sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A VOZ DE EVILÁSIO COSTA CONTINUA ECOANDO NO CÉU

Evilásio Costa-um apaixonado pelo rádio


Na banda de musica municipal de Quixadá- Evilásio é o primeiro(no alto)
Ao lado de Jonas Sousa, um grande amigo
<>Ele amava o que fazia! O rádio era a sua grande paixão e os ouvintes melhores amigos! Evilásio Costa, um dos mais populares radialistas que conhecemos na terra dos monólitos, costumava afirmar que o rádio é imortal e as novas tecnologias chegaram para favorecê-lo. Brincava com as pessoas e lhes pedia que não o chamassem de locutor e sim radialista, pois fazia de tudo numa emissora como operar para os companheiros, trabalhou como discotecário, programador, redator e, algumas vezes, até como repórter esportivo. As pessoas próximas de Evilásio contam que ele queria era estar dentro da rádio o que lhe proporcionava grande prazer. Começou na Rádio Uirapuru de Morada Nova nos anos 80, quando o rádio ainda era um forte instrumento de entretenimento da população. Lá, ficou por muitos anos, apresentando programas de grande audiência. Em meados dos anos 80, veio para sua amada Quixadá e passou a integrar o quadro de locutores da Rádio Monólitos, logo conquistando, o coração de muitos ouvintes com sua voz suave, comunicação fácil e, acima de tudo, um grande respeito pelos que acompanhavam seus programas.. Na juventude, fez parte da Banda de Música Municipal de Quixadá(tarol caixa era seu instrumento), onde fez grandes amizades. Participou da memorável conquista da banda quixadaense no concurso nacional de bandas realizada no Rio de Janeiro, quando o terceiro lugar foi obtido, mesmo com a participação de muitos estados brasileiros.  Emprestou sua bela voz no campo da publicidade, trabalhando em veículos de som, ao lado de Sinval Carlos, Carmélio e Lamartine Queiroz. Um forte traço de Evilásio era ser amigo, em todos os momentos, dos colegas de trabalho. Everardo Filho, Jonas Sousa, Franco Lima, Auremir Filho, Herley Nunes, J. Neto e enfim, todos, gozavam de sua sincera amizade.  A suave e bonita voz de Evilásio calou-se para sempre em 16.09.2010. Foi um baluarte da radiofonia quixadaense e sua voz continua fazendo eco lá no céu. Todos nós sentimos muitas saudades de José Evilásio Costa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

MARCELO GOMES JÁ FOI UM GRANDE ÍDOLO DA JUVENTUDE QUIXADAENSE

 <>Num canto da sala de uma casa localizada na rua da pedra, um velho baú de madeira, de grande valor sentimental, guardava parte da história do casal Oliveira e Silvia. Naquela vida simples e feliz, o adolescente Marcelo Gomes saía correndo do Grupo José Jucá e, adentrando ao doce lar, começava a cantar, utilizando o baú como uma bateria. Naqueles doces momentos, pensava ser um Ringo Starr( Beatles), um Lécio(Fevers), Netinho(Incríveis) ou um Gelson Moraes(do Blue Caps), todos, emblemáticos bateristas.  No entanto, foi a sua bela voz e uma interpretação convincente, que chamou a atenção da família e dos vizinhos. Diziam assim "esse menino da Silvia será um grande artista!". Realidade, logo constatada, pelo sanfoneiro Otílio Moura, amigo da família, que começou a ensaiar e dá lições de interpretação ao garoto. Com o apoio dos amigos e forte torcida dos pais e irmãos, participou dos programas de auditório que, naqueles anos, alimentava a vida cultural da terra dos monólitos. Se tornou uma presença, quase obrigatória, por exigência do público, nos eventos artísticos comandados, à época, por José Maria Libório, Manoel das Pernambucanas, Zé Pereira. Passou a disputar a preferência dos jovens quixadaenses com Adailton Menezes, Rômulo e outros. Numa votação promovida pelo programa "Show da Juventude" apresentado por Raimundo Sousa no "Serviço de Alto-Falante Solon Magalhães" foi eleito o "Rei da juventude quixadaense" com uma votação expressiva. Centenas de cartas chegavam aos estúdios que se localizavam na residência do proprietário Adolfo Lopes. Acompanhada da votação ao nome de Marcelo Gomes, um turbilhão de declarações de amor e até pedidos de casamento. Na noite do recebimento do prêmio, grande número de fãs, em cada praça, onde tinha uma repetidora da programação, acompanhava tudo com muito interesse. Marcelo, então, começou a trabalhar profissionalmente, participando de uma banda, comandada pelo amigo Otílio, que se apresentava em diversos municípios do estado. Convidado pelo músico José Raimundo passou a integrar o grupo "Os Dragões" que tinha em sua formação, músicos de qualidade, como José Antonio(guitarra), José Nilton(guitarra), José Cera(baterista), Carlos(baixista), Raimundo Chinês(sax alto), Holanda(trombone de vara) e Zé Raimundo(tecladista). Foi aí, neste momento, que apareceu o músico e amigo Dudu Viana que o convidou a fazer parte de "Os Monólitos" e, assim,cantar ao lado do consagrado intérprete, Zé Maria do BEC, como era conhecido, a quem faz questão de ressaltar ter sido um professor na arte de cantar. No novo grupo, conviveu com notáveis músicos como Zé Pretinho, Mondrongo, Francisco, Vinicius, Luis baterista, Manuel, Tito Maravilha. Vivíamos os primeiros anos da década de 70(século passado) e "Os Monólitos" era considerado como os reis do baile em todo o interior, dando maior visibilidade ao trabalho do novo astro.  Nas inesquecíveis vesperais do "Terraço Clube", comandadas pelo saudoso Carmélio Queiroz, recebia o carinho dos fãs e faixas com mensagens de muito amor. Arrancou suspiros e aplausos numa apresentação na "TV Verdes Mares" cantando no programa de Luiz Vieira. Ouviu do apresentador o seguinte conselho: "Menino, vá para o Rio, você tem talento!". Algum tempo depois, foi a cidade maravilhosa, mas não para tentar a carreira artística e sim, trabalhar em outra área, com certeza, vislumbrando um futuro bem mais seguro, digamos assim. Era setembro de 1974. Mesmo com os apelos da família e de Dudu Viana, Marcelo sentia necessidade de se firmar no trabalho. Nos primeiros anos em Volta Redonda, cidade em que mora há 41 anos e constituiu uma segunda família foram de uma grande saudade. Sonhava com os beijos na testa que dona Silvia, todos os dias, lhes dava. Lembrava, com os olhos cheios de lágrimas, os firmes passos de seu pai, no caminho para o trabalho, mas, sem antes deixar de dar o recado: "meu filho, não falte a escola". E as brincadeiras com as irmãs, no quintal da casa, onde a cisterna se transformava num palco, ele imitando o querido astro Paulo Sérgio e as meninas, dançando, fazendo mímicas de Wanderléa, Rita Pavone,  Cely Campelo, dentre outros? Mas, como falou o poeta Cazuza, o tempo nunca pára e Marcelo foi se acostumando a nova realidade, agora já com família constituída e a presença de novos amigos neste seu novo momento. Pela seriedade no trabalho, dedicação aos amigos, um coração de criança a bater no peito, conquistou o carinho das pessoas de sua convivência na atualidade. Foram 5 anos longe de seu Quixadá querido, uma vontade gigantesca de pedir bençãos aos pais, sentir, novamente, o gostoso convívio com os irmãos. A saudade só era amenizada pela chegada do carteiro com alguma carta vinda da terra dos monólitos. A distancia nunca foi motivo para Marcelo esquecer os ensinamentos de Silvia e Oliveira, eternos guias de sua vida. Na luta pela obtenção de seu espaço na grande cidade, encontrou seu anjo da guarda, Adélia, com quem contraiu matrimônio e hoje é pai de Marcelo e Alice. Em Volta Redonda, chegou a cantar, algumas vezes, com o pai de sua esposa, mas não profissionalmente. Seu coração está dividido entre Volta Redonda e Quixadá. Em, praticamente todos os anos, vem rever seus queridos pais e os irmãos Narcélio(Quininin), Angela, Francisco Aelio, Josefa, Rosangela, Sílvia, Denise, Márcia, Adriana e Alexandro. Revela que o momento mais difícil que vivenciou foi a morte do irmão, Narcélio, o querido Quininin. Foi uma dor intensa, mas enfrentada com coragem, pois, toda a família, sempre acreditou na existência de um Deus misericordioso. Marcelo tem saudades daquele tempo quando cantava nos "Dragões", no "Os Monólitos", mas confessa ser muito feliz por ter uma família maravilhosa e a abençoada presença física dos seus queridos pais Oliveira e Sílvia. "Ainda hoje, eles são meus guias! Todos os dias, antes de dormir, telefono e peço às bençãos! afirma aquele que já foi um dos maiores ídolos da juventude quixadaense.

Monólitos anos 70- Zé Maria, Tito Maravilha, Vinicius, Marcelo, Fransquinho, Dudu Viana, Manuel, Mondrongo e Luís

Éramos todos jovens

Com os pais Silvia e Oliveira

Marcelo curtindo a netinha

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

ACONTECEU-ÁRVORE CAI E ATINGE BUSTO DE CORONEL NANAN

O busto de Coronel Nanan foi atingido
 <>As chuvas que estão caindo na terra dos monólitos vem acompanhadas de fortes ventos e muitas árvores estão caindo. Uma delas, localizada na praça Coronel Nanan, também conhecida como praça dos crentes, foi ao chão atingindo o busto do homenageado. Por sorte, ninguém passava no local no momento da queda. A praça foi construída na administração do prefeito José de Queiroz Pessoa através do decreto número 6 de 31.10.1931(século passado), destinando, para isso, um crédito de 8.000$000(oito mil reais) e contando também com donativos particulares. Constata-se que àquela época acomunidade ajudava o poder público, participando da administração, porque entendia que os investimentos feitos eram de interesse e em benefício de todos. O importante é que a sociedade, participando, sabe valorizar as obras construídas e preservá-las ao invés de destruí-las como acontece no momento. Entre os que colaboraram financeiramente para a construção da praça  estão: Fausto Cândido de Alencar, Hercílio Bezerra, José Caetano de Almeida, Cícero Moreno, João Cândido e o próprio prefeito.
**As informações históricas sobre a praça foram retiradas do blog "Retalhos de Quixadá" dos autores Angela Borges e João Eudes Costa.
A praça quando de sua inauguração

MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE-QUIXADÁ FICA EM OITAVO LUGAR NO CAMPEONATO CEARENSE

<>Olha aí o nosso canarinho do ano de 1978(século passado) que participou de um dos mais disputados certames do futebol cearense com fortes equipes e ficando em oitavo lugar. Pela ordem:Valmir, Osmar, Tomé, Zaga, Muniz, César, Airton Bulinho, Helano, Zé Carlos, Basílio e Idé.

QUIXADÁ ENGRAÇADO- RAIMUNDO LIMA

<>Esta nos foi contada pelo amigo Serginho, filho de Raimundo Lima, aquele que sempre tem prontas as respostas para perguntas inconvenientes. Raimundo, estava na calçada de sua casa e, sob o olhar carinhoso dos pássaros, traçava uma feijoada, acompanhada de torresmos e até linguiça. De repente, aparece uma senhora e faz a seguinte observação ao nosso herói: "Meu Senhor, você não pode comer essas coisas nesta idade!" Raimundo a encarou, com cara de malvado, falando o seguinte: "Eu como tudo e até uma velha como você!"

A IMAGEM E O FATO-JOSÉ MARIA LIBÓRIO ERA O NOSSO CHACRINHA

<>Nos anos 60 e 70(século passado), os programas de auditório se constituíram numa grande atração da terra dos monólitos. Havia poucos televisores, o rádio ainda não tinha chegado por aqui e, então, esta forma de diversão atraía muita gente. As matinais do Comercial Clube se tornou uma grande atração, aos domingos, com programas de calouros que revelaram muitos astros. No prédio dos motoristas, Balneário e em outros espaços, grande números de quixadaenses prestigiavam esses eventos artísticos. José Maria Libório deu a sua grande contribuição para o sucesso destes programas. Nessas atrações desfilaram muitos calouros, como por exemplo, o hoje consagrado e aplaudido cantor Rômulo Santaray. Na imagem José Maria Libório, Rômulo e o músico Holanda

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A IMAGEM E O FATO- SÉTIMO CURSILHO MASCULINO DE CRISTANDADE

<>No período de 24 à 27 de setembro de 1981(século passado) tivemos o sétimo cursilho masculino de cristandade. Nesta imagem obtida pelo inesquecível Zezito a presença de queridos amigos. Alguns, hoje, na pátria celestial. Assim como no evento feminino, Dom Rufino foi o orientador espiritual. Alguém da foto, é da sua família, é seu amigo? Por favor, nos aponte. Agradecemos!

NAS ONDAS DO RÁDIO-EQUIPE PIONEIRA DA RÁDIO UIRAPURU DE QUIXADÁ



<>Nesta imagem, já bem amarelada pelo tempo, temos parte da equipe pioneira da Rádio Uirapuru de Quixadá(hoje, Monólitos), inaugurada em 13.02.1980. Pela ordem, Ribeiro Junior, Jonas Sousa, Amadeu Filho, Ribamar Lima e Sinval Carlos. Outros nomes que integraram aquela equipe foram Delmiro Fernandes, Nonato Silva, Célio Aragão, dentre outros. Os operadores de áudio eram Jorge Umbuzeiro, Viana Vieira, Wagner Nepomuceno, Teixeirinha, Chico Pernalonga, J. neto, Alexandre Magno, Ana Maria, Teixeira Filho, Paulo Sérgio. Passaram pela direção  José Albuquerque de Macedo, Marilac Silveira, Célio Aragão, João Eudes Costa. Na equipe de apoio tínhamos a Barbosa na cantina(a rainha do café),  Lúcia Morena, Lúcia Branca, Otini(na recepção), Dedé(carteiro da emissora, pegava o material para ser divulgado no centro da cidade e levava até o planalto da Curicaca, onde ficavam os estúdios da emissora. Não podemos deixar de citar José pessoa de Araújo, o grande comandante. A partir de 1982, a Uirapuru foi adquirida pelos senhores Everardo Silveira e Aziz Baquit que a batizaram de "Rádio Monólitos".  No próximo dia 13.02, será o trigésimo sexto aniversário de inauguração da inesquecível "Rádio Uirapuru".

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A IMAGEM E O FATO-CURTUME BELÉM-PIONEIRO NA INDUSTRIALIZAÇÃO EM QUIXADÁ



<>Estas imagens foram obtidas há alguns anos atrás e nos mostram ruínas, o pouco que restou do espaço onde funcionava o Curtume Belem, às margens da via férrea na rua da palha.  Pioneiro na industrialização  na terra dos monólitos foi o motor do nosso desenvolvimento nas décadas de 50 e 60(século passado).  Segundo o professor Telmo Sidney, em artigo publicado no jornal "O Povo", conhecendo a sua verdadeira história, será o primeiro passo para entendermos as causas de seu fechamento, tentar,após minuciosa análise, reconstituí-lo pelo menos na memória do povo. Segundo nos informou o memorialista João Eudes Costa, a matéria prima que alimentava o curtume era o couro de boi abundante na região do sertão central, merecendo destaque as cidades de Quixadá e Quixeramobim.   





Imagens- Arquivo do blog

MEMÓRIA DO FUTEBOL QUIXADAENSE- FAMOSA ESCOLINHA DO BANGU

<>Nas décadas de 60 e 70, a terra dos monólitos dispunha de uma fartura de verdadeiros craques, a maioria forjada na famosa escolinha do Bangu, sob a batuta do maestro, também craque, João Eudes Costa. Alguns chegaram a jogar profissionalmente e defender as cores do Quixadá Futebol Clube. Pela ordem: Jacu, Catitão, Itão, Val tavares, Zi, Hélio, Granjeiro, Tim Carlos, Louro, Helano, Raul, Eudes e João Eudes. O Bangu era uma fábrica de craques. 

QUIXADÁ ENGRAÇADO<>FRANSQUINHO TAVARES E SUA IDEIA GENIAL

                                 <> A terra dos monólitos é uma cidade de pessoas alegres e que sempre procuram saídas para as mais diversas situações! Vou contar esta do inesquecível Fransquinho Tavares(pai do Wal). A seleção de Quixadá jogava no estádio Presidente Vargas pelo Intermunicipal num jogo muito difícil contra Sobral. No intervalo do jogo, Fransquin e os amigos, saíram para tomar uma pernambuquinha! Quando voltaram para ver o segundo tempo, alguém tomou o lugar dos quixadaenses. Fransquinho teve, então, uma ideia e passou quase a gritar "A COISA PIOR DO MUNDO, É A GENTE SER DOENTE DA LEPRA! QUEM SENTAR PERTO DE MIM, TÁ LASCADO! Correu todo mundo e assim nossos amigos assistiram tranquilamente o jogo! Genial!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A IMAGEM E O FATO- INAUGURAÇÃO DO CSU EM QUIXADÁ

<>21 de março de 1980(século passado)- Inauguração do Centro Social Urbano Luiza Moraes Correia Távora, no bairro de São Francisco, construído com o objetivo de dar um maior suporte aos programas educacionais da terra dos monólitos. Na festiva noite, estiveram presentes o governador Virgílio Távora, a primeira dama Luiza Távora que descerrou a placa comemorativa, o prefeito Renato Carneiro, a senhora Vânia Carneiro, diversas autoridades e boa parte da população. O evento teve a cobertura da Rádio Uirapuru(hoje, Monólitos) num trabalho realizado pelo repórter Ribamar Lima

sábado, 16 de janeiro de 2016

A IMAGEM E O FATO-QUINTO CURSILHO DE CRISTANDADE EM QUIXADÁ

<>De 3 a 6 de dezembro do ano de 1981(século passado) aconteceu o Quinto Cursilho de Cristandade com a orientação de Dom Rufino. Neste encontro de fé, aconteceram reflexões e debates sobre temas ligados a fé e a vida. O "Cursilho"é uma palavra de origem espanhola que significa "pequeno curso", isto é, de pouca duração e teve origem na Espanha. No Brasil, o primeiro Cursilho aconteceu na diocese de Valinhos-SP, no ano de 1962. É, na verdade, um retiro espiritual de iniciação leiga. Nesta imagem do inesquecível fotógrafo Zezito vemos queridas amigas. Você identificaria as suas?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

NIRINHA - UM ANJO DA GUARDA NA VIDA DE MUITOS QUIXADAENSES

                                                                                                                                                                                                                                                       

Nirinha ao lado da família, a terceira(sentada)
comemoração de aniversario com a familia
Nirinha e a filha Teresa
Era apaixonada pelos netos
Com a filha Teresa Carla
Nirinha-uma vida de doação aos doentes


<>Ela se preocupava com o bem estar dos adultos e das crianças. Chegava cedo ao local de trabalho, trazendo a coragem, sorriso bonito, mas trazia sobre tudo ESPERANÇA para aqueles que precisavam de seus cuidados na horas sofridas. Durante mais de 30 anos, Maria Aldenira Pinheiro Granjeiro, a inesquecível Nirinha, prestou inestimáveis serviços aos quixadaenses, trabalhando por ,exatos 32 anos,  no Hospital Municipal Eudásio Barroso. Foi a sua vó Madalena Pinheiro Granjeiro que lhe deu este nome carinhoso que toda a cidade adotou. Chagas Granjeiro, o avô, sempre achava aquela menina muito esperta, sempre procurando ajudar as pessoas de mais idade da casa e outras da localidade de Lagoinha. Depois de casada, Nirinha e os 3 filhos, Tarcísio, César e Teresa,vieram morar na cidade, últimos anos da década de 60(século passado). Governava o município, José Linhares da Páscoa, e uma de suas mais aguardadas obras, foi a construção do Hospital Municipal. Convidada por Páscoa passou a fazer parte dos quadros daquele espaço de saúde e, sempre devotada ao trabalho, ocupou diversos cargos, sempre se destacando pela seriedade e dedicação. Aprendera muito com a Irmã Conceição num estágio que se deu numa casa de saúde de Quixeramobim.  Revelou-se uma administradora eficiente, mas foi na sua atuação ,como enfermeira, que se mostrou uma profissional solidária e que não media esforços para aliviar as dores daqueles que estavam doentes.  Esta mulher, sincera e direta, quando necessário, enalteceu o sentido da vida de muitos filhos da terra dos monólitos, fosse pobre ou rico, importando para ela a dignidade humana. Durante o dia ou na calada da noite, Nirinha estava presente para abafar a dor daqueles que se encontravam enfermos. Este trabalho humanitário só foi possível, como ela mesmo dizia, graças ao empenho de outras grandes profissionais como Inacinha, Neide Holanda, Rita, Lúcia Sindaux, Moura, dentre muitos outras.  Este anjo da guarda era capaz de interromper suas folgas para socorrer alguém que estava sofrendo. Certa noite, Nirinha se encontrava, juntamente com a família, assistindo a um filme no Cine Yara, quando o lanterninha, Senhor Pedro Nunes, a localizou e comunicou que uma paciente estava sentindo muitas dores no hospital. Fim de diversão para ela! Chegou bem à tempo de atender aquele doente que, como todos os outros, era a sua razão de viver. A sua simples presença era um fator de paz e tranquilidade para aqueles que se encontravam num leito de dor. Se faz necessário lembrar que, em algumas situações, fez o  papel de médico ao realizar pequenas cirurgias. Sempre preocupada com os doentes, saía pela cidade em uma ambulância com o objetivo de arrecadar alimentos, em especial, leite, isso nos momentos de dificuldades que o hospital atravessava. Sempre gozou da confiança dos médicos que se tornaram grandes amigos como Everardo Silveira, Laércio, Antônio Magalhães, Francisco Brasileiro, Jonatas, Benedito, Durval, Mesquita, Ítalo, Arlindo, Raimundo Amorim,  dentre outros. Com o passar dos anos e dedicação, quase que integral ao trabalho, a querida Nirinha adoeceu, mas sem jamais lamentar o fato de ter dedicado toda a sua saúde aos que dela precisavam. Não lhe faltou todo o carinho dos filhos e dos amigos que sempre  foram lhe prestar solidariedade. Doutor Antônio Magalhães a visitava todos os dias e afirmava que torcia pela sua recuperação, pois queria contar com ela numa clínica que planejava construir. A família faz questão de ressaltar o empenho do jovem médico Gutemberg que, segundo Nirinha, se comportou como um filho, dando-lhe toda assistência. Nirinha fez uma entrega incondicional a sua missão que lhe foi confiada por Deus. Ela foi o conforto de muitos filhos da terra dos monólitos. Esta grande mulher nos deixou em 10.09.2005, deixando de luto, seus familiares e um pesar profundo no coração das enfermeiras, médicos e,em especial, naqueles que foram salvos pelas suas mãos celestiais. Lágrimas de saudade ainda são derramadas por aqueles a quem dedicou um amor de mãe! A filha Teresa Carla, ao se referir a sua mãe, assim se expressou: "Aquelas vestes brancas de mamãe me lembravam a imagem de um anjo da guarda, só que não tinha certeza disso! Hoje, quando recordo sua imagem, garanto, tenho certeza que ela era verdadeiramente um anjo!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

MARDÔNIO BRILHOU NO FUTEBOL DA TERRA DOS MONÓLITOS E CONQUISTOU À TORCIDA---ERA A "FORMIGUINHA QUIXADAENSE"

Mardônio não esquece o tempo em que era aplaudido pela torcida
Uma das formações do Bangu-Mardônio é o ultimo(em pé)
 <>Era um dia de domingo! Na radiadora de Zé Do Santos(o nosso grande veículo de comunicação naqueles anos 50), o locutor Zé Viana  convocava os quixadaenses para mais um clássico "Bangu X Comercial", uma espécie de "FLA X FLU" daquele tempo.  Os aguardados jogos aconteciam no acanhado campo da rua do Prado(Tenente Cravo) que dispunha de uma arquibancada de madeira.  Não há como negar que nos chamados anos dourados, as duas grandes forças do futebol quixadaense eram o Bangu e o Comercial. O primeiro, muito ligado à categoria dos bancários tendo em João Eudes a grande referência e o segundo formado em sua maioria por gente ligada ao comércio, o Comercial, comandado pelo desportista Zé Abílio que hoje empresta seu nome a nossa praça de esportes. Ambos chegaram a formar grandes equipes e  a dividir a preferência do torcedor quixadaense. Mardônio costa Veras, seu nome completo, foi um autêntico ponta esquerda que atacava muito, mas voltava para ajudar o meio de campo ganhando por isso o apelido de "formiguinha quixadaense", exatamente porque corria o campo todo, jogou nestas decantadas equipes de nosso futebol.  Mardônio fez parte daquela consagrada equipe do Bangu, quase imbatível, e que tinha em seus quadros nomes consagrados como Zé Leônidas, João Eudes, Pacoty, Santos, Nivaldo, Ary, Tomé, Toinho, Mafia, João Eudes II  .Gosta de lembrar que o técnico Dedé lhe repassou muitos ensinamentos de como deve atuar um ponta esquerda. O seu jogo inesquecível foi contra a seleção de Iguatu marcando dois gols de bela feitura e ainda, segundo os que viram o jogo, cumprindo uma atuação convincente. Um detalhe que não esquece é o fato do estádio chamar-se naqueles anos, estádio do cemitério. Outro detalhe apontado pelo craque é o fato dos atletas do Bangu nas celestiais viagens de trem fazer uso de uma charanga e quando o trem parava na estação, os atletas cantavam: "Olha veja só quem acaba de chegar/É o Bangu saudando o povo do lugar/ Não é prá sua mãe e nem bafo de boca/As meninas gritam e ficam de água na boca! No Comercial jogou ao lado de Arara, Joãosinho, Marreta, dentre outros. Lembra que o Comercial trazia jogadores de outros municípios como Limoeiro do Norte, Morada nova, Quixeramobim com o objetivo de reforçar o time.   Em 1959, Mardônio teve que ir à Fortaleza e ingressou na Aeronáutica logo ganhando a confiança de todos pela sua dedicação nas tarefas que lhes eram determinadas a realizar. Chegou a jogar profissionalmente no Nacional da primeira divisão do campeonato cearense chamando a atenção de dirigentes de outros clubes da capital. O conhecido zagueiro Becão(colega da Aeronáutica), de grande destaque na época, vendo-o jogar quis levá-lo para o América, então em grande fase, mas não chegou a vestir aquela camisa. Chegou a assinar ficha para atuar no Calouros do Ar, na verdade, o de sua preferencia. O certo é que tinha tudo para se firmar como um craque do futebol estadual, mas uma queda de bicicleta quando fraturou o braço direito o impediu de continuar jogando futebol. Contava com 26 anos. Naquele momento, terminaria o sonho de conquistar seu espaço no mundo da bola. Terminaria aí seu tempo na capital cearense, voltando então para a sua amada Quixadá não demorando muito a ingressar no setor educacional tendo trabalhado no grupos Benigno Bezerra e Adolfo Siqueira por exatos 32 anos. Casou-se em 16.12.1964 com Maria Soares Lima Veras(carinhosamente chamada de Socorro) na igreja da Matriz recebendo às bençãos do Padre José Bezerra. É pai amoroso de Laura, Mirella e Yeda, filhas muito querida como sempre afirma. Futebol no dias atuais para o ex craque só na "TV" e no rádio, uma de suas paixões. Quando acompanha algum jogo bate uma saudade muito grande dos colegas de times, das vitórias, do choro nas derrotas e principalmente do aplauso da torcida. Nunca esqueceu o dia em que ao término de uma partida foi aplaudido por todo o estádio pela grande atuação. "Jamais me esquecerei dos queridos torcedores" diz, tentando disfarçar algumas lágrimas que rolaram pelo rosto. Obrigado Mardônio por tantas alegrias que destes ao nosso esporte!
Craque no Comercial

era uma doce juventude

Orgulho de ter jogado no Bangu

Mardônio trabalhou muitos anos no setor educacional

Anos 60- na Aeronáutica

Uma das formações do Bangu-Mardônio é o último(agachados)

Começo dos anos 60- Aeronátucica
Belos dias na Base Aérea de Fortaleza

domingo, 10 de janeiro de 2016

MANOEL BODÓ-O ÚLTIMO DOS MOICANOS(QUERO DIZER, ENGRAXATE) DAS RUAS DE QUIXADÁ


Manoel bodó-sou um Pelé nesta profissão diz o simpático trabalhador das ruas
                                          Procurei, praticamente em toda bela Quixadá, talvez até para ter de volta aquela magia da cidade pequena, bonita, cheia de poesia, num tempo não tão distante assim, os velhos engraxates. Cadê esses amigos da rua? "Vai uma graxa aí, cidadão"? Ouvir, novamente isso, seria como música para meus ouvidos. Disposto a encontrar um desses trabalhadores da rua, pois resolvera usar um sapato dos tempos do "Colégio do Padre", comecei minha busca pela rua Tenente Cravo(não sei porque me dá vontade de chamá-la rua da saudade), mas não encontrei nenhum. Como não sou de desistir tão fácil ,fui pro outro lado da cidade, pois falaram que viram um menino com uma caixinha pendurada nos ombros, mas não me animei, pois o governo proibiu as crianças de aprenderem a trabalhar. Me mandei para o populoso bairro do São João e nada.  Na volta para a cidade, olhando para as pedras(pareciam estar perto de mim), me veio a lembrança de Mourão, Pé de Valsa, Manoel Chagas, Legal, Dilmar, Valdir, Geraldo Mouco, Jorginho, Sérgio, Zé Caboba, dentre outros. Certa vez, papai me falou que o engraxate mais famoso do seu tempo, era o Zé Limeira.  Me lembrei de suas ferramentas de trabalho(quando criança, achava aquilo tão bonito e até mandei fazer uma caixa de engraxate para brincar), uma flanela, uma escova e lata com graxa. Hoje, em sua maioria, esses profissionais já não estão entre nós.  Não era difícil encontrá-los debaixo das árvores da praça José Barros, nos bancos de madeira, ali próximo à estação, mas os encontrávamos em toda a cidade. Gostava muito daquela conversa amiga com o meu engraxate favorito e achava que tudo aquilo era, como um conto de fadas, poesia pura, com certeza. Lembro que ele batia na caixinha e cantava um samba de Clara Nunes e, algumas vezes,se arriscava a ser um astro circense, pois jogava o instrumento de trabalho para o alto e pegava apenas com dois dedos. Não era um Quixadá mais bonito? Como faz falta o brilho, a beleza que os engraxates traziam as nossas ruas. Estava quase anoitecendo e a sinfonia dos pardais que, se fazia ouvir na praça Coronel Nanan, denunciava o fim do dia. Bem triste, voltando para casa, com a caixa de sapatos, debaixo dos braços, me informaram que, perto do prédio da Rádio Monólitos, um simpático Senhor ainda trabalhava como engraxate. Mesmo sem acreditar no que ouvira, corri prá lá e eis que, como um verdadeiro milagre, lá se encontrava Manuel Gomes dos Santos, o conhecido Manoel Bodó. "Sou engraxate com muito orgulho!" e hoje, com quase 70 anos, quero ir mais à frente. Aquela simpatia, aquele otimismo, aquela alegria de viver, me emocionou. Lembrou que, nos dias de hoje, só tem ele e um amigo lá na praça da estação. Disse estar consciente de que, daqui há alguns anos, não se verá mais a figura do engraxate. Paguei pelo serviço e voltei para casa feliz e, muito pensativo, imaginei ser Deus um engraxate, pois, todos os dias, ele lustra no nosso peito, um coração a bater! Pelo tempo de trabalho, por ter cuidado com amor e educado seus filhos com o ofício de engraxate, pelo trabalho honesto, não seria bem legal uma homenagem do poder público ao nosso herói Manoel Bodó, que resiste aos novos tempos? Aquele abraço, amigo!
Manoel Bodó ainda tem clientes fiéis

Criei meus filhos nesta profissão

Imagem retirada da Internet
Bodó afirma que só tem ele e um amigo na praça da estação

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

JOÃO PIRES E NILO- IRMÃOS QUIXADAENSES NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


João Pires e Nilo- quixadaenses na Segunda Grande Guerra
João Pires em treinamento militar
<>Retornar a sua querida Quixadá! Rever os familiares, os amigos queridos, matar a saudade da terra tão amada que nunca saiu de suas lembranças. Era o grande desejo dos filhos da terra dos monólitos que estiveram no palco de guerra em terras italianas. A participação de quixadaenses na Segunda Guerra Mundial(1939-1945), conflito que promoveu danos irreparáveis a toda a humanidade, ainda é pouco conhecida. Na verdade, aqueles que detém este conhecimento são os familiares dos pracinhas(termo carinhoso dado pela imprensa e a população da época aqueles que formaram na Itália a única frente da America do Sul nos campos de batalha da Europa), amigos e alguns poucos pesquisadores. Quixadaenses, como nós, estavam entre os 25 mil brasileiros enviados ao conflito. Quem foram estes heróis anônimos! Quem são suas famílias? Quem esteve realmente no "front"? Quase 80 anos já são passados e, nos parece, que a história ficou realmente adormecida. Precisamos, juntos e com força de vontade, contribuir para a memória social, pois só assim os mais jovens conhecerão o feito de seus pais, avós e de amigos. A grande questão é "Quantos de nossos irmãos estiveram no conflito?" Sabemos que o estado do Ceará contribuiu com 377 pracinhas. E a nossa Quixadá? É preciso louvar o esforço de professores e de jovens universitários com suas sacrificadas pesquisas. Dentre os vários irmãos nossos, presentes na Itália, hoje nos deteremos a conhecer um pouco dos irmãos Nilo e João pires, em especial deste último, por ter sempre morado aqui e pela sua convivência fraternal com todos. Filhos do cratense José Ferreira Pires que veio para Quixadá fugindo da seca de 1915, se estabelecendo nas proximidades do açude do Cedro devido a fertilidade das vazantes. Uma das suas grandes emoções foi ter recebido o filho João Pires na estação ferroviária de nossa cidade, quando do retorno da Itália, acontecimento este brilhantemente relatado pelo escritor quixadaense, João Eudes Costa, no livro "Ruas Que Contam A História De Quixadá". O irmão Nilo ficou residindo em outra localidade, mas sempre a lembrar da cidade que é abraçada pelas pedras. Aqueles de mais idade lembram da inesquecível padaria de João Pires, onde a amizade explodia! Um dos seus filhos, o simpático Marcos Pires, chamava o espaço de "quartel general da falsidade", uma grande e gostosa brincadeira. Contam-se fatos pitorescos ali acontecidos, como por exemplo, aqueles que compravam no velho fiado, ainda terem direito a pedir dinheiro emprestado. Todos os amigos, próximos a ele, sabiam que criava um leão e o tinha como um amigo. Ás vezes, aquela alegria transformava-se em prantos ao lembrar, com muita saudade, dos seus colegas pracinhas que perderam a vida naquele conflito mundial. Dos 443 brasileiros mortos, teve contato com alguns deles e, nos poucos momentos de repouso, falava para eles da beleza de uma cidade no interior do Ceará e até falava em levá-los para conhece-la, o que nunca viria a acontecer. João pires, o conhecido Pirão, nos deixou em 1993 e, ainda hoje, é lembrado ,com saudade, pela família e amigos. Através das imagens,cortesia da família Pires, poderemos ter uma ideia do que aconteceu com estes heróis da pátria que, na realidade, o Brasil muito lhes deve! Vamos então ao desafio de conhecer estes heróis quixadaenses! Vamos ao desafio!
João Pires era um dedicado pracinha

O ar sério mostrava a saudade de sua Quixadá

Primeiros momentos no exército

João pires e colegas pracinhas

Desfile dos pracinhas no sete de setembro 

Condecoração do governo brsileiro


João Pires no desfile militar