<> "Todo mundo quer ir pro céu mas ninguém quer morrer! Céu! Céu! Céu! O título destas mal traçadas retirei de uma canção da Blitz. Como não poderei falar depois da death(em língua inglesa fica mais chique), necessito comunicar do que gostaria que acontecesse quando passar desta para pior(Lembro do Neno). E que falta ele faz. O Tic Tac do meu coração lembra que passei do meio dia. Adoro beijar, mas a dona morte não venha fazer isso. É beijo gelado, sim senhor! Mas, vamos lá! Quero que na minha despedida se encontrem presentes os meus ouvintes do rádio, os amigos que guardo debaixo de sete chaves como fala na "Canção da América. Quero demais a presença dos meus colegas professores do Colégio Municipal, do Colégio Estadual, meus alunos, os colegas do microfone e aqueles que vivem honestamente, que enfrentam dificuldades. Se pudesse, pediria ao simpático Padre Filipe que rezasse um "Pai Nosso"para que os anjos me levassem até o Céu. Céu! Céu! Céu! Acharia ótimo até demais se meu irmão evangélico, Alexandre Magno(filho do seu Luquinha), lesse trechos da bíblia. Ficarei super feliz com a presença de toda minha família como minhas queridas(e lindas) irmãs Corrinha e Cecê. E, claro, minha filha Tainan e meu neto Lorenzo, o meu amiguinho de todas as horas. Meus cachorros Rin, Tin, Tin e Garrincha e também as minhas gatinha Hilda Furacão, a Gretchen Black que parece desconfiar de minha tristeza e pula no meu colo para aliviar meus ais. Vibraria ,de verdade, se meus amigos Tony Remelexo, Juninho Quixadá e Evandro dos teclados cantassem "Amigo" do Roberto. Como não sou famoso, com certeza, jamais serei nome de rua, nem serei lembrado com um busto colado a um microfone. Serei notícia na página dos meus amigos do "Face". A death é a angustia de quem vive, tal qual falou o poetinha Vinícius. Não tenho fingimento, morro de medo. Todo domingo, a missa de Santa Teresinha começa as 19 horas e duas horas antes já estou sentado no banco da pracinha. É que aprendi a gostar dela que sofreu, teve uma vida dura e jamais reclamou. Peço a minha santinha que acabe com esse meu medo de fazer esta viagem(Pela Guanabara, sim). A Rua Tenente Cravo, a poética rua do Prado não ouvirá mais meus passos(Aconteceu com o maluco beleza). Mas, calma, Amadeu! Calma, meu velho! Um analista amigo meu(O Belchior também tinha) falou que há espaço também de coisas boinhas neste tema. Ele disse que depois de bater o catolé(cearense sou), algo de bom nos espera como o fato de reencontrar lá no céu aqueles que tanto amamos como nossos pais e amigos. Que alegria chegar no céu e encontrar mamãe e papai se balançando numa rede véia comprada no seu Benjamim. Conversar com o meu eterno diretor, o professor Cleune. Que barato, bicho! Sorrir ao encontrar o Almeidinha lembrando do meu aniversário. Dá sonoras gargalhadas ao ouvir o filósofo popular, o Zé Laranjeiras, contar que no seu primeiro encontro com a namorada levou uma topada na pedra do cruzeiro que no seu tempo de jovem era bem pequena. Abraçar, cheio de emoção, o meu amigo Everton Lopes, o Manoel Augustinho e ainda, Seu Nilo. Lá, tá assim de filhos da terra dos monólitos. Curtir meu amigo Zé Carlos apresentando programa de Nelson Gonçalves. Me falaram que lá tem uma rádio. Ouvir as estórias contadas pelo José da Páscoa. Sentir mais uma vez a disponibilidade de Everardo Silveira sempre pronto prá ajudar. E mais, o Mestre Adolfo tocando bandolim, o Ronaldo Miguez cantando acompanhado por Dudu Viana, " Maria Helena, és tu a minha inspiração" Mas, peraí! É certeza me tornar um cidadão do infinito? Confiando que o Chico falou não existir pecado na gente latina, andei saindo da linha e diversas vezes(Quem não?). Mas, recebi em sonho, recado de um amigo meu que fez a grande viagem, já faz algum tempo É que ao encontrar São Pedro, o trate com jeitinho(Sou brasileiro, né?). Faça uma coisa e lhe garanto que ele fará uso das chaves e abrirá as portas dos céus. Céu! Céu! Céu! Dê-lhe um disco do João Gilberto, do Caetano, Chico e Luiz Gonzaga. Mas, muito cuidado! Não o presentei com o disco do Evaldo Braga com a música "Mentira! Assim, ele vira uma fera, pois lembrará do tempo que negou Cristo por três vezes. Faça o favor de não esquecer um livro do João Eudes Costa, um romance do Francisco Jards. Alguém soprou que ele adora ler sonetos do Antônio Martins e poesias da Angélica Nogueira. Cuidado, rapaz! Agrade o Santo! Mas, fiquem tranquilos, amigos meus. Estou bem de saúde e esse ano não morro! Também sou um sujeito de sorte. Não é poeta-filósofo de Sobral?
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Eu e meu dileto amigo AloísioO Chefe) |
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Eu e o Mestre Adolfo Lopes |
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Nos meus jovens anos |