domingo, 11 de fevereiro de 2018

RÁDIO UIRAPURU- HÁ 38 ANOS ERA INAUGURADA A PRIMEIRA EMISSORA DE RÁDIO DE QUIXADÁ

Sinval Caarlos e Célio Aragão-anos 80
<>13 de Fevereiro. Nesta data, a tão sonhada emissora de rádio da terra dos monólitos invadia os lares da bela cidade e de todo o interior cearense. José Pessoa de Araújo, empresário e um apaixonado pela comunicação, além da Uirapuru de Fortaleza, resolveu levar o canto dos pássaros a 4 cidades do interior: Itapipoca, Morada Nova, Canindé e Quixadá, formando assim a "Rede Uirapuru de Comunicação". A solenidade de inauguração aconteceu no período da noite nos próprios estúdios no planalto da Curicaca, a 6 quilômetros do centro da cidade. Naquela noite, Quixadá parou para acompanhar a festa de inauguração e ninguém se importou com a distância. Em carros, ônibus, bicicletas, carroças, em lombos de animas ou a pé, todos queriam acompanhar aquela linda noite. Ainda não tínhamos os serviços dos mototaxistas. Ninguém queria perder aquele momento histórico para a radiofonia do sertão central. Antes, ouviam-se apenas as emissoras de Fortaleza, Quixeramobim, Limoeiro e aquelas de grande alcance. Os filhos da terra dos monólitos queriam uma rádio que pudessem chamar de sua. Presentes a inauguração o governador Virgílio Távora, o vice-prefeito Dr. luis Crispin,Gonzaga Mota, José Antunes  e nomes consagrados da radiofonia cearense como Cid Carvalho, Edson Silva, Mena Barreto, Hélio Malveira(professor dos locutores e operadores), o técnico Assis(responsável pela montagem dos equipamentos), Dr. Wagner(um dos diretores) e ,claro, o grande comandante José Pessoa de Araújo. A partir daí, a boazinha como era carinhosamente chamada pelos ouvintes passou a fazer parte do dia a dia dos quixadaenses. Uma equipe pioneira trabalhava com afinco e paixão mesmo com pouca experiência para que a nossa Uirapuru funcionasse com qualidade. Os primeiros operadores foram: Jorge Umbuzeiro, Viana Vieira, Wagner Nepomuceno, Teixeirinha, Chico Pernalonga, J. Neto, Tarcísio Besouro Verde, Freitas Magnético, Ana Maria, Alexandre Magno, Teixeira Filho, Paulo Sérgio e outros que trabalharam por pouco tempo. Na locução Ribamar Lima, Sinval Carlos, Célio Aragão, Jonas Sousa, Amadeu Filho, Delmiro Fernandes, Ribeiro Junior, Mon'tAlverne Barreto, Nonato Silva. Com o passar dos anos, outros nomes vieram compor a equipe de locutores. Quanto a parte administrativa, os primeiros diretores foram José Albuquerque de Macedo, Marilac Silveira e Célio Aragão. A partir de 1982, os estúdios da  vieram para o centro da cidade e neste momento assumiu os destinhos da Uirapuru o bancário e jornalista João Eudes Costa que fez várias inovações com o objetivo de tornar a rádio uma empresa bem mais moderna. Não demorou muito e a Uirapuru tornou-se Rádio Monólitos de Quixadá agora sob a orientação de Aziz Baquit e Everardo Silveira. Não podemos por questão de justiça, deixar de registrar as pessoas que integravam a equipe de apoio de nossa primeira rádio: Helena Saraiva que ficava na farmácia da dona Moura anotando os avisos; Na recepção, Lúcia Helena, Lucia Branca, Otini. O carteiro era o conhecido Dedé Drácula que ia e voltava a cidade por várias vezes. Na cantina, aquela que foi aclamada pela equipe como a rainha do café, a querida Barbosa. Os motoristas eram o taxista Neles e Antônio Caetano que transportava a equipe de esportes e os equipamentos para as coberturas dos eventos que aconteciam na cidade. A Rádio Uirapuru de Quixadá ficou na memória de todos nós. Um dia, criei coragem e perguntei ao comandante José Pessoa de Araújo o porquê de Uirapuru que lembra a Amazônia e não um nome  ligado a nossa região? Com voz pausada mas firme respondeu: "Porque quando o pássaro Uirapuru canta todos param para escutar! E assim acontece com a nossa rádio!

Dedé Drácula, Célio Aragão e Ribamar Lima-anos 80


Célio Aragão apresentava o programa"Forró na Casa Grande"

José Pessoa de Araújo

Visita as torres no final de 1979

Sinval marcou época apresentando programas bregas

Ribamar Lima ficou conhecido como "voz de veludo"

Cobertura externa: inauguração do CSU

Equipe pioneira: Ribeiro Jr, Jonas Sousa, Amadeu Filho, Ribamar Lima e Sinval Carlos

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE-CEARÁ CAÇADOR DE FRANCISCO DE HOLANDA

<>No nosso querido sertão não tem apenas forró, vaquejada mas também futebol. Vejam aí, amigos, uma lembrança do Ceará Caçador de Francisco de Holanda que marcou época jogando em toda a região e tinha como presidente o hoje destacado veterinário Dr. Roberto. Pela ordem: Roberto(presidente do clube), Mário, João, Antônio, Pedro, Preá, Macaúba, Boi, Beto, Raimundinho, Alfredo e Titiu.(Imagem dos anos 60)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

VALDINHA BEZERRA- 90 ANOS E UMA LINDA HISTÓRIA DE DEDICAÇÃO E AMOR AOS ALUNOS, FAMILIARES E AMIGOS

Uma vida dedicada a educação de jovens e adultos
<>Ela a todos conquista facilmente. Fonte de inspiração para seus alunos e para todos nós. De caráter honesto, digna e mulher potencialmente humana. Somente os professores conseguem coisas maravilhosas que aos outros não é permitido. Aqueceu o coração dos seus alunos, dos familiares e amigos com toda a sabedoria, carinho e paciência. Mulher de extraordinária personalidade e de lugar garantido no lado esquerdo do peito dos filhos da terra dos monólitos.  Há pessoas que nos marcam de uma forma tão forte que não dá para ficarmos longe desta doce e abençoada presença. A querida professora Valdinha bezerra é uma dessas privilegiadas pois a todos conquistou, seja na sala de aula ou transmitindo o tesouro da fé na atuação incansável como catequista sempre procurando dar o rumo correto na fé das pessoas.  Seus ensinamentos, carinho e dedicação estarão sempre guardados na memória e no coração de muitos quixadaenses. Naquele Quixadá dos anos 30 do século passado em que tudo levava a crer que morávamos  no céu, uma menina brincava com o seu irmão mais novo João Bezerra mas sempre atendendo as recomendações da  bondosa senhora Ester Bezerra da Silva para não saírem a rua. Sua mãe foi uma costureira de muitos talentos enquanto  o pai João vitoriano da Silva exercia a atividade comercial. Valdinha teve como primeira professora  a dedicada mestra Maria Cavalcante Costa que logo percebeu naquela menina uma grande vontade de aprender a ler e escrever e, na verdade, não demorou muito tempo para isso acontecer. Continuando os estudos iniciais tornou-se aluna da professora Ceci e neste momento já lia com desenvoltura. Sempre dedicada a vida escolar passou a frequentar o Grupo Escolar José Jucá aí ficando até concluir o quinto ano. Interessante destacar que naqueles anos, ter concluído a quinta série já era permitido lecionar e embora muito jovem, Valdinha começou a sua trajetória como professora que a tornaria uma mestra muito querida e respeitada. Era a década de 40 do século passado e governava a nossa cidade o estimado farmacêutico Eliezer Forte Magalhães que atendendo um pedido da dona Ester possibilitou a esforçada jovem fazer um curso que lhe permitisse lecionar. A sua irmã Violeta que já pertencia ao quadro de professores do município foi exercer suas atividades em outras localidades e então sua vaga foi ocupada pela irmã. É sempre bom lembrar que naquele tempo alguns educadores exerciam sua atividade na zona rural, geralmente na fazenda de ricos senhores com o objetivo de ensinar os jovens da família dos donos e dos moradores mais próximos. Eliezer percebendo o interesse da jovem pela carreira do magistério a incentivou frequentar o curso do Normal Rural no  Colégio Sagrado Coração de Jesus(colégio das irmãs). Irmã Firmina a achou muito jovem e ficou triste ao saber que ela não tinha condições de pagar e então falou com a irmã Plácida que a convidou fazer o exame de admissão tornando assim possível pertencer ao corpo de alunos conceituado estabelecimento de ensino. A bela jovem tirou o primeiro lugar o que  deixou a mamãe Ester e os irmãos muito felizes. Lembra emocionada das suas professoras do Curso Normal Rural  como por exemplo, Irmã Sebastiana, Venerábilis, Plácida, Modesta, dentre outras. Foram suas colegas de classe: Maria Braga, Mirtes Enéas, Marinalva, Magna, Eunice, Maria De Lurdes Sales, Margarida Canabrava, dentre outras.  Valdinha lembra da festa de solenidade de entrega dos diplomas que aconteceu nas dependências do Cine Paroquial com as presença dos familiares e convidados. A partir daí começou verdadeiramente a sua atuação como educadora, logo conquistando o carinho e o respeito de todos. Naquele tempo não era muito fácil conseguir um contrato para lecionar pelo estado mas, devido a interferência de Eliezer, ela conseguiu. Faz questão de ressaltar que o Padre Luís Braga Rocha sempre a incentivou, inclusive tornando possível a participação em um curso profissionalizante que lhe deu melhores condições para enfrentar as salas de aula. Valdinha se destacou e passou a coordenar o curso de bordado e  além do aprendizado, a convivência tão amiga com Teresinha Basílio e Mirtes Enéas.  Foi nomeada pelo estado e passou a exercer sua atuação como educadora no Colégio Sagrado Coração de jesus, um dos sonhos de dona Ester.  E assim se passaram 10 anos que foram marcantes para aquela jovem professora. Ela sempre gostou de aprender mais, participar de cursos e achou que precisaria trabalhar num estabelecimento estadual pois escolas particulares nem sempre oferecem oportunidades de participação  neles. Iniciou suas atividades em escolas públicas no Grupo Escolar José Jucá onde foi muito bem acolhida pela diretora Naidinha Bezerra e por toda a equipe. Não demorou muito e   assumiu o cargo de direção realizando um eficiente trabalho pedagógico e sempre procurando melhorar a estrutura física do grupo. Quando terminou seu tempo como diretora, continuou no grupo que conquistou o seu coração e agora como professora.   Foram dois anos inesquecíveis como ela mesmo enfatiza e da convivência com grandes amigas como  Elvira Costa, Naidinha, Cezarina, Maria Guedes(Tuzinha) e por fim todos que integravam aquele sadio ambiente escolar. Esta guerreira da Educação não parava e também cuidou da educação de jovens e adultos conquistando o reconhecimento da comunidade pelo seu eficiente trabalho. Teve entre seus alunos o estimado casal Odilon e Cefisa, dentre muitos outros. Queria aprender mais e frequentou durante 6 meses o curso de Inglês obtendo a autorização para lecionar esta língua universal. Chegou o momento do colégio Estadual e aí ficou 10 anos lecionando Inglês e posteriormente o ensino religioso. Para lecionar Religião foi necessário uma autorização de Dom Rufino que logo foi concedida. Integrou ainda por alguns anos, a equipe de educadores do Ginásio Municipal. Por algum tempo atuou como educadora no Ginásio Valdemar Alcântara(colégio do padre) mas apenas por amizade a equipe daquele estabelecimento sem receber renumeração.  Além do profícuo trabalho como educadora,  se destacou também na sua efetiva participação nas atividades da igreja especialmente como catequista que assumiu com muito amor e alegria pois achava(e acha) ser edificante doar parte do seu tempo na divulgação do evangelho. E faz questão de afirmar que ser catequista é procurar imitar a Cristo. Ela percorreu muitos caminhos na cidade e no sertão com o objetivo de levar conforto para as famílias e quando foi possível, também fez campanhas de doação. Tinha uma convivência saudável com os jovens que a adoravam e a tinham como uma irmã, uma quase mãe. Fazia caminhada com crianças, jovens e até adultos e se apresentava em auditórios das escolas e outros locais, entoando cânticos religiosos. É preciso destacar que Valdinha sempre contou com o apoio dos familiares nas suas opções. João Bezerra, Zizi, Violeta, Gumercindo e enfim todos lhe deram forças na conquista de seus objetivos. Hoje, tudo o que viveu são doces recordações para esta querida mulher que está prestes a completar 90 anos e continua a amar as pessoas, as plantas, os animais e sem esquecer dos ex alunos e colegas do magistério. Mora na mesma casa em que nasceu e a vizinhança a tem como um pessoa muito próxima e sempre presente. Não é difícil vê-la, sorriso bonito, cuidando de suas plantas a quem considera como irmãs, pois elas além de deixarem a casa mais bonita melhoram a qualidade de vida das pessoas. Pessoas doces, queridas como Valdinha são tão raras e por isso quando estamos na sua companhia essas horas não podem ser roubadas. Valdinha, nós quixadaenses gostaríamos de agradecer por tudo que fizeste pela educação dos filhos desta bela cidade. Senhora que sabe muito da vida mas sem perder o jeitinho de menina. Sorriso de santa, coração escancarado para os amigos, bondade para dar e vender e uma simplicidade marcante apesar da enorme importância como educadora e grande benfeitora da terra dos monólitos. Nossos eternos agradecimentos a esta querida mulher por ter lapidado e ensinado os melhores caminhos para os jovens quixadaenses. Receba querida mestra um grande abraço carinhoso e agradecido por tudo que fizestes(e faz) por todos nós

Valdinhas e suas plantas a quem considera irmãs

Imagem do aniversário de 80 anos

Linda normalista

Como catequista teve sempre a companhia dos jovens

Percorreu muitos caminhos na divulgação da palavra de Deus


Boa forma para dar conta das muitas atividades que exercia

Imagens da família

Imagens da família

Continua ativa e criativa

Com sua amiga Rachel de Queiroz em meados dos anos 80

Era uma doce juventude