terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A IMAGEM E O FATO-TÉRMINO DO QUINTO ANO DO CURSO PRIMÁRIO DO GRUPO JOSÉ JUCÁ(1948)

<> localizei esta pérola(foto)  de uma turma de alunos do Grupo José jucá no escritório do Senhor Aloísio Rabelo(O Chefe)e a postei aqui no blog.Término de curso do quinto ano primário(29.11.1948). Pela ordem: Manuelito, Naílde, Teonília, Antonicler, Piúca, Teresinha, Inacinha, Mirtes e a criança Ivoneide. Localizei esta pérola no escritório do Senhor Aloísio Rabelo(o Chefe).  
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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

GRUPO MUSICAL OS DRAGÕES BRILHOU NO CENÁRIO MUSICAL DA TERRA DOS MONÓLITOS NOS ANOS 60 E 70(século passado)


<>Era o tempo da Jovem Guarda, da brilhantina comprada no Pedrosa e Zeca Metero, dos bilhetinhos apaixonados, dos beijos roubados(tinha mais sabor), de chegar perto do céu na roda gigante do parque do senhor Pedro, dos doces como mel que eram os picolés da sorveteria do Nivaldo, das missas do Padre Zé Bezerra que terminavam logo nos permitindo a paquerar na praça da Catedral. De assistir no "Cine Yara" aos filmes de Elvis Presley e sair pelas ruas pensando se tratar do próprio. E a noite, dançar ao som de "Os Monólitos", "Os Argonautas" e "Os Dragões". Quem viveu no Quixadá daqueles anos foi ao céu sem precisar morrer.

-Na imagem, formação clássica de "Os Dragões: Raimundo, Chinês, Tim Carlos, Nonato, Zé Raimundo, Zé Antônio, Tito Ferreira, Marcelo Amaro, Didi e Tony 

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

NA EQUIPE ESPORTIVA DA CULTURA FM ESTÁ FALTANDO ELE



<>A saudade do comentarista e amigo Everton Lopes continua doendo no coração dos colegas da Cultura FM, dos ouvintes, da família e dos amigos. Mais que um grande profissional era o amigo que orientava os rumos da equipe esportiva da querida emissora católica. O filho do inesquecível casal Nilo Lopes e dona Mocinha foi um profissional correto e amigos de todos. Era como um conselheiro para os irmãos Everardo, Evandro, Das Chagas e Mazé e um pai amoroso de Jaqueline e Lício. De parabéns Audilio Moura, Genivaldo Ferreira, Jonas Lopes, Wanderley Paulino e todo o time da Cultura por ter dado o nome do inesquecível bom caráter a sua equipe esportiva. Sendo assim, sempre lembraremos de Everton Lopes de quem mais que amigos nos tornamos seus fãs. Que bonito é ligar o rádio e ouvir "Esta é a equipe esportiva Everton Lopes"

.Na foto: José, Genivaldo Ferreira, Audílio Moura, Wanderley Paulino e Everton Lopes

MARLIANO QUEIROZ: UMA VIDA DEDICADA A DIVULGAR A OBRA DE FRANCISCO DE ASSIS-O SANTO DAS PESSOAS, DA NATUREZA E DOS ANIMAIS

Marliano e sua mãezinha Neusa
Eterno devoto de Francisco de Assis

Orações de todos os dias

Tempos de escola-1988

Criança feliz
                            <>Num bonito dia de domingo, final dos anos 70(século passado), o casal Manuel Ferreira e Neusa Queiroz carregava o filho de apenas 3 anos de idade nos braços para assistir a santa missa na velha capela do bairro Alto de São Francisco. Ficaram surpresos pelo fato da criança olhar com muito interesse e por um bom tempo para uma imagem de São  Francisco de Assis. Se aproximaram e perceberam que ela começou a sorrir como se dialogasse com o querido santo. Era o ano de 1980 e esta criança era  Marliano Queiroz dos Santos que muitos anos depois afirmou não lembrar deste momento, mas que continua um grande admirador daquele homem que amava, cuidava dos leprosos quando todos se afastavam deles, tinha carinho pelos animais e construiu uma igreja para Cristo chegando até a ser confundido com ele, tão grande era o seu amor pelas pessoas. Adolescente, pegava uma vassoura e cuidava da limpeza da igreja tal qual fazia Francisco que varria qualquer igreja que encontrava em seu caminho. Aquela dedicação chamou a atenção do Frei Guido Vieira que passou a confiar ao jovem algumas atividades da capela nascendo daí uma grande amizade. Foi convidado pelo Frei Guido e Padre Valfredo, sacristão e capelão na época, para exercer as funções de coroinha(ajuda o padre a celebrar a missa e outras cerimônias da igreja). Marliano ficou muito feliz e cuidava com muito carinho do altar e de todas as tarefas de sua responsabilidade. A paróquia chegou a contar com 35 coroinhas e  lembra com carinho de alguns colegas como Cícero Gomes, Rafael, Ricardo, Solonildo, René, Glauber, Leidiane, Cristiane, Zezinho, Marília, Fátima, Elianisa, dentre outros. Lembra com emoção e saudade do Padre Mário Bertoldo Nunes Neto que foi um grande orientador e amigo. Ele muito nos ajudou e foi muito dedicado ao nosso aprendizado, lembra emocionado. Marliano nos conta que conviveu com grandes nomes que ajudaram no crescimento da igreja de São Francisco. Afirma que mesmo tendo passado pouco tempo na paróquia, Frei Otacílio foi um benfeitor e conquistou a amizade de todos. Em seguida, Frei Demétrius que ficou durante 6 anos dirigindo os destinos da igreja. No começo dos anos 90, chegou o Padre Aldo que deu total assistência a zona rural e foi o responsável pela construção da capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Mutirão. Faz questão de afirmar que Padre Aldo sempre contou com o apoio de Dom Adélio Tomasin no seu empenho em construir capelas para que a palavra de Deus também chegasse nos sertões quixadaenses. Durante 9 anos, Padre Aldo esteve à frente da paróquia de São Francisco. Terminou o tempo do dedicado sacerdote  e começou as atividades de um verdadeiro herói, segundo Marliano, no caso, o Padre Rosalino Vanzin, um gaúcho que conquistou o coração dos fiéis e da própria comunidade pois veio determinado a construir uma nova igreja. Lembra do esforço do sacerdote que juntamente com os fiéis(ou não) tornou possível o sonho de uma nova igreja. Na despedida de Rosalino depois de 10 anos dedicados ao trabalho de evangelização, por volta de 2008 ele foi transferido e na sua despedida muitas lágrimas e uma grande saudade. Merece também destaque a atuação do Padre Valdenor que destacou-se por ser muito envolvido com as famílias e não apenas católicas. Com lágrimas nos olhos, lembra com muito carinho de Monsenhor Orlando que em pouco tempo caiu nas graças dos paroquianos e dos moradores do bairro. Desde muito jovem, o sonho de Marliano era, era não(ainda é) se tornar um sacerdote pois diz sentir-se atraído por um chamamento de Deus. Este ser humano maravilhoso está com 40 e poucos anos e sabe que há um limite para o sacerdócio. Não vamos despertar nosso amigo deste lindo sonho. Entende perfeitamente que podemos servir a Deus de várias formas e que continuará sempre um homem muito religioso.  Ele participa das atividades da paróquia sempre com muita dedicação. Fala emocionado do movimento Liga do Pão de Santo Antônio cujo objetivo é amparar as famílias mais humildes e pessoas idosas. Esclarece que os grandes nomes para o surgimento desta santa atividade foram Maria Sampaio e frei Valfredo na década de 80(século passado). É bom ressaltar que toda terça feira acontece a missa dos idosos quando na oportunidade são distribuídos pães aos presentes. Atualmente, dirige a Liga do Pão de Santo Antônio com muita eficiência e dedicação a professora Carmelita que conta com a colaboração de muitos paroquianos. Não esquece do santo(ele considera) e querido amigo Padre José que foi chamado por Deus em 2009. Lembra que este sacerdote visitava os lares, não apenas de família católicas. Também visitava e dava assistência aos doentes. O sentimento humano é aquele que mais aproxima as pessoas de Deus e Padre José era aquele que não faltava nos momentos de incertezas.
Padre Rosalino-um amigo e orientador espiritual

Padre José-uma grande saudade
No momento, Marliano se dedica a acompanhar o novo momento da igreja de São Francisco e colabora nas atividades religiosas nas comunidades sertanejas e também na zona urbana. Teve, sim,      muitas oportunidades de seguir outros caminhos mas fez a escolha   de se  dedicar a vida religiosa e em especial, colaborar na divulgação  da   missão de São Francisco que é seguir a Cristo e amparar os irmãos mais necessitados. Com certeza, quem necessitar encontrar Marliano, não precisa ir muito longe. Vá numa igreja franciscana mais próxima e com certeza o encontrará. Queria pedir aos meus estimados amigos que não o despertem do seu sonho de se tornar um padre.  Sonhe, sonhe muito, Marliano. Afinal, como alguém já falou por aí, sonhar é melhor que viver. Mereces ser feliz, caro amigo, pois todos os dias dás um sorriso para as pessoas que nem sempre o conhecem. Sempre falas em palavras de conforto e esperança. Na sua simplicidade e bondade nem sabes o grande valor que tens. Toda a comunidade quixadaense tem um grande carinho  por este jovem. Ele personifica a grandeza de caráter, a bondade. Na sua grande simplicidade nos mostra que é possível um mundo melhor de se viver
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

JOSÉ CARLOS ALVES(o Baixinho) REFERÊNCIA NO RÁDIO LOCAL VOLTARÁ A APRESENTAR SEU POPULAR PROGRAMA

José Carlos Alves é uma brilhante referência no rádio local
 <>"Ele voltou, o boêmio voltou novamente" são versos de um sucesso avassalador do inesquecível cantor Nelson Gonçalves. O popular radialista José Carlos Alves chamado carinhosamente de "baixinho" é um conhecido abstêmio, não ingere bebidas alcoólicas mas voltará novamente ao microfone de uma conceituada emissora de frequência "FM" com o objetivo de apresentar um aguardado programa que dará enfoque especial ao eterno cantor Nelson Gonçalves que só perdeu em popularidade para Roberto Carlos. A informação invadiu a bela cidade e deixou eufóricos os apreciadores da boa música. José Carlos Alves marcou definitivamente seu nome na galeria dos grandes radialistas, pois os programas por ele apresentados sempre se destacaram pela qualidade e por uma incrível audiência que o tornaram bastante popular. Este estimado cidadão nasceu em Fortaleza vindo para a terra dos monólitos no ano de 1960 e em pouco tempo, conquistou um grande número de amigos, sempre participando de ações voluntárias e dando sua valiosa contribuição ao esporte local, pois o futebol é uma de sua grandes paixões sendo torcedor fanático do Fortaleza Esporte Clube e do Fluminense. Aprendeu com os pais Antônio Alves Moreira e a doce Maria José Alves a ser solidário com aqueles que em determinado momento da vida passam por dias incertos e precisam de um ombro amigo. Solidariedade é uma realidade que faz parte da vida de Zé Carlos o que o tornou querido e respeitado. No abandono a que foi relegado o craque Zé Leônidas que tantas glórias deu ao nosso futebol, foi o "Baixinho" que lhe prestou toda assistência necessária, juntamente com sua querida Osmarina, o anjo da guarda de sula vida com quem se casou no ano de 1954, nascendo desta   bendita união os filhos Francisco Carlos, Antônio de Pádua, João Batista, Socorro, Escolástica e Francisco José. O "Baixinho" nos confidenciou que passou por alguns problemas de saúde mas, segundo o próprio, a fé em Cristo e na mãe de Deus lhe deram forças para superar esta difícil fase. Faz questão de tornar público a solidariedade que recebeu do  amigo Quin, seu vizinho e que hoje habita o reino de Deus e também a solidariedade de outros amigos verdadeiros. No momento em que nos fez este relato, lágrimas rolaram em seu rosto  por causa da saudade do grande amigo. Durante algum tempo apresentava seu programa que era levado ao ar pela Rádio Monólitos, diretamente de sua residência o que não prejudicou em nada a extraordinária audiência. Mesmo não tendo nascido na terra dos monólitos, o comunicador pode ser considerado uma joia quixadaense, pois a sua presença e voz podem ser consideradas coisas nossas. Ele é com certeza, uma brilhante referência de nosso rádio. As vozes de José Carlos Alves e de Nelson Gonçalves voltarão a enfeitar nossos momentos tornando-os mais leves e prazerosos. Volte logo baixinho e fique sabendo que somos todos teus fãs.  Aguardamos, ansiosamente, a sua volta ao microfone e melhor ainda, agora em uma frequência "FM". E fazendo alusão a uma célebre canção de Nelson Gonçalves afirmamos que "Depois da boemia é do programa do "Baixinho" que mais gostamos!                                  
José Carlos ganhou popularidade ao apresentar programas com canções do mito Nelson Gonçalves




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terça-feira, 15 de agosto de 2017

ZEZINHO DA AGÊNCIA- AGENTE DA PRIMEIRA EMPRESA DE ÔNIBUS A ATUAR EM QUIXADÁ ERA UMA PESSOA ESTIMADA POR TODOS


A terra dos monólitos é uma das mais bem servidas na disponibilidade de transporte de passageiros que se deslocam para várias partes do Brasil. Destacadas empresas de ônibus atendem pessoas que desejam se dirigir aos mais diversos destinos. Aqueles que necessitam viajar a capital cearense têm a disposição muitos horários e durante todo o dia. Tão diferente daquele Quixadá dos anos 60 do século passado quando apenas duas viagens, nos horários de 5:00 e 14 horas aconteciam  e somente uma agência fazia o atendimento. Localizava-se na Avenida Plácido Castelo, onde hoje funciona uma ótica nas proximidades da rodoviária. O chefe da agência, cargo que conseguiu depois de alguns anos apenas como funcionário sempre trabalhando com seriedade e honestidade foi ocupado pelo esforçado jovem José Viana de Sousa, nascido no então distrito de Serra Azul em 25.01.1925. A forma carinhosa como tratava os passageiros e a todas as pessoas da comunidade fez com que ficasse conhecido em toda a região como "Zezinho da Agência". Aquele local não se limitava a receber passageiros, mas muita gente ali comparecia com o objetivo de pegar jornais e revistas que vinham da capital e traziam as informações do que se passava no mundo todo. A agência pertencia a empresa Redenção, pioneira no transporte de passageiros, fundada no ano de 1936 pelo patriarca José Guilherme da Costa com o objetivo de fazer a linha Fortaleza/Redenção, inicialmente em apenas um horário. A partir do ano de 1957 passou a explorar a linha Quixadá/Fortaleza e merece destaque o fato de não acontecer viagens em tempo de invernos rigorosos. Um detalhe que merece destaque é o fato de que o fundador da empresa cuidava pessoalmente em resolver os problemas ocorridos nas viagens. O Senhor Guilherme, falecido em 1986, tinha grande consideração ao querido Zezinho, inclusive dando-lhe carta branca para resolver os problemas na filial da terra dos monólitos. O senhor Ludgero Guilherme, irmão do pioneiro e que fez nascer a empresa Redentora, também depositava grande confiança no agente quixadaense. Com o passar dos anos, o movimento na agência aumentou de forma considerável e foi aí que o filho de Zezinho, o Lucivaldo, passou a trabalhar naquele local. Ali, meados dos anos 60, a cidade crescia a passos largos surgindo novos bairros, como por exemplo, o Campo Novo, além da ocupação de vários espaços por pessoas que vinham inclusive de outras partes do Ceará. Ao sair do trabalho, Zezinho gostava muito da convivência com os amigos e uma de suas brincadeiras prediletas era colocar apelidos mas apenas naqueles mais íntimos. Gostava de participar de serestas com os amigos e ouvia com atenção aqueles tristes acordes produzidos pelo violão do amigo Ribamar Ribeiro e do bandolim mágico do Mestre Adolfo Lopes. Algumas vezes, se arriscava a cantar uma música de Nelson Gonçalves mas reconhecendo não ter talento para a arte de cantar. Quando dispunha de tempo frequentava o Cine Yara somente na exibição de filmes com Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade. Gostava muito e aplaudia o bloco dos sapateiros e o icônico "Foliões da Bossa Nova", comandado pelo brincante Zé pereira. Sempre lembrava gostar do natal e, na verdade, todos os anos ele participava dos natais na praça, visitando as barracas, especialmente as da dona Luiza Lopes. Enfim, era uma pessoa que gostava de estar perto da família e dos amigos e, quando podia, ajudava aqueles que enfrentavam algumas dificuldades. É do conhecimento de quantos o conheceram o fato de conseguir passagens para aqueles que não tinham condições de pagar. Zezinho foi casado com a bondosa senhora Margarida Rodrigues de Sousa e desta abençoada união nasceram os filhos: Lucia Eleide, Lilrene, Lucivaldo, Teresa Lucielne, Lucinaldo, Lucimary e Lucineuly.Conhecendo um pouco da figura de Zezinho da Agência estamos permitindo aos mais jovens aquele gostinho saboroso de conhecer um Quixadá lindo e maravilhoso que não viveram, mas agora conhecem um pouco. Aos de mais idade,  a saudade daquelas demoradas mas divinas viagens até Fortaleza. Nós, os quixadaenses, sentimos saudades daquele Quixadá ainda pequeno, é bem verdade, mas tínhamos tudo para ser felizes. Hoje, a violência e outros fatores negativos roubam a nossa verdadeira alegria. Só nos resta fechar os olhos e lembrar daquela cidade que mais parecia o céu aqui na terra. Com certeza, lembrar da figura de Zezinho da Agência é ser transportado a um tempo em que tínhamos fé nas pessoas, onde a bondade, a honestidade, o caráter era como se fosse uma lei a ser cumprida. José Viana de Sousa, o inesquecível Zezinho foi chamado por Deus para outras missões que lhe foram confiadas em 7.05.1980 e o seu sepultamento ocorreu sob grande comoção, pois a todos conquistou com sua humildade, sua alegria e um grande amor a família e aos amigos..
Ele conquistou a todos com simplicidade e bondade
Zezinho tinha um grande amor a familia e aos amigos

Os ônibus da empresa redenção eram os favoritos para viagens-retirada da Internet
Sr. José Guilherme em imagem de 1937-retirada da Internet
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domingo, 13 de agosto de 2017

QUIXADÁ MASTER 2017 BRILHA EM COMPETIÇÕES ESTADUAIS

Olhem aí, amigos, as feras do Quixadá master 2017. Estas feras canarinhas conquistam importantes títulos para a terra dos monólitos. Claro que, na categoria que participam. Pela ordem(começando da esquerda): Zé Aldir, Nilclecio, Roberto, Tadeu, Tim, Manoel, Marquinhos, Risone, Pedro, Marquinhos II, Paulo, Sargento Evanildo, Dedé, Major Soares, Pedrinho, Ednardo, Juliano, Sissi, Ary Dinamite, Marcos, Junnior, Mundinho e Cassiano. Caso haja necessidade de correção de nomes, por favor, façam a correção nos comentários

MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADENSE-IMAGEM RARA DO GUARANI FUTEBOL CLUBE DA TERRA DOS MONÓLITOS

<>Olha aí, amigos, o Guarani do Dedé França na década de 80(século passado). Pela ordem: Adailton, Ary Dinamite, Adamilton, Karlira, Laércio, Didiu, Neto, João Bosco, Erivelton, Paulo, Wellington, Cláudio,II, Cláludio, Gilson e Cóia Zico. Esta equipe participou de diversas competições esportivas sempre obtendo posições de destaque.

domingo, 30 de julho de 2017

PROFESSOR QUIXADAENSE BUSCA APOIO PARA A PRODUÇÃO DO PRIMEIRO DVD DO CONSAGRADO SANFONEIRO CHICO JUSTINO

O público aguarda o primeiro DVD do querido sanfoneiro

Nos seus discos a louvação das coisas nordestinas
<> Vamos rebocar a parede da sala prá gente dançar ao som da sanfona de Chico Justino. Vem aí o seu primeiro e tão aguardado DVD. Ele quando toca, com certeza, o povo gosta. Justino é poesia pura. Aquele som que sai de sua sanfona nos transporta as coisas mais belas do sertão como um fogão a lenha preparando um gostoso café, lembra um bom vaqueiro nas quebradas do sertão, uma lamparina com aquela luz azulada que parece vir do céu ou um sertanejo com aquela cabaça transportando água. Eita, sanfoneiro macho! Olhem para o rosto dele. Parece um mapa de um pedaço do sertão, não é? O homem tá famoso e hoje é reconhecido em todo o Brasil. Grandes medalhões como Dominguinhos e Luiz Gonzaga falaram que o homem é bom. Mas, aqui para nós, não falem isso na frente dele, pois este cidadão de Capistrano transmite simplicidade e aí está uma de suas grandes marcas. Apesar da dimensão que alcançou na sua carreira, Chico continua aquela pessoa bondosa e atenciosa com todos. Assim como chuva no sertão, a notícia da produção deste DVD já está movimentando os amantes do autêntico forró em todo o estado. Com o objetivo de obter mais informações sobre este projeto, procuramos o justinista maior que conhecemos que é o professor Assis Lopes que nos repassou informações preciosas. Para começo de conversa, Assis destacou que um dos objetivos desta produção é deixar na história a musicalidade, a genialidade de Chico Justino, além de servir de bússola para aqueles que querem se dedicar a este símbolo nordestino que é a sanfona.Faz questão de ressaltar que na atualidade, ele é reconhecido em todo o Brasil, inclusive se apresentando com nomes de pesos da MPB e também participando de várias gravações. Cita, por exemplo, o fato de Dominguinhos ter feito questão de levá-lo nas suas andanças pelo Brasil. A majestade do baião, Luiz Lua Gonzaga, fazia ótimas referencias ao Chico. Nos informou ainda que o talentoso artista veio para Quixadá pelas mãos do mestre Dudu Viana onde morou e atuou em alguns grupos musicais ou se apresentando apenas com o instrumento. Assis conheceu Justino em Capistrano, anos 70, quando ele dava os primeiros passos no toque da sanfona acompanhado pelo respeitado pandeirista da serra de Baturité, Vicente Pinto. Não demorou muito tempo e o sanfoneiro ainda na doce juventude começava a roncar seu fole nos espaços sertanejos e a turma já adorava brincar, quer dizer, dançar ao som do bamba de Capistrano. Segundo Assis, muita gente namorou e até casou ouvindo e dançando ao som deste sanfoneiro.. E disse mais que seu primeiro instrumento foi uma sanfona chamada "Pé de bode" que o pai lhe presenteou ao receber como pagamento de uma dívida. No começo, o pai não se interessou muito pelas tentativas de Chico em aprender a tocar o instrumento, mas com o tempo passou a apoiá-lo ao perceber que ele levava jeito. O documentário mostrará o sanfoneiro ainda menino dando os primeiros passos  na localidade de Pesqueiro em Capistrano. Certamente, serão mostradas imagens da terra dos monólitos, Canindé, Quixeramobim e de outras localidades do Ceará. O atual momento do artista que hoje tem residência em Fortaleza, onde é bastante popular, terá um destaque todo especial. A produção  de um DVD exige uma logística profissional e as enormes dificuldades são conhecidas por aqueles que são do ramo. Por isso mesmo, muita gente está envolvida no projeto, não apenas da área musical mas fãs do artista, colegas de trabalho, amigos e empresários. Aqueles que atuam na área comercial da terra dos monólitos também farão sua parte ajudando aos produtores com publicidade sabedores que são da dimensão da arte de Chico Justino. O professor Assis é o coordenador do projeto aqui em Quixadá e não é difícil encontrá-lo nos diversos locais da bela cidade na busca de apoiadores para a produção do DVD. Sabe-se que na capital cearense o ritmo de produção já está bastante adiantado. O povo nordestino é sábio e aprova com louvor a iniciativa desses idealizadores e guerreiros que lutam para divulgar a verdadeira arte sertaneja nos mostrando que ela ainda respira. Não é fácil conquistar o respeito e um público fiel tendo a música instrumental  como base de seu trabalho. Ele conseguiu porque seu talento é inquestionável. Enquanto o DVD não chega em nossas mãos, vamos colocar um disco de Chico Justino e dançar bem coladinho imaginando se encontrar numa sala de reboco numa simples casa deste sertão de Luiz Gonzaga, Padre Cícero, Patativa do Assaré e Frei Damião. Palmas para Chico Justino! Ele merece!
Professor Assis busca apoiadores para a produção do DVD do seu amigo Chico Justino
O primeiro LP- um grande sonho
O músico prefere a simplicidade
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domingo, 23 de julho de 2017

FRANCISCO DE ASSIS(COMBOY)- UM CANTO DE AMOR À VIDA

Comboy é fã de Jonhn Wayne
Comboy-um canto de amor à vida
              
Adolfo Lopes e Zé Adolfo eram grandes amigos de Francisco Assis Alves, o Comboy
          Quem passa  pela Avenida Plácido Castelo tem a bendita oportunidade de encontrar uma doce presença, um ser humano cheio de alegria, olhar de bondade, cheiro de gente boa,e os lábios sempre a lembrar que " A vida é bela"". Francisco Assis Alves, conhecido por todos como "Cowboy", apelido carinhoso que ganhou por ser um fã de carteirinha dos filmes do estilo bang-bang, é um grande exemplo de superação, uma inspiradora lição de vida, uma amostragem de que a vida é para ser enfrentada e jamais lamentada. Uma paralisia afetou uma parte motora do seu corpo mas nunca lhe tirou o amor pela vida, pela família, pelos amigos. Ele nos dá a certeza de que a felicidade é possível mesmo com nossas limitações. Deficiência não é desculpa para não sermos felizes. De forma alguma, de jeito nenhum!
Nosso comboy é da paz e do amor
   Cowboy, na sua mocidade, era frequentador assíduo do "Cine Yara" onde assistia com muita emoção, os famosos filmes de "bang bang". Assistir aqueles filmes era quase um sonho! Talvez se sentisse um Jonh Waine enfrentando os índios, uma estrela no peito, o relincho do cavalo amigo e salvando a mocinha dos bandidos. Tamanha era sua paixão pelo cinema que recebeu uma carteirinha do proprietário Zé Adolfo que lhe dava direito a não pagar a entrada. Hoje, batendo saudade, os seus irmãos José Patrício, Maria das Graças e Fátima, recorrem ao "dvd" mas não chega a alegrar o coração de Cowboy. Para ele, nada supera a magia da grande tela. E não há dúvida de que anos atrás, os cinemas eram um dos entretenimentos mais significativos das cidades interioranas. Não é só ele que tem saudades desse tempo maravilhoso. Mas todos nós!
         Francisco Assis Alves, o nosso Cowboy não usa coldre, não dá um tiro sequer! Ele nos transmite sim, paz de uma criança, doces palavras de um amigo, força para enfrentar as adversidades da vida! Ele nos mostra a maravilha de ser feliz com o que somos, com o que temos! E nos mostra que somos donos do nosso destino. Ele escolheu ser feliz!  E nós? Que Deus dê vida longa ao nosso Cowboy. Ele é o nosso herói!

Prédio onde funcionou o icônico"Cine Yara"
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sexta-feira, 21 de julho de 2017

PAROARA- FUNDADOR DA 'VOZ DO NORTE" LEMBRA COM SAUDADES DO QUIXADÁ CHEIO DE PAZ E ALEGRIA


                         "Lá vem o locutor da Voz do Norte!". Estes diálogos eram bastante comuns, meados dos anos 60, quando funcionava à rua Tenente Cravo, o Serviço de Alto-Falantes " A Voz do Norte" e mostram a influencia destes meios de comunicação, à época, e a incrível popularidade de seus locutores. O conhecido Paroara, diretor e locutor daquele veículo de comunicação, então com 20 anos, conquistou muitos admiradores. Antônio Anastácio da Silva, seu nome de batismo, nasceu em Baturité, filho de José Anastácio da Silva, um dos 25 mil brasileiros que lutaram, durante sete meses na Itália e de Maria Martins da Silva. A principal voz da radiadora, por ter morado bom tempo no Pará, ficou conhecido como Paroara, denominação que mantém até os dias de hoje, nos seus programas na querida FM Central. Veio para Quixadá junto à toda família, aos 14 anos de idade. Paroara faz questão de citar nomes que os acolheram de forma carinhosa, como o Senhor João Bezerra que foi sempre um bom amigo. Com alguma dificuldade financeira, encontrou naquele homem, um espécie de amigo certo daquelas horas incertas da vida de todos nós. Paroara lembra, emotivo, o Senhor Francisco Enéas de Lima, que ele ainda hoje, guarda no lado esquerdo do peito. Simpático e atencioso com todos, o jovem ao chegar em Quixadá, foi conquistando a amizade e confiança de todos. Precisava trabalhar, para ajudar em casa, é claro! Primeiro trabalho, ajudante de caminhão do Senhor Josino.Em seguida, vieram outros trabalhos em postos de combustíveis, como do senhor Severino Pires. Trabalhou por muito tempo, no "Posto Bandeirantes", aonde fez grandes amizades.A grande paixão de Paroara, era, era não, sempre foi, o Rádio. Ouvia, até altas horas da madrugada, diversas emissoras, citando algumas como"Dragão do Mar", "Ceará Rádio Clube", "Vale do Jaguaribe". Ficava , quase enfeitiçado, ouvindo aquelas vozes e tentava imitá-las. Era o momento da explosão do movimento"Jovem Guarda" e adquiria aquelas revistinhas pra aprender as letras das canções. Chegou um momento em que decidiu"VOU MONTAR MINHA RADIADORA! CUSTE O QUE CUSTAR E IRÁ SE CHAMAR "A VOZ DO NORTE". Decisão tomada, partiu prá luta(quer dizer, prá montagem do equipamento. Comprou parte dele, no velho fiado(lembra com uma boa gargalhada). Contou com a valiosa colaboração do querido amigo, Chiquinho do Rádio e do Valmir. A documentação foi toda preparada pelo Senhor Edwardes Mendes. E assim, a "Voz do Norte" ganhou condições de operar, depois de meses de espera. Fez questão de que tudo funcionasse de uma forma correta. Estava chegando o grande dia da inauguração mas faltava ainda, ir a Fortaleza, vivíamos os tempos da Ditadura Militar e era(como era!) necessária, autorização do "Exército". Mas a autorização foi conseguida, sem problemas, apenas com a recomendação de vez por outra, executar algumas marchas militares. "Coloque lá, na sua radiadora, Avantes Camaradas!" "Não toque lá, seu moço, um tal de Geraldo, viu? "(Referia-se a Geraldo Wandré, aquele do "Prá Não Dizer Que Não Falei das Flores". Paroara, nem ouviu bem a recomendação e partiu pra estação João Felipe e no velho e bom trem(não era o das onze), se mandou para a terra da galinha choca.O estúdio foi montado num ponto comercial do Senhor Chico Padeiro. Com a ajuda de um amigo, levou quase o dia todo, subindo e descendo numa escada. E, finalmente, depois de tanta espera, tanta expectativa, nervosismo até, a "Voz do Norte" começou a sua programação, nos períodos da manhã e da noite. o grande sonho deste jovem intrépido foi realizado. Em pouco tempo, a radiadora começou a fazer parte da vida das pessoas da tenente Cravo e até de outras ruas mais distantes. Naquele tempo, Quixadá apresentava uma configuração urbana muito diferente de hoje. Era o tempo da "Jovem Guarda" e as vozes de Roberto, Jerry, Wanderley, Erasmo, Martinha , invadiam, perfumavam a rua de tanta felicidade.Só não podia tocar, "Quero que vá tudo pro Inferno", atendendo um pedido das senhoras que rezavam o terço. Mas constava da programação também, programas noticiosos e esportivos, além de campanhas beneficentes. A "Voz do Norte" também serviu de escola para futuros profissionais do microfone como Jonas Sousa(destacado radialista), Amadeu Filho, João Camurça(consagrado nome da crônica esportiva), Raimundo Sousa(único radialista quixadaense que entrevistou Pelé, no auge da carreira) e muitos outros.A "Voz do Norte" foi uma bela forma de entretenimento de nossa gente. Naquele momento, era a voz das pessoas, inclusive na solicitação de melhorias para a comunidade. Foi um som ainda hoje presente nos ouvidos de Anastácio e de muitos moradores da Tenente Cravo. Um som inesquecível, que embalou os sonhos de muita gente. Quanta gente não namorou, até casou, ouvindo José Roberto cantando "Não Presto mas te Amo" na programação da "Voz do Norte"? Quem não se lembra dos serviços de Alto-falantes de sua cidade? Hoje é uma saudade! Mas foram importantes( e como foram) no lazer das famílias e até na formação da cidadania. Paroara tem uma história muito bonita! Ama Quixadá! E lembra com saudades daquela cidade de paz e alegria! Por que ainda este cidadão de bem ainda não foi devidamente homenageado?


quarta-feira, 19 de julho de 2017

<>QUIXADÁ ENGRAÇADO<>AS TOPADAS DO MESTRE LARANJEIRAS NA PEDRA DO CRUZEIRO


 <>AS TOPADAS DO MESTRE LARANJEIRAS NA PEDRA DO CRUZEIRO<>Este papo que correu pela cidade de que a pedra do Cruzeiro iria cair me lembrou bastante o mestre Laranjeiras, o maior filósofo popular que a terra dos monólitos conheceu. José Rodrigues da Silva, seu nome de batismo, nos contava que ali pelos anos 30 quando ia para a casa da namorada batia involuntariamente na pedra, naquele tempo, ainda bem pequena, segundo o filósofo popular.


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terça-feira, 27 de junho de 2017

<>A IMAGEM E O FATO-FESTA DE FORMATURA DA FAMÍLIA PIRES


A IMAGEM E O FATO-QUIXADÁ TAMBÉM TEM A SUA CALÇADA DA FAMA

                <>Não é só na cidade de Los Angeles(EUA) no bairro das estrelas e celebridades, Hollyood, ou em outras partes do mundo que encontramos as calçadas da fama, mas também na terra dos monólitos. Só que na nossa, as estrelas são quixadenses ou que aqui moram. Não são celebridades e nem astros da tv ou do cinema, mas pessoas maravilhosas que fazem da amizade o grande motivo de suas vidas. Na verdade, foi uma brincadeira inventada pelo casal radialista Ribamar Lima e Helena com o objetivo maior de sempre estar perto das pessoas que são, acima de tudo, amigos. Temos como integrantes da calçada da fama quixadaense, Junior Capistrano, Dr. Durval, Aglais Borges, João Saraiva, Vanda, Aglaécio, Albuquerque, dentre outros. Esta imagem é de 2016.
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FRANCISCO WILSON DE ALMEIDA, O POPULARÍSSIMO CUÃ FOI UM EXEMPLO DE GARRA, AMOR AO TRABALHO E DEDICAÇÃO A FAMÍLIA E AOS ASMIGOS

Cuá e seu filho Ermilson
                            <>Que maravilha morar numa cidade onde todos se conhecem e parecem pertencer a uma única família. A alegria sempre presente e os amigos  unidos como se estivessem sempre a querer uma paz infinita. As casas das pessoas pareciam não ser tão distanciadas e esta gente passava  a impressão de ser sempre descomplicadas. Nas praças e em outros espaços, as conversas  sempre bem animadas. E a solidariedade era a marca maior desta gente. Os mais moços , certamente, terão alguma dificuldade em entender que estamos sim, falando de nossa bela Quixadá. No entanto, aqueles de mais idade sabem muito bem e têm absoluta certeza de que em anos já vividos nossa amada cidade era a mais perfeita tradução de uma cidade verdadeiramente feliz. Nos espaços da terra dos monólitos de décadas passadas circulavam pessoas com aquele cheiro de bondade e uma alegria sempre contagiante dando um toque de encantamento aqueles tempos mágicos. Chama bastante atenção o fato de que não faz tanto tempo assim em que a dona felicidade fez morada na bela cidade. Para suavizar um pouco a nossa imensa saudade daquele doce Quixadá, vamos focalizar um ser humano maravilhoso cujos traços marcantes foram a alegria de viver e uma vontade sempre presente de ajudar sem querer nada em troca. Pertencente a família pioneira da terra dos monólitos, Os Papaemas, Francisco Wilson de Almeida(nascido em 01.10.1941) conhecido popularmente por Cuã foi um cidadão que a todos conquistou com o seu jeito amável e sempre prestativo. Ele tirou leite de pedra, ralou a vida toda e já aos dez anos ajudava os pais Vicente e Ana Queiroz nas despesas do lar. Quando o senhor Vicente adoeceu foi ele que cuidou da família trabalhando exaustivamente. Devido as necessidades de trabalho e estudo, toda a família saiu de Serrote Vermelho e veio para a cidade. Nos primeiros anos da adolescência era encarregado de levar marmitas de alguns trabalhadores da fábrica do Senhor Aziz e assim tinha garantido algumas economias. Com o pouco que ganhava garantia a merenda das irmãs que estudavam no Grupo José Jucá e outras despesas da casa. No começo dos anos 60, passou a trabalhar na sorveteria do senhor Nivaldo e em pouco tempo se tornou uma referência na produção de picolés. No entanto, teve que abandonar esta atividade que estava lhe causando problemas nas mãos. Consciente de que não dispunha de um estudo que lhe permitisse uma situação melhor no trabalho resolveu encarar a vida através de um esforço enorme tendo inclusive que trabalhar em outras cidades. Trabalhou durante algum tempo na "Esmaltec" em Fortaleza e sempre fazia questão de lembrar que conviveu e até trabalhou em algumas situações ao lado do empresário Edson Queiroz. Poderia ter continuado na empresa, mas a saudade da família e do seu Quixadá querido foi bem mais forte. Sempre muito querido pelo casal Nivaldo e Cleide voltou a trabalhar na sorveteria, pois tinha que continuar cuidando de sua amada família. Passado alguns anos, trabalhou ainda como vendedor de loterias. Uma marca muito forte dele era fazer amizades. Eram muitos os amigos, em especial, o casal Edilberto e Liduina que muito sofreu quando da partida do bom homem. Foi em Baturité nas festividades de Nossa Senhora da Palma que conheceu aquela que se tornaria o seu anjo da guarda, a bondosa Ermita que além de ser uma dedicada esposa, se tornaria uma grande amiga da família e era uma pessoa muito querida por todos. A senhora Neusa,  irmã de Cuã, nos contou que o amor entre eles era tão bonito que quando Ermita foi chamada por Deus nunca mais  ele entrou na casa em que o casal morava. Alugou uma casa mas,  pouco tempo depois, foi morar com o seu filho Ermilson. Se referia a sua querida Ermita como "o porto seguro de minha vida". Como quase todo mundo, teve seus momentos de dores como o enfrentamento ao vício do álcool que segundo depoimento de familiares lhe causou sérios problemas de saúde. Vale destacar o fato de que jamais o vício lhe tornou uma pessoa sem compromisso com a família e o trabalho. Não só as pessoas próximas ao Cuã mas todos que o conheceram sabiam que o motivo maior de sua vida foi , sem dúvida, cuidar da educação de seu filho Ermilson que dizia ser seu  amigo verdadeiro e companheiro, especialmente depois do falecimento da querida Ermita. Afirmava para os amigos mais próximos que ele enfeitava a sua vida. Aumentou seu ritmo de trabalho com o objetivo de pagar o colégio do querido filho que sempre estudou em boas escolas. Mesmo sem ser possuidor de um  nível educacional satisfatório, sabia que a conquista de um diploma por parte do filho era muito mais importante do que fortunas. Ia de um lado a outro da cidade vender bilhetes da loteria e assim ganhar o suado dinheirinho com o objetivo de pagar as despesas escolares do esforçado aluno. Quando Ermilson conquistou a tão sonhada graduação fez questão de abraçar o esforçado pai que emocionado lhe falou "Meu filho, eu vivo por você que é a minha vida!" Quando Cuã foi morar com Ermilson ouviu emocionado que a sua presença foi a melhor coisa que aconteceu com ele, sua esposa e os filhos, pois ele era um guia para toda a família, um exemplo a ser seguido. Hoje, o filho de Cuã é professor em destacados colégios da cidade e sempre lembra que agradece a Deus todos os dias por ter tido a oportunidade de ter um pai tão maravilhoso. Ele sempre estará conosco, todos os dias, foi o melhor pai do mundo, é meu super herói sempre, sempre, nos assegura o jovem professor. Foi uma pessoa pobre que lutou com muitas dificuldades mas nos deixou a herança mais rica que foi o exemplo de caráter, honestidade e uma alegria sempre presente. Francisco Wilson de Almeida, o queridíssimo Cuã, partiu para o convívio das estrelas em 26.01.2007 e por ter sido uma pessoa boa, batalhadora, sempre alegre, pura de coração e de espírito não será esquecido pela família e os amigos. Não temos dúvida de sua entrada no reino celestial sob os acordes do coro angelical, pois enfrentou com altivez os momentos de sofrimento e soube ser grato pelas conquistas que obteve, sempre com muita dignidade. É de suma importância conhecermos trajetórias de vida como a de Cuã, não só por termos uma ideia de como as pessoas conviviam naquele espaço de paz no Quixadá do passado, mas também, e principalmente, pelo fato de nos mostrar que as pessoas simples podem nos transmitir grandes exemplos de dedicação ao trabalho, por terem sido batalhadoras e alcançado grandes conquistas. Cuã tem seu lugar garantido no coração dos filhos da terra dos monólitos.
Família feliz: Ermita, Ermilson e Cuã

Sempre foi uma pessoa muito alegre

Cuã pertenceu aos quadros da "Esmaltec"


O sobrinho Marliano e a irmã neusa não esquecem Cuã

sábado, 3 de junho de 2017

<>MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE-TIME DOS CORREIOS FOI O VENCEDOR DO TORNEIO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO BANCO DO BRASIL

<>1993-Como parte das comemorações pelos 50 anos do Banco do Brasil aconteceu um torneio de futebol de salão com a participação de empresas de destaque da terra dos monólitos. Com uma campanha que foi reconhecida até pelos adversários a equipe dos Correios foi a grande vencedora. Na imagem: Aurísio, Keyla, Antônio, Cícero, Ferreira, Gilberto Dinamite, Haroldo e Gilberto Vidal.
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sexta-feira, 2 de junho de 2017

QUIXADENSES LEMBRAM COM SAUDADE DO GRUPO MUSICAL "OIRAMIL SOM" QUE FOI CRIADO PELO MÚSICO LIMÁRIO DA COELCE

OIRAMIL SOM- Zé Carlos, Miguel, Osmar, Nezinho, Limário, Vinicius, Raimundo e Ronado Miguez(da esquerda para a direita)-anos 90
Outra imagem do grupo(anos 90):Neílson, Libano(pai do Limário), Tutinha, Bibiu, Waldir, Vinícius, Dudé, Limário e Raimundo(da esquerda para a direita)            
Jovem taxista
pose de criança
Momento de paz na serra do Estevão
Eridan e Limário-um amor eterno enquanto durar
                         <>Nos anos 90, um grupo de chorinho, samba, seresta e outros ritmos dominou a cena musical na terra dos monólitos. Seu nome, "OIRAMIL SOM"  que despontou graças a vinda para Quixadá do jovem Limário que além de atuar na música, foi funcionário de várias empresas e se tornou uma das pessoas mais queridas da cidade, pois sempre tratou a todos com cordialidade. É conhecido pelo amigos como "Limário da COELCE" e uma de suas marcas é fazer amizades. Vamos ver amigos como tudo começou e surgiu este famoso grupo musical. Na pequena Morada Nova do final dos anos 50 um garoto ficava encantado ao ouvir o avô Pedro Lemos Nobre tocando concertina(pequeno acordeão) e prá falar a verdade, toda a família do menino adorava música. Seu Libano, pai amoroso  comprou vários instrumentos como Sanfona, Violão, Banjo, violino, pandeiro e até rabeca. E aí a casa era uma verdadeira festa com muita música  e, é claro, aquela família  se apresentava em outros espaços da região. O instrumento que Limário adotou foi o pandeiro e apesar da pouca idade sabia da importância dele no desenvolvimento da percussão num grupo musical. Lembra que ficava encantado ao ver Jackson do Pandeiro dando verdadeiro show neste instrumento. Quando contava 13 anos, o sanfoneiro Climério Moura pediu a autorização de seu Libano para o garoto acompanhá-lo nas suas apresentações. Ficou conhecido na região como o "Lourinho do Pandeiro" e passou a ser disputado por vários sanfoneiros. Quando a família veio para Quixadá no ano de 1964 o jovem pandeirista fez amizade com o músico Paulo Viana que muito o incentivou e até o convidou para fazer parte de sua banda que contava ainda com outros músicos como: Mauro do trombone, Milton, Zé Cêra, Manuel. Com certeza, ter trabalhado com Paulo Viana foi um grande aprendizado. Visando melhorar seu desempenho como músico fez amizade com Dudu Viana que além de professor, foi um grande amigo. A ideia  da criação do "OIRAMIL" surgiu de um bate papo entre os amigos Carlão, Kíldare, Pedro Cabral  num bar próximo ao Posto Quinzinho. Alguém pediu para Limário  pegar o pandeiro e ,então, aquele espaço foi tomado por música de qualidade e, de repente, muitas pessoas chegaram mais perto para apreciar o show daqueles bambas. Estávamos no começo da década de 90(século passado) num Quixadá ainda cheio de paz e poesia.  O quartel general do grupo era a barbearia onde trabalhavam os também músicos Raimundo do bandolim, Nezinho do afoxé e mais gente foi se integrando como Mazinho, Vinicius, Holanda, o famoso seresteiro Ronaldo Miguez, Waldir do Cavaco, Chico Justino(famoso sanfoneiro nos dias de hoje), Zé Filho, Guimarães, Zé Raimundo. Merece registro especial o belo trabalho desenvolvido pelo Miguel, responsável pela qualidade de som.  Durante muito tempo, o "OIRAMIL SOM" foi  a grande atração das noites quixadaenses participando de muitos eventos e até foi convidado para apresentações em outras cidades do interior cearense. Foi convidado e participou do programa de Carneiro Portela na televisão e graças a recepção do auditório tocou durante 15 minutos. O professor Assis Lopes, grande incentivador, acompanhou os músicos até fortaleza e sempre dando orientações sobre o modo como deveria se dar a apresentação. O sucesso do grupo foi tão grande que a maioria das apresentações eram filmadas e os admiradores curtiam no velho e bom vídeo cassete no conforto do lar. Com certeza, o "OIRAMIL SOM" foi uma das melhores coisas que já aconteceu com a nossa arte musical, tendo encerrado suas atividades no ano de 1998. Merece destaque o fato de alguns quixadaenses terem ajudado na compra dos instrumentos e outros equipamentos necessários a atuação da nova sensação da música quixadaense. Quando o grupo encerrou as atividades, Limário que não conseguia se afastar da musica criou junto com os filhos o "Só Prá Pagodear" que , apesar da qualidade musical, teve vida efêmera. Agora que conhecemos um pouco da trajetória do grupo musical, Vamos saber um pouco mais sobre este cidadão que desde que chegou em Quixadá só tem feito grandes amizades. Florêncio Limário Maia é o seu nome de batismo e nasceu em Morada Nova, cidade que é para ele ao lado da terra dos monólitos, dois grandes amores.  Filho de Raimundo Libano Maia e Maria Lemos Nobre que decidiram vir morar em Quixadá quando o garoto contava 16 anos. Seu Libano tinha absoluta certeza que na nova cidade poderia desenvolver melhor seu trabalho e as crianças teriam uma melhor qualidade no quesito Educação. Limário estudou no Grupo José Jucá e guarda doces lembranças de professores e colegas. Depois da aula, trabalhava como taxista e muitas vezes ia até a estação ferroviária onde pegava passageiros mas também comparecia a outros locais. Lembra dos seus colegas de trabalho como Chico do Ovídio, Muriçoca, Anun, Têteu, Almeida, Eurico, Cícerro Burro Preto, Zezé, dentre outros. Estávamos no final  dos anos 60 e esta atividade continuou na década de 70(século passado). Depois do trabalho como taxista, Limário foi trabalhar na loja do Zé Lopes. Chegou também a trabalhar em construtoras de asfalto como motorista e em seguida passou a desenvolver sua atividade profissional  com as irmãs religiosas, onde fez grandes amizades. Convidado pelo amigo Amorim foi fazer um teste na capital para trabalhar na CENORTE(depois COELCE e mais recentemente, ANEL) e sempre esforçado e dedicado foi aprovado com louvor. Trabalhou nesta empresa de 1972 até 1996 ao lado de colegas que se transformaram em grandes amigos como Abelardo,  Eristeu, Geraldo Pedrosa, Zé Viana, Zé Louro, Ademar, Eimar, Camburão, Tuca, Grilo, Paulinho, Luiz Delfino, Arimatéia, Arnóbio, Washington, Monsueto,  Assis, dentre outros. E aquele amor tão esperado, de repente, apareceu em sua vida e esta pérola responde pelo nome de Maria Eridan Maia e daquele dia em diante, tudo se transformaria na vida dos dois. O casamento aconteceu em Ibicuitinga na igreja de Nossa senhora dos Remédios em meados dos anos 60, sob as bençãos do padre Do Céu e incontáveis amigos acompanharam a cerimônia .Os filhos e também os netos são os maiores tesouros na vida deste abençoado e querido casal. Além da enorme contribuição que deu a nossa arte musical, o conhecido Limário da Coelce é uma pessoa queridíssima na terra dos monólitos pela sua simplicidade, por sempre estar disposto a socorrer os amigos naqueles momentos de dificuldade e pelo bom caráter que é. O "OIRAMIL SOM" permanece presente nas lembranças daqueles que apreciam música de qualidade. Vamos aproveitar o mote desta nossa coluna e juntos vamos adentrar nas felizes noites quixadaenses de anos atrás e saber mais como nossa boa gente se divertia. Se precisarem de mim, me chamem pois darei minha pequena, mas cheia de entusiasmo, colaboração.