terça-feira, 27 de dezembro de 2022

<>MEU QUERIDO QUIXADÁ - AUTOR: CEGO ADERALDO - 1962

        <>   Em ti, lindo Quixadá

          O meu tempo de menino

         Revive como rebenta

         O som de um violino,

         Nos teus encantos tracei

         Os lances do meu destino


<>    Teu encanto natural

         Bem fundo em meu peito toca,

         Como no verso, o poeta, 

         Como no índio, a maloca, 

        Como em seu ninho de pedra

        Descansa a "galinha choca"


   <>O velho açude do cedro

        Empolga a nossa visão,

        Faz reviver um passado

        Dos anos que longe vão,

        Teus campos de lindas flores

        Encantam meu coração


    <>És a noiva adormecida 

         Ouvindo de Deus a voz;

         O vento sopra nas árvores

          No seu ímpeto feroz,

          Nas discrições engenhosas

          Que fez Rachel de Queiroz


     <>Hoje eu atravesso as ruas

          Com o teu povo diligente,

          Percorro ponto por ponto

          Ao Leste, o Norte, o Poente

          Aonde um dia eu cantei

          O meu primeiro repente


      <>Falavam do grande médico

          O dr. Dr. Drário Barreira,

          Dr. Jáder de Carvalho

          Romancista de primeira

          Dr. Roberto Queiroz

          Juiz de linha certeira


    <>Claudiano Alves Cidade

         Que gosta de conversar

          Chicos - Segundo e Terceiro

          Que honram bem este lugar

          José Baquit - o prefeito

          O maior do Quixadá


      <>O senhor João Eudes Costa

          Jovem distinto e de bem

          É do Banco do Brasil

          Melhor que ele não tem

          Maurício Holanda - o espírita

          Que conversa com o além...


     <>Pedro Júlio, o delegado  

         Sempre firme e atuante

         Adolfo Lopes que é cego

        Porém, vê muito distante,

        Lalu que é relojoeiro

        E também comerciante.


   <>És a noiva mitológica,

       Da terra de Santa Cruz

       Teu panteon representa

       Um mjato de fina luz

        Que a cada um teu visitante

        Na mesma hora seduz


    <>O cruzeiro sobre o monte

         Encantando as alvoradas;

         "Laranjeiras; verde-choro"

         Maravilhas consagradas,

         Fazem parelha constante

         Com as grutas encantadas.


   <>Toda a grandeza que tens

        Não cabe em minha memória

         Mas eu consagrei a ti

         A visão da minha glória

         Meu português é pequeno 

         Para contar a tua história

        

<>Créditos: Rosemberg Cariry - Cego Aderaldo - O homem, o poeta e o mito




 

          

      

         



        

        

             

    

                 

         

domingo, 25 de dezembro de 2022

<>JOSÉ MARIA LIBÓRIO DIVERTIA A JUVENTUDE QUIXADAENSE<> MATÉRIA DE AUTORIA DA PROFESSORA VALDA ALVES

Libório divertia a juventude quixadaense

<><><>Ele é motivo de lembranças de antigos e bons tempos na vida dos quixadaenses. Nasceu em 1922.Filho de um Agente Ferroviário e também comerciante,sr.Alencar. <><><>Quando o pai aposentou.se foi a ele a quem coube assumir a mercearia que era chamada "a bodega do seu ALENCAR". Casou-se com Fransquinha e construiu uma linda família com três filhos: Airton, Jorge e Meyrinha.
<><><> Mas, foi como diretor social do BALNEARIO CEDRO CLUB E logo em seguida do COMERCIAL CLUB que ele encontrou seu talento: trazer alegria para a juventude do município. E lá estava ele todo entusiasmado promovendo festas em matinais e vesperais aos sábados e domingos com concursos de voz, de dança e ainda São João com belas quadrilhas, etc. E a turma gostava prá valer quando ele anunciava suas atrações para os finais de semana.Deixo aqui por conta dos leitores conterrâneos e tenho certeza que são várias as lembranças a destacar naqueles eventos.
<><><>Ele circulava pela cidade em sua bicicleta transporte preferido e ficou famoso lá vem seu "Zé Maria" gritava a moçada.Ele realmente revelou.se como um bom apresentador nos eventos dos referidos clubes que era a única opção de
divertimento da época.
Se Deus nos criou para sermos felizes ele contribuiu muito na área que abraçou e cumpriu m.bem sua missão
Valda Alves é professora de História 



 

<>AO MESTRE COM CARINHO - PROFESSOR PERI <> TEXTO DE AUTORIA DO PROFESSOR ANTÔNIO MARTINS

Professor Pery deixou saudade nos amigos e alunos

O professor Antônio Martins é imortal da Academia Quixadaense de Letras - AQL


<><><>O tradicional Calendário Cristão da Igreja Católica e Apostólica Romana que deu origem, ao compêndio intitulado de Um Santo Para Cada Dia, marcava as comemorações alusivas à Santa Luzia, mártir do início do século IV, cujas celebrações universais acontecem, anualmente, todo dia 13 de dezembro. E era noite, quando recebi notícias acerca do estado de saúde de um amigo e ex-professor. Na manhã do dia seguinte, a Terra dos Monólitos¹ chorava a partida de um de seus benfeitores. O dia 14 de dezembro de 2022, mal amanhecera e a notícia já circulara nos meios de comunicações, nas redes sociais e no boca-a-boca² da urbe, lançando sobre a população de Quixadá um lúgubre véu, com a malfadada notícia da morte do provecto professor Peri.
<><><>Nascido em Mombaça – Ceará aos 23 de abril de 1944, filho de Araão Belizário de Sousa e de Josefa Marques Benevides, recebeu na pia batismal o nome de José Peri Araújo Sousa. Ainda párvulo e até a adolescência costumava vir para Quixadá, com frequência, na companhia de seu genitor, que era funcionário da Secretaria da Fazenda e fora transferido para o escritório local. Aqui, por entre os monólitos quixadaenses, o jovem costumava passar férias entre amigos, e com mais frequência na casa do tio José Belizário.
<><><>No início da década de 1970, ingressou no magistério público do estado do Ceará como professor de Língua Inglesa, no tradicional Colégio Estadual Coronel Virgílio Távora, em Quixadá, onde exerceu a cátedra da docência por 30 anos, tendo ocupado na mesma instituição a função de diretor de turno.
<><><>A trama divina entrelaçou a vida do novo citadino ao seu primeiro amor. Foi, aqui, na acrópole do sertão central, que Peri conheceu e desposou a jovem Maria de Fátima Lopes Sousa, filha do mestre Adolfo e de dona Luísa, de cujo enlace matrimonial nasceram os filhos Araão, Maria Teresa, Francisco José e Pedro Paulo.
<><><>Apesar de ingressar na educação, ainda, sob a batuta da escola tradicional, não confundia o rigor acadêmico com o trato humano. Suas posições firmes se fizeram necessárias pela cultura da época, todavia, sempre logrou respeito, carinho e atenção de alunos, familiares, Comunidade Escolar e da sociedade local. Nutria especial obstinação pela leitura, daí, a estratégia de estimular os educandos a se aventurarem nos livros, objetivando a formação geral e cidadã dos discípulos.
<><><>Peri, durante a trajetória acadêmica, participou de organizações e lutas do Movimento Estudantil do Ceará, quando aluno secundarista em Fortaleza. Com a Lei da Anistia Política, em 1979, o povo brasileiro lutava, buscando a redemocratização do Brasil e a restauração da democracia. Neste contexto, Na década de 1980, o mestre assumiu o cargo de Delegado da APEOC – atual (Sindicato dos Servidores Públicos de Educação e Cultura do Estado do Ceará), sucursal do sertão central, cujo trabalho desafiador, (em parte tendo uma bicicleta como meio de transporte e o ônibus para percorrer cidades do entorno), trouxe conquistas para a categoria, apesar de perseguições políticas, próprias do antigo regime e de preconceitos por sua atuação em lutas e organização sindical. Por vezes, tomou posições firmes e aderiu a greves para ter direitos assegurados e garantias respeitadas. Esta atitude favoreceu o fortalecimento do ensino público, melhorias das condições de trabalho, dignidade para os servidores e cumprimento de políticas públicas educacionais e trabalhistas.
<><><>Na urbe quixadaense, cercanias e região, amealhou amizades nos diversos níveis e espaços sociais, transitando entre diferentes, sem, contudo, usar da posição de destaque para projeção pessoal e familiar. Nunca se deixou contaminar pelas ideologias, que ceifavam as relações e amizades saudáveis.
<><><>Era um entusiasta, um grande sonhador! Mas precisou superar, desde a infância, preconceitos, dentre eles o fato de perder o antebraço e metade do braço direito, em acidente automobilístico. Como se não bastasse, depois de aposentado, demonstrando, ainda, vigor físico, foi acometido por diabetes e em consequência desta, perdeu a visão. Entretanto, conforme explica a psicologia do comportamento humana, a ausência de órgão dos sentidos ou limitações de membros, levam o homem a superar e a desenvolver habilidades, que venham a compensar perdas e ausências destes. E isso ficou registrado, na vida do menino que cresceu, viveu intensamente a juventude, maturidade e envelheceu, ao lado dos seus, com qualidade de vida, sabedoria, cultura e conhecimentos alargados. Conforme os dias se passavam, o mestre se nutria mais e mais da fé cristã. E em certo reencontro, por ocasião de seu passeio matutino na Praça Coronel Nanã, de frente à sua residência, Ele me disse: “Deus restaurou a visão de Santa Luzia, realizando o milagre da cura, pela fé. E o Deus a quem Eu sirvo, hoje, estreitou minha visão física para alagar a visão espiritual. Hoje, estou em paz, estou com Deus!” Confesso que a lição de meu ex-professor, se tornou luz para minha vida. “E quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça!” - Bíblia Sagada: (Lc 8,8).
<><><>Diante do que testemunhei, conheci e relatei acerca do bem feitor, rogo a Deus, que Eu seja, verdadeiramente, testemunha fiel para deixar registrado, um pouco do muito que este ser humano e profissional fez por Quixadá. E desejo, que a terra à qual Ele escolheu, amou e se dedicou por toda a vida, tenha a decência de não esquecê-lo no varal dos indigentes, tampouco nos anais da história largada e empoeirada. E digo isso, não porque os indigentes não mereçam respeito, mas pela condição restritiva de mantê-los no claustro do esquecimento. Rogo, que meu ex-professor, seja presença viva pelo exemplo, docência, decência e legado. E quanto a mim, neste momento, valho-me de ferramentas, que Ele me ensinou, enquanto mestre, para escrever esta crônica e deixar registrado seu legado, meus sentimentos de respeito, gratidão e pesar aos familiares, parentes e amigos, desejando que a pátria celeste, seja mais mãe e menos madrasta do que foi a terrena.
<><><>Segue em paz e busca sempre o Cristo e a luz, meu mestre


 

<>ORLEANS - O REI DA PEIXADA NA TERRA DOS MONÓLITOS - MATÉRIA DE AUTORIA DA PROFESSORA VALDA ALVES

Orlenas, o rei da peixada na terra dos monólitos 

<><><><>Ele é uma pessoa simples, porém, nos oferece com a sua forma de encarar a vida, um grande recado de persistência e força. Ele tem 80 anos, tendo nascido em Banabuiú, mas desde os 8 anos sua família reside em Quixadá. Casado com Antônia Pereira formou uma família numerosa com 8 filhos. Em 1983, instalou lá no caminho do açude do Cedro um bar, bem simples e somente ele tocava prá frente com bebidas e tira-gostos. Logo que se tornaram adultos, os filhos somaram em ajuda e ele transformou o bar em restaurante. Sempre foi um ambiente familiar e inicialmente promovia serestas nas datas festivas e especiais. Depois firmou a ideia do restaurante somente com peixada. As famílias prestigiaram, sempre frequentando e levando visitas e turistas. O povo foi se deliciando com a qualidade da comida que cada vez mais foi conquistando clientes e frequentadores. Muitas personalidades por ali já passaram para degustar suas iguarias e sempre recebendo o bom tratamento dispensado por ele. Tilápia com baião é o carro chefe do cardápio, mas outros pratos regionais também são oferecidos e bem apreciados. Muitos restaurantes foram abertos na atualidade, mas pela qualidade e tradição, o restaurante de Orleans nunca perdeu a preferência
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Valda Alves é professa de História
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

<>TRABALHADORES DOS CINEMAS DE RUA NA TERRA DOS MONÓLITOS(parte 2)<> DEDÉ SOUSA, UM MAQUINISTA DE MUITOS TALENTOS.

 

Dedé Sousa - Maquinista de talento do Yara

<>As lembranças dos filhos da terra dos monólitos com relação aos cinemas de ruas de Quixadá ainda são muito fortes. Os cines Paroquial, Ideal, Quixadá, Yara, São José, alegraram várias gerações. Surgiu entre os frequentadores e os trabalhadores desse seguimento, uma grande amizade. Quando criança, ainda, via naquelas pessoas uma beleza tão grande que nunca cheguei a entender. Pensava que alguns deles trabalhavam nos filmes. Já faz algum tempo e com a ajuda dos meus amigos, busco encontrar esses meus heróis. Alguns  já partiram, mas permanecem bem vivos nas lembranças como Dedé Sousa, um maquinista de talento. Diversas vezes, ouvi pessoas dentro do cinema falar: Hoje, a fita do filme não quebra, é o Dedé que está na cabine de projeção. Além de excelente profissional, fez amizade com muitos fãs da Sétima Arte. Chamado por Deus para outras missões em 1999, era irmão do consagrado radialista Jonas Sousa, Raimundo Sousa, das professoras Angélica e Mazé Oliveira, além de Francisco Sousa(falecido). Seus pais Raimundinho e Elba logo perceberam o grande amor daquele menino pelas coisas ligadas aquelas salas exibidoras e que criava cinemas de brinquedo com corte de revistas em quadrinhos e convidava os meninos da rua para assistir. É preciso destacar que Dedé Sousa era um grande admirador de Luiz Gonzaga e cantava pelas tranquilas ruas de Quixadá, as canções de seu ídolo. Trabalhou por algum tempo no Cine Yara nos anos 60 até o começo dos 70
Com o fim do Cinema, o Yara virou ponto de comércio

Zé Adolfo- O pai do cinema em Quixdá era muito amigo de Dedé

Dedé em imagem dos anos 70

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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

<>SESSÃO SAUDADE(JUATAMA) - MEMÓRIA DE UM MOMENTO DE FÉ - AUTOR: PROFESSOR AUDÊNIO

Imagem de meados dos anos 90


<><><>O retratista gravou na memória um momento de fé onde o padre Zé Maria Loiola, com seu ajudante de liturgia Giovani Xavier, ministram missa em comemorações do aniversário da escola do lugar.

30 anos atrás direto do túnel do tempo
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<>SESSÃO SAUDADE(JUATAMA) - AUTOR: PROFESSOR AUDÊNIO

 

Professor Audênio e colegas em imagem dos anos 90

<><><>Era o ano de 1998. Eu começava a vida como professor. Esta era a turma de professores de Juatama desta época. O único que não milita mais na profissão é Laerto, mas todos desta foto fazem parte da história da educação do lugar.
Foram muitos anos de amizade e companheirismo
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<>O SILÊNCIO DE UM SIMPLES(AO ALMEIDINHA COM SAUDADE) -PROFESSOR GILBERTO TELMO SIDNEY MARQUES - TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O POVO DE 11.12.1994

Umm anjo esteve em Quixadá durante algum tempo
Almeidinha transmitia paz e alegria
<><><><> Protegido pela escuridão, traiçoeiramente, o assassino travestido de motorista, usou a máquina mortífera para interromper tua última caminhada, meu caro Almeidinha. Como de hábito, te deslocavas a pé para cumprir uma missão rotineira de solidariedade: ias a um velório. Em poucos minutos jazias estendido no asfalto. O corpo franzino, inerte, envolto pelo manto negro da noite, tua fiel companheira, e tendo a velar teu sono eterno as criaturas de Deus no Sertão. Até a lua se recusou a testemunhar a violência inominável. O orvalho da noite converteu-se em pranto da natureza. Foi sua homenagem a ti, um puro, um simples, um bom. Não quero lembrar de ti morto, tombado no asfalto. É doloroso demais. Quero me remeter aos idos de 1984 quando aportei em Quixadá. Falei, como tantos outros, o dia de meu aniversário. Nunca mais esquecestes. Nas proximidades da data me procuravas para os cumprimentos. Encontrei-te inúmeras vezes na noite quixadaense. Nos clubes, nos bares. Vi-te dançando. Encontrei-te em vários enterros. Nunca te vi violento, nem triste, nem aborrecido. Por duas vezes presenciei alguém te maltratando. Covardia! Reagi. Os marginais recuaram. Certa feita, professor William Guimarães e eu te prometemos uma crônica no dia do teu aniversário, 24 de outubro. Lembras? Reagiste prontamente: - Arre égua, não morri não, macho! Na tua compreensão só merecia crônica quem já tinha falecido. Associavas a crônica a uma homenagem pós morte. Não é esta a crônica que eu estava te devendo. Esta é minha última homenagem. Não é mais um diálogo. É um monólogo. Não podes contestar. Não podes recusar, Almeidinha. A tua morte prematura, aos trinta anos, priva a noite de Quixadá de um personagem onipresente. A qualquer hora da madrugada em qualquer lugar onde existisse alguém reunido, nos bares, nas serestas, nos clubes aparecias sorrateiramente, com o bonezinho surrado, o relógio no pulso. Estendias a mão, batias um papo curto com cada um, bebias um gole de guaraná, informavas a hora e desaparecias como por encanto, em busca de outras paragens. Numa época de insensíveis e de tanta crueldade, eras a nota de humanidade da nossa Quixadá. Retratavas uma espécie em extinção: a dos simples, dos ingênuos e, sobretudo, dos solidários à dor alheia. É, é Almeidinha, certamente já não havia mais espaço para ti neste planeta perverso. Quixadá, hoje, perde parte de sua memória. E, consternada, chora a sua perda. Longe, bem longe da mesquinhez desse mundo, a aurora vai espantar as densas trevas da noite terrena e um mundo novo te aguarda, radiante. O mundo dos simples, dos puros, dos bons. Gilberto Telmo Sidney Marques Nota: Almeidinha foi atropelado na estrada do Algodão quando se dirigia, a pé, para um velório em Ibaretama As fotos foram gentilmente cedidas pelo professor e memorialista Amadeu Filho a quem agradecemos penhorados.
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