sábado, 23 de fevereiro de 2013

FUNDADOR DO "13 DE MAIO" RECLAMA DA AUSÊNCIA DO SEU CINEMA NA HISTÓRIA DA SÉTIMA ARTE EM QUIXADÁ. "ELES NÃO SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO" PROTESTA

"Chico Amorim" - Fundador do cine 13 de Maio.
Prédio onde funcionou o Cinema 13 de Maio
(referência à Rua com mesmo nome), hoje Rua Basílio Pinto.
<>QUIXADÁ AO VIVO<><><>  FUNDADOR DO  "13 DE MAIO" RECLAMA DA AUSÊNCIA DO SEU CINEMA NA HISTÓRIA DA SÉTIMA ARTE EM QUIXADÁ. "ELES NÃO SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO" PROTESTA!
A terra dos monólitos já chegou a ter 3 cinemas em funcionamento, ao mesmo tempo: O inesquecível Cine Yara, São José, construídos pelo pai do cinema em nossa terra, José Adolfo e o Cine 13 de Maio. 13 de Maio? Sim, isso mesmo, 13 de Maio! É porque, numa omissão injustificável de grande parte de nossos memorialistas e até mesmo da Universidade, o nome deste cinema sequer é citado. E isto  faz sofrer muito o seu fundador, Senhor Francisco Augusto Pinheiro de Amorim, o popular "Chico Amorim das geladeiras". Com lágrimas nos olhos(e aquilo me comoveu) diz não entender o porque dessa injustiça. "Nosso cinema existiu de verdade, muita gente assistiu filme lá", afirma com um pouco de revolta. Apaixonado pela sétima arte, contou com apoio de toda a família. Os seus pais Antonio Amorim e Senhora Núbia se empenharam pessoalmente em levar adiante  a ideia do filho. O "Cine 13 de Maio" era como uma coisa da família!", Diz Chico Amorim. E com sacrifício e dedicação o Cinema entrou em atividade, naquele meados dos anos 60. E a família contando com  amigos mais próximos cuidavam do funcionamento. Os maquinistas eram o fundador, Chico Amorim, o irmão Toinho; A mamãe Núbia Amorim vendia os ingressos; o papai Antonio Amorim era o garoto propaganda pois os cartazes dos filmes ficavam expostos no seu comercio, na parte externa do velho mercado público. O amigo de todas as horas, Haroldo Carroceiro, percorria as ruas da cidade, numa incrementada rural, realizando a propaganda volante, tão em moda, naqueles anos. E chegou o grande dia da inauguração! "Quixadá parou para assistir o filme"Sol e Sangue"! Nunca me esquecerei daquele dia! Tinha 300 lugares" informa com a voz embargada pela emoção.  Lembra que o "13 de Maio" também tinha uma função social pois muitos comerciantes e até empresários nos dias de hoje, começaram trabalhando ali,  vendendo balas na calçada. Cita, como exemplo, os queridos amigos Fernando e Flávio Pordeus. Havia a vesperal, aos domingos, o que fazia a alegria das crianças. Fez questão de lembrar os filmes preferidos do público, como os do estilo "bang-bang", os filmes estrelados por Elvis Presley e durante a Semana Santa, a "Paixão de Cristo". Aí, como aconteceu com outros cinemas de rua, vieram  os fatores que culminaram com seu fechamento, a começar pela TV, o vídeo-cassete.  Permanecem as salas exibidoras nos shoppings, em  especial. Mas aquela tradição, aquela ida aos cinemas de rua, foi definitivamente encerrada. O Nome "13 de Maio", qual a razão? Era o nome da atual rua  Basílio Pinto. Funcionou no prédio, hoje sem utilidade, aonde, por muito tempo, funcionou uma clínica médica(ver foto). Chico Amorim agradece aos professores e estudantes que documentaram o seu cinema mas lamenta profundamente o descaso de alguns historiadores. Tem nada não, Chico Amorim, estamos aqui para isso! Para mostrar ao mundo inteiro o seu querido "13 de Maio". As suas lágrimas servirão para que a memória do seu Cinema que você tanto amou, seja preservada para todo o sempre! Ficarás feliz, agora?Então, um abraço de toda a equipe do blog.     Nas fotos: Chico Amorim e o prédio aonde funcionou o "13 de Maio"(arquivo do blog). As outros fotos que ilustram esta matéria foram retiradas da Internet.