<>Ha pessoas que nascem para realizar o bem e fazem desta condição, a sua razão maior de viver. Com certeza, se preocupar com situação das pessoas, foi a maior felicidade vivida pelo médico Francisco de Assis Brasileiro. Este quixadaense(filho de João Brasileiro Filho e Antonieta Bezerra Silva), já na fase dourada de sua vida, na doce juventude, se revoltava com a situação social de pessoas que não tinham direito a uma alimentação de qualidade, uma escola que ensinasse lições de cidadania e que, enfim, desfrutasse de uma vida digna. Ousou contestar a Ditadura Militar implantada em nosso país(1964-1985) e, como aconteceu com muitos jovens, foi vítima de grande violência mas sem que jamais tenha sido destituído de sua mente, o direito a liberdade de expressão, a luta por uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Muitas vezes, o jovem Brasileiro foi visto na sua querida Quixadá(que tanto amava) cantarolando a canção "Prá Não Dizer que Falei das Flores" de Geraldo Vandré, considerado um hino de resistência do movimento civil e estudantil e que sofreu forte censura dos idealizadores do Regime. Bastante querido, especialmente pelos jovens de quixadá, resolveu ingressar na política, sendo eleitor vereador com apenas 18 anos de idade, não chegando a concluir o mandato, por perseguição daqueles que viam no moço, um inimigo do regime totalitário. Chegou a ser preso, torturado, sofreu humilhações mas sem abrir mão do sonho de ver um país livre, com sua gente feliz.<> <>Teve que fugir do país, residindo inicialmente em Moçambique mas, pouco tempo depois, se transferindo para Portugal e, com grande esforço, muito estudo, ingressou na Faculdade de medicina. Sempre contou com o apoio do Senhor Zé Baquit, industrial e ex- prefeito de Quixadá, que o ajudou a concluir o curso na Universidade gaúcha de Santa Maria e Faculdade Federal do Ceará, isso depois do retorno ao Brasil. E foi como médico, que Francisco Brasileiro mostrou todo seu amor e dedicação as pessoas, sem levar em conta, cor, classe social, condição financeira. Amava os seus pacientes como a si mesmo, sendo ainda hoje lembrado por pacientes de Fortaleza(trabalhou durante algum tempo) e de Quixadá. A cura dos pacientes era seu principal comprometimento na profissão. <><> <>Humilde, dócil no trato com os amigos, compreendendo as diferenças, paciente com as pessoas idosas, Francisco Brasileiro marcou, de forna irreversível, seu nome no coração dos quixadaenses. Ele foi um homem público, médico de muitos talentos mas, bem acima de tudo, um ser humano maravilhoso que amou a família, os pacientes e todos aqueles que sofreram injustiças. Por isso, permanece vivo em nossas lembranças. Francisco Brasileiro foi chamado por Deus para outras missões em 15 de julho de 1996. Receba o carinho de todos os quixadaenses, amigo Brasileiro!
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
PALHAÇO PARAFUSO - 33 ANOS ALEGRANDO QUIXADAENSES DE TODAS AS IDADES
Palhaço Prafuso: a alegria das crianças quixadaenses |
<><>Nos anos 70, um palhacinho animava a feliz residencia do casal João da Cruz e Maria Alta, dando logo a entender o que pretendia ser na vida. Com pintura alegre no rosto, roupinha muito colorida, sapatinhos pequenos mas compridos, narizinho de bolinha, um sorriso cativante, aquele menino nos seus verdes 7 aninhos, fazia com que a família e vizinhos esquecessem, mesmo por pouco tempo, os problemas nossos de cada dia. E na sala da casa caía, pulava, subia em cadeiras, dançava, cantava, dava piruetas para todos os lados. Já adorava o circo, vibrava com trapezistas, domadores, acrobratas, dançarinos mas, gostava mesmo, era do palhaço. João Elder Tomé, tratado carinhosamente como pebinha, viria a se tornar, em pouco tempo, um mestre na arte de fazer rir, representando o personagem "Palhaço Parafuso". Há muitos anos, arranca gargalhadas das crianças e adultos quixadaenses. É preciso destacar o pioneirismo do nosso pebinha. Ainda adolescente, realizava apresentações no quintal de sua casa e, além de suas palhaçadas, se destacavam outros astros como mágicos, equilibristas. O acesso para acompanhar o espetáculo(a família assim chamava o show do filho), dava-se pela porta de entrada da casa. Havia a recomendação do palhaço adolescente: "Mamãe, as crianças que não puderem pagar, deixe entrar". Aquelas noites quixadaenses eram mais alegres e nem precisava de picadeiro, de lonas. A lua e as estrelas pareciam chegar mais perto para ver aquele circo improvisado mas, que era o mais bonito do lugar. E o palhaço Parafuso, no palco do quintal da sua casa, fazia a chamada para iniciar a apresentção: "Hoje tem marmelada?" E as crianças, numa alegria indescritível, respondiam: "Tem sim senhor!". O sucesso foi tão grande que Parafuso teve que buscar outros espaços. E assim, chegou a se apresentar na quadra da residência do médico Everardo Silveira que sempre apoiou o jovem artista e no galpão da fábrica do Senhor Renato Carneiro. Em pouco tempo, virou ídolo das crianças e sempre sendo convidado para apresentações em aniversários, batizados, festinhas nas escolas, shows beneficentes. Todos os anos, realizava
com grande sucesso, o show especial do dia das crianças, lotando clubes e praças. Passou a se apresentar em diversas cidades do Ceará e até em outros estados. Sempre teve a acompanhá-lo nas suas apresentações, dentre outros artistas, Everardo, Moca, Ruela. Parafuso jamais esqueceu da apresentação realizada pelo circo do famoso e querido palhaço Carequinha, na quadra do Colégio Estadual, em meados dos anos 70. Ficou encantado com o talento do grande astro que alegrava as pessoas, sem jamais apelar para baixarias. O talentoso artista quixadaense há quase 40 anos, trabalha no "Duarte Drinks Bar" e sempre recebe o carinho das pessoas que o admiram como pessoa e talentoso palhaço. O nosso querido Pebinha é um grande artista da terra dos monólitos e, sem nenhum exagero, podemos afirmar ser um dos melhores palhaços em atividade no nosso estado. Certa vez, lhe perguntei como poderia ser definida a figura deste artista que nos dá tantas alegrias e Parafuso, assim nos respondeu: " Ser palhaço é fazer da alegria a razão de sua existencia. É também não deixar os outros perceberem que, às vezes, também é um sofredor.
Palhaço Parafuso continua se apresentando para todas as idades |
Parafuso tem muitos admiradores |
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