segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

<>É HOJE! TÁ CHEGANDO O ANO NOVO! FELIZ 1940, AMIGOS!

 <>É hoje, daqui a pouquinho, vamos entrar no ano novo novo. Que seja bem vindo 1940. Que venha sob às bênçãos de Jesus, Maria e José. Adoramos a entrada do ano novo porque sempre vemos a nossa frente uma estrada florida por onde caminharemos rumo ao objetivo maior que é ser feliz. É certo que seguiremos nossos sonhos e novos tempos serão doces como mel. É, por fim, hora de recomeçar as conquistas. Hoje, último dia de 1939, me deu grande vontade de ir à rua, visitar meus amigos, comprar o que for possível, passear na charrete de alguns conhecidos e tudo o mais que for possível. Tive uma linda  noite de sonho com a Aninha, namorada do Jerônimo, da série radiofônica "Jerônimo, o Herói do Sertão", levado ao ar pela Rádio Nacional e que toda a família ouvia num velho rádio "Grundig". Depois do "Benção pai, benção mãe" e o pai-nosso para entregar o dia a Deus todo poderoso, fui gastar minha mocidade pela querida cidade. Não podia faltar o banho no açude do Cedro. Que linda felicidade era apanhar e comer, ali mesmo, gostosas mangas que apanhávamos aos montes pelo caminho. Peguei carona na bela carroça do senhor Júlio Carroceiro que me deixou na praça principal da cidade. E, então, comecei a caminhar pelas ruas de minha Quixadá tão querida. De calças curtas, via aquilo tudo com uma alegria indescritível. A barbearia do senhor Júlio apresentava um grande movimento mostrando, assim, que aquela gente queria entrar bem elegante o ano de 1940. Sempre gostei da rua do Prado e lá num restaurante que tinha o nome de Tirol, saboreei uma super panelada, preparada pela dona Diolinda. Ali perto, achava bonito as pessoas carregando latas d'água na cabeça que pegavam nos tanques localizados naquela rua.  Corri para o mercado porque tinha que comprar umas coisas para mamãe na bodega de Chagas Holanda que me tratava muito bem. Pediu que eu comprasse uns 2 quilos de carne no açougue de Zé Medonho. Caso faltasse, no ponto do Zé Laranjeiras não faltava de jeito nenhum. Passando pela praça da igreja matriz, ficava admirando aquelas pessoas com uma conversa bonita nos bancos da praça. Não me metia na conversa, pois tinha muito menos idade do que eles. Via Chico Correia segurando uma máquina fotográfica;  Paulo Holanda falando de gado, de viagens que fez por este mundão de meu Deus; Dário Alves Cidade, sempre muito inteligente, falava sobre o perfil do presidente Getúlio Vargas; José Maria Libório gastava sua alegria com todos que passavam. Ficava olhando aquela sua linda bicicleta, a mais linda desse mundo. Na passagem do prefeito José de Queiroz Pessoa que se dirigia ao lindo prédio da Prefeitura, todos o cumprimentavam e ele retribuía com muita fineza. Na mercearia do senhor Quinzinho, conheci dois jovens vereadores, Aziz Baquit e José Páscoa que me desejaram feliz ano novo. Morria de inveja daquela gente que tomava banho num banheiro público e dava vontade, mas o preço era salgado para mim. Mas, Deus, que a tudo vê e nos conforta, tornou possível o surgimento de uma grande amizade com um senhor mudo que enchia as caixas. Aí, quando o proprietário, Samuel de Oliveira, dava uma saidinha, eu, com pose de bacana, ia para o banho. As pessoas que me viam com aquela toalha, imaginavam que aquele rapazinho era do society da terra dos monólitos. Tinha que ser feliz neste último dia do ano de 1939. Sempre andando pela cidade, não sabia o que era cansaço, e como estava longe da hora do almoço, comprei pão ao senhor José Migalha. Pão mesmo, com gosto de pão, aquele cheirinho de coisa boa! Já tinha 16 anos e ia para a estação ver algumas lindas jovens no trem de passageiros. Naquele último dia, muita animação, alguns conhecidos meus vendendo tapiocas, doces, bananas, água, para os que chegavam ou partiam. Ficava morrendo de alegria quando os maquinistas eram os amigos de mamãe, como por exemplo, Chagas de Aquino e Antônio Mesquita. Como presente de entrada de ano novo, o Chagas deixou que eu entrasse na velha maria fumaça e parando para descer só depois da velha ponte do trem. Ninguém achou ruim, todos queriam bem uns aos outros, mesmo sem conhecer. Hora do almoço, rezei junto com os meus, um Pai-Nosso, antes e depois. Neste último dia do ano, resolvi não dormir no período da tarde, queria ver, participar daquela alegria, da esperança de todos num feliz novo ano.. Não demorou muito e chegou o período da noite e na boca dela, quer dizer, no começo, junto com meus pais e irmãos fomos assistir a novena de São João na residência da senhora Maria Bertoldo. depois, rumamos para acompanhar a santa missa celebrada pelo Padre Luís. À noite, na praça da igreja velha, muitas famílias, aqui da cidade e da zona rural. No Serviço de Alto-falantes Solon Magalhães, ouvia-se a voz de Carlos Galhardo cantando "Boas Festas" e as pessoas se abraçavam como se conhecessem há muito tempo. As pessoas que moravam na cidade e as poucas que vinham de fora, ficavam admirando a lapinha em frente a casa de Mestre Adolfo. Por toda a praça, banquinhas de vendas com bolos, tapiocas, aluá, diversos tipos de doces mas, o que mais gostava eram os pastéis e canudos preparado pela senhora Luísa Dantas Lopes, esposa de Adolfo.  Estava muito feliz, mas com um pouquinho de inveja dos rapazes que tinham um pouquinho mais idade do que eu, exatamente porque eles iam para um forró na rua da Matança e quem ia tocar era a orquestra do Zé Viana. Queria ir lá, dançar. Me acalmava, pois, daqui a dois anos, posso ir para onde quiser, já terei 18. Ás 21 horas, hora de voltar para casa e aguardar a chegada do novo ano. Ficamos todos na calçada da casa, parecendo ser dia, pois a lua iluminava aquele nosso lar feliz. No terreiro, as crianças com suas bonecas, os meninos com bola de meia e os adultos, falando de planos para o ano novo. De repente, um apito vindo da chaminé de uma fábrica avisava que  nascera o novo ano. Todos se abraçaram e até choravam e logo entrávamos para fazer uma rápida oração para nossos padroeiros, Jesus, Maria e José. Fui dormir feliz, pensando que logo em fevereiro, farei 17 anos. Já deitados, com muito sono, ainda ouvimos papai falar; "Vamos dormir sem medo e confiante porque o nosso galo não cantou fora de hora!". Apaguei o lampião de gás e desejei, rezando de joelhos, um feliz 1940 para todos. Feliz 1940, amigos!!!



A entrada do ano novo no passado era muito animado em Quixadá
muitos quixadaenses subiam até a pedra do cruzeiro para saudar o ano novo
O monumento ao trabalhador já foi muito visitado no passado da terra dos monólitos
O açougue de Laranjeiras tinha boa freguesia


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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

<>DE QUIXADÁ AO SEU TRABALHADOR<>



Monumento ao trabalho na terra dos monólitos
João Xavier de Holanda na sede da "AQL"-Ele é o quarto pela ordem
Imagem de arquivo(2012) da "AQL"-João Xaviera de Holanda é o sexto pela ordem
<>O Monumento ao trabalhador localizado na praça Jacinto de Sousa(praça da estação), foi inaugurado solenemente no dia 7 de setembro de 1922, para homenagear a passagem do primeiro centenário de emancipação política . A construção do monumento foi de iniciativa da Aliança Artística e Proletária de Quixadá, fundada em 19/06/1921, pioneira na organização da classe trabalhadora local, congregando todas as categorias profissionais da época, e tinha também uma finalidade sócio-cultural. Não se pode descrever o valor dessa grande obra feita unicamente por aquela conceituada agremiação operária com os recursos da terra adquirido aos tostões e alguns donativos oferecidos por admiradores da ideia, isto em número pequeno, e mais um auxílio de 1.000$000 concedido pelo estado. O trabalho artístico que desafiou a censura dos compatriotas, à época, foi fruto da imaginação de um humilde mas talentoso artista quixadaense, o Sr. Jacinto de Sousa que, em outro meio, sem dúvida, veria os seus esforços recompensados, seriam aproveitadas as suas reconhecidas aptidões na escultura. Executou a obra o artista da terra dos monólitos, Sr. Raimundo Franklin. O monumento foi feito em cimento armado representa um símbolo do trabalho, um ferreiro a malhar o ferro, em tamanho natural, sobre um pedestal de alvenaria de 5,30m. No monumento Vê-se:/ 1822- 1922 A pátria Independente. Aliança Artística e Proletária de Quixadá./ Na face posterior vê-se uma alegoria(tipo mulher) representando a liberdade e a justiça, tendo abaixo uma placa de bronze com a primeira quadra do célebre soneto "Ave Labor" da lavra do malogrado escritor político, dr. Inácio Moura, assim concedido: "É das mãos calejadas dos operários/Que a estátua do progresso há de surgir/Este século é o grande itinerário de um século de paz que ainda há de vir". Nas outras faces do monumento destacam-se, sob troféus de artes e ofícios, as seguintes legendas:"Animus, Amor et Labor"(Coragem, Amor e Trabalho); "Labor Omnia Vincit"(O Trabalho Vence Tudo); "Pax, Justitia et Labore"(Paz, Justiça e Trabalho). Na peanha da estátua, o lema "Dicus in Labore"(Honra ao Trabalho). A praça Jacinto de Sousa e o Monumento ao trabalhador encontram-se em completo abandono e deteriorados, mas o atual prefeito de Quixadá, dr, Francisco Martins de Mesquita, que é dinâmico e trabalhador, em breve estará restaurando aquele tradicional, histórico e bucólico logradouro, como vem fazendo com outros pontos históricos desta urbe.

<>Esta pesquisa histórica é de autoria do historiador e escritor João Xavier de Holanda, autor de diversos livros bem aceitos pelo público e crítica, membro da Academia Quixadaense de Letras. Foi publicado no "Jornal do Leitor", caderno do jornal "O Povo" em 5 de Dezembro de 1999(dia de domingo.

João Xavier de Holanda(o segundo, pela ordem)  quando homenageado pela Assembléia Estadual
<>Imagens retiradas da Internet

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CARMÉSIO BARRETO- O ETERNO PAPAI NOEL DO "CAPS" DE QUIXADÁ

Carmésio-o eterno Papai Noel do "CAPS"

Com os amigos Zé Alberto, Lucina e Irene
 <>Ele não morava no polo Norte e sim bem pertinho da gente, aqui na cidade que ele achava a mais bonita do mundo. Também não sobrevoava as casas da terra dos monólitos num trenó puxado por renas e nunca entrou numa chaminé de nenhuma residência. Mas, foi o bom velhinho mais bonito de todos, o mais simpático, o mais alegre e o mais querido. As crianças o abraçavam e diziam: "O Papai Noel do "CAPS" é o mais legal do mundo!" Durante muitos anos, Carmésio Barreto interpretou o velho Noel e foi a alegria das noites de Natal para funcionários, pacientes e amigos do "CAPS" de Quixadá. A ideia de transformar Carmésio no papel do bom velhinho foi de todos os funcionários, pois ele era, realmente, uma pessoa sempre alegre, carregado de bondade e de uma santa inocência tal qual uma criança. Dr. Carlos Magno, Dra Irene, Dr, Nestor, Welington, Martinha, Patrícia Pompeu, Luisa Nara, Irene Barros e toda a equipe o elegeram como o mais adequado para desempenhar o papel do amigo das crianças. E nos mês do Santo Natal cuidavam com muito carinho da caracterização do personagem. Podia ser na sede do "CAPS" ou em outros locais, aquele Papai Noel era a grande atração. Certa vez, na praça José de Barros, o assédio foi enorme com todos querendo sentar no colo do bom velhinho quixadaense e tirar fotos. Algumas crianças chegavam a pedir presentes e Carmésio atendia a todos com sua bondade característica. Carmésio Lopes Barreto, nome da pia batismal, filho do benfeitor quixadaense Percílio Barreto e Francisca Barreto. Nosso bom velhinho, irmão da poetisa Ritinha Barreto, do consagrado compositor e intérprete, José Barreto, e ainda do querido radialista Mon't Alverne Barreto, Lucina, Osmarina e Teresinha. Carmésio era uma pessoa que gostava de estar perto dos amigos e um dos mais constantes era João Eudes Costa que sempre quando se dirigia a Serra do Estevão, levava-o consigo, pois sabia que aqueles passeios o deixavam feliz. No caminho, João se impressionava com a sua inteligência mostrando saber muito sobre a natureza. Outro amigo constante era Célio Oliveira que o pegava em sua residência para acompanharem o terço dos homens. É preciso destacar o grande carinho que Padre Thomas devotava ao Carmésio. Ele assistia a missa, todos os dias, e perguntava muito sobre o significado da hóstia consagrada nas missas. Um dia, alguém, talvez com o objetivo de machucar Carmésio falou que esse negócio de bom velhinho não existe e ele respondeu, mansamente "Papai Noel sempre vai existir no mundo das crianças". Ao ouvir aquela explicação do bom homem, o abraçou e chorou como criança. Uma noite, os seus amigos do "CAPS" foram buscá-lo para mais uma vez, representar o bom velhinho e ficaram todos surpresos e preocupados quando ele falou "Amigos, Papai Noel vai embora, vai para o endereço do céu! Jesus está me esperando!" Era o dia 16 de Dezembro de 2010. Hoje, cidadão do infinito,o eterno Papai Noel do "CAPS", ali pertinho de jesus pede presentes para todos nós quixadaenses que é saúde, paz, alegria e uma cidade onde todos se reconheçam como irmãos. Amigo Carmésio, todos nós, sempre lembraremos de você, amigo!
Carmésio era muito querido por todos do "CAPS"

Com a grande amiga Rosicler

Carmésio se tornou um ídolo das crianças
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

VILANIR E SUA SANTA LAPINHA DEIXARAM SAUDADES NOS QUIXADAENSES





Os quixadenses não esquecem da lapinha montada na residência de Vilanir
Radialista Sinval Carlos e Eni recebiam todos com muito canarinho
<> Das lembranças que trago do Natal de nossa bela Quixadá, uma me causa profunda emoção. Me refiro, amigos, as lapinhas que eram montadas em muitas residências e todas nos davam aquela sensação de paz e de uma alegria contagiante pela espera da chegada daquele que sacrificou a vida por todos nós. Naqueles anos, tínhamos mais certeza de que realmente Jesus renasceria entre nós e penso que éramos gratos de verdade por tudo aquilo que recebemos de bom. Acho até que perdoávamos com um sentimento verdadeiramente cristão e creio com muita convicção de que a  amizade se fazia cristalina. Por tudo isso, sinto muita saudade da lapinha e dos outros símbolos do Natal. Assistia as missas, os cultos dos meus amigos evangélicos, passeava nas praças, me divertia no parque do senhor Pedro, ia ao Cine Yara para ver filmes bíblicos, mas a visita a residência da inesquecível amiga Vilanir era quase como uma obrigação. Ela montava com tanto carinho aquilo tudo e muitos quixadaenses ali compareciam para uma meditação bem sincera.  Crianças, jovens, adultos, ali se diziam presentes para ver aquela criança nascida num ambiente tão simples, tão sem conforto. Estudantes ao terminarem as aulas, ali se diziam presentes e meditavam respeitosamente. Vilanir, sua irmã Enir e o radialista Sinval Carlos recebiam a todos com muita ternura. Vilanir, sempre muito gentil,servia um licor que parecia ter vindo do céu e explicava, pacientemente, o significado do Natal. Hoje, cheio de tristeza, confesso que parece que o Natal está fora de mim e isso me incomoda muito. Nessas horas de tamanha aflição, aparece tal qual anjos, meus amigos da minha igreja católica e meus vizinhos queridos que são evangélicos e com muita ternura me falam: "Amigo Amadeu, o Natal vive em cada pessoa de boa vontade!". O nosso Natal não vive de glamour, de ricos presentes, de jantares em sofisticados restaurantes, de risos sem risos, de abraços sem abraços,  mas vendo em cada semelhante a imagem e semelhança de Jesus. Amiga Vilanir, receba aí no céu, um recado de gratidão dos quixadaenses pelo espírito natalino que tornaste possível com sua santa lapinha, a mais linda que meus olhos já viram. O Natal será sempre um fraterno sentimento que há de nutrir o mundo. Não esqueça de Jesus! Talvez você não se dê conta, mas ele pode estar aí ao teu lado.  

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

ZÉ DA BANCA- UM TRABALHADOR DE RUA QUE MERECE NOSSOS APLAUSOS

Zé da Banca-trabalhador de rua que merece nossos aplausos
<>Numa dessas manhãs do mês do nascimento do Menino Jesus, passando pela praça José de Barros, como faço ,praticamente, em todos os dias, sempre vejo na calçada da agência do Banco do Nordeste, um Senhor com jeito de gente boa, chapéu à moda Jackson do Pandeiro,  camisa aberta para suavizar um pouco o forte calor. Chama nossa atenção o fato de estar sempre a sorrir como se a vida fosse uma eterna folia. Parei do outro lado da calçada e pensei em escrever algo sobre ele, mas quase desistia da ideia, pois o fato de um homem manter uma banquinha de vendas nas proximidades de um banco pode, sim, ser notícia de um jornal, mas, jamais ser considerado um texto literário. Aprendi com o craque da Língua Portuguesa, meu inesquecível amigo, Eduardo Bananeira, que me falou que nem tudo que se escreve é Literatura. Acontece, amigos, que aquele trabalhador de rua me provocava uma estranha inspiração. Senti aquela vontade de contar nem que fosse um tiquinho de sua trajetória, de sua vida. Poderia ,sim, ser motivo para uma criação literária, afinal, via nele alguma misteriosa poesia. Então, já perto do meio dia, com aquele sol quente que só Quixadá tem e que parecia rir da minha impaciência, me aproximei com jeitinho de quem não quer nada, mas querendo. Queria saber um pouco sobre ele e repassar para meus amigos. Para criar um ambiente daqueles próprios dos velhos amigos, tomei um cafezinho e que cafezinho! Não falei que ali tinha algo diferente! Até me lembrei do sabor do café preparado por aquela que foi a rainha desta bebida tão apreciada por todos nós, a Rosa Gorda, que tomava ,menino, na sua banca ali perto da velha estação ferroviária. E fui anotando num velho caderno Avante que levo sempre comigo desde os tempos em que estudava com a professora Neusa Jataí. Seu nome, José Pereira da Silva, mas o conhecem como Zé da Banca, o original, diz e com pose de bom vendedor. Tão vendo como é motivo para um texto literário? Só esta apresentação tem muita beleza estética, não é gente? Nos informou que só(Só, que legal isso!) tem 22 anos no mesmo local e faltar não é com ele, seja no inverno ou no verão. Afirma que sempre foi bem tratado pelos gerentes e por toda a equipe do banco e cada cliente se torna um amigo. Veio de Ibaretama para Quixadá já com cinquenta e poucos anos, pois trabalhar na agricultura não estava dando para ganhar o necessário para o sustento. Sempre muito organizado, pagando tudo direitinho, como faz questão de afirmar, conseguiu sua aposentadoria. Tremendo os lábios de emoção nos fala que aquela banquinha tem um significado todo especial, pois muito o ajudou nas despesas da casa. Como quase todo trabalhador de rua, tem suas tiradas filosóficas, não grega, mas filosofia quixadaense pura e dispara como um Platão sertanejo: "O problema aqui não é dinheiro, mas a falta dele". Creio que meus amigos, sempre generosos com meus textos, hão de considerar estas mal traçadas linhas como um texto literário. Missão cumprida e feliz por ter destacado um pouco desta pessoa de tanto valor, que sai cedinho de casa e busca o sustento de forma honesta. Mas, confesso, estar um pouquinho triste pelo fato de ter demorado tanto tempo para perceber o imenso valor desta gente humilde. Mas, nunca é tarde para aprendermos a valorizar muito mais estes seres humanos que merecem nossos aplausos. Zé da Banca, meu amigo, nosso amigo, você é uma pessoa de grande valor!Gostamos muito de você!
Zé da Banca trabalha há 22 anos na calçada do BNB

Ele conquistou os funcionário do Banco do Nordeste e uma grande clientela

Faça sol ou faça chuva lá está ele no trabalho 
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

<>SOLDADOS DE JESUS, MARCHEMOS SOBRE À CRUZ COM SÃO JOSÉ E MARIA<>






Imagem antiga da pedra do Cruzeiro ainda sem as antenas

O símbolo da fé dos quixadaenses foi recuperado
 <>Causou profunda alegria aos quixadaenses, em especial, os de mais idade, a recuperação do cruzeiro que simboliza a fé do povo quixadaense. Foi o mecânico Adolfo Lopes, cego, que preparou as peças de madeira para serem transportadas até o local onde o cruzeiro seria instalado. Padre Luis, que assumiu a paróquia da terra dos monólitos em 17.01.1932(século passado) foi o grande responsável para a realização deste desejo dos católitos e ele atendeu, na verdade, a um pedido dos frades franciscanos que estiveram em Quixadá, em 1933. E ,debaixo de muita chuva, os fiéis subiram a pedra cantando o Hino da Sagrada Família para a celebração da inauguração. Foi no distante 24 de junho de 1934(século passado) e esta ação do poder público se fazia necessária, pois aquele símbolo estava praticamente destruído. Tô saindo um pouco do celular e estou aqui no quintal da casa olhando o majestoso monólito e imagino toda aquela gente, debaixo de muita chuva, achando que estava mais mais perto do céu e pareço ver mamãe e a Tia Baviera, cantando, como os demais: "Soldados de Jesus, Marchemos sobre à cruz, com São José e Maria".

<>As imagens atuais foram uma cortesia dos amigos Geybson Costa e Alexandre Silva e as demais foram retiradas da Internet


O símbolo de fé estava praticamente destruído
O mecânico Cego Adolfo Lopes confeccionou as peças de madeira
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domingo, 8 de dezembro de 2019

<>A TERRA DOS MONÓLITOS JÁ FOI A CAPITAL DO CINEMA(por alguns dias)

<>  Durante as mostras de Cinema, cujo ápice foram nos anos 90(século passado), a terra dos monólitos foi destaque na mídia e jornais, redes de televisão, rádio, faziam a cobertura do evento. O Brasil acompanhava com interesse as novidades da sétima arte. Quixadá fervilhava de eventos culturais.                               








<>Imagens retirada da Internet de jornais da época

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

BENTO PEREIRA FILHO- UM QUIXADAENSE QUE DEU GRANDE CONTRIBUIÇÃO A SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ.

Bento Pereira-Uma vida dedicada a servir ao próximo
<>Ele é quixadaense como eu, como você. Assim como muitos filhos da terra dos monólitos, iniciou sua vida escolar com a professora Neusa Jataí e frequentou os bancos escolares do icônico Ginásio Waldemar Alcântara. Ser bombeiro foi sempre um sonho de criança e um caminhão bombeiro de brinquedo foi companheiro inseparável naqueles anos verdes. Que maravilha seria participar de combates aos incêndios, salvar vidas? Sempre pensava assim.  Bento Pereira Filho ao chegar na adolescência, sabia que precisava ir morar em Fortaleza e estudar com muito empenho. No ano de 1958, aconteceu o processo de mudança para a capital, passando a residir na residência do irmão Nenzinho, bem no centro da cidade grande. Sempre muito esforçado e dedicado à aprender, estudou no Colégio Agapito dos Santos e concluiu o segundo grau no Liceu do Ceará. Com muita disciplina, estudando com  seriedade, iniciou sua vida profissional no ano de 1964, realizando o sonho e a maior vaidade de sua vida ,como faz questão de relatar, que é integrar o Corpo de Bombeiros. Foi a realização de uma experiência de vida, através de grandes realizações, frente uma equipe formada por vários comandos de profissionais, galgando momentos felizes da profissão que tanto ama. Bento Pereira se especializou no Rio de Janeiro em 1970, no Quartel Central do Corpo de Bombeiros em salvamento aquático em aeronaves, sempre recebendo o reconhecimento de professores e colegas pela determinação de sempre aprender. Sério,  competente e sempre procurando evoluir, teve destacada atuação no Corpo de Bombeiros e na Polícia Militar. Foram 30 anos de sacrifícios, coragem e vontade de servir ao próximo. Com certeza, proporcionar mais segurança as pessoas é o principal sentimento que movem os bombeiros. Foi agraciado com inúmeros elogios como, por exemplo, Diploma de honra ao mérito expedido pela Assembléia Legislativa e a Polícia Militar do Estado do Ceará, Curso de formação patrimonial, entre outros. Se aposentou como Capitão da Polícia Militar do Estado do Ceará. Ainda jovem casou, pai amoroso de três filhos dos quais tem muito orgulho: Cel, Carlos Meireles Passos Neto, Cel. Julio Cesar Passos Pereira e Carlos Henrique Passos pereira, profissional na área de Turismo. Em sua caminhada, jamais esqueceu as origens quixadaenses e faz parte da AFAQ(Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá). Da vida, sempre espera saúde, esperança e o sonho permanente de dias melhores para à família e os amigos. Sempre que pode vem rever sua cidade, caminhar pelos lugares que brincou nos jovens anos, rever tanta gente querida. E como sempre fala para os amigos, o amor pela terra dos monólitos não tem distância. Bento Pereira é um presente de Deus para os amigos que tanto lhe admiram e querem bem.
Aposentado, lembra das lutas e conquistas

O amor à Quixadá não tem distância


Bento foi presidente e vice em três oportunidades da "AFAQ"
O cavalheirismo é uma de suas marcas

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

LUIZ PIPOQUEIRO - NUMA VIDA SIMPLES, O MODELO DE FÉ NO TRABALHO, NA FAMÍLIA E NOS AMIGOS

Luiz e seu amado carrinho de pipoca
<>Das doces lembranças que guardamos da infância uma das mais presentes é a imagem daquele carrinho de pipoca que olhávamos arregalados escutando o barulhinho de milho estourando. Naqueles verdes anos sempre nos esbaldávamos de brincar de bolas de meia, piões, baleeiras, amarelinha, esconde-esconde, petecas, mas sem a presença do carrinho de pipoca era uma infância sem poesia. Felizmente, alguns guerreiros resistem e mantém viva esta tradição e encantam as crianças de hoje. Podemos encontrá-los, em pequeno número, é verdade, nas praças da Catedral, José de Barros e em outros locais da cidade. Dentre esses heróis da resistência, podemos destacar o simpático vendedor ambulante Luís Pinto Bezerra, chamado por todos, em especial pelas crianças, de Luís Pipoqueiro e que desde 1981 exerce com orgulho e alegria  este honroso trabalho. Foi uma opção que   encontrou para ter sua renda e cuidar de sua querida família. Sabia que a pipoca tem admiradores em muitos lugares como nas praças, cinema, parques de diversões, eventos esportivos e religiosos. Com o dinheiro que havia recebido dos trabalhos executados anteriormente comprou o tão sonhado  carrinho ao senhor Paulo Afonso. A primeira panela(o pipoqueiro nunca esquece) foi comprada no comércio do senhor Eliezer Firmino e os outros produtos como bombons, saquinhos, foram adquiridos no Novinho e na dona Judite. Todos esses detalhes são contados por Luís com muita emoção, afinal, ser pipoqueiro é a grande paixão de sua vida. Jamais esqueceu o primeiro dia de trabalho e depois da oração da tardinha, partiu rumo a praça da Catedral, onde já trabalhavam há algum tempo, o professor de todos os pipoqueiros, senhor Juvenal, de quem se tornaria grande amigo e Seu Zé do Alto e Pedrinho. Faz questão de lembrar o fato de que quando as vendas eram maiores e algum produto chegasse a faltar em algum de nossos carrinhos, nos ajudávamos e socorríamos uns aos outros. Antes de exercer o atual trabalho, ali pelos anos anos 70(século passado), trabalhou durante algum tempo em Fortaleza no Canecão e , claro, ganhou bastante experiência tornando possível trabalhar em diversas atividades. A partir de 1974, passou a trabalhar no Posto Bandeirantes e lá permanecendo por cinco anos. Tornou-se um funcionário da confiança de Sebastião Holanda Pinto e garante ter encontrado não apenas um patrão, mas um amigo que nunca lhe faltou quando dele precisou. Tanto é verdade que lembra ter recebido com tristeza a notícia do falecimento do conhecido empreendedor quixadaense que aconteceu em 16.03.1988. Depois, foi trabalhar na borracharia do seu irmão Chico Pinto, um irmão muito querido e que sempre lhe deu forças para enfrentar a difícil rotina que é próprio das famílias simples. Os natais em Quixadá naqueles anos 80, eram muitos divertidos e Luís montava neste período a sua barraca, próximo ao parque do seu Pedro, o inesquecível Parque Brasil. Nos dias atuais, é possível encontrá-lo com mais frequência na praça José de Barros e sua presença é uma alegria para as crianças e os de mais idade, pois seu carrinho transmite uma linda paz e por algum tempo, todos parecerem voltar aos belos dias da infância. Sabemos que um homem não pode edificar seu trabalho e sua vida estando sozinho e por isso mesmo, Deus presenteou Luiz com uma verdadeira deusa e que sempre lhe deu apoio incondicional em todos os seus momentos. Conheceu Raimunda Maria quando ainda trabalhava no Posto Bandeirantes e ela num hotel bem próximo, e no primeiro momento que se conheceram surgiu um enorme desejo de que acontecesse um namoro. O casamento aconteceu em 28 de maio de 1975 com as bênçãos do Padre Orlando e desta união nasceram as filhas Cosma e Damiana que encontram nos seus queridos pais o porto seguro de que tanto precisam para enfrentarem esta vida que, como falou o poeta, não é brincadeira não. Luiz Pipoqueiro é um homem de muita fé e desde 2010 participa do terço dos homens e sempre estar a lembrar que a presença do homem na igreja é imprescindível para a formação de famílias cristãs. Com tanta gente mergulhada na falta de coragem para enfrentar os desafios da vida, história bonita como a de Luiz inspira e dar esperanças e, com certeza, levanta a auto-estima das pessoas que estão sem trabalho, mostrando que se pode enfrentar os desafios da vida em qualquer idade. Leva demais, à sério, o seu trabalho e tem um zelo todo especial com o seu material de trabalho e eu mesmo pude constatar que seu carrinho está sempre imaculadamente bem limpinho, as panelas bem lavadas e por fim, todo o equipamento do trabalho.  Luiz pediu que publicasse nesta sua história, um pedido que ele pretende fazer: "Nunca desanimem da vida, tenham fé, todo trabalho é digno e há um Pai fiel que não nos abandona". Que bonito é,  que inspiradora é a vida deste trabalhador que é um pai amoroso, um amigo verdadeiro, um exemplo de cidadão que fascina pelos belos exemplos. Ver Luiz passar com seu carrinho é lembrar com ternura, pedaços de nossa infância e ter de volta aqueles verdes anos quando guardávamos moedas no cofrinho e corríamos felizes para comprar um saquinho de pipoca.
Luiz tem orgulho de sua profissão

Luiz com a esposa Raimunda Maria e a filha Damiana

Luiz tem em Dom Adélio um grande conselheiro

Com o irmão Chico Pinto

Anos 70- trabalhando no posto Bandeirantes
O pai Antônio Joaquim Bezerra

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

FRANCISCO ROSA ALBUQUERQUE-SÍMBOLO DE DIGNIDADE, SERENIDADE E HONRADEZ-ELE FOI UM DOS PIONEIROS NA COLETA DE EXAMES BIOLÓGICOS NA TERRA DOS MONÓLITOS

Chico Rosa e Fátima-uma encantadora história de amor
Momentos com a querida família
<>Ele fez daqueles dias tristes de seus familiares, colegas de trabalho e amigos, os mais bonitos e felizes e deixou motivos para todos sorrirem. Ele foi(e é), o motivo maior do sorriso sempre presente na família que tanto amou e lutou feito um guerreiro para que nada faltasse a essas pessoas que eram as suas pedras preciosas. Francisco Rosa Albuquerque eternizou sua presença entre nós por muitos motivos, em especial, por nos ter mostrado o grande valor de amar e ser amado. Com certeza, Deus o escolheu para iluminar nossas vidas com sua doce presença, estivesse em casa, no trabalho ou com os amigos. Sempre levou muito à sério,suas atividades profissionais, pois tinha plena consciência de que o trabalho sempre foi um dos degraus para a plenitude na vida de todos. Atuou durante muitos anos como Laboratorista em Análises Clínicas, sendo um dos pioneiros na coleta de materiais biológicos para exames na terra dos monólitos. Francisco Rosa ganhou a confiança dos médicos e de todo o pessoal da área médica e, em especial, dos pacientes pois realizava com profissionalismo os exames que lhes eram solicitados e sempre seguindo todas as exigências legais necessárias. Começou a desenvolver suas atividades na fundação "SESP", ali permanecendo por vários anos. Sempre correto no desempenho de sua atividade profissional, foi convidado a trabalhar na Clínica Rui Maia ao lado de médicos que viriam a se tornar grandes amigos como Dr. Arlindo, Dr. Antônio Magalhães, Dr. Ítalo,  Dr. Raimundo Amorim e Dra. Iris. Foram seus colegas de trabalho, Humberto Queiroz, Graça, Narciso, Kaká, Maria, Loyola, dentre outros. Em meados dos anos 70, fez surgir o Laboratório Quixadá que viria a se tornar uma referência em todo o sertão central. Se faz necessário afirmar que para se obter  os conhecimentos  necessários no exercício de tão nobre missão, Chico Rosa, como era carinhosamente conhecido na terra dos monólitos, obteve a sua capacitação profissional num curso realizado no estado do Pará. Extremamente organizado e tratando os pacientes e colegas de profissão sempre com muito carinho, em pouco tempo, conquistou o respeito e o carinho de todos. Detentor de um valor inestimável que é a solidariedade, jamais deixou de atender algum paciente que não estivesse em condições de pagar. Sempre estava a lembrar que não podíamos ficar indiferentes ao sofrimento das pessoas que estavam a necessitar de nosso socorro. Todos que o conheceram afirmam que ele sempre trabalhou com muito afinco na busca de atingir seus objetivos profissionais. Deus que a tudo vê e conforta os seres humanos sabia da necessidade da presença de uma verdadeira companheira, uma mulher de virtudes incontáveis na vida do jovem batalhador com quem sempre pudesse contar em todos os momentos, fosse na alegria ou na tristeza. Maria de Fátima Bezerra Albuquerque foi a mulher de sua mocidade, da vida adulta e de toda a eternidade enquanto durou uma das mais belas histórias de amor.  Existem pessoas que demoram muito a vir gostar de alguém, mas no caso de Francisco Rosa e Fátima uma grande paixão se apossou de ambos de uma forma bastante rápida. Na verdade, houve um encantamento naquele primeiro encontro que incendiou o coração daqueles jovens. Com certeza, já naquele encontro que aconteceu num ambiente de trabalho, os dois perceberam ter encontrado o amor de suas vidas. O Natal é o momento mais inspirador do ano e foi exatamente nesta santa noite do ano de 1967 que começou, verdadeiramente, um grande amor entre dois jovens. Naqueles verdes anos, os enamorados frequentavam os bailes de formatura, passeios nos parques de diversões e nas noites de luar, aquele bom e gostoso namoro antigo com promessas de amor. Naquele Quixadá cheio de muita paz, as noites de junho tornavam a cidade mais bonita e muitas fogueiras iluminando os belos monólitos e aqueles jovens trocando juras de amor e dando vivas aos santos joaninos: João, Pedro e Antônio. Bom lembrar que nas décadas passadas, os enamorados precisam da permissão dos pais para Namorarem e assim, tinha sempre por perto a vigilância de alguém da família. O Cine Yara, inesquecível cinema de rua, se tornou ponto de encontro dos apaixonados, mas a garota sempre se fazia acompanhada de algum familiar ou pessoa responsável. Foram exatamente um ano e mais um dia de namoro. E chegou o dia do casamento, o tão sonhado momento! Sob às bençãos do Padre José Dourado, na Catedral lotada de familiares, amigos e colegas de trabalho, Francisco Rosa e Fátima foram declarados marido e mulher. Desta abençoada união nasceram os filhos Ítala, Rosa Junior, Ítalo Robert, Jansen e João Paulo que se tornaram os seus principais motivos de viver. Nosso estimado amigo Chico Rosa participava de outras atividades em Quixadá, como por exemplo, fazer parte de diretorias de clubes sociais e esportivos e foi um grande colaborador da justiça local, atuando no juizado de menores. Depois da família,, sua grande alegria eram os incontáveis amigos, entre os quais podemos destacar, Tavares, Ribamar Lima, Sinval Carlos, Dioclécio, Alceu, Helder Cortês, Dr. Paulo  e era ainda ainda muito querido pelos profissionais da área médica. Algumas vezes, se transformava num seresteiro e emprestava sua bela voz a lua que ria muito daquilo tudo. E acompanhado pelo plangente violão do Armando da Brasilia, fazia suspirar os belos monólitos cantando os versos de Paulo Vanzolini,  "De noite eu rondo a cidade a te procurar, sem encontrar... Nesta vida existem pessoas maravilhosas, quem sabe, são anjos enviados por Deus para enriquecer nossas vidas. O que sabemos ,verdadeiramente, é que Francisco Rosa foi  um pai amoroso, esposo amantíssimo de sua querida Fátima,  profissional correto e verdadeiro amigo que se dizia presente até nas horas incertas das pessoas de sua convivência. Foi um ser humano maravilhoso, mas sabemos que tudo na vida tem um tempo e o do nosso querido amigo foi muito curto. No dia 26 de novembro de 2005, Francisco Rosa Albuquerque partiu para o mundo maior, onde se encontra a mansão dos justos, pertinho do grande arquiteto do universo que o deve ter acolhido de braços abertos. Te pedimos que lá do céu, com toda a sua bondade, seu espírito elevado, nos guie, olhe para todos nós, família e amigos que jamais te esquecerão. Fostes símbolo de dignidade, serenidade e honradez.

Colegas de trabalho na Clínica Rui Maia:Socorro, Maria e Kaká
Estar sempre junto à família foi sua maior alegria
Imagem da família Albuquerque

Tavares, Fátima e Chico Rosa
O casal sempre estava junto aos amigos

Chico Rosa com os amigos Sinval Carlos e Raimundo Costa
Imagem do tão sonhado casamento