O uso por parte de grande parcela da população das plantas medicinais, embora não exista um trabalho aprofundado sobre a sua eficácia no combate a diversos tipos de doenças, é uma realidade presente até os dias de hoje. São os raizeiros que mantem viva esta prática que, na verdade, é uma tradição secular. As raízes das plantas são bastante utilizadas no feitio de lambedores, chás e utilizadas de outras diversas formas. Falar em Fitoterapia(área que estuda a cura pelas plantas) não é papo para esses vendedores populares de cura para várias doenças. E, sem nunca terem estudado o assunto, deitam e rolam na hora de indicar remédios para diminuir o sofrimento de muitos. Os raizeiros já se tornaram almas vivas das ruas, dando aquele toque de enfeitamento, até de poesia, fazendo o combate da dura realidade que nos deixa sempre em constante preocupação. Em Quixadá, um Senhor desenvolve, com maestria, um papel importante na divulgação e manutenção dessa prática. Quem é ele? "Dedé Raizeiro"? "Sim, sim, não pergunte pelo meu nome, eu sou mesmo Dedé Raizeiro". "Eu sou o mais famoso raizeiro da cidade" diz, com tranquilidade. A banca, que ele considera milagrosa, é montada no centro da cidade, na Travessa Tiradentes, próximo a uma agencia bancária. Instigado pela reportagem, no sentido de informar algum resultado do produto que vende, o conhecido raizeiro afirma que muita gente volta para agradecer a suposta cura de seus males. Uma senhora, na faixa dos setenta, voltou a sentir, novamente, vontade de arranjar um namorado e conseguiu. "Milagre, foi o Dedé!" "Foi o Dedé Raizeiro!". Verdade? Mentira? Só provando deste remédio milagroso. Mas segundo o popular raizeiro, não há essa cura, é tudo psicológico, na verdade, um problema fisiológico. Entenderam?