terça-feira, 27 de junho de 2017
A IMAGEM E O FATO-QUIXADÁ TAMBÉM TEM A SUA CALÇADA DA FAMA
<>Não é só na cidade de Los Angeles(EUA) no bairro das
estrelas e celebridades, Hollyood, ou em outras partes do mundo que
encontramos as calçadas da fama, mas também na terra dos monólitos. Só
que na nossa, as estrelas são quixadenses ou que aqui moram. Não são
celebridades e nem astros da tv ou do cinema, mas pessoas maravilhosas
que fazem da amizade o grande motivo de suas vidas. Na verdade, foi uma
brincadeira inventada pelo casal radialista Ribamar Lima e Helena com o
objetivo maior de sempre estar perto das pessoas que são, acima de
tudo, amigos. Temos como integrantes da calçada da fama quixadaense,
Junior Capistrano, Dr. Durval, Aglais Borges, João Saraiva, Vanda,
Aglaécio, Albuquerque, dentre outros. Esta imagem é de 2016.
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FRANCISCO WILSON DE ALMEIDA, O POPULARÍSSIMO CUÃ FOI UM EXEMPLO DE GARRA, AMOR AO TRABALHO E DEDICAÇÃO A FAMÍLIA E AOS ASMIGOS
Cuá e seu filho Ermilson |
<>Que maravilha morar numa cidade onde todos se conhecem e parecem pertencer a uma única família. A alegria sempre presente e os amigos unidos como se estivessem sempre a querer uma paz infinita. As casas das pessoas pareciam não ser tão distanciadas e esta gente passava a impressão de ser sempre descomplicadas. Nas praças e em outros espaços, as conversas sempre bem animadas. E a solidariedade era a marca maior desta gente. Os mais moços , certamente, terão alguma dificuldade em entender que estamos sim, falando de nossa bela Quixadá. No entanto, aqueles de mais idade sabem muito bem e têm absoluta certeza de que em anos já vividos nossa amada cidade era a mais perfeita tradução de uma cidade verdadeiramente feliz. Nos espaços da terra dos monólitos de décadas passadas circulavam pessoas com aquele cheiro de bondade e uma alegria sempre contagiante dando um toque de encantamento aqueles tempos mágicos. Chama bastante atenção o fato de que não faz tanto tempo assim em que a dona felicidade fez morada na bela cidade. Para suavizar um pouco a nossa imensa saudade daquele doce Quixadá, vamos focalizar um ser humano maravilhoso cujos traços marcantes foram a alegria de viver e uma vontade sempre presente de ajudar sem querer nada em troca. Pertencente a família pioneira da terra dos monólitos, Os Papaemas, Francisco Wilson de Almeida(nascido em 01.10.1941) conhecido popularmente por Cuã foi um cidadão que a todos conquistou com o seu jeito amável e sempre prestativo. Ele tirou leite de pedra, ralou a vida toda e já aos dez anos ajudava os pais Vicente e Ana Queiroz nas despesas do lar. Quando o senhor Vicente adoeceu foi ele que cuidou da família trabalhando exaustivamente. Devido as necessidades de trabalho e estudo, toda a família saiu de Serrote Vermelho e veio para a cidade. Nos primeiros anos da adolescência era encarregado de levar marmitas de alguns trabalhadores da fábrica do Senhor Aziz e assim tinha garantido algumas economias. Com o pouco que ganhava garantia a merenda das irmãs que estudavam no Grupo José Jucá e outras despesas da casa. No começo dos anos 60, passou a trabalhar na sorveteria do senhor Nivaldo e em pouco tempo se tornou uma referência na produção de picolés. No entanto, teve que abandonar esta atividade que estava lhe causando problemas nas mãos. Consciente de que não dispunha de um estudo que lhe permitisse uma situação melhor no trabalho resolveu encarar a vida através de um esforço enorme tendo inclusive que trabalhar em outras cidades. Trabalhou durante algum tempo na "Esmaltec" em Fortaleza e sempre fazia questão de lembrar que conviveu e até trabalhou em algumas situações ao lado do empresário Edson Queiroz. Poderia ter continuado na empresa, mas a saudade da família e do seu Quixadá querido foi bem mais forte. Sempre muito querido pelo casal Nivaldo e Cleide voltou a trabalhar na sorveteria, pois tinha que continuar cuidando de sua amada família. Passado alguns anos, trabalhou ainda como vendedor de loterias. Uma marca muito forte dele era fazer amizades. Eram muitos os amigos, em especial, o casal Edilberto e Liduina que muito sofreu quando da partida do bom homem. Foi em Baturité nas festividades de Nossa Senhora da Palma que conheceu aquela que se tornaria o seu anjo da guarda, a bondosa Ermita que além de ser uma dedicada esposa, se tornaria uma grande amiga da família e era uma pessoa muito querida por todos. A senhora Neusa, irmã de Cuã, nos contou que o amor entre eles era tão bonito que quando Ermita foi chamada por Deus nunca mais ele entrou na casa em que o casal morava. Alugou uma casa mas, pouco tempo depois, foi morar com o seu filho Ermilson. Se referia a sua querida Ermita como "o porto seguro de minha vida". Como quase todo mundo, teve seus momentos de dores como o enfrentamento ao vício do álcool que segundo depoimento de familiares lhe causou sérios problemas de saúde. Vale destacar o fato de que jamais o vício lhe tornou uma pessoa sem compromisso com a família e o trabalho. Não só as pessoas próximas ao Cuã mas todos que o conheceram sabiam que o motivo maior de sua vida foi , sem dúvida, cuidar da educação de seu filho Ermilson que dizia ser seu amigo verdadeiro e companheiro, especialmente depois do falecimento da querida Ermita. Afirmava para os amigos mais próximos que ele enfeitava a sua vida. Aumentou seu ritmo de trabalho com o objetivo de pagar o colégio do querido filho que sempre estudou em boas escolas. Mesmo sem ser possuidor de um nível educacional satisfatório, sabia que a conquista de um diploma por parte do filho era muito mais importante do que fortunas. Ia de um lado a outro da cidade vender bilhetes da loteria e assim ganhar o suado dinheirinho com o objetivo de pagar as despesas escolares do esforçado aluno. Quando Ermilson conquistou a tão sonhada graduação fez questão de abraçar o esforçado pai que emocionado lhe falou "Meu filho, eu vivo por você que é a minha vida!" Quando Cuã foi morar com Ermilson ouviu emocionado que a sua presença foi a melhor coisa que aconteceu com ele, sua esposa e os filhos, pois ele era um guia para toda a família, um exemplo a ser seguido. Hoje, o filho de Cuã é professor em destacados colégios da cidade e sempre lembra que agradece a Deus todos os dias por ter tido a oportunidade de ter um pai tão maravilhoso. Ele sempre estará conosco, todos os dias, foi o melhor pai do mundo, é meu super herói sempre, sempre, nos assegura o jovem professor. Foi uma pessoa pobre que lutou com muitas dificuldades mas nos deixou a herança mais rica que foi o exemplo de caráter, honestidade e uma alegria sempre presente. Francisco Wilson de Almeida, o queridíssimo Cuã, partiu para o convívio das estrelas em 26.01.2007 e por ter sido uma pessoa boa, batalhadora, sempre alegre, pura de coração e de espírito não será esquecido pela família e os amigos. Não temos dúvida de sua entrada no reino celestial sob os acordes do coro angelical, pois enfrentou com altivez os momentos de sofrimento e soube ser grato pelas conquistas que obteve, sempre com muita dignidade. É de suma importância conhecermos trajetórias de vida como a de Cuã, não só por termos uma ideia de como as pessoas conviviam naquele espaço de paz no Quixadá do passado, mas também, e principalmente, pelo fato de nos mostrar que as pessoas simples podem nos transmitir grandes exemplos de dedicação ao trabalho, por terem sido batalhadoras e alcançado grandes conquistas. Cuã tem seu lugar garantido no coração dos filhos da terra dos monólitos.
Família feliz: Ermita, Ermilson e Cuã |
Sempre foi uma pessoa muito alegre |
Cuã pertenceu aos quadros da "Esmaltec" |
O sobrinho Marliano e a irmã neusa não esquecem Cuã |
sábado, 3 de junho de 2017
<>MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE-TIME DOS CORREIOS FOI O VENCEDOR DO TORNEIO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO BANCO DO BRASIL
<>1993-Como parte das comemorações pelos 50 anos do Banco do Brasil aconteceu um torneio de futebol de salão com a participação de empresas de destaque da terra dos monólitos. Com uma campanha que foi reconhecida até pelos adversários a equipe dos Correios foi a grande vencedora. Na imagem: Aurísio, Keyla, Antônio, Cícero, Ferreira, Gilberto Dinamite, Haroldo e Gilberto Vidal.
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sexta-feira, 2 de junho de 2017
QUIXADENSES LEMBRAM COM SAUDADE DO GRUPO MUSICAL "OIRAMIL SOM" QUE FOI CRIADO PELO MÚSICO LIMÁRIO DA COELCE
OIRAMIL SOM- Zé Carlos, Miguel, Osmar, Nezinho, Limário, Vinicius, Raimundo e Ronado Miguez(da esquerda para a direita)-anos 90 |
Outra imagem do grupo(anos 90):Neílson, Libano(pai do Limário), Tutinha, Bibiu, Waldir, Vinícius, Dudé, Limário e Raimundo(da esquerda para a direita) |
Jovem taxista |
pose de criança |
Momento de paz na serra do Estevão |
Eridan e Limário-um amor eterno enquanto durar |
<>Nos anos 90, um grupo de chorinho, samba, seresta e outros ritmos dominou a cena musical na terra dos monólitos. Seu nome, "OIRAMIL SOM" que despontou graças a vinda para Quixadá do jovem Limário que além de atuar na música, foi funcionário de várias empresas e se tornou uma das pessoas mais queridas da cidade, pois sempre tratou a todos com cordialidade. É conhecido pelo amigos como "Limário da COELCE" e uma de suas marcas é fazer amizades. Vamos ver amigos como tudo começou e surgiu este famoso grupo musical. Na pequena Morada Nova do final dos anos 50 um garoto ficava encantado ao ouvir o avô Pedro Lemos Nobre tocando concertina(pequeno acordeão) e prá falar a verdade, toda a família do menino adorava música. Seu Libano, pai amoroso comprou vários instrumentos como Sanfona, Violão, Banjo, violino, pandeiro e até rabeca. E aí a casa era uma verdadeira festa com muita música e, é claro, aquela família se apresentava em outros espaços da região. O instrumento que Limário adotou foi o pandeiro e apesar da pouca idade sabia da importância dele no desenvolvimento da percussão num grupo musical. Lembra que ficava encantado ao ver Jackson do Pandeiro dando verdadeiro show neste instrumento. Quando contava 13 anos, o sanfoneiro Climério Moura pediu a autorização de seu Libano para o garoto acompanhá-lo nas suas apresentações. Ficou conhecido na região como o "Lourinho do Pandeiro" e passou a ser disputado por vários sanfoneiros. Quando a família veio para Quixadá no ano de 1964 o jovem pandeirista fez amizade com o músico Paulo Viana que muito o incentivou e até o convidou para fazer parte de sua banda que contava ainda com outros músicos como: Mauro do trombone, Milton, Zé Cêra, Manuel. Com certeza, ter trabalhado com Paulo Viana foi um grande aprendizado. Visando melhorar seu desempenho como músico fez amizade com Dudu Viana que além de professor, foi um grande amigo. A ideia da criação do "OIRAMIL" surgiu de um bate papo entre os amigos Carlão, Kíldare, Pedro Cabral num bar próximo ao Posto Quinzinho. Alguém pediu para Limário pegar o pandeiro e ,então, aquele espaço foi tomado por música de qualidade e, de repente, muitas pessoas chegaram mais perto para apreciar o show daqueles bambas. Estávamos no começo da década de 90(século passado) num Quixadá ainda cheio de paz e poesia. O quartel general do grupo era a barbearia onde trabalhavam os também músicos Raimundo do bandolim, Nezinho do afoxé e mais gente foi se integrando como Mazinho, Vinicius, Holanda, o famoso seresteiro Ronaldo Miguez, Waldir do Cavaco, Chico Justino(famoso sanfoneiro nos dias de hoje), Zé Filho, Guimarães, Zé Raimundo. Merece registro especial o belo trabalho desenvolvido pelo Miguel, responsável pela qualidade de som. Durante muito tempo, o "OIRAMIL SOM" foi a grande atração das noites quixadaenses participando de muitos eventos e até foi convidado para apresentações em outras cidades do interior cearense. Foi convidado e participou do programa de Carneiro Portela na televisão e graças a recepção do auditório tocou durante 15 minutos. O professor Assis Lopes, grande incentivador, acompanhou os músicos até fortaleza e sempre dando orientações sobre o modo como deveria se dar a apresentação. O sucesso do grupo foi tão grande que a maioria das apresentações eram filmadas e os admiradores curtiam no velho e bom vídeo cassete no conforto do lar. Com certeza, o "OIRAMIL SOM" foi uma das melhores coisas que já aconteceu com a nossa arte musical, tendo encerrado suas atividades no ano de 1998. Merece destaque o fato de alguns quixadaenses terem ajudado na compra dos instrumentos e outros equipamentos necessários a atuação da nova sensação da música quixadaense. Quando o grupo encerrou as atividades, Limário que não conseguia se afastar da musica criou junto com os filhos o "Só Prá Pagodear" que , apesar da qualidade musical, teve vida efêmera. Agora que conhecemos um pouco da trajetória do grupo musical, Vamos saber um pouco mais sobre este cidadão que desde que chegou em Quixadá só tem feito grandes amizades. Florêncio Limário Maia é o seu nome de batismo e nasceu em Morada Nova, cidade que é para ele ao lado da terra dos monólitos, dois grandes amores. Filho de Raimundo Libano Maia e Maria Lemos Nobre que decidiram vir morar em Quixadá quando o garoto contava 16 anos. Seu Libano tinha absoluta certeza que na nova cidade poderia desenvolver melhor seu trabalho e as crianças teriam uma melhor qualidade no quesito Educação. Limário estudou no Grupo José Jucá e guarda doces lembranças de professores e colegas. Depois da aula, trabalhava como taxista e muitas vezes ia até a estação ferroviária onde pegava passageiros mas também comparecia a outros locais. Lembra dos seus colegas de trabalho como Chico do Ovídio, Muriçoca, Anun, Têteu, Almeida, Eurico, Cícerro Burro Preto, Zezé, dentre outros. Estávamos no final dos anos 60 e esta atividade continuou na década de 70(século passado). Depois do trabalho como taxista, Limário foi trabalhar na loja do Zé Lopes. Chegou também a trabalhar em construtoras de asfalto como motorista e em seguida passou a desenvolver sua atividade profissional com as irmãs religiosas, onde fez grandes amizades. Convidado pelo amigo Amorim foi fazer um teste na capital para trabalhar na CENORTE(depois COELCE e mais recentemente, ANEL) e sempre esforçado e dedicado foi aprovado com louvor. Trabalhou nesta empresa de 1972 até 1996 ao lado de colegas que se transformaram em grandes amigos como Abelardo, Eristeu, Geraldo Pedrosa, Zé Viana, Zé Louro, Ademar, Eimar, Camburão, Tuca, Grilo, Paulinho, Luiz Delfino, Arimatéia, Arnóbio, Washington, Monsueto, Assis, dentre outros. E aquele amor tão esperado, de repente, apareceu em sua vida e esta pérola responde pelo nome de Maria Eridan Maia e daquele dia em diante, tudo se transformaria na vida dos dois. O casamento aconteceu em Ibicuitinga na igreja de Nossa senhora dos Remédios em meados dos anos 60, sob as bençãos do padre Do Céu e incontáveis amigos acompanharam a cerimônia .Os filhos e também os netos são os maiores tesouros na vida deste abençoado e querido casal. Além da enorme contribuição que deu a nossa arte musical, o conhecido Limário da Coelce é uma pessoa queridíssima na terra dos monólitos pela sua simplicidade, por sempre estar disposto a socorrer os amigos naqueles momentos de dificuldade e pelo bom caráter que é. O "OIRAMIL SOM" permanece presente nas lembranças daqueles que apreciam música de qualidade. Vamos aproveitar o mote desta nossa coluna e juntos vamos adentrar nas felizes noites quixadaenses de anos atrás e saber mais como nossa boa gente se divertia. Se precisarem de mim, me chamem pois darei minha pequena, mas cheia de entusiasmo, colaboração.
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