sexta-feira, 27 de setembro de 2024

<>MANUEL FREIRE DE ANDRADE - O PRIMEIRO PREFEITO ELEITO PELO VOTO DIRETO NA TERRA DOS MONÓLLITOS

 

Imagem dos anos 20 da bela Quixadá


Açude do cedro

<>O primeiro prefeito eleito pelo voto popular em Fortaleza foi Raimundo de Alencar Araripe em 1936, governando até 1945. Seu partido foi a Liga Eleitoral Católica, legenda pertencente a igreja católica. E na nossa bela Quixadá? Quem foi o primeiro prefeito eleito pelo voto direto? Foi o comerciante Manoel Freire de Andrade que governou de 6-02-1927 a 30.11.1938. O voto ainda não era secreto e chamava-se eleição a bico de pena. O eleitor falava para o juiz de direito em quem votava e este fazia a anotação. O local da votação foi nas dependências do antigo prédio da prefeitura. Segundo o memorialista Joao Eudes Costa o eleito gozava de grande prestígio na cidade e dirigiu os destinos de nossa cidade com responsabilidade e honestidade.
<>Uma imagem dos anos 20 da terra dos monólitos
......................................................................................................................................................................

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

<>CICLO PEÇAS O CÉSAR FARÁ O SORTEIO DE UMA BICICLETA "COLLI BIKES" NO DIA 12 DE OUTUBRO.


 <>A  "Ciclo Peças O César", tradicional loja de bicicletas na terra dos monólitos fará o sorteio no dia 12 de outubro, dia da criança, de uma bicicleta "Colli Bikes" e  para participar é só realizar uma compra de qualquer valor ou de um serviço realizado na oficina. O casal César e Nita destaca que já é uma tradição da loja dar este presente nas comemorações do aniversário do tradicional estabelecimento. Os telefones para maiores informações: (88) 9 9945-1248 ou (88)9 9914-2541

<><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><>

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

<>O LIVRO "SONETOS EM IDEIAS SEM LIMITES" É A PRIMEIRA OBRA ESCRITA PELO QUIXADAENSE FRANCISCO WELLINGTON DE MELO OLIVEIRA

 

Escritor Francisco Wellington em visita a Rádio Baviera

Francisco Wellington e seu livro de sonetos
<>Na paz da fazenda Coité, Ibaretama, ali pelos anos 60, um adolescente, ao contrário dos colegas de idade que preferiam outras diversões, ocupava boa parte do dia lendo poemas de Cláudio Manuel da Costa, Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac e outras expressões sonetistas brasileiras. Mas, vez por outra, lia Camões, Bocage e outros sonetistas do mundo. Os pais João Ventura e Eurenice logo perceberam o gosto do filho pelas letras. Francisco Wellington de Melo Oliveira desde muito cedo tem uma preferência por esse tipo de poema que possui uma forma fixa. Sempre soube que escrever sonetos é tarefa para os grandes poetas mas, sonhava também em se tornar um autor desse estilo literário. No ano de 1973, quando foi estudar em Fortaleza passou a ter contatos com colegas estudantes, professores e mergulhou ,então, fundo no estudo dessa forma fixa, na qual o número de estrofes, versos e os tipos de rimas são numericamente pré-determinados. Ingressou na Universidade Federal do Ceará em 1982 e nessa mesma Universidade concluiu o curso de Engenharia Agronômica. Desde a época de estudante na capital, já escrevia seus poemas muito discretamente, mas mesmo no anonimato, recebeu certificado de membro participante de uma antologia poética publicada pelo Centro Acadêmico Universitário da Universidade Federal do Ceará. Depois de tantos anos, Francisco Wellington resolve nos brindar com o livro que destaca a sua forma poética preferida.   "Sonetos em Ideias sem Limites" é a primeira obra deste autor que ama a simplicidade, a doce vida no sertão, a convivência com os amigos. O livro contém 46 sonetos em métrica livre e é de fácil leitura, provando que esta forma de poesia não é um bicho de sete cabeças. A revisão foi de Samilla de Melo Oliveira, a imagem da capa foi cedida por Elielma Rodrigues e da contra capa por Tertuliano de Melo Neto. O autor está feliz porque aqueles que já compraram o livro gostaram bastante e os escritores locais que leram parte da obra, fizeram rasgados elogios. Foi preciso muito estudo, muita pesquisa, muitas horas dedicadas a leitura, mas aí está para os apaixonados pela boa leitura, um ótimo livro. "Para mim, escrever é encontrar conforto nas minhas vivências" acrescenta o autor quixadaense. 

Soneto é uma paixão do autor

<>SONETO 11  - SAUDADE E MAIS SAUDADE
                              
                             Saudade de repente nos trouxera.
                             Saudade ainda tanto que somente;
                             Saudade que se nos dera de repente;
                             Saudade, que de repente, se nos dera... 

                             Saudade que quase tudo dilacera;
                             Saudade, quase entanto nos sobrara;
                             Saudade, que em tristeza sobejara;
                             Saudade, que da ternura que houvera...

                            Saudade, só da ventura que provara;
                            Saudade, inda que tão intensamente;
                            Saudade- quase por tudo nos ficara;

                           Saudade, inda que muito descontente;     
                           Saudade, de quem já fora e se tardara;
                           Saudade e mais saudade que se sente...
         
                             


                             

Capa do livro de ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................


terça-feira, 30 de julho de 2024

<>NITA DA BANCA - 30 ANOS DE CHÃO - A SUA BANCA DE CAFÉ É A MAIOR RIQUEZA DE SUA VIDA

 




<>Do distante bairro do Campo Novo, nos primeiros momentos do novo dia, ela sai de casa cheia de fé e determinação para um novo dia de trabalho. Com a ajuda do filho que está sempre presente, o Airton, leva a mesa, cadeiras e os produtos alimentícios incluindo garrafas de chá e o cafezinho que não pode faltar. Há 30 anos, Elionita Donato da Silveira mantém uma banca na calçada do Banco do Brasil e quem passa pela movimentada Rua Rodrigues Junior já se acostumou com a presença desta mulher que não cobra nada pelo confortante sorriso. Nita é poesia, é encantamento, porque com todas as dificuldades que enfrenta, conserva sua ternura sempre encorajando as pessoas da família e seus clientes que cedinho, já saboreiam uma tapioca com um café prá lá de saboroso. Diferente de muitos colegas trabalhadores de rua que um dia querem exercer outras profissões, ela desempena seu trabalho com muito amor. Com lágrimas nos olhos, lembra que a sua banquinha(como a chama de forma carinhosa), é grande amiga, pois lhe permitiu cuidar dos seus filhos, da  casa e ainda ajudar alguns amigos. Nesses anos de duro trabalho, passou por momentos de muito sofrimento. Foi quando pretendiam retirá-la do seu local de trabalho. Jamais esquece de um gerente do Banco Brasil que partiu em defesa dela não permitindo que fizessem nada contra ela. A equipe do banco sempre foi respeitosa com a Nita e alguns até elogiam seu cafezinho. Evangélica, não ficou com nenhuma mágoa daqueles que queriam retirar sua banquinha pela força. No mesmo dia, orei muito por eles, afirma. Antes da banca na calçada do Banco do Brasil, ajudava o seu companheiro Zé da Banca na parte externa do Banco do Nordeste. Os pais, Manoel Donato(conhecido por Palaco), vendia laranjas num ponto de venda próximo ao posto São Sesbatião e sua mãe,  Maria Teresinha, trabalhava como vendedora ambulante. Nita aos 10 anos de idade, trabalhava como babá em Fortaleza e ficou sendo muito querida pela família da criança, mas a grande saudade de Quixadá a fez voltar. É mãe amorosa de Airon, Ana Cláudia e Ana Paula. Há pessoas que carregam a humildade e que parecem ter o dom de fazer a vida mais bonita pelo exemplo que nos dão de coragem, pela capacidade de enfrentar as adversidades e por um invejável amor à vida. É com esse jeito carinhoso de tratar bem os clientes e amigos que Nita da Banca conquistou os corações de muita gente. Viva Nita! Viva os bravos trabalhadores de rua!
Aprendeu a trabalhar com o ensinamento dos pais

Frase de vida ¨A vida é um grande presente de Deus 
........................................................................................................................................................................

segunda-feira, 22 de julho de 2024

<>MEMÓRIA DA POLÍCIA MILITAR(4) - SOUSA- DE JOVEM SERTANEJO AO SONHO DE SE TORNAR UM POLICIAL RESPEITÁVEL

Sousa, Ferreira, Vital e Aldir em plena atividade

Sousa-Polícia como vocação 
<>Uma alegria imensurável fazer parte da Polícia Militar do Ceará. Uma segunda família para mim, com certeza. Foram as primeiras palavras que ouvimos de Francisco Ferreira de Sousa quando o entrevistamos para o nosso ¨blog¨. Durante 32 anos atuando como militar serviu a comunidade com muita satisfação. De  sertanejo trabalhando na agricultura numa propriedade da família em Ibaretama ao lado do pai Clodoaldo até ingressar nos quadros da Polícia. Bateu enxada no chão, limpou pé de algodão, suava junto aos demais da família naquele trabalho honesto para o sustento da casa. A produção de algodão vinha para Quixadá e a maior parte era vendida no ponto comercial do Senhor Tabosa. A saudade de Sousa desse tempo é imensa e sempre lembra que a mãe, dona Julieta, queria que o jovem estudasse para ser doutor como querem as santas mães. Ficou trabalhando ao lado da família até os 22 anos quando decidiu por ir morar e trabalhar em Fortaleza. Certamente, um mundo todo novo para aquele jovem que sempre amou o sertão, mas tinha consciência que precisava conquistar seu espaço no mundo do trabalho. Queria ajudar o mais que pudesse a toda a família. Por sugestão de um tio onde ficou morando por algum tempo, aceitou o desafio de entrar nos quadros da Polícia militar. Contava, então, com 22 anos quando resolveu integrar os quadros das forças de segurança. Exatamente no dia 16 de abril de 1962, depois da aprovação nos exames, começaram os treinamentos no Quartel General Edgar Facó que duraram 6 meses. Com muita força de vontade, seriedade e também, é claro,  vocação, estava pronto para realizar aquilo que é mais bonito na missão de um policial que é defender a segurança de outras pessoas.  Durante algum tempo, ficou exercendo atividades burocráticas no próprio quartel onde realizou o treinamento. mas não demorou muito e já foi designado para trabalhar na segurança de eleições no município de Aquiraz. Voltou a Fortaleza para integrar a equipe do batalhão Parsifal Barroso e fez parte da lendária dupla de policiamento que ficou conhecida como Cosme e Damião. Mesmo se sentindo bem na capital, lembrava sempre com muita saudade do pai, Clodoaldo, que lhe ensinou o valor do trabalho e de sua doce mãe, Julieta, que  mostrou o significado de respeitar e tratar bem todas as pessoas. Esperava com muita fé o dia de vir trabalhar na sua querida Quixadá e por obra e graça de Deus a quem sempre devotou grande amor, surgiu a tão aguardada oportunidade. Quando o capitão Cláudio foi transferido para a terra dos monólitos e perguntou quem desejaria ir atuar na bela cidade, Sousa se apresentou relatando o seu desejo de ficar perto da família e dos amigos e assim se deu. Estávamos nos primeiros meses do ano de 1963. Naquele momento, A Companhia de Polícia na terra dos monólitos era instalada na Vila do Heitor. Capitão Zarlur foi seu primeiro comandante e durante algum tempo, Sousa ficou exercendo suas atividades naquele local, mas logo depois, foi designado para trabalhar em Juatama onde atuou em duas oportunidades. Atuou ainda em Banabuiú, retornou a Quixadá, esteve em São Luís, Ibaretama, Choró e ainda em Mombaça.   Sargento Sousa lembra muito dos seus comandantes que reconheciam naquele militar, uma pessoa devotada ao trabalho. Foram eles: Zarlú, Galdino, Archias, Prado, Leite, Aires e Lucas. A emoção toma conta de Sousa ao falar de alguns de seus colegas policiais como Jaime, Alfredo, Lima, Vital, Ferreira, Audi, Sargento Viana, Franco, Barbosa, dentre outros. A rotina de trabalho de um policial é cheia de desafios e quase sempre, agitada. Sousa nos  contou que voltava de um trabalho realizado na Juatama, juntamente com o sargento Cavalcante e um filho do soldado Adécio quando o jipe em que viajavam virou na ponte do Putiú, rolou duas vezes e parou em pé dentro do rio, mas nada sofreram. Sargento Sousa foi casado com uma verdadeira deusa, a amiga das horas incertas, Maria de Lurdes  que foi bem amiga que esposa. Por determinação de Deus, Ela foi chamada por Deus para outras missões que lhe foram confiadas. Sousa é pai amoroso de Ana Cléia, filha maravilhosa como ele próprio a define e que está sempre presente na rotina do querido genitor. Sempre participou das atividades da igreja católica e quando morava na COHAB ajudou bastante na construção da capela Nossa Senhora de Fátima e cuidou da mesma por muito tempo. Fez parte durante algum tempo do Encontro de Casais  com Cristo e sua querida esposa era ministra da eucaristia. Hoje, Sousa tem doces recordações do tempo em que saía de casa todos os dias para proteger a vida de pessoas de outra família. Como toda atividade humana, afirma que houve momentos árduos, mas o importante é a consciência tranquila de ter se tornado um policial respeitável. Acredito ter seguido o caminho que Deus escolheu para minha vida e sou bastante grato a ele por isso
A primeira foto como policial

Sousa, a filha Cléia e sua querida esposa Maria de Lurdes

Seriedade e compromisso no trabalho

Sousa, Bezerra e Nazareno

Hoje, doces recordações do trabalho de policial



Os pais Clodoaldo e Julieta foram primordiais na formação do caráter do policial
............................................................................................................................................................

 

segunda-feira, 8 de julho de 2024

<>JOSÉ ALVES VIANA - UMA HISTÓRIA DE AMOR E ALEGRIA - ELE FOI LOCUTOR QUERIDO NO SERVIÇO DE ALTO FALANTES ¨IRACEMA¨

José Viana nos stúdios do Serviço de Alto Falantes Iracema

                      <>Saudade amarga me traz as lembranças dos Alto Falantes que num passado já bem distante, se faziam presentes no cotidiano da terra dos monólitos. Fazem parte da memória histórica da cidade e eram o principal veículo de comunicação naquele momento. Alguns elementos são lembrados como o trem, a velha prefeitura, as sangrias do Cedro, as corridas de cavalo na lendária rua do Prado e as radiadoras como eram denominadas pela população. Na década de 20, 30, funcionava na rua Rodrigues Junior, uma amplificadora de propriedade do senhor Luis Pontes de Lima. Marcou época a amplificadora” Iracema” administrada  pelo senhor José dos Santos que alegrou durante bom tempo a terra dos monólitos. Nos anos 60, funcionava na rua Tenente Cravo num ponto comercial do senhor Chico Padeiro a amplificadora “Voz do Norte” comandada pelo amante da comunicação, Antônio Anastácio da Silva, o popular poeta Paroara.  A partir de 1938, passou a funcionar o” Serviço de Alto- Falantes Solon Magalhães” dirigido pelo benfeitor quixadaense Adolfo Lopes da Costa. Raimundo Alfredo Teixeira, Poty, montou uma amplificadora nas proximidades da Casa Olinda. O conteúdo da divulgação nesses veículos eram notas de aniversários, falecimentos, avisos da Prefeitura, coisas da igreja e ,claro, dedicatória de músicas para a pessoa amada, mas sem dizer o nome para evitar confusão(Que delícia!). Não foi difícil conhecer os proprietários, mas pesquiso já faz bom tempo, quem fazia a locução. O conteúdo da divulgação nesses veículos eram notas de aniversários, falecimentos, avisos da prefeitura, horários de missas e, claro, dedicatória de músicas para a pessoa amada e sem poder dizer  o nome para evitar confusão. (Qu delícia!). Belíssimos dias! Este diálogo entre o passado e o presente, às vezes, me leva ao desespero pelo fato da pesquisa ser, com certeza, interminável. Já estava cansado de pesquisar este tema e pensado em dar um stop, mas eis que surge a figura simpática de minha prima Susana Carvalho Viana e de forma gentil, me presenteia com uma foto bem estragada pelo tempo, mas para mim, uma pérola roubada ao mar como diz na canção do Orlando Silva. Uma foto com seu pai no stúdio do Serviço de Alto Falantes Ïracema¨de propriedade de José dos Santos.que funcionava no bairro Rodolfo Teófilo depois chamado rua da Matança e transferindo-se anos mais tarde para a rua do Prado(Tenente Cravo). Ficava  na esquina do antigo estádio Luciano de Queiroz onde, atualmente, está localizado o centro administrativo da prefeitura. Me contou a Suzana que seu pai fazia a locução e na maioria das vezes, apresentava poesias e dedicando lindas canções para os apaixonados que sempre existiram  desde que o mundo é mundo. Seu momento de atuação no microfone foi nos anos 60 e conta-se que com sua bonita voz conquistou muitas namoradas. A foto que ilustra este texto, muitas vezes eram distribuídas com os ouvintes com a dedicatória do comunicador. Pouquíssimas pessoas sabem que José Viana foi locutor e com certeza, quem o conheceu, sabe que ele foi funcionário da ¨Coelce¨  por vários anos. Fez parte da equipe da Prefeitura  e era um verdadeiro ¨Pelé¨no conserto de motores. Seu pai era funcionário da ¨RFFSA¨ e sua mãe, Maria Firmino, costureira de muitos talentos. Nasceu na terra dos monólitos que achava o lugar mais bonito do planeta em 26 de junho de 1929. Sempre foi uma pessoa alegre, gostava de se divertir e os amigos brincavam com ele chamando-o de cabra namorador. Ele dava sonoras gargalhadas quando ouvia isso. Apaixonadíssimo pelo rádio, segurava até 3 rádios, um para ouvir os jogos do Vasco, outro para os do Ceará Sporting e por fim, um para ouvir os resultados da Loteria Esportiva. Gostava das festas joaninas e era sempre lembrado para fabricar os balões que eram os mais lindos do lugar. José Alves Viana foi pai amoroso de Suzana, Tiago e Francisco, sem dúvida, suas maiores riquezas. O locutor do Serviço de Alto Falantes Ïracema¨ e maravilhoso ser humano tornou-se cidadão do infinito em 25.01.2013. Deixou memórias que jamais serão esquecidas e a saudade imensa eterniza sua presença entre nós
Era uma doce juventude

Suzana e seu filho Felipe

Os filhos Francisco e Tiago

José Viana - Uma história de amor e alegria

.................................................................................................................................................................


quinta-feira, 4 de julho de 2024

<>MARIA DAS BOLSAS - UMA ALMA ENCANTADORA DAS RUAS DE QUIXADÁ

 

Maria das bolsas - Lição de vida


<>A rua tem alma! Já falava o cronista carioca, João do Rio. Elas são humanas! No nosso caso, falamos de uma geografia humana quixadaense. Papai do céu sempre nos presenteou com figuras maravilhosas, carregadas de poesia  e  alegria como Zé Laranjeiras, Almeidinha, Olho de Bila, Artur Jorge Capacidade, Zé do Saco, Ferrugem, Pé de Lapa, Bom Legal, Pé de Aço, Teresa Doida, Manchão, Vovô Bananeira, Raimundo Padeiro e muitos outros. Confesso ter muita saudade daquele Quixadá com a presença desses anjos que alegravam nossa vida. Até pensei que nem existiam mais. Mas, existem! Que maravilha! Essas pessoas iluminadas, graças aos santos protetores, continuam a brotar nas nossas praças e ruas. Uma simpática senhora está nos mostrando que a vida pode ser bela vivendo com simplicidade e alegria. Quando nos aproximamos dessa joia e lhe perguntamos qual o seu nome, responde com altivez: ¨Me chamo ¨Maria das Bolsas¨ e adoro quando me dirigem palavras de carinho. Na pia batismal, Maria Azevedo da Silva e é natural de Capistrano. Veio para a terra dos monólitos nos anos 70, pois sua mãe ficou viúva e acreditava que mudando de cidade, as coisas iriam melhorar. Gaba-se de trabalhar por conta própria e sempre tem a companhia de cachorros, gatos, a quem alimenta com todo amor do mundo. Conhecer Maria das Bolsas foi uma alegria muito grande para mim. Foi como um gol do Botafogo, uma canção do Roberto, meus cachorros e a presença de meus amigos sempre ao meu lado. Quando estou perto destas pessoas, a vontade de viver ganha um ritmo mais intenso porque elas nos transmitem uma garra sem limites no cotidiano da vida. Em alguns momentos do dia, lágrimas molham minha alma pela discriminação que sofrem essas pérolas. Essa gente tem tanto a nos oferecer! Sinceramente, não encontrava tempo para elas, não sabia do seu real valor. Hoje, são a minha maior riqueza. Amo-as. Não mantém ódio no coração, não se matam por dinheiro, não invejam ninguém. Até vejo como meus professores, pois me ensinam a superar obstáculos, a sentir alegria mesmo com problemas. E que a vida sempre continua! Maria das bolsas, nós quixadaenses, somos teus admiradores. 
Maria das Bolsas nos faz crer num mundo melhor

A vida sempre continua - Lema de Maria das Bolsas
...................................................................................................................................................................

quinta-feira, 25 de abril de 2024

<>A SAUDADE QUE FICOU - NILO LOPES E MOCINHA - ETERNIZADOS PELA GRANDE SAUDADE


 <><><>Quem, nascido na bela Quixadá, não ouviu falar no famoso Bar do Nilo? Nilo, um tesouro, um anjo, um amigo que conquistou o coração dos quixadaenses. Foi casado com Mocinha Lopes da Costa e este amor eterno(foi infinito enquanto durou) e desta bendita união nasceram os filhos Everton Lopes(radialista), Everardo(bancário), Evando(comerciante), Maria José e Chagas. Nilo nos deixou em 2007 e Mocinha Lopes em 2013. Depois de cumprirem suas missões aqui na terra partiram para outras, deixando na sua passagem entre nós, exemplos de pai, mãe e amigos. Convido os amigos para curtirem este vídeo dedicado a este inesquecível casal.
...................................................................................

<>EU E ALAN NETO


 <><><>Parece mesmo aquela história de Davi e Golias. Assim me expresso pelo fato de que eu e Alan Neto mantínhamos uma boa amizade. Graças a minha irmã Socorro Lessa e meu dileto amigo Dr. Lessa conheci o ícone do jornalismo esportivo cearense. Ele era vizinho de apartamento da minha irmã e aí consegui me aproximar dele. No começo, mantinha uma certa distância pelo respeito a sua pessoa, mas com o tempo, passamos a conversar como se fôssemos velhos conhecidos. Muitas vezes, quando ele chegava tarde da noite depois de apresentar seu programa, me procurava para conversar e dizia que se sentia muito bem com pessoas simples. Queria muito me colocar para trabalhar com ele na Rádio Asunção e fazer a cobertura do ferroviário, mas já estava chegando o rádio em Quixadá e vim prá minha bela cidade. Realizei uma entrevista com ele e divido esta emoção com meus amigos e ouvintes. Alan Neto foi chamado por Deus para outras missões que lhe foram confiadas em 3 de abril de 2024.
<>Imagens retiradas da Internet
................................................................................................................................

<>PINTA(MARIA ELÇA NOGUEIRA) AGORA É CIDADÃ DO INFINITO - FOI UMA MULHER DE MUITA FÉ, AMOR E CORAGEM


  Baixa, franzina, de família humilde e assim como muitas crianças do Nordeste, começou a trabalhar muito cedo, junto com os pais Maria Alexandrina Felix e Luiz Nogueira da Silva, funcionário do antigo "DNOCS". Batia a enxada no chão, plantava e colhia algodão, na fazenda do Senhor José Caetano de Almeida. Chamava a atenção de todos o fato daquela menina, nos intervalos da lida, colocar a imagem de São Francisco sobre uma pedra, orar e entoar hinos para o santo. Esta devoção marcaria para sempre a vida de Maria Elça Nogueira. Chegou a estudar mas com a morte de sua vó Alexandrina, em 1944,teve que continuar trabalhando para o seu sustento. Trabalhou durante algum tempo na Fábrica de redes da Fazenda Varanda, foi catadora de algodão na Fábrica Sambra, depois chamada "Algodoeira" de propriedade do Senhor Zezinho Queiroz. Casa-se em 1949 e desta vez o trabalho continua em casa, fazendo varandas de redes. Da união, nasceram os filhos: Margarida, Conceição, Dôrinha, Maria José, João, Zé Maria, Alexandre e Francisco das Chagas. Começou ainda bem jovem a participar das atividades da igreja como legionária de Maria, apostolado do Sagrado Coração de Jesus. Merece ser destacado a sua incansável dedicação a Liga de Santo Antônio que tem como objetivo maior amparar idosos e doentes. Quase que diariamente, visitava lares com a ajuda das filhas, , fazia palestras em diversas ocasiões, sempre enaltecendo a figura do santo que pregou a simplicidade e um grande amor aos animais. A sua casa serviu de espaço para acolher crianças humildes, pobres e velhos, sendo oferecido refeições e ainda redes. Mesmo cansada, sem quase enxergar, saía pela cidade pedindo doações e quase sempre, encontra apoio. Pedindo, às vezes, apenas um pão, já foi maltratada por um dono de uma das maiores lojas da cidade que assim se expressou para a humilde Pinta: "Se esse tal Francisco quer dar aos pobres, vá trabalhar"! Pinta então, apenas pediu que ele não maltratasse a figura do querido santo que tinha como pai um dos homens mais ricos da Itália. Tempos depois, este comerciante(ela pediu para omitir o nome) chegou em sua casa e lhe implorou orações pois estava com problemas de saúde! Pinta assim o fez e garante que ele ficou curado por milagre de São Francisco! Depois tornou-se um colaborador e amigo da incansável mulher. A sua maior atuação foi na igreja do querido santo. Trabalhou com Frei Martins, Frei Guido, Padre Aldo, Padre José, Zé Firino, Rosalino e outros. Acompanhou a todos nas atividades religiosas, no sertão ou na cidade. Recebeu o carinho e incompreensões de alguns como do Padre Aldo, por exemplo, que depois de um evento na cidade de Ibicuitinga, no período da noite, voltou para Quixadá, deixando a bondosa senhora numa cidade em que ela não conhecia ninguém. Nas festividades da Semana Santa, conseguia reunir muita gente no terreiro de sua casa para a queimação de Judas. As amigas mais próximas e que auxiliavam na sua missão foram Maria Monte, D. Carmelita, Francisca, Gonzaga, entre outras. Nos últimos anos só ficava em casa mas, sempre rezando. Quem não lembra da queimação de Judas que realizava no terreiro de sua casa com a participação de muita gente. Certa vez lhe perguntei porque admirava tanto São Francisco e ela respondeu com muita tranquilidade: Este santo mostrou que a simplicidade é a coisa mais linda que Deus deixou neste mundo. Pinta, com certeza, eternizada em nossa grande saudade

¨<>RÁDIO UIRAPURU - HÁ 38 ANOS ERA INAUGURADA A NOSSA PRIMEIRA EMISSORA DE RÁDIO


<><> 13 de Fevereiro de 1980. Nesta data, a tão sonhada emissora de rádio da terra dos monólitos invadia os lares da bela cidade e de todo o interior cearense. José Pessoa de Araújo, empresário e um apaixonado pela comunicação, além da Uirapuru de Fortaleza, resolveu levar o canto dos pássaros a 4 cidades do interior: Itapipoca, Morada Nova, Canindé e Quixadá, formando assim a "Rede Uirapuru de Comunicação". A solenidade de inauguração aconteceu no período da noite nos próprios estúdios no planalto da Curicaca, a 6 quilômetros do centro da cidade. Naquela noite, Quixadá parou para acompanhar a festa de inauguração e ninguém se importou com a distância. Em carros, ônibus, bicicletas, carroças, em lombos de animas ou a pé, todos queriam acompanhar aquela linda noite. Ainda não tínhamos os serviços dos mototaxistas. Ninguém queria perder aquele momento histórico para a radiofonia do sertão central. Antes, ouviam-se apenas as emissoras de Fortaleza, Quixeramobim, Limoeiro e aquelas de grande alcance. Os filhos da terra dos monólitos queriam uma rádio que pudessem chamar de sua. Presentes a inauguração o governador Virgílio Távora, o vice-prefeito Dr. luis Crispin,Gonzaga Mota, José Antunes  e nomes consagrados da radiofonia cearense como Cid Carvalho, Edson Silva, Mena Barreto, Hélio Malveira(professor dos locutores e operadores), o técnico Assis(responsável pela montagem dos equipamentos), Dr. Wagner(um dos diretores) e ,claro, o grande comandante José Pessoa de Araújo. A partir daí, a boazinha como era carinhosamente chamada pelos ouvintes passou a fazer parte do dia a dia dos quixadaenses. Uma equipe pioneira trabalhava com afinco e paixão mesmo com pouca experiência para que a nossa Uirapuru funcionasse com qualidade. Os primeiros operadores foram: Jorge Umbuzeiro, Viana Vieira, Wagner Nepomuceno, Teixeirinha, Chico Pernalonga, J. Neto, Tarcísio Besouro Verde, Freitas Magnético, Ana Maria, Alexandre Magno, Teixeira Filho, Paulo Sérgio e outros que trabalharam por pouco tempo. Na locução Ribamar Lima, Sinval Carlos, Célio Aragão, Jonas Sousa, Amadeu Filho, Delmiro Fernandes, Ribeiro Junior, Mon'tAlverne Barreto, Nonato Silva. Com o passar dos anos, outros nomes vieram compor a equipe de locutores. Quanto a parte administrativa, os primeiros diretores foram José Albuquerque de Macedo, Marilac Silveira e Célio Aragão. A partir de 1982, os estúdios da  vieram para o centro da cidade e neste momento assumiu os destinhos da Uirapuru o bancário e jornalista João Eudes Costa que fez várias inovações com o objetivo de tornar a rádio uma empresa bem mais moderna. Não demorou muito e a Uirapuru tornou-se Rádio Monólitos de Quixadá agora sob a orientação de Aziz Baquit e Everardo Silveira. Não podemos por questão de justiça, deixar de registrar as pessoas que integravam a equipe de apoio de nossa primeira rádio: Helena Saraiva que ficava na farmácia da dona Moura anotando os avisos; Na recepção, Lúcia Helena, Lucia Branca, Otini. O carteiro era o conhecido Dedé Drácula que ia e voltava a cidade por várias vezes. Na cantina, aquela que foi aclamada pela equipe como a rainha do café, a querida Barbosa. Os motoristas eram o taxista Neles e Antônio Caetano que transportava a equipe de esportes e os equipamentos para as coberturas dos eventos que aconteciam na cidade. A Rádio Uirapuru de Quixadá ficou na memória de todos nós. Um dia, criei coragem e perguntei ao comandante José Pessoa de Araújo o porquê de Uirapuru que lembra a Amazônia e não um nome  ligado a nossa região? Com voz pausada, mas firme, respondeu: "Porque quando o pássaro Uirapuru canta todos param para escutar! E assim acontece com a nossa rádio.

<>O CARTEIRO DA RÁDIO - DEDÉ DRÁCULA- UM GRANDE AMOR PELA RÁDIO UIRAPURU DE QUIXADÁ


 <>O rádio ainda é uma mídia indispensável e insubstituível. E com certeza, está no coração das pessoas. Sempre que destacamos este veículo, locutores e operadores são citados e referências são feitas a esses profissionais. E muitas vezes, nem tomamos conhecimento que outros trabalhadores também são importantes para o funcionamento da Emissora. Foi em 1980 que ganhamos a tão sonhada "Rádio Uirapuru" que logo se transformou no "xodó" dos quixadaenses. Foi José Pessoa de Araújo o responsável pela montagem do tão sonhado equipamento. Como os estúdios da "Uirapuru" ficava distante do centro, coube ao jovem José de Arimatéa  Dantas de Sousa, pegar as notas no centro da cidade para levar até as mãos dos locutores para ser divulgadas. Ora, levava notícias alegres, outras vezes, tristes! Na sua bicicleta(que ele chamava "envenenada") ia a cidade e voltava várias vezes. Ganhando a confiança da direção  passou a trabalhar nos transmissores. Nas transmissões externas, carregava o equipamento de trabalho. A alegria e bondade, duas grandes marcas! Sempre nas comemorações dos natais, José Pessoa pedia que ele subisse na mesa e fizesse um discurso. Dedé Drácula(apelido colocado por Jonas Sousa) era só alegria. Era filho da querida Barbosa(trabalhava na cantina da rádio) e Zequinha Brechó. Tempos depois, a "Uirapuru" viria a ser "Rádio Monólitos" e o nosso Dedé continuou a trabalhar e sempre com a mesma dedicação. Também recebeu dos Senhores Aziz Baquit e Everardo Silveira o mesmo carinho e trabalhou até ser chamado para outras missões no céu. Era querido por todos e contava com a confiança do diretor Everardo Filho e de toda a equipe. Foi no dia 13 de agosto de 2013. Com certeza, o humilde e bom Dedé faz parte da história de nossa radiofonia.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

<>LUNGA BAIXISTA TEM DOCES RECORDAÇÕES DA EXPLOSÃO MUSICAL NA TERRA DOS MONÓLITOS NOS ANOS 60, 70

 

Lunga baixista

Eu e meu amigo Lunga

<>Os anos 60 e 70 foram marcados por uma explosão musical em nosso país que invadiu não só as capitais, mas também o interior. A terra dos monólitos logo entrou na onda da Jovem Guarda, das canções internacionais e da discoteca. Os bailinhos, as tertúlias, aconteciam nas casas de família, mas logo chegaram nos clubes com destaque para o Balneário e o comercial. O som dos Beatles, Roberto Carlos,  Renato e Seus Blue Caps, Fevers e outros, estavam na boca e no coração dos jovens. Foi nesse momento que surgiram grupos musicais com integrantes de muito talento. Jovens se destacaram tocando guitarra, contrabaixo, órgão, saxofone, bateria e outros instrumentos. Da primeira formação de Os Monólitos, um  jovem conhecido por Lunga se destacava no contrabaixo atraindo a atenção do maestro Dudu Viana e do publico. Numa manhã de domingo, Lunga, que num primeiro momento queria ser cantor, se apresentou no programa "Juventude se Revela" no Comercial. Numa guitarra emprestada pelo Vinícius cantou "A Última Canção", sucesso na voz de Paulo Sérgio, aquele que incomodou Roberto Carlos. Dudu Viana ficou encantado com o talento de Lunga com o instrumento e fez o convite para o jovem artista fazer parte do grupo Os Monólitos que brilhou nos anos 60 e 70, até meados dos anos 80. Naquele momento a formação do grupo era Dudu Viana, teclados; Vinícius, guitarrista; Luiz, baterista;  Manuel Viana no piston, depois começou a fazer parte do gupo, Zé Pretinho, um craque no saxofone. Um detalhe é que somente Lunga continua entre nós e os demais daquele primeiro momento são cidadãos do infinito. Anos mais tarde formou o grupo musical "Os Águias" na cidade de Jaguaretama e que fez muito sucesso na região. Faz questão de afirmar que aprendeu a tocar vendo e ouvindo o Rubens, ali nas proximidades do Mercantil Cícero Bertoldo.   Atualmente, morando em Fortaleza, guarda boas lembranças de Quixadá e não esquece sua primeira professora que foi a dona Cesarina., um anjo na sala de aula. Lembra com muita saudade dos amigos Vinicius, Paulo Honório e de todos os colegas músicos. De sua biografia consta o fato de ter sido caminhoneiro o que lhe possibilitou conhecer várias cidades nordestinas. Na música jovem do Brasil, naquele momento, se destacavam os baixistas Paulo Cesar Barros do grupo Renato e Seus Blue Caps; Nenê de Os Incríveis; Parada do The Pops, Tony do The Jordans e Fábio Block do grupo Brazilian Bitles. Aqui, na terra dos monólitos, a fera do contrabaixo era o nosso amigo Lunga para quem mandamos um forte abraço.
Lunga mora em Fortaleza e tem doces recordações dos jovens anos
..............................................................................................................................................................................

domingo, 14 de janeiro de 2024

<> TODO MUNDO QUER IR PRO CÉU, MAS NINGUÉM QUER MORRER(EU TAMBÉM NÃO)

 

<> "Todo mundo quer ir pro céu mas ninguém quer morrer! Céu! Céu! Céu! O título destas mal traçadas retirei de uma canção da Blitz. Como não poderei falar depois da death(em língua inglesa fica mais chique), necessito comunicar do que gostaria que acontecesse quando passar desta para pior(Lembro do Neno). E que falta ele faz.  O Tic Tac do meu coração lembra que passei do meio dia. Adoro beijar, mas a dona morte não venha fazer isso. É beijo gelado, sim senhor! Mas, vamos lá! Quero que na minha despedida se encontrem presentes os meus ouvintes do rádio,  os amigos que guardo debaixo de sete chaves como fala na "Canção da América. Quero demais  a presença dos meus colegas professores do Colégio Municipal, do Colégio Estadual, meus alunos, os colegas do microfone e aqueles que vivem honestamente, que enfrentam dificuldades. Se pudesse, pediria ao simpático Padre Filipe  que rezasse um "Pai Nosso"para que os anjos me levassem até o  Céu. Céu! Céu! Céu! Acharia ótimo até demais se meu irmão evangélico, Alexandre Magno(filho do seu Luquinha), lesse trechos da bíblia. Ficarei super feliz com a presença de toda minha família como minhas queridas(e lindas) irmãs Corrinha e Cecê. E, claro, minha filha Tainan e meu neto Lorenzo, o meu amiguinho de todas as horas. Meus cachorros Rin, Tin, Tin e Garrincha e também as minhas gatinha Hilda Furacão, a Gretchen Black que parece desconfiar de minha tristeza e pula no meu colo para aliviar meus ais. Vibraria ,de verdade, se meus amigos Tony Remelexo,  Juninho Quixadá e Evandro dos teclados cantassem "Amigo" do Roberto. Como não sou famoso, com certeza, jamais serei nome de rua, nem serei lembrado com um busto colado a um microfone. Serei notícia na página dos meus amigos do "Face". A death é a angustia de quem vive, tal qual falou o poetinha Vinícius. Não tenho fingimento, morro de medo. Todo domingo, a missa de Santa Teresinha começa as 19 horas e duas horas antes já estou sentado no banco da pracinha. É que aprendi a gostar dela que sofreu, teve uma vida dura e jamais reclamou. Peço a minha santinha que acabe com esse meu medo de fazer esta viagem(Pela Guanabara, sim). A Rua Tenente Cravo, a poética rua do Prado não ouvirá mais meus passos(Aconteceu com o maluco beleza). Mas, calma, Amadeu! Calma, meu velho! Um analista amigo meu(O Belchior também tinha) falou que há espaço também de coisas boinhas neste tema. Ele disse que depois de bater o catolé(cearense sou), algo de bom nos espera como o fato de reencontrar lá no céu aqueles que tanto amamos como nossos pais e amigos. Que alegria chegar no céu e encontrar mamãe e papai se balançando numa rede véia comprada no seu Benjamim. Conversar com o meu eterno diretor, o  professor Cleune. Que barato, bicho! Sorrir ao encontrar o Almeidinha lembrando do meu aniversário. Dá sonoras gargalhadas ao ouvir o filósofo popular, o Zé Laranjeiras, contar que no seu primeiro encontro com a namorada levou uma topada na pedra do cruzeiro que no seu tempo de jovem era bem pequena. Abraçar, cheio de emoção, o meu amigo Everton Lopes, o Manoel Augustinho e ainda, Seu Nilo. Lá, tá assim de filhos da terra dos monólitos. Curtir meu amigo Zé Carlos apresentando programa de Nelson Gonçalves. Me falaram que lá tem uma rádio. Ouvir as estórias contadas pelo José da Páscoa. Sentir mais uma vez a disponibilidade de Everardo Silveira sempre pronto prá ajudar. E mais, o Mestre Adolfo tocando bandolim, o Ronaldo Miguez cantando acompanhado  por Dudu Viana, " Maria Helena, és tu a minha inspiração" Mas, peraí! É certeza me tornar um cidadão do infinito? Confiando que o Chico falou não existir pecado na gente latina, andei saindo da linha e diversas vezes(Quem não?). Mas, recebi em sonho, recado de um amigo meu que fez a grande viagem, já faz algum tempo É que ao encontrar São Pedro, o trate com jeitinho(Sou brasileiro, né?). Faça uma coisa e lhe garanto que ele fará uso das chaves e abrirá as portas dos céus. Céu! Céu! Céu! Dê-lhe um disco do João Gilberto, do Caetano, Chico e Luiz Gonzaga. Mas, muito cuidado! Não o presentei com o disco do Evaldo Braga com a música "Mentira! Assim, ele vira uma fera, pois lembrará do tempo que negou Cristo por três vezes. Faça o favor de não esquecer um livro do João Eudes Costa, um romance do Francisco Jards. Alguém soprou que ele adora ler sonetos do Antônio Martins e poesias da Angélica Nogueira. Cuidado, rapaz! Agrade o Santo! Mas, fiquem tranquilos, amigos meus. Estou bem de saúde e esse ano não morro! Também sou um sujeito de sorte. Não é poeta-filósofo de Sobral?



Eu e meu dileto amigo AloísioO Chefe)

Eu e o Mestre Adolfo Lopes

Nos meus jovens anos