<>Em 1970, ano em que a terra dos monólitos começava a mudar o seu perfil urbano, o carnaval explodia nas ruas e nos clubes. Jovens de todas as classes sociais formavam seus blocos. Um dos grandes destaques do ano foi o trepidante "Os Magnatas" que muito alegrou o nosso carnaval. Pela ordem, vemos: Baixinho, Wilson, Maciel, Keka, Jonas Sousa, Matias, Zé Milton, Raimundo Sousa, Carlos, Zenóbio, Nairton e Xavier. Era uma doce juventude e um Quixadá feliz.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
O CEGO DA ALEGRIA- JOAQUIM FRANCALINO ENXERGA TUDO COM O CORAÇÃO
Ser cego não é motivo para desespero |
Caminhando sozinho pelas ruas que conhece |
<>Se para muitos a cegueira é um castigo, uma grande desventura, um cruel golpe do destino, não é bem assim que pensa Joaquim Francalino, figura das mais queridas das ruas de Quixadá, cego desde os 22 anos. Transformei o feio em belo, as dificuldades em conquistas e passei a enxergar situações que até então não tinha percebido, mesmo com a visão, assegura o bom homem. Faz questão de lembrar que, quando ainda tinha visão, não conhecia outras situações da vida como, por exemplo, a ternura e a solidariedade. Garante que as pessoas lhe tratam melhor agora, são mais acessíveis e tem sempre boa vontade, socorrendo-o nos momentos em que precisa caminhar por espinhos. O mundo visível se afastou de Francalino, mas possibilitou conquistas que o tornaram feliz e, como pode ser comprovado, está sempre a sorrir. Ele, para espanto de muitos, lembra que a cegueira o fez mais útil, mais participativo. Gaba-se do fato de vir da zona rural, praticamente todos os dias, sozinho e brinca com aqueles que querem lhe ajudar falando que os dois olhos daquele amigo não veem mais que o seu. Chama a atenção de todos o conhecimento que Joaquim Francalino tem de nossas ruas e, mais ainda, o pedido de orientação de muita gente para que ele indique a localização de um banco, um colégio, uma loja. Este simpático homem sempre é visto nas proximidades da "Rádio Monólitos" e sua agradável companhia é dividida com pessoas de todas as idades e classe social. Cedo da manhã, funcionários de uma loja próxima lhe oferecem o café da manhã. Cheio de otimismo até brinca: "Tá vendo, como cego tem suas vantagens?". Joaquim Francalino ribeiro dos Santos, seu nome completo, veio de Itapiúna com os pais Manoel Francalino e Maria Ferreira com esperança de dias melhores. Para aqueles que tem curiosidade sobre o motivo da perda da visão, explica que alguém esqueceu de fechar as portas e o vento penetrou, por toda a noite, na casa em que morava, mas, logo descarta a possibilidade dos médicos atribuir esta mesma causa a cegueira que o vitimou. De uma coisa podemos ter certeza, este simples, mas grande homem, é uma das pessoas mais queridas da terra dos monólitos. Hoje, aos 67 anos, consegue nos transmitir que não devemos desistir, deixar de gostar da vida, nos momentos em que aparecerem as adversidades. Nos enche de emoção quando diz que a cegueira lhe ofertou conquistas que jamais esperou alcançar. "Aprender a gostar mais das pessoas foi a maior conquista". Gozo do privilégio de o ter como amigo e lembro que, certa vez, ele me pediu que se fosse escrever algo sobre ele o chamasse de " O Cego da Alegria". Minha admiração por ele aumentou quando, ao entrevistá-lo", saiu-se com esta: "Se o poeta Aderaldo", a majestade da poesia, era completamente cego, por que não eu?
sábado, 26 de dezembro de 2015
A IMAGEM E O FATO:NUBIA LAFAYETE EM QUIXADÁ
<>Nos anos 80 e mais alguns anos à frente, o radialista Ribamar Lima era o responsável pela vinda de grandes nomes de nossa música para realizar apresentações na terra dos monólitos. O Show de Núbia Lafayete foi um extraordinário sucesso. No dia de sua apresentação, a querida cantora chegou cedo ao clube e ficou cantando para os funcionários do clube. Como as portas estavam abertas, uma multidão foi vê-la cantar. O radialista, desesperado mesmo, se aproximou da artista e falou: Núbia, você me mata do coração!" O show é a noite, criatura!". Era um Quixadá bem mais feliz!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
ESQUECERAM DE MIM
<>Neste natal, pedi a meu PAI para ficar o mais próximo possível das pessoas, pois tenho saudade daquela convivência. Com recomendações, agradeci a bondade dele. Expliquei que não os chocaria, pois iria me apresentar da forma mais simples possível e não me reconheceriam. Estava feliz, tal qual um menino, gosto muito de toda essa gente. Dei e daria, novamente, minha vida por todos eles. Confesso ter estranhado a grande diferença daquele tempo em que aqui estive, mas importante era aquele contato e, bem confiante, decidi participar da festa e, afinal, eu sou o ANIVERSARIANTE. Me aproximei de um lindo prédio, era um hotel, de frente para o mar e emocionado falei para um moço na portaria: "Moço, posso entrar? Queria conversar um pouco com essa gente tão feliz, me parecem tão agradáveis!". Me assustei um pouco com a resposta do moço! Ele falou que ali não podia entrar, ali era lugar de gente bacana e não de pessoas como eu, trajando aquelas roupas. "No nosso Natal, não entra pobre!". Continuou falando que eu não tinha condições nem de entrar ali e que, naquele hotel, dispunha de acomodações até com "quarto quádruplo com vistas para o mar". E esta sua roupa horrível! A partir dali, me senti verdadeiramente humano. E ainda andei um bocado, mas sem encontrar guarida e lembrei que tinha falado para eles que todos são irmãos, são iguais. Imaginei que meus queridos filhos não queriam ser perturbados e compreendi. Caminhei um pouco mais e me deparei com uma linda casa, enorme, linda! Pude ouvir a alegria daquelas pessoas e pedi ao Senhor que atendia na entrada e ele, para meu espanto, falou que aquele local era um "Resort" e local de gente "Chique" relaxar e não entrava ninguém do meu jeito. Perguntei se estavam comemorando o aniversário de alguém, de um tal Jesus. Falou que não e que estavam ali para entretenimento, alto astral, boa alimentação, nem falam no cara que deu sua própria vida por eles. Percebi que aquele trabalhador ficara triste e falou: "Quando eles passam na portaria, a maioria, me entrega o convite e nem aceitam os meus desejos de feliz natal. Fiquei imaginando, acreditando até que muita gente esqueceu que falei que todos os seres humanos são irmãos. Bem triste, resolvi voltar para meu pai, mas, de repente, alguém me chamou e convidou para a sua ceia de natal. Logo percebi ser um morador de rua, tão humilde no vestir, no falar, mas tão rico no olhar. Vem moço, passou uns jovens aqui e deixou boa alimentação e brinquedos para as crianças. Recusei a comida, mas fiquei bom tempo com aquele bom homem. Quase chorava diante dele, mas me segurei quando falou estar comemorando aniversário de Jesus e lembrou que ele foi uma criança nascida nos fenos, dormia nas forragens para o gado. "Que maravilha se ele estivesse aqui!". Consolei-o afirmando que Jesus está perto de todas as criaturas. Agradecido, feliz por saber que alguém ainda lembra de mim, voltei ao meu pai, mas sem antes lhe fazer mais um pedido: "Pai, proteja dos perigos aqueles que estão comemorando este natal em ricos lugares. "Também os amo e muito!" "Por que me esqueceram?".
(Texto de Amadeu Filho) - Imagem retirada da Internet
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
A IMAGEM E O FATO<>FOTO CORREIA FICOU NA LEMBRANÇA DOS QUIXADAENSES
Cartão de natal do Foto Correia |
Francisco Correia era uma pessoa muito querida |
<>A moda e os costumes sempre passarão, mas a fotografia fica. O saudoso Chico Correia, como era carinhosamente chamado pelos amigos, foi um dos pioneiros na área da fotografia da terra dos monólitos. A partir dos anos 40(século passado) e mais alguns anos á frente, fez registros que hoje constituem um importante acervo. O "Foto Correia", todos os anos, nas festa do natal, enviava um cartão oferecido ás famílias quixadaenses como uma forma de gratidão pela preferencia. Francisco Correia era uma pessoa muito querida por todas as classes sociais da bela Quixadá.
PARECE QUE FOI ONTEM<>TIME DO LIONS BRILHAVA NOS ANOS DOURADOS EM QUIXADÁ
<>Nos anos 60(século 20) a equipe de futebol de salão do "LIONS" era uma atração na cidade, mas só enfrentava os times da mesma organização de outras cidades. Não interessava técnica, táticas, títulos e sim, uma forma de congraçamento. Este timaço(seria mesmo?) também era chamado de "Companheiro Leão" numa alusão aos seus membros que eram assim denominados. Olha aí as feras, pela ordem: Poty, Zé Forte, Nestor, Turbay, Zequinha, João Pires, Clodoveu, Severino Pires e Saldanha.
_Cortesia da família Pires
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015
MEU PRIMO DEDÉ FOI O MAIOR ADMIRADOR DA ARTE MUSICAL DE LUIZ GONZAGA
Dedé Sousa- um grande fã do rei do baião |
<>Dentre a multidão de admiradores da arte de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião, acredito que José Gomes de Oliveira, o conhecido e inesquecível Dedé Sousa, foi o número 1. Não conheci nenhuma outra pessoa que apreciasse, de uma forma incrivelmente dedicada, conhecendo com profundidade o acervo musical e detalhes sobre a vida do astro pernambucano. Mas, tinha consciência de que na vida há um limite para tudo e, claro, a família vinha em primeiro lugar. Adolescente, ficava ouvindo Gonzagão num velho "rádio Semp" na cozinha enquanto a doce Elba preparava o almoço para o pai Raimundinho e os irmãos Francisco Sousa, Raimundo, Professora Angélica, Maria José e Jonas Sousa(hoje, consagrado radialista). Numa linda manhã, Dedé Sousa, poéticos anos 60, jovem e cheio de namoradas, chorou como criança! O pai Raimundinho lhe presenteou com uma sanfona branca(igual a da famosa canção) e nela estava escrito "Sanfona do Povo" mas, na verdade, nunca aprendeu a tocar o instrumento e, em pouco tempo, a abandonou. Toda vez que ouvia a canção "Assum preto", bem triste, perguntava a sua irmã Angélica se alguém era capaz de tanta maldade, de furar os olhos de um passarinho e a jovem irmã respondia que só Deus colocava bondade no coração dos homens. Naqueles maravilhosos anos 60, o hoje bem habitado Bairro Baviera, era apenas um sítio com cara de sertão, onde tínhamos as casas da tia Baviera(Peché), Maura(Bala), Itamar(Basinha), Robéria(Bainha), Elba. Naquele feliz espaço, as coisas aconteciam como um verdadeiro ambiente sertanejo. É lógico que Luiz Gonzaga era a voz que ecoava nas festas juninas e acontecia um inesquecível "São João no Arraiá". O meu pai, o alegre Amadeu do velho mercado, após o expediente, trazia fogos que eram distribuídos com todos os moradores. Chumbinhos, estrelinha, traques, cobrinhas que eram entregues as crianças e tudo dado como presente. Aquela gente feliz parecia que nem conhecia dinheiro e nem maldade. Tia Maria e as amigas da família, Lica e Maria Paula, preparavam os bolos de milho, canjica, pamonha, milho assado.Zé Viana era o responsável pelos balões e Dedé Sousa operava uma radiola de pilha e claro, só Luiz Gonzaga, até as pilhas aguentarem. E chegou o momento do trabalho e Dedé Sousa passou a integrar o quadro de funcionários do "Cine Yara", tendo como colegas:Zé Adolfo, Tarcísio, Sebastião Mamede, Luis Marinho, Téo Miranda, João da Geral, Chico Nascimento, Zé Paulino, Nina, Pedro Nunes, dentre outros. Com o fechamento do inesquecível cinema de rua, não voltaria a trabalhar. A fama de Dedé Sousa se espalhou pela cidade e todos o identificavam como o maior fã do rei do baião. Arrancava boas gargalhadas, nos momentos de diversão, ao chamar cachorros que passavam pela rua pelo nome de "baleia", "piaba" numa alusão à famosa canção"Samarica Parteira". O mesmo acontecia com jumentos que existiam em grande número e ele brincava chamando-os pelo apelido de "babau", "bregueço", "relógio", tal qual se escuta na música "O Jumento é Nosso Irmão". Algumas vezes, se ouvia, ao longe, a sua voz gritando o famoso prefixo sertanejo; "Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo". E como era muito querido pelas pessoas, logo alguém respondia:"Para sempre Deus seja louvado!". Naquele Quixadá de tanta paz, ouvíamos o grito sertanejo de Dedé: "Ô SERTÃÃOO!". Quantas vezes, Quixadá adormecia ao som da poética voz de Dedé Sousa? Precisamos destacar também que foi uma pessoa de muito caráter, completamente apaixonado pelas filhas Patrícia e Cristina, além de um carinho todo especial com os netos. De vez em quando, somos surpreendidos pela vida, e o bom Dedé Sousa acabou ficando doente, sem, no entanto, jamais deixar a alegria de viver, de curtir os filhos, os netos, os amigos e, é evidente, ouvir as canções de Luiz Gonzaga. Dedé Sousa foi chamado por Deus que queria contar com ele para outras missões em 1999. Entre familiares e amigos deixou muitas saudades. Sempre que lembramos a figura do querido Dedé sentimos a presença das belas imagens do panorama sertanejo, tão bem cantada pelo rei do baião. Lá do céu, Dedé pedirá para a asa branca voltar ao sertão, ouvirmos novamente o ronco do trovão(pai da coalhada) ecoar no nosso Quixadá e por fim, pedirá pelas mulheres sérias e os homens trabalhadores, assim como cantou sua majestade, Luiz Gonzaga.
Na juventude, namoro ao luar |
A filha Patrícia lembra que seu pai era acima de tudo um grande e dedicado pai. Não o esquece em momento algum. Dedé foi poesia. |
domingo, 20 de dezembro de 2015
<>A IMAGEM E O FATO: O MAJESTOSO JÁ SECOU COMPLETAMENTE
<>Ele também já secou completamente. O majestoso Açude do Cedro secou totalmente nas secas de 1930, 1932, 1950 e 1999. Nas imagens, o ex craque do Quixadá Futebol Clube contempla, sem querer acreditar muito, esta realidade. Era o ano de 1999(século passado).
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
A IMAGEM E O FATO-ESPETÁCULO DAS SANGRIAS DO AÇUDE DO CEDRO
<>Os quixadaenses com menos idade, ainda não tiveram o privilégio de assistir uma das sangrias do belo açude do Cedro. Elas aconteceram nos anos de 1924, 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989. Que maravilha presenciar este belo espetáculo! Quando virá a acontecer novamente?
-Nas imagens sangrias de 1986 e 1989(século passado)
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"RETALHOS DA HISTÓRIA DE QUIXADÁ" E 'RUAS QUE CONTAM A HISTÓRIA DE QUIXADÁ" - DOIS LIVROS PARA CONHECER A TERRA DOS MONÓLITOS
imagem de capa do artista plástico Waldizar Viana |
Paixão pela nossa história |
<> O forte apego de João Eudes Costa a cidade natal vem de muitos anos. Antes da publicação de seu primeiro livro "Retalhos da História de Quixadá",atuou, durante muitos anos como correspondente dos principais jornais do estado, inclusive "O Povo", sempre divulgando o valor artístico e cultural de dos filhos da terra dos monólitos. Minucioso na descrição da cidade, o autor registrou, com maestria, as benfeitorias deixadas pelo locais e por aqueles que, vindos de longe, conquistaram o direito de ser quixadaense pela valiosa colaboração ao nosso desenvolvimento. O memorialista contabiliza, portanto, já muitos anos de dedicação, quase que exclusiva, no acompanhamento de nossa bela história. O segundo livro de caráter histórico, "RUAS QUE CONTAM A HISTÓRIA DE QUIXADÁ", apresenta um maravilhoso e empolgante estudo daqueles que foram construtores de nossa história. Eudes mergulhou fundo, durante anos à fio, pesquisando nos arquivos da Câmara Municipal, Prefeitura, Diocese e na consulta interminável junto as famílias dos biografados que nem sempre colaboraram. Como o memorialista sempre destaca em suas palestras, um livro é feito à várias mãos. Sendo assim, foi importante o trabalho de revisão realizado pelos professores Angela Borges e Eduardo Bananeira. A capa, um dos pontes fortes do livro, é de autoria do artista plástico quixadaense Waldizar Viana. Foi importante a arte gráfica da "Emofilmes Digital" e por fim, a editoração eletrônica de Egberto Nogueira. Este trabalho de formiguinha apenas comprovou que, todos, em uníssono, se dedicaram a preservação e divulgação da encantadora Quixadá. "RETALHOS DA HISTÓRIA DE QUIXADÁ" e "RUAS QUE CONTAM A HISTÓRIA DE QUIXADÁ" são ferramentas indispensáveis para aqueles que se dedicam ao estudo da terra dos monólitos. Obrigado Mestre Eudes por tanto amor, tanta dedicação em divulgar a cidade que vivemos e amamos.
-Nota do autor do texto: Os livros podem ser encontrados na banca do Milton na praça José de Barros em Quixadá.
-Telefone do autor: (88) 3412-0723
-Nota do autor do texto: Os livros podem ser encontrados na banca do Milton na praça José de Barros em Quixadá.
-Telefone do autor: (88) 3412-0723
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE(2)- QUIXADÁ FUTEBOL CLUBE(1978)<>
<>O Quixadá Futebol Clube, canarinho do sertão, foi fundado em 27.10.1965. Assegurou o acesso a divisão especial do campeonato cearense ao sagrar-se campeão da segunda divisão em 1967. No certame de 2015 ficou em quinto lugar. A equipe canarinha fará sua estréia no campeonato de 2016, em local ainda indefinido, tendo como adversário o Guarani de Sobral. Em 1978, ficou em oitavo lugar. Confira o time base daquele ano. Pela ordem:Zé Antônio, Carlão, Helano, Tomé, Zé de Barros, Cesar, Manuelzinho, Vicente, Massangana, Nenen Mossoró e Doca.
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NAS ONDAS DO RÁDIO-MONT'ALVERNE BARRETO FOI UM RADIALISTA QUE CONQUISTOU O CORAÇÃO DOS OUVINTES
O radio foi a grande paixão de Mont'Alverne Barreto |
<>Ele é merecedor de ser lembrado pelos apaixonados ouvintes de rádio. Sua voz levava emoções, romantismo e cultura no tempo da chamada fase de ouro do rádio na terra dos monólitos. Mont!Alverne Barreto fez parte da primeira equipe de locutores da pioneira Uirapuru(depois Monólitos). Foi apresentando programas musicais que obteve destaque conquistando um público fiel. Naqueles anos 80,90, século passado, os ouvintes ligavam pedindo determinada música para gravar, muito diferente dos dias atuais onde se recorre ao recurso de baixar. E ele atendia a todos com muito carinho. Quantos quixadaenses não trabalharam, viajaram, namoraram e até casaram ouvindo as canções que tocavam no programa do querido comunicador? O eterno ouvinte de rádio Gilberto Pereira acompanhava todos os programas apresentados por Mont"Alverne e lembra de um detalhe muito interessante: Ao anunciar o número musical, o popular locutor transformava em verbos os substantivos, ou seja, os nomes dos cantores em uma coisa em movimento. Por Exemplo, ele não chamava Roberta Miranda e sim"Vamos Mirandar!". Segundo o comentarista político, radialista Alexandre Magno, apesar da simplicidade dos seus programas, era detentor de uma grande cultura e conhecia com grande domínio a história do importante veículo de comunicação. Acompanhava com grande interesse programas radiofônicos de outros países, mantendo intensa correspondência com estas emissoras. Amante da fotografia, afirmava que o açude do Cedro foi umas das grandes obras do arquiteto do universo. Um gravador de fitas cassete era o companheiro inseparável gravando tudo o que lhe despertava interesse. Sabe-se que gravava missas e outras celebrações da igreja. Paralela a sua atividade no radio, Alverne trabalhou, durante muitos anos, no setor educacional da cidade. Primeiro, no "CREDE" e, Por muitos anos, pertenceu aos quadros do grupo Adolfo Siqueira. Era muito querido pelos colegas de trabalho, Antonina, Gracinha, Neíldes, Regina Amorim, Eridan, Jaime, Alice, Didi, Gercina, dentre outros. Filho do casal Percílio Barreto e Francisca Bezerra, sempre teve o carinho dos irmãos José Barreto, Maria Lucina, Osmarina, Leucina, Carmésio, Teresinha, Rita de Cássia(poetisa) e Nereu. O seu companheiro inseparável era um rádio e, onde quer que fosse, levava-o consigo. Mont'Alverne morreu em 16.08.2006, deixando triste os amigos, familiares e, em especial, os ouvintes de seus inesquecíveis programas. Fica para todos nós a lembrança de uma luz que jamais se apagará. Obrigado Deus por tornar possível expressar o nosso carinho e saudade de um quixadaense que aprendemos a gostar.
Radialista era detentor de uma grande cultura |
No estúdio com Candinho, Viana Vieira, Jonas Sousa, Chico Viana |
Em foto dos anos 80 com o amigo Evanilton |
Sendo entrevistado por Sinval Carlos durante a construção do prédio da Rádio Uirapuru |
O seu companheiro inseparável era um gravador ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- |
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
A IMAGEM E O FATO
<>Dom Joaquim Rufino do Rego foi o primeiro bispo da terra dos monólitos tomando posse da Diocese na data de sua instalação em 20.08.1971, século passado. Esteve entre nós durante 15 anos, exatamente até 12.04.1986. Além de um incansável trabalho de evangelização, marcou sua presença entre nós pela simplicidade, pela proximidade com as pessoas do povo, não importando classe social, religião. Sempre era visto conversando com populares nas ruas de Quixadá. Mesmo quando foi eleito para a Diocese de Parnaíba continuou mantendo contato com o grande número de amigos e admiradores que aqui deixou. Sempre voltou e fazia questão de ficar hospedado na casa dos amigos. Dom Rufino faleceu em 10.08.2013. Nesta foto, dos primeiro anos da década, vemos as senhoras Remédios, Maria Hemetério, Irismar(dó), Selma e Dom Rufino. Era recepcionado com um número musical religioso pelos componentes do coral. Vale ressaltar que Dom Rufino gostava muito do coral que se apresentava nas missas. Temos muitas saudades dele! ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE(1)- BANGU BRILHOU NO FUTEBOL QUIXADAENSE
<>O Bangu Esporte Clube de Quixadá marcou época no futebol da terra dos monólitos. 2 de fevereiro de 1952, século passado, é a data de sua fundação. Antes, chamava-se Santa Cruz, mas mudou o nome para Bangu. O querido e tradicional Bangu do Rio de Janeiro foi o único que atendeu o pedido feito por João Eudes Costa enviando material esportivo. A partir daí, se apresentava com a mesma camisa do time original. O jogo inaugural aconteceu em 19.02.1952, quando a equipe quixadaense enfrentou e venceu o juvenil do Ceara Sporting pelo placar de "3 X 2". Esta rara imagem é do ano de 1960. Pela ordem: Dedé, Tião da Baladeira, Tadeu Costa, Estrampão, Santos, Dote, Fransquinho Tavares, Nivaldo, Adão, Silva, Macaúba, Mafia e Pneu Fino.
Foto: Cortesia de Tadeu Costa
Foto: Cortesia de Tadeu Costa
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE: APOLINÁRIO- O CRAQUE SÍMBOLO DA RAÇA QUE BRILHOU NA SELEÇÃO QUIXADAENSE
Apolinário chegou a trabalhar no mosteiro da Serra do estevão |
No Fortalezinha de Morada Nova. Apolinário é o último(de boné) |
<>Numa bela manhã de domingo, ano de 1961, século passado, chamou a atenção dos frequentadores do movimentado abrigo central, localizado em Fortaleza, o grande número de carros com placas das cidades de Quixadá e Sobral. Jipes, fuscas, Aero Willis, rural, Vemags, dentre outros, podiam ser vistos estacionados por toda a Praça do Ferreira. A razão da presença dessas pessoas se devia ao fato de que, naquela tarde, aconteceria a semifinal do torneio intermunicipal de futebol entre a seleção da terra dos monólitos e a poderosa equipe da chamada Princesa do Norte. Enquanto merendavam no famoso ponto do Pedão da bananada, torcedores de ambas as cidades, falavam das qualidades de seus times. Os craques da nossa seleção também fizeram seus lanches, naquele local, e alguns foram reconhecidos pelos torcedores sobralenses, como por exemplo, o zagueiro Apolinário, conhecido pela marcação implacável que exercia sobre os atacantes e chamado de "Xerifão" pela torcida. O craque daquele torneio e artilheiro, o Cabeção, era o orgulho da torcida de Sobral. Ao se depararem com Apolinário, fizeram xingamentos e falavam desta forma:"É este velho que irá marcar o Cabeção? Quixadá tá é ferrado!". Apolinário nem conseguiu tomar sua bananada sossegado, mas preferiu ficar em silêncio. Na hora do jogo, no velho estádio Presidente Vargas, as coisas não aconteceram como os sobralenses imaginavam. Apolinário não era um jogador de muitos recursos técnicos, mas não brincava em serviço e, logo nos primeiros minutos do jogo, deu um chega prá lá no artilheiro Cabeção que foi cair já fora do gramado. Pronto! Acabou-se o artilheiro de Sobral, naquele jogo, não tendo coragem nem mais de passar do meio campo. Com muita raça, a seleção quixadaense acabou vencendo pelo placar de "2 X 1", surpreendendo a crônica cearense e Apolinário, ao lado de João Eudes e Zé Leônidas, os melhores em campo. Outros que se destacaram, nesta partida memorável, foram Mafia(melhor goleiro do torneio), Mecânico, Luis Pedro, João Ribeiro, Arara, Carneirinho, Facó, todos bem orientados pelo treinador Vicente Trajano. A euforia tomou conta de jogadores, da torcida e o médico da delegação, Rui Amora Maia, não resistindo à tamanha emoção, teve fulminante enfarto, entristecendo a todos. A seleção da terra da galinha choca depois de tirar do torneio o favorito selecionado sobralense chegou a final, tendo como adversário a cidade de Cedro. Segundo João Eudes Costa, um dos destaques da equipe, o adversário foi a campo com um time profissional, tendo por base, o Campinense, enquanto nossa seleção era formada por amadores. Empatamos o jogo, mas perdemos no desempate por "2 X 1". José Rodrigues do Nascimento, seu verdadeiro nome, veio de Morada Nova para defender o Comercial, uma das principais equipes do futebol quixadaense no ano de 1953, atendendo a convite de José Abílio. Jogou ao lado de Narciso, ferreirinha, Carneirinho, Zé Leônidas. Apesar da rivalidade com o Bangu, Apolinário era amigo de todos os atletas das equipes adversárias. Naqueles anos 50, 60, o Comercial dividia com o Bangu as preferencias do torcedor quixadaense e a raça, a dedicação e as atuações convincentes de Apolinário conquistava os corações dos torcedores. Apolinário nunca esqueceu o fato do filósofo popular quixadaense, o Zé Laranjeiras, afirmar que ele foi o único jogador a marcar seu filho, o consagrado artilheiro Pacoty que brilhou em grandes clubes brasileiros. Após encerrar suas atividades nos clubes e na seleção quixadaense, passou a se dedicar ao trabalho na construção civil sendo requisitado para realizar diversas atividades. Sempre afirmou que o futebol lhe deu muito pouco e, naquele tempo, se jogava mais por amor. Por causa da idade e da saúde, parou também de trabalhar e encontrou na senhora Rosa, companheira de muitos anos, a amizade certa nas horas incertas. Longe da torcida que o aplaudia e dos companheiros do futebol, Apolinário faleceu em 2006, deixando tristes a família e aqueles que o viram brilhar nos gramados cearenses. Foi jogar futebol no céu junto à Mafia, Zé Leônidas, Popó, Nivaldo, João Eudes Preto, Medeiros, dentre outros. O futebol quixadaense sempre foi rico no quesito "emoções" revelando craques que conquistaram espaços em grandes centros. Precisamos manter viva a memória do futebol da terra dos monólitos, pois somente assim conheceremos belas histórias como a do zagueiro que foi símbolo do amor à camisa da seleção quixadaense.
O futebol não lhe deu uma boa qualidade de vida |
Apolinário era apaixonado pelos netinhos |
Como treinador do Fortalezinha |
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
TIPOS POPULARES DE QUIXADÁ(11):CANDINHO- A MAJESTADE DOS CHURROS NA TERRA DOS MONÓLITOS
<.>Os quixadaenses que cruzam as principais ruas da bela cidade se defrontam, todos os dias, com um alegre e simpático trabalhador das ruas. Quem não conhece o popularíssimo Candinho dos churros com seu ar de moço bom, cheiro de gente boa, jeito de bondade e, mesmo sabendo das dificuldades, está sempre confiante e feliz? É mais comum vê-lo na praça José de Barros, exatamente onde trafega um maior número de pessoas. Mas, o carismático vendedor está presente nas atividades da igreja, parques de diversões, festinhas de aniversário, próximo ao estádio de futebol da cidade. Vale ressaltar que Candinho é muito querido pelas crianças tratando-as com muita carinho e claro, pelas pessoas adultas. E os churros tem mesmo a cara e cheirinho de infância. Mesmo sem revelar a quantidade de churros que é vendida, garante que o apurado lhe garante as suas necessidades diárias. Antes de se tornar a majestade dos churros na terra dos monólitos, trabalhou por 17 anos em um bar. Quando abandonou esta atividade, o irmão Cleber Ribeiro(hoje, cineasta consagrado) o presenteou com um carro de churros e assim, desde o ano de 2002, trabalha por conta própria vendendo este tipo de doce, à base de farinha, trigo, água e açúcar. Tem o apoio dos pais Luis Viriato(seu Lolô) e da simpática Eronice. Os outros irmãos, Clóvis(Cóia), Carlos(Calila), Cristina e Cláudia sempre exaltam a leveza, a bondade de Luis Cândido Viriato Ribeiro, seu verdadeiro nome. Gosta de lembrar dos tempos de escoteiro, quando garoto, pois aprendeu lições de fraternidade, lealdade, disciplina, dentre outros benefícios. Tem saudades dos colegas do escotismo e dos instrutores sargentos Moreira e Paulo. É profundo admirador de musculação e é grato ao professor Evandir que lhe repassou muitos conhecimentos sobre o tema. Já foi astro de teatro e trabalhou no filme "O Casamento" produzido pelo irmão famoso nos anos 80, desempenhando o papel de Romualdo, tio da noiva. Ao pesquisarmos este tipo popular quixadaense, deduzimos que o comércio ambulante gera oportunidades de emprego, possibilita a sociabilidade nos espaços públicos e se reflete até numa situação cultural pois, no desenvolvimento dessas atividades, a cidade ganha destaque especial. Candinho afirma que o melhor do seu trabalho é a liberdade, o encantamento de não ter patrão. "Se eu não quiser trabalhar hoje, não vou mesmo!" afirma com autoridade e solta uma poética gargalhada. Também faz questão de afirmar que trabalhar na rua é uma terapia muito legal, pois rever amigos e surgem novas amizades. Lamenta apenas o fato da violência ter chegado as ruas da terra dos monólitos. Perguntado o motivo de não ter priorizado à escola responde com ar de professor: "A melhor Faculdade é a rua, a gente aprende de tudo!". Na cidade corre um boato de que os churros preparados pelo popular vendedor dá muita sorte no amor. Em especial nas festas juninas ou no período do natal, os churros são uma boa pedida para dar de presente a pessoa querida. O vendedor não confirma, mas existem jovens enamorados na cidade que garantem ter o amor aumentado de intensidade ao saborearem os que foram preparados no seu carrinho. Verdade ou não, o certo é que Candinho dos churros é uma pessoa feliz, que ama o trabalho, á família e os amigos. E, com certeza, é um dos tipos populares mais conhecido e querido na terra dos monólitos. E ninguém contesta: Ele é mesmo o rei dos churros na terra dos monólitos!
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
ADAILTON QUIXADÁ- ELE JÁ FOI O ROBERTO CARLOS QUIXADAENSE
Adailton já foi chamado de "O Roberto Carlos Quixadaense" |
Adailton nos dias atuais se apresenta para os amigos |
<>No começo dos anos 70, 0 Colégio Municipal funcionava nas dependências do então Ginásio Waldemar Alcântara e lá um adolescente encantava alunos e professores ao cantar ,sem nenhum acompanhamento, nas festividades do ano. Com voz bonita e interpretação convincente foi convidado a se apresentar no programa "A Juventude se revela" que acontecia nos intervalos das matinês Do Comercial Clube e que era o grande atrativo para a juventude da terra dos monólitos, naquele momento. Zé Maria Libório, um dos apresentadores, chegou a afirmar que seria errado deixar um talento como o de Adailton fora da vida cultural da cidade. Mesmo já enfrentando um grande problema na visão, o jovem fez sua apresentação, obtendo nota máxima e conquistando o público. Na ocasião, interpretou a canção "Minha Madrinha" do saudoso cantor Paulo Sérgio. Desde então, passou a ser o principal convidado do programa e ganhando admiradores em toda a cidade. Mas para que a tão sonhada carreira de cantor pudesse decolar, se fazia necessário alguém que fizesse o papel de empresário. E foi apareceu o agitador cultural,o já famoso Zé Pereira, que passou a cuidar da vida artística de Adailton Menezes(o nome artístico Adailton Quixadá só seria adotado a partir dos anos 90). Pereira cuidou logo de criar um fã clube e convidou jovens para acompanhar as apresentações do "Roberto Carlos quixadaense" como ficou conhecido, durante algum tempo. O fã clube se reunia, preparava faixas, providenciava fotos para distribuir com os admiradores e acompanhava o jovem astro em todas as apresentações. Foi Pereira o responsável pela apresentação de Adailton nos programas de auditório da televisão cearense como "Porque Hoje é Sábado", apresentado por Gonzaga Vasconcelos; "Show do Mercantil" com Augusto Borges e, tempos depois, nas concorridas atrações de Irapuan Lima. O esperto Pereira conseguia convencer o pessoal da televisão a abrir espaço para o novo ídolo quixadaense. Adailton, Pereira e outros quixadaenses, viajavam até Fortaleza em uma das "Kombis" do senhor José Matias. O inesquecível Carmélio era, neste tempo, motorista de táxi em Fortaleza e ,então, cuidava da locomoção dos quixadaenses que precisavam se deslocar na capital. O jovem intérprete também venceu um campeonato de música promovido pelo jornalista Félix e assim, continuou a se apresentar na capital cearense. Naqueles poéticos anos 70, cantar na televisão era a consagração. E, quando do retorno a terra dos monólitos, uma multidão aguardava ansiosa a chegada do astro. E aí, desfile pela cidade nos carros(massa, na época!), Corcel, Fusca, Opala, Puma, Variante e na carroceria de uma pick-up, Adailton, acenando para as pessoas e, como não poderia deixar de ser, arranjando namoradas. Mas este tempo de sonho, de ilusões foi passando e começou a carreira profissional ao ser convidado pelo maestro Dudu Viana para integrar o já famoso grupo musical "Os Monólitos" em substituição ao Marcelo que iria começar a trabalhar em outro estado. Adailton participou da gravação do compacto de "Os Monólitos" e é o autor da bonita canção "Segue o Teu Caminho". Com o encerramento das atividades do famoso grupo, foi convidado a integrar a "Black Banda", porém, por apenas 3 meses. Formou então com Zé Raimundo, beto, Vandernilson e outros amigos o "Voo Livre" que teve duração de 9 anos e tendo se apresentado em muitas cidades nordestinas. Também integrou a "Banda Azul" que realizou carnavais memoráveis. Em meados dos anos 90, foi criado um trio que se tornaria muito popular na cidade, sendo requisitado para muitas apresentações e chegando a fazer sucesso até fora do estado. Foi o "EMOSON" que não sai da memória dos quixadaenses. Hoje, Adailton Quixadá canta só em algumas situações como em aniversários, casamentos e quando convidado por amigos músicos. É bastante grato a José Pereira, Dudu Viana e a todos os seus colegas incentivadores na carreira que tanto amou e ama. Lembra emocionado que os pais Antônio Gomes Saldanha(foi comerciante no velho mercado) e Maria Valdelice sempre o apoiaram. Recebeu o carinho dos irmãos Ademar, Adenilson, Aldízia, Arnaldo, Afonso e Aurilene. Num momento de saudade e também de descontração afirma (risos): "Já fui o Roberto Carlos Quixadaense!". Com certeza, Adailton Menezes Saldanha é um dos talentos musicais mais queridos da bela Quixadá. Somos todos seus fãs!
Nos primeiros momentos no grupo "Os Monólitos" |
Era uma doce juventude |
Adailton com o maestro Dudu Viana e amigos |
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
<>ANTONIO PINHEIRO: A ALEGRIA E O AMOR EM PRIMEIRO LUGAR
Com o neto Iago e a filha Iraci |
Ficar perto dos familiares era sua maior alegria |
<> A Lanchonete Quixadá, localizada na praça José Linhares da Páscoa(antiga Dr. Revi) no centro da cidade firmou-se como um destacado ponto comercial, especializado em lanches de todos os tipos e frequentado por pessoas de todas as idades. Este espaço também nos apresenta imorredouras lembranças de um homem que cumpriu, honrosamente, a missão que Deus lhe confiou na terra. Antônio Pinheiro foi exemplo de pai amoroso, amigo leal, esposo dedicado, sempre humilde mas, em especial, uma pessoa sempre alegre, dividindo os bons momentos com os inúmeros amigos que possuía. As pessoas da cidade e que vinham da zona rural ali se dirigiam não apenas para o lanche mas para escutar as histórias e estórias contadas de um jeito muito especial por Antônio Pinheiro de Oliveira. Gabava-se de ter começado a trabalhar muito cedo, por volta dos 12 anos. Com os olhos em festa, lembrava que subia muitas serras para ir a um samba(naqueles anos o forró era chamado assim). Risos e muita alegria ao contar das namoradas que arranjou no sítio Merejo e em outros locais de Doutor Severiano(município que foi distrito de São Miguel, RN), onde nasceu em 17.12.1920. A escritora e neta de Antônio,Glícia Rodrigues Pinheiro, conta no livro publicado sobre o avô que ele era um símbolo da alegria conquistando amigos por onde passou. O irmão Expedito, proprietário das lojas Leblon, foi o responsável pela sua vinda para a terra dos monólitos nos primeiros anos da década de 60 do século passado. Como veio disposto a trabalhar e bancar o estudo dos filhos, logo conquistou seu lugar no comércio quixadaense. Passando a administrar a Lanchonete Quixadá transformou-a num dos espaços de maior movimento da bela cidade. Ao lado dos filhos Alberto e Edival fez da lanchonete um local quase sagrado pois gente vindo de todo lugar ali lanchava e sem esquecer que o proprietário também era uma atração pela alegria sempre presente, fosse a qualquer hora do dia. Exemplo desta saudade é o que nos revelou o aposentado Antônio José, frequentador do local. Segundo ele, ia lá todos os dias para ouvir as coisas engraçadas contadas pelo amigo Antônio. Ele foi um símbolo de uma vida feliz, fez questão de enfatizar. Quando esteve internado em Fortaleza, a forma como encarou o tratamento, emocionou a todos, pois o sorriso jamais deixou de estar presente e o brilho nos olhos mostrava o grande amor que sentia por todos. Aos profissionais da medicina e a família se expressou desta forma: "Meu sofrimento não é nada comparado ao de Jesus". Naqueles dias no hospital, a lembrança de filhos e netos estava sempre em seu doce coração. Devotava grande carinho aos netos e ao segurar as suas mãozinhas afirmava que elas eram pequenininhas, mas muito poderosas para lhe dar carinho e força no enfrentamento de momentos difíceis da vida. Antônio sempre foi muito grato a um jovem conhecido como Baixinho que lhe fez companhia nos momentos cruciais. Este moço contava com a confiança de toda a família e queria um imenso bem aquele amigo que em certos momentos parecia exercer a função de um pai. Segundo Iraci, a filha mais jovem, o pai sempre procurou fazer o melhor pelos filhos e netos acompanhando nosso crescimento, vigiando nossas necessidades. Ele pedia sempre a Deus para iluminar nossas escolhas, nossas decisões e sempre teve uma preocupação com o nosso estudo mesmo não tendo a oportunidade de se dedicar as letras. Os filhos Gracinha, o médico Francisco Pinheiro, Alberto, Edival e Iraci sempre acompanharam ,com muita preocupação a saúde de Antônio Pinheiro pois sabiam que ele era o norte da família com suas orientações, às vezes ,de forma contundente mas, sempre a apontar o melhor caminho a seguir. Sempre falava com muita saudade do primeiro filho, o Manoel Dantas, falecido com 20 e poucos anos. Enaltecia a virtude de todos, filhos e netos, vibrando com as conquistas e os consolando nas perdas. Antônio sofreu muito com a morte de sua querida Socorro, ocorrida no ano de 1996. Eles se casaram em 17.02.1954, união que durou exatos 42 anos. Fortalecido com a fé que sempre esteve presente e o conforto oriundo de filhos e netos conseguiu prosseguir na sua estrada, mas sem jamais esquecer do seu anjo da guarda. Lembrava, às vezes acompanhado de uma bela gargalhada, ser muito namorador na juventude, participando dos forrós e gabando-se ser um pé de ouro, mas terminando com tudo isso pois casar com uma mulher extraordinária, tal qual aquela, foi um grande privilégio dado pelo criador. Apesar dos esforços de médicos e da grande dedicação de toda a família, o querido Antônio Pinheiro foi chamado por Deus para outras missões em 07.08.2007. Deixou entre familiares e amigos uma imorredoura saudade e a imagem de uma pessoa alegre e que sempre amou a todos até seu coração deixar de pulsar. Nós, teus amigos e família, jamais te esqueceremos!
Com o irmão Expedito |
Na comemoração dos 80 anos sempre cercado do carinho da família |
Festa pelos 80 anos |
Para Antônio, a fé tinha um significado todo especial |
Alegria em família |
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