quarta-feira, 22 de maio de 2013

1983-O ANO EM QUE TODO QUIXADAENSE VIROU CRIANÇA

Figurantes quixadaenses
 <>"Os Trapalhões" foi um grupo humorístico brasileiro muito querido, principalmente, entre as crianças mas tinha admiradores em todas as idades. Foi sucesso na televisão, no cinema, disco, nas apresentações ao vivo. Começando em meados dos anos 60, o grupo se manteve firme até por volta de 1990. A formação clássica: Renato Aragão(Didi Mocó), Dedé Santana, Mussum e Zacarias. O programa dos "Trapalhões" foi o  humorístico de maior duração e por isso entrou para o livro Guinness de Recordes Mundiais. Um grande Fenômeno de audiência e popularidade. Mas a explosão do grupo não se limitou ao programa televisivo. "Os Trapalhões" foram  sucesso também no cinema. Milhões de ingressos foram vendidos nos filmes protagonizados pelo divertido quarteto.                                                  
                                                                                                                                   
                                                                                     Corria o ano de 1983. A cidade de Quixadá crescia a passos largos e uma notícia do começo daquele ano, mexeu com o coração das crianças. Ficar perto de Didi e sua turma era o sonho dos baixinhos. E não é que esta oportunidade(podemos chamar de sonho) chegou! O próximo filme do grupo seria rodado na terra dos monólitos! Mas parece mesmo que a notícia fez todo mundo de criança, pois os adultos também vibraram com a possibilidade de conviverem algum tempo com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. "O Cangaceiro Trapalhão", uma grande produção do cinema nacional trouxe a Quixadá não apenas os famosos comediantes mas grandes nomes da sétima arte como Nelson Xavier, Tânia Alves, Regina Duarte, José Dumont, além do consagrado diretor Daniel Filho. É bom lembrar que o filme teve os diálogos de Chico Anísio, certeza de mais qualidade na produção. toda
a equipe hospedou-se em um hotel no Jardim dos Monólitos(o melhor na época) e na primeira noite, uma verdadeira multidão se postou do lado de fora na tentativa de ver os ídolos. Como mágica, Renato Aragão surgiu na janela do seu apartamento e brincou por algum tempo. José Augusto, comerciante, 43 anos,nos falou o que sentiu naquele momento" Tinha 13 anos e ter visto o Didi, ali de carne e osso, foi um momento eterno".                                                                        
                                                                                    No filme, Renato Aragão faz o papel de Severino Quixadá, um pastor de cabras. O comediante contou para o jornalista Jonas Sousa que o nome do seu personagem era uma homenagem a terra dos monólitos. A produção teve a participação de muitos figurantes, quixadaenses que desenvolvem as mais diversas atividades. A professora Aparecida Carvalho, uma das figurantes lembra que o convívio com os atores foi algo extraordinário. Eles nos tratavam muito bem, assegura. O radialista Célio Aragão participou de uma cena do filme. O momento maior da película
e que mostra a beleza ímpar da galinha choca apresenta Didi Mocó se tornando muito rico ao apanhar os ovos de ouro expelidos pela ave de pedra.
Dedé Santana e prof. Aparecida
                          Mais de 30 anos nos separam daquela convivência maravilhosa entre fãs e astros. O término das filmagens deixou a cidade triste por algum tempo. O mais interessante de tudo foi a impressão que se fez sentir de que, por alguns dias, todos terem se tornado crianças na cidade. Traduzindo melhor, houve um reencontro dos adultos quixadaenses com a criança que ainda vive no seu íntimo. Agora, vamos assistir o filme! Assim, nunca esqueceremos da criança que fomos um dia!
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Prof.Aparecida

Aparecida, Zacarias e Jonas Sousa
Jornalista Jonas Sousa e Renato Aragão