem serei lembrado com um busto colado a um microfone. Serei notícia na página dos meus amigos do "Face". A death é a angustia de quem vive, tal qual falou o poetinha Vinícius. Não tenho fingimento, morro de medo. Todo domingo, a missa de Santa Teresinha começa as 19 horas e duas horas antes já estou sentado no banco da pracinha. É que aprendi a gostar dela que sofreu, teve uma vida dura e jamais reclamou. Peço a minha santinha que acabe com esse meu medo de fazer esta viagem(Pela Guanabara, sim). A Rua Tenente Cravo, a poética rua do Prado não ouvirá mais meus passos(Aconteceu com o maluco beleza). Mas, calma, Amadeu! Calma, meu velho! Um analista amigo meu(O Belchior também tinha) falou que há espaço também de coisas boinhas neste tema. Ele disse que depois de bater o catolé(cearense sou), algo de bom nos espera como o fato de reencontrar lá no céu aqueles que tanto amamos como nossos pais e amigos. Que alegria chegar no céu e encontrar mamãe e papai se balançando numa rede véia comprada no seu Benjamim. Conversar com o meu eterno diretor, o  professor Cleune. Que barato, bicho! Sorrir ao encontrar o Almeidinha lembrando do meu aniversário. Dá sonoras gargalhadas ao ouvir o filósofo popular, o Zé Laranjeiras, contar que no seu primeiro encontro com a namorada levou uma topada na pedra do cruzeiro que no seu tempo de jovem era bem pequena. Abraçar, cheio de emoção, o meu amigo Everton Lopes, o Manoel Augustinho e ainda, Seu Nilo. Lá, tá assim de filhos da terra dos monólitos. Curtir meu amigo Zé Carlos apresentando programa de Nelson Gonçalves. Me falaram que lá tem uma rádio. Ouvir as estórias contadas pelo José da Páscoa. Sentir mais uma vez a disponibilidade de Everardo Silveira sempre pronto prá ajudar. E mais, o Mestre Adolfo tocando bandolim, o Ronaldo Miguez cantando acompanhado  por Dudu Viana, " Maria Helena, és tu a minha inspiração" Mas, peraí! É certeza me tornar um cidadão do infinito? Confiando que o Chico falou não existir pecado na gente latina, andei saindo da linha e diversas vezes(Quem não?). Mas, recebi em sonho, recado de um amigo meu que fez a grande viagem, já faz algum tempo É que ao encontrar São Pedro, o trate com jeitinho(Sou brasileiro, né?). Faça uma coisa e lhe garanto que ele fará uso das chaves e abrirá as portas dos céus. Céu! Céu! Céu! Dê-lhe um disco do João Gilberto, do Caetano, Chico e Luiz Gonzaga. Mas, muito cuidado! Não o presentei com o disco do Evaldo Braga com a música "Mentira! Assim, ele vira uma fera, pois lembrará do tempo que negou Cristo por três vezes. Faça o favor de não esquecer um livro do João Eudes Costa, um romance do Francisco Jards. Alguém soprou que ele adora ler sonetos do Antônio Martins e poesias da Angélica Nogueira. Cuidado, rapaz! Agrade o Santo! Mas, fiquem tranquilos, amigos meus. Estou bem de saúde e esse ano não morro! Também sou um sujeito de sorte. Não é poeta-filósofo de Sobral?



Eu e meu dileto amigo AloísioO Chefe)

Eu e o Mestre Adolfo Lopes

Nos meus jovens anos

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

<>VEM AÍ, DIA 20/01/2024 O SEMINÁRIO "SOU VELHO OU IDOSO?" NO AUDITÓRIO DA FECLESC NUMA PROMOÇÃO DA APEOC

Professora Valdni Barros da APEOC-Quixadá
 <>"SOU VELHO OU IDOSO?" É este o tema do Seminário voltado para as pessoas idosas que ocorre no dia 20 promovido pelo Sindicato APEOC. O evento terá início as 10 horas e o local será no auditório da FECLESC na cidade de Quixadá. A informação nos foi repassada pela professora Valdenir Barros e estão sendo convidados os professores aposentados e servidores sócios ou não do Sindicato. Também poderão participar aposentados de outras categorias e demais pessoas interessados na situação da pessoa da terceira idade. Dentre as temáticas a serem debatidas, merece destacar a atenção aos direitos da pessoa idosa. Os palestrantes serão: Maria da Penha Matos Alencar que é formada em Filosofia pela UECE e exerceu quatro mandatos como presidente da APEOC; Juscelino Linhares, graduado em História e Geografia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA) e tem pós-graduação em Ensino Fundamental e Médio. Os quixadenses estão sendo convidado para o evento. Os que participarem do Seminário sairá com um certificado em mãos.
Professores quixadaenses em momento de confraternização

Registro de um momento de confraternização de professores da terra dos monólitos

Professora Valdeni entre seus colegas professores


Professora Penha

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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

<>LIVROS PARA LER NO NATAL: "FAMÍLIA LESSA NO MUNDO" E "FAMILÍA MAIA NO MUNDO" DO ESCRITOR CARIOCA(CEARENSE DE CORAÇÃO) JOSÉ LUIZ LESSA

Neste NATAL presentei os parentes, os amigos e a si mesmo, com essas obras inéditas que abordam a origem e a história de duas famílias milenares, espalhadas pelos 6 continentes... Contatos e vendas diretamente com Autor, pelo site www.amazon.com.br(sistema ebook) ou pelo e-mail: joseluizlessa@yahoo.com.br
Escritor Lessa

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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

<>BAR DO APULCO E PENSÃO DE DONA ADILIA- EMOÇÕES DO PASSADO QUIXADAENSE

 

Apulco comandou o mais popular bar nos anos 70 e 80 na terra dos monólitos
<><><><>Sempre aos domingos, já ao cair da tarde, quando me dirijo a igreja do Alto do São Francisco, passando pelo posto São Sebastião e olhando para aquele prédio ,onde, na atualidade, funciona uma oficina de motos nas proximidades do CACD,  desperta em meu coração uma grande saudade da pensão da dona Adília e o bar do Apulco que situava-se no mesmo espaço.  Recordo que eu e meus colegas de anos verdes gastamos parte de nossa mocidade naquele ambiente de grande alegria. Numa fotografia mental do Quixadá daquele tempo, vejo pessoas que chegavam na velha estação ferroviária e se dirigiam a pensão de Adília onde encontravam o carinho da doce senhora. Os de mais dinheiro, preferiam o Hotel Central ou o tradicional Nossa Senhora de Fátima. Aquelas canções, cheias de amarguras que chegavam no ouvido de jovens loucos pela vida e dos casais apaixonados vindas de um som 3 em 1, manejado por Apulco que com um terninho a la Bob Nelson, mais parecia um maestro de uma grande orquestra, tamanho o amor que ele tinha pela música que o transformou num grande colecionador de vinis e por isso mesmo, recebendo frequentadores não só da terra dos monólitos, mas de outras cidades. Mesmo quando a bela Quixadá já dormia, gente que comemorava por ser feliz ou alguém que chorava uma desilusão amorosa, encontrava no bondoso proprietário um grande conforto através de uma canção indicada pelo mesmo. Os belos tempos de rapaz de muitos filhos da terras dos monólitos, quando brincávamos de vida, foram curtidos ali. Nos anos 70, 80,  era o grande encontro de quem vivia a noite ou parte dela.  Com um jeito que transmitia bondade, ele atendia os pedidos musicais dos frequentadores e tome Nelson Gonçalves, Bienvenido Granda, Waldick Soriano, Angela Maria e muitos outros.. Um frequentador de Fortaleza  pagou as despesas em dobro para ouvir "A Volta do Boêmio" durante o expediente da noite. Casais comemoravam ali suas alegrias e na sala que ficava um pouco a frente do bar, improvisavam um salão de danças e ao som do sax do Saraiva e sem se importar com a mesa do bilhar, rodopiavam e trocavam juras de amor ao som de "Lágrimas de Namorados". Antes de irem para os forrós da Aliança ou do Avante, Comercial, Balneário, AABB, passavam naquele local para saborear o que chamavam de vinho e ainda ficar nos trinques arrumando o cabelo na penteadeira que ficava no corredor da pensão. Alguns fitavam com os olhos quase em lágrimas um quadro de Nossa Senhora de Nazaré que ficava no corredor da pensão. Era a santa protetora de outra santa, Adília, que a todos conquistou com sua doçura. Segundo o conceituado professor e advogado, Marinaldo, sobrinho do Apulco, seu tio antes do trabalho no bar, pertenceu aos quadros da COELCE e percorria grandes distâncias numa bicicleta e carregando a escada para o trabalho. Ele, juntamente com seus colegas de trabalho da época, Abelardo, Zé Viana, Amorin e outros, implantou linhas de transmissão de energia até Quixeramobim. A irmã Aldenir nos relatou que ele era uma pessoa muito devotada a família e o que ganhava era para ajudar no sustento da família. Quando ele partiu em junho de 2018, deixou muito triste toda a família e quem mais sofreu com a sua partida foi o irmão preferido, Mário, que sempre na parte da noite abria a janela e dizia para sua querida esposa a ,simpática Irene, que estava sentindo muitas saudades do Apulco. Como se sabe, ele era uma pessoa que amava a noite e mesmo depois do trabalho no bar ficava até altas horas da madrugada no posto São Sebastião. Quando naquele espaço comercial o vigia faltava, era ele que ficava nesta atividade até a chegada de um novo funcionário. Sentimos muita tristeza ao lembramos daquele Quixadá que era pura poesia. Frequentar aquele bar não era desperdiçar tempo e nem cometer nenhuma loucura e sim buscar o que mais importa nesta vida que é ser feliz. Aqueles anos felizes de nossa  cidade, onde estão? Enquanto tocar uma canção cheia de amor numa plataforma qualquer, jovens gastando a mocidade, pessoas procurando por um hotel, também viverá em nossas lembranças a pensão de dona Adília e o bar do Apulco
Professor e advogado, Marinaldo, sobrinho de Apulco.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

<>MEMÓRIA DA POLÍCIA QUIXADAENSE(3) -ANTÔNIO PAULO DE SOUSA(SOUZINHA)- SER POLICIAL É UMA MISSÃO DE VIDA

Antônio Paulo de Souza não abandonou a Polícia Militar
<>Recebi o maior amor do mundo que foi aquele dado pelos  meus pais Antônio e Albanisa e ainda bem jovem entendi que precisava reconhecer o que meus heróis de carne e osso fizeram por mim. Sei que nunca conseguirei retribuir completamente o carinho que deles recebi. Falou sem conseguir esconder a emoção ,Antônio  Paulo de Sousa, que durante 30 anos atuou na polícia cearense. No final dos anos 70 foi para Fortaleza, precisava trabalhar e durante bom tempo foi vendedor de ovos nos bairros Montese, Parque Dois Irmãos e em outros espaços da capital. Chegou o momento de servir ao Exército e se apresentou no 23°BC, onde permaneceu de 1976 a 1977. Com muitas dificuldades, mas com força de vontade e fé em conquistar uma melhor qualidade de vida, estudava em colégio particular e sempre teve consciência da grande necessidade de ter conhecimento. Terminado o tempo no Exército, voltou para Quixadá com o objetivo de ajudar a sua mãe no trabalho na fábrica do senhor Renato Carneiro. Mas, tinha consciência de que precisava ter uma profissão, afinal, queria ajudar em casa e é claro, seguir seu próprio rumo. Tentou por várias vezes um trabalho que lhe desse segurança, mas houve muitos nãos. No entanto, soube recomeçar nas derrotas, caiu em algumas tentativas, mas tinha consciência de que chegaria o momento do tão sonhado trabalho. Sempre disposto a encarar os desafios que a vida apresenta, resolveu participar de um concurso para policiais militares que aconteceu em Russas. Teve total apoio da dona Albanisa que pediu um adiantamento de salário ao senhor Renato Carneiro para pagar inscrição do esforçado filho. Ficou entre os 40 classificados o que lhe proporcionou grande alegria e também deixou bastante feliz a sua mãe guerreira.  Era o ano de 1979 e Antônio ficou 6 meses no batalhão daquela cidade da região jaguaribana. Agora, sim, poderia dizer com tranquilidade que era policial militar. Em seguida, foi transferido para Jaguaribe, Pereiro e Jaguaribara. No ano de 1980 veio trabalhar na sua querida Quixadá sendo destacado para Senador Pompeu, Solonópole, Pedra Branca. Por algum tempo, exerceu suas funções em Itapiúna para onde se deslocava no trem de passageiros. Quando começou a atuar na terra dos monólitos, o comandante do batalhão era o Major Lucas Evangelista de Sousa neto e alguns de seus colegas de farda eram o Franco, Menezes, Fernando Sabá, Silva, dentre outros. Também trabalhou quando eram comandantes, Coronel Campos, Calixto, Edmilson,  André Luiz, Vidal, Major Aguiar. Lembra das dificuldades enfrentadas pela polícia para o desenvolvimento do seu trabalho, como por exemplo, poucas armas, transporte ineficiente, dentre outras. Lembra que quando uma dupla saía para a ronda, apenas o de mais idade portava arma e que o camburão já não bastava, pois Quixadá crescia bastante. Lembra com emoção do trabalho humanitário desenvolvido por ele e seus colegas  no socorro as pessoas que sofreram acidentes ou tiveram problemas de saúde e até em um primeiro atendimento as mulheres prestes a dar a luz que eram encaminhadas ao hospital. Bom lembrar que naqueles anos ainda não existia o SAMU. Souzinha, como é carinhosamente chamado pela família e amigos, afirma que exerceu uma profissão honrada. Uma de suas grandes alegrias foi tornar-se um paraquedista, tendo feito o o curso no Aeroclube do Ceará e tendo como instrutor o Coronel Adelson Leite Julião. Gosta sempre de lembrar que  saía de casa todos os dias para proteger a vida de outras pessoas.  É por isso que depois de 30 anos(1979 a 1999) atuando na polícia, não a abandonou e desde 2012 integra o policiamento patrimonial exercendo seu trabalho na FECLESC. Como em toda profissão, teve momentos difíceis, mas enfrentou com garra e determinação os tombos que apareceram. Recorda com emoção que em 1992 quase foi expulso da Polícia Militar. Mas, como, depois de 20 anos de dedicação de minha parte? Até doente, algumas vezes, mas sempre pronto a colaborar com o grande trabalho que sempre exerceu a corporação a quem sempre amei e amo de coração. Batalhei com coragem para mostrar que deveria permanecer servindo a minha comunidade. Esta é um pouco da trajetória de Antônio Paulo de Sousa e ,certamente, lições valiosas nos foram mostradas e Souzinha nos fez ver que podemos transformar as adversidades em grandes conquistas.
Souzinha soube superar as aversidades

Policial é uma profissão honrada

Atuou em diversos trabalhos humanitários

Com a família e amigos em momento de fé: Geniere, Rosa, Caarlinhos, Albaniza(mãe), Souzinha e Socorro
O bem estar das famílias é o grande objetivo do trabalho policial

Lembra com saudade dos colegas de farda

Carteira do curso de Para.quedismo

 

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Torcedor fervoroso do Fortaleza
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terça-feira, 25 de julho de 2023

<>VOU- ME EMBORA PRO PASSADO QUIXADAENSE -PARÓDIA BASEADA NO POEMA "VOU-ME EMBORA PRÁ PASÁRGADA" DE MANUEL BANDEIRA E "VOU-ME EMBORA PRO PASSADO DE JESSIER QUIRINO

 

Magarefe Adauto
<>Vou me embora pro passado do meu Quixadá querido. Lá, sou amigo do rei! Vou me embora pro passado. Lá, tem pessoas do  nosso coração como Luiza Lopes, Adolfo, Professora dona Tintina, Neêmia, Francisco Segundo, Seu Capelo, Dona Fernanda, Zé Paulino, Nina, Mário Bertoldo, o magarefe Adauto, a disponibilidade dos médicos Everardo Silveira, Dr. Antônio Magalhães, Laércio, Dr. Nelson, Dr. Eudásio, o solidário farmacêutico José Forte Magalhães  e muito mais gente boa. Vou me embora pro passado quixadaense porque lá éramos mais felizes. Lá, irei passear de charrete com minha doce amada. Tem o caminhão de Zé Pilhéria alegrando as ruas, a simpatia de Zé de Melo no seu táxi branco como  a neve, o taxi corujão do Toinho, a disposição a noite toda dos que gostam da noite, o sempre bem cuidado carro do Teteu, o caminhão dirigido com maestria pelo Tuquinha. Vou me embora pro passado da terra dos monólitos. Lá, serei bem feliz dançando nos forrós do Avante, da Aliança, muitas vezes com o sanfoneiro Chico Maneiro. Lá, é tudo barra lima, bicho! Não ficamos tristes, nunca borocoxô.  Assistirei filmes de Mazaroppi, Oscarito, Grande Otelo, Elvis, Brigite Bardot, Yul Brinner, Charleston West no Cine Yara. Numa majestosa tv Colorado na casa da minha tia Baviera assistirei ao programa Jovem Guarda, Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes, Jeannie é um Gênio e junto com mamãe e minhas irmãs acompanharei a novela com o drama de Antônio Maria e Heloísa. Se a tv falhar, levo para o Luis Adolfo consertar. Lá No passado do meu Quixadá, as pessoas acreditam nas coisas do céu e acompanham a procissão comandada pelo Padre Luiz até o açude do Cedro. Aprenderei a rezar com os ensinamentos de irmã Plácida, Rute, Cristófora. Amarei a natureza, os animais, seguindo ao santo dos pobres, São Francisco de Assis, orientado pelo padre Franciné.  Lá. serei sempre elegante e usarei camisas Volta ao Mundo, calças Faroeste, compradas na Casa Olinda e na loja do simpático Zeque Roque. Comprarei tecidos na loja do senhor Expedito e mandarei a costureira Juju da rua da Palha preparar calças bem invocadas.  Comprarei espelhinhos e pentes Flamengo nas feirinhas perto do velho prédio da prefeitura. Para ficar tinindo de cheiroso pego desodorante Senador na mercearia do Pedrosa  e para triunfar pela cidade, usarei brilhantina Glostora e meu cabelo será a La Elvis Presley. Ouvirei A Volta do Boêmio, Amor Fingido, Asa Branca nos serviços de Alto falantes de  Zé dos Santos na rua Flores, na Solon Magalhães, na Voz do Norte do Paroara. Gastarei minha mocidade me divertindo no bar do Apulco junto com os amigos e na Cova da Onça. À noite, ficarei bem pertinho da lua curtindo a roda gigante do parque Brasil.  Terei merenda das melhores ao beber o refresco super saboroso no ponto do senhor Zé Pinto. No passado quixadaense, tem o passeio de bondinho para o açude do Cedro e nas paradas, ajudarei o boleeiro Chico Cangalha a alimentar os burros e fazer agrado na burra Canindé que é a mais carinhosa. Vou me embora pro passado da terra dos monólitos. Lá, tem paquera na praça Dr. Revi depois da missa relâmpago do Padre Bezerra. Tem o melhor picolé do mundo na lanchonete do Nivaldo e a simpatia do senhor Geraldo Paz. Lá, tem lindas senhoras e meninas que ficam prá frentex adquirindo produtos na loja do Zé Neco e Maria Hemetério no velho mercado. Naqueles tempos, Quixadá tinha tudo de bom e do melhor. Pegarei minhas revistas preferidas na tipografia do simpático José da Páscoa: Zorro, Revista do Esporte, Revista do Rádio, Fantasma, Mandrake. No meu Quixadá antigo tem carnaval de muita alegria com os bloco dos motoristas, do Zé Pereira, do Chico China e a folia do Balneário com o som de Os Monólitos nos enchendo de felicidade. Dançarei a música de Renato e Seus Blue Caps, Fevers, Roberto, Tina Charles, Dave Maclean lá no Terraço Clube do gente fina Carmélio. À noite, meu coração dará pinote no peito na hora da luz negra nas noites de domingo na AABB. Farei serenata para as meninas mais lindas da cidade utilizando uma radiola chique comprada na loja de Zélia Modas. No rádio Semp da sala ouvirei os programas "Cartões Postais" da Rádio Vale do Jaguaribe, Alô Sertão da Rádio Assunção. Irei rir muito ouvindo o programa "Bola de Meia", vibrarei com a narração de gols de Gomes Farias e acompanharei os comentários de Paulino Rocha, o campeão de audiência. No passado do meu Quixadá querido irei estudar na escola da  professora Neêmia e fecharei os olhos na hora de por as mãos para a temida palmatoria. Num caderno avante, escreverei versos com a orientação da professora Baviera de Carvalho. No meu Quixadá daquele tempo, tem saúde bem legal e se por alguma infelicidade deslocar um braço tem o senhor Quinzinho para colocar no lugar certo. Cuidar de meus dentes não será problema, pois Dr. Belizário deixa-os prá lá de bonitos. Se eu e minhas irmãs precisarmos de remédio meus pais providenciam Biotônico Fontoura, Pyralgina, Minancora, Sympatol e prá tosse forte mamãe aplica banha de cururu. Vou me embora pro passado de Quixadá também porque lá não tem violência, se dorme com portas e janelas abertas e apenas um carro da polícia, o fusca apelidado de Pretinha faz a ronda em toda a cidade. Lá, minha infância será mais feliz e caminharei pela cidade com os pés descalços e os bolsos pesados cheinho de bolachas Estrelas compradas na padaria do Manezinho

Médico Everardo Silveira

Professora Neêmia

Pereira no bloco Foliões da Bossa Nova

Mestre Adolfo-O pai da radiofonia quixadaense

Porteiro do cinema, Zé Paulino e Nina, vendia os ingressos

O táxi branco de Zé de Melo

Padre Luis, benfeitor quixadaense

Mário Bertoldo-alegrava a cidade com seu cavaquinho
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