quarta-feira, 26 de março de 2014

FRANCY GURGEL: A EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR...

Francy-a Educação em primeiro lugar
 FRANCY GURGEL: A  EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO  LUGAR<><> Não se conhece missão maior e mais nobre do que ensinar. É realmente admirável se dedicar a formar futuros cidadãos. Os educadores merecem, com certeza, todas as homenagens que estiverem ao nosso alcance.  Quem é que acorda muito cedo, toma o café num gole só, sai às pressas, para sempre chegar na  hora certa? Quem é que se dedica com tanto afinco a profissão que resolveu abraçar? Quem é que consome horas pensando no bem estar de seus alunos? O que seria de nós se não existisse o professor? Por tudo isso, terá sempre a nossa gratidão. Os filhos da terra dos monólitos lembram e muito daquela mestra dedicada, que exercia sua tarefa com sacrifício, abnegação e até com coragem, pois ser mestre é enfrentar as adversidades, que se apresentam na rotina escolar. Francisca Gurgel da Costa foi uma dessas guerreiras que, na sua caminhada como educadora, guiou o caminho de muitos jovens quixadaenses. Difícil esquecer a inteligência, a paciência, a dedicação desta mulher. A simples citação de seu nome nos remete ao termo "Educação". Lecionou em vários colégios, também foi diretora e secretária de Educação nos governos de José Linhares da Páscoa(1967.1971) mas também colaborando em outras administrações.                                    
                                                                "Francy, como a chamam os quixadaenses, veio muito jovem para a terra dos monólitos. Fez seus primeiros estudos em sua terra natal, Acopiara. Os pais, Antônio Henrique da Silva e Minervina Gurgel da Silva, percebendo o interesse daquela adolescente pelos estudos, a matriculou em Escola do vizinho município de Iguatu. Os pais da jovem optaram por vir morar em Quixadá. Única exigencia feita pela Dona Minervina era a de morar perto da igreja, pois assistia missa todos os dias, chovesse ou fizesse sol. A família fez grande amizade com Padre Clineu que a apresentou ao "Colégio das Irmãs", seu primeiro local de trabalho. Era o final dos anos 60. Cumprindo fielmente o seu papel de educadora, logo foi requisitada para lecionar em outros estabelecimentos. E aí aconteceu um fato que mudaria para sempre a sua vida, começando mesmo uma relação de um grande amor, que foi a sua transferência para o Ginásio Valdemar Alcântara". Foram 31 anos dedicados ao seu querido "Colégio do Padre", onde atuou como professora, diretora, vice. Lembra do convívio com dona Maria Braga, Angélica Oliveira, Socorro Rodrigues, Nely e tantos outros. Francy teve destacada atuação no Colégio Estadual, sendo uma das responsáveis pela implantação do "Exame de Admissão", condição para que se pudesse cursar o "Ginasial". A educadora deu sua contribuição ainda no "José Jucá", "Municipal". Merece registro o fato de que estava sempre participando de cursos e lembra, com gratidão, que ficava na casa do senhor Quicas Capistrano, em Fortaleza.                 
                                                                                                                                                               
                                                             Interessante lembrar que começou lecionando "Inglês", mas em pouco tempo, abraçou a disciplina que a    consagrou, no caso, a rainha das ciências, a temida mas                sempre charmosa "Matemática". Francy sempre teve a apoiá-la na sua trajetória de educadora, o quixadaense Lairton(casaram no ano de 1964) que sempre incentivou para que ela desempenhasse, à contento, a profissão que tanto amava. Hoje, aposentada, Francy dá risadas ao lembrar do tempo que corria de um colégio para o outro, muitas vezes, um distante do outro. Se emociona ao se encontrar com uma colega professora ou um ex aluno. O trabalho desta educadora foi uma verdadeira batalha, sempre visando o crescimento do aluno. Francy merece destaque e reconhecimento da comunidade quixadaense, pois levou muitos filhos desta terra a percorrer os caminhos do saber. Sempre gosta de lembrar as palavras de Nelson Mandela: "A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. Quando verdadeiramente for contada a história de nossa Educação", o nome de Francisca Gurgel da Costa merecerá um capítulo especial.                                


Lairton e Francy sempre caminharam juntos nos seus ideais

terça-feira, 11 de março de 2014

<> CABELEIREIRO QUIXADAENSE BRILHA NAS ARTES PLÁSTICAS


                                               <> CABELEIREIRO  QUIXADAENSE BRILHA NAS                                      ARTES PLÁSTICAS<>Já consagrado na profissão de cabeleireiro, tendo conquistado uma clientela bastante expressiva e fiel, difícil imaginar que o quixadaense Eduardo Ivo Barroso é um artista plástico de grandes talentos, tendo um reconhecimento bastante dificultado pela própria timidez e até não aceitação da condição de artista. O certo é que suas esculturas podem ser vistas e admiradas em alguns locais da terra dos monólitos, como por exemplo ,na Churrascaria "Peixada do Abelardo", onde se pode admirar a representação de um dos mais conhecidos monólitos de Quixadá, a famosa "galinha choca". Frequentadores de todas as partes do estado e até de outros lugares, ficam encantados e querem até obter algumas informações sobre o criador daquela obra de arte. O proprietário Danilo afirma que alguns querem entrar em contato com o Ivo e encomendar alguns trabalhos. Chama a atenção o material utilizado por este despretensioso astro, na construção de suas obras, fazendo sempre o uso de cimento, areia e arisco e ainda, utilizando uma colher de pedreiro na confecção das peças artísticas. Entre as suas criações mais conhecidas, destacamos a"galinha choca", exposta no seu salão de beleza, uma outra cópia na "Peixada do Abelardo", o "Chalé da Pedra", no salão de beleza de sua filha Elaine, o "Cristo Redentor", em sua residência. Na verdade, não se tem  um número exato dos trabalhos do artista quixadaense, mas sabe-se da existência de outras obras em locais não divulgados.

                                                                      Segundo Dona Nair, sua dedicada mãe, Ivo, ainda criança, realizava vários desenhos nas paredes da casa. Para Maria Eurenice(Nenen), esposa, ele é um grande artista mas a exagerada timidez não permite um reconhecimento bem maior por parte das pessoas e também de outros criadores. Pai de Eduardo, Elano e Elaine, seus maiores admiradores, ele parece apenas querer difundir, através das criações, um grande sentimento de verdadeiro amor  a terra dos monólitos. O certo mesmo é que sua produção se apresenta como expressão de criatividade. Esta matéria tem como objetivo maior, tornar mais conhecida a produção artística deste escultor de muitos talentos. Ivo, há muitos anos, mantém intenso ritmo de trabalho como cabeleireiro, profissão que lhe dá muitas alegrias. A nós, resta torcer para que o jovem astro dedique mais tempo a outra atividade que desenvolve, com maestria e divina inspiração, que é a arte de esculpir. Apesar de não buscar promoção de suas criações, é possível, ao caminhar pela cidade, alguém desta forma se expressar: "Olha, lá vai passando o cabeleireiro artista.
Cristo Redentor-Exposto na residencia

                                                                      
Ivo apesar da timidez já tem seu trabalho reconhecido
Chalé da Pedra-exposto no salão de beleza da filha Elaine

O cabeleiro artista plástico

interior da "Peixada do Abelardo" onde se encontra obra de arte de Ivo

Danilo- proprietário da churrascaria afirma que todos elogiam a arte de Ivo Cabeleiro 

segunda-feira, 3 de março de 2014

QUIXADÁ SE DESPEDE DO TAXISTA AMIGO E DO CRAQUE

Zé de Melo: foi craque da seleção
 "Não vá paizão!" Assim se expressaram, com profunda emoção, os  filhos de Zé de Melo, no adeus ao seu querido pai .  "Não vá, amigão!" foram palavras proferidas pelos amigos, ainda sem querer aceitar a partida de um ser humano maravilhoso e que estava guardado no lado esquerdo do peito dos quixadaenses. Na verdade, seu nome era Antônio Cesar mas ficou conhecido como Zé de Melo, porque se parecia bastante com o jogador do Ferroviário, do mesmo nome, nos anos 70. Foi embora para o cumprimento de outras jornadas,o craque que defendeu a seleção quixadaense nas disputas doo Intermunicipal, nos anos 70, se destacando como um zagueiro de muitas qualidades mas principalmente de raça e dedicação a equipe da cidade que tanto amava. Além da seleção, defendeu o Guarani de Juazeiro, os rivais Bangu e Avante, participando ainda e ainda de várias competições, jogando nos times das empresas que trabalhou como Camargo Correia e Queiroz Galvão. Mas foi no time da Fazenda Francisco de Holanda, com o incentivo de Zé Olavo, que aprimorou sua forma de jogar. Além do futebol, Zé de Melo tinha outra grande paixão que era dirigir, tanto profissionalmente, como no lazer. Fez parte do quadro de grandes empresas e sempre se destacando pela dedicação ao trabalho e pela honestidade.
                                                                 A partir da década de 70, Zé de Melo passou a exercer a atividade de taxista, logo conquistando o carinho dos clientes e amigos pela forma amável como tratava a todos. Mas sem se afastar do futebol, que fique bem claro. A nova geração, com este nosso pontapé na divulgação de um grande quixadaense(outros irão fazer o mesmo, certamente), ficará sabendo que em nossa cidade, existiu uma pessoa que muito contribuiu com o nosso esporte e merece sim, figurar na galeria dos grandes homens da terra dos monólitos, apesar de sua simplicidade. 
                                                                 Foi no dia 24 do mês passado, que Antônio César(nosso Zé de Melo), aos 67 anos, foi chamado por Deus para outras missões em que a sua presença se faz necessária.  Talvez, por não render dividendos políticos, o poder público não lhe prestou nenhuma reverência. "Tem nada não Zé, o melhor julgamento é do povo e este te amava e amará para sempre!" Tem razão o Padre Fábio de Melo ao afirmar que " A SAUDADE ETERNIZA A PRESENÇA DE QUEM SE FOI"


Taxista a partir dos anos 70
Dirigir:grande paixão

O amor pela família em primeiro lugar

No time do Avante(70)- Zé de Melo é o sétimo, pela ordem

domingo, 2 de março de 2014

VELHO MERCADO FAZ PARTE DA MEMÓRIA >AFETIVA DA TERRA DOS MONÓLITOS

<> A Bela cidade de Quixadá conta, na atualidade, com modernos supermercados, inclusive com salas de cinema. É um dos centros de maior expressão econômica do estado, onde afluem comunidades de diversas cidades do Ceará. A atividade comercial não se concentra apenas no centro, como ocorria há alguns anos atrás. Hoje, os moradores dispõe de várias opções, em diversas partes da cidade, onde podem satisfazer suas necessidades. É um "Quixadá Prá Frente" como diz a boa gente dos distritos. Mas há alguns anos atrás, a atividade comercial era toda concentrada no "Velho Mercado" para onde se dirigiam famílias da cidade e do sertão. Foi na administração do interventor Eliezer Forte Magalhães(nome atual do velho mercado), no ano de 1943, que foi construído, na verdade, o "novo mercado" pois o que já existia na cidade, não atendia mais as necessidades da cidade. Segundo o memorialista João Eudes Costa, não foi fácil a concretização do projeto de um novo mercado, pois os recursos da Prefeitura eram insuficientes e naqueles anos, não havia a participação da união e do estado.  Eliezer buscou, no próprio comércio, a parceira indispensável para a construção da obra. Convenceu aos proprietários dos pontos comerciais, estabelecidos no mercado, que seria necessário a participação de todos, pois iriam ter melhores condições de trabalho. A construção passou a ser não apenas um local para a satisfação das necessidades das famílias, mas um espaço para uma convivência que tornava possível um encontro diário entre velhos e novos amigos. O mercado, que continua a funcionar, faz parte da memória afetiva da cidade. Muitos comerciantes marcaram suas presenças e hoje são lembrados pela forma bem característica, como exerciam suas atividades. Daí o nome carinhoso de "Velho Mercado" que continua resistindo ao extraordinário desenvolvimento da bela cidade.
                                            Muitos brechadores do "blog" solicitaram que pescássemos os nomes de alguns desses heróis que enchiam de vida aquele espaço tão precioso para a nossa memória, situados a partir dos anos 40, até meados da década de 80, do século passado. Mas se faz necessário afirmar que ainda existem alguns que estão em plena atividade, em pequeno número, é bem verdade. Localizamos Luciano Silva, que começou suas atividades, ali pelo começo dos anos 60 e só parou em 2012, devido a um acidente que sofreu. Luciano lembra que ainda bem cedo, tomava um gostoso café, feito pela Maria Firmina, acompanhado das bolachas que comprava na Padaria estrela e que era entregue no balcão por um mudo. Lembra de um princípio de incêndio, véspera de São João, que aconteceu no ponto do Amadeu mas que foi logo controlado, contando com a ajuda de quase todos. Messias, desafiando o tempo, continua com sua banca de verduras e atendendo com a mesma alegria. O mercado tinha como fiscal, o senhor Valdimiro, que abria as portas, na madrugada, e só fechava às 5:30 da tarde. Meia hora antes,  a sineta avisava que os comerciantes se preparassem para encerrar as atividade. Outros heróis do velho mercado foram o popular Velho Zé(pai do Amadeu), Oscar Barbosa, Cipriano, Paraibano, Dona Adélia, Zoza Tomé, Doca Tomé, Albino, Antônio Azevedo, Doquinha Luciano, Irineu, José Valdo, Antônio Salvino, Kim, Luquinha, Carlinhos, Adauto, Seu Fransquinho, Dedé Holanda, Zé Cordolino, Vidal, Paulo(conhecido como bode magro), João Peixeiro, Zé Padeiro, Raimundo Padeiro, Zé Manteiga, João Broa, Antônio Leite, Clodomir, Zé Lopes, Maria Hemetério, Oswaldo, Chagas Amorim, Zé Neco, Chico Nepomuceno, Zé do Juazeiro, Miguel Leite, Isaura, Dona Isa, João Cassiano, Dona Fransquinha, Negrinho, Geraldo Pedrosa, Chico Caetano. Alguns venderam os pontos mas, todos os dias, vão ao mercado para matar a grande saudade, caso do Senhor Adauto, que é presença certa no espaço.
                                            Pessoas de todas as idades e classes sociais frequentavam o velho mercado como, por exemplo, o Padre Zé Bezerra, que sempre portava um "uru(cesto de palha") para colocar as compras e quase que, toda a população, fazia o mesmo. E atualmente, muitos quixadaenses, continuam a frequentar o velho local. Algumas modificações foram realizadas na parte física mas sem conseguir apagar as marcas do passado. O espaço faz parte da memória afetiva da terra dos monólitos. Filhos de Quixadá, que hoje moram distante, matam suas saudades, visitando em primeiro lugar, o velho mercado. A cidade mudou muito, já posa de capital da região centro do estado, se tornou uma referencia no aspecto econômico, outros atrativos surgiram mas o" VELHO MERCADO" não sai do coração de nossa gente. É grande o amor de todos nós por aquele local. Como somos um povo sempre muito alegre e brincalhão, alguém já batizou o espaço de "Shopping dos Coroas".
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-Nota do autor: O "mote" está dado- Vamos pesquisar mais sobre o velho mercado. Outros nomes surgirão, com certeza. A História é tecida por várias mãos! Nos ajudem!
-APOIO: COLÉGIO VALDEMAR ALCANTARA- Semear o prazer de aprender e conviver- 60 anos educando geração de quixadaenses.
 
Adauto vai todos os dias ao velho mercado
Messias é um dos mais antigos em atividade no velho mercado

Luciano encerrou sua atividades devido a um acidente
Amadeu teve seu ponto  quase destruído por um incendio


Padre Bezerra:frequentador assiduo 

Chico Caetano figura marcante do velho mercado