quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

NIRINHA - UM ANJO DA GUARDA NA VIDA DE MUITOS QUIXADAENSES

                                                                                                                                                                                                                                                       

Nirinha ao lado da família, a terceira(sentada)
comemoração de aniversario com a familia
Nirinha e a filha Teresa
Era apaixonada pelos netos
Com a filha Teresa Carla
Nirinha-uma vida de doação aos doentes


<>Ela se preocupava com o bem estar dos adultos e das crianças. Chegava cedo ao local de trabalho, trazendo a coragem, sorriso bonito, mas trazia sobre tudo ESPERANÇA para aqueles que precisavam de seus cuidados na horas sofridas. Durante mais de 30 anos, Maria Aldenira Pinheiro Granjeiro, a inesquecível Nirinha, prestou inestimáveis serviços aos quixadaenses, trabalhando por ,exatos 32 anos,  no Hospital Municipal Eudásio Barroso. Foi a sua vó Madalena Pinheiro Granjeiro que lhe deu este nome carinhoso que toda a cidade adotou. Chagas Granjeiro, o avô, sempre achava aquela menina muito esperta, sempre procurando ajudar as pessoas de mais idade da casa e outras da localidade de Lagoinha. Depois de casada, Nirinha e os 3 filhos, Tarcísio, César e Teresa,vieram morar na cidade, últimos anos da década de 60(século passado). Governava o município, José Linhares da Páscoa, e uma de suas mais aguardadas obras, foi a construção do Hospital Municipal. Convidada por Páscoa passou a fazer parte dos quadros daquele espaço de saúde e, sempre devotada ao trabalho, ocupou diversos cargos, sempre se destacando pela seriedade e dedicação. Aprendera muito com a Irmã Conceição num estágio que se deu numa casa de saúde de Quixeramobim.  Revelou-se uma administradora eficiente, mas foi na sua atuação ,como enfermeira, que se mostrou uma profissional solidária e que não media esforços para aliviar as dores daqueles que estavam doentes.  Esta mulher, sincera e direta, quando necessário, enalteceu o sentido da vida de muitos filhos da terra dos monólitos, fosse pobre ou rico, importando para ela a dignidade humana. Durante o dia ou na calada da noite, Nirinha estava presente para abafar a dor daqueles que se encontravam enfermos. Este trabalho humanitário só foi possível, como ela mesmo dizia, graças ao empenho de outras grandes profissionais como Inacinha, Neide Holanda, Rita, Lúcia Sindaux, Moura, dentre muitos outras.  Este anjo da guarda era capaz de interromper suas folgas para socorrer alguém que estava sofrendo. Certa noite, Nirinha se encontrava, juntamente com a família, assistindo a um filme no Cine Yara, quando o lanterninha, Senhor Pedro Nunes, a localizou e comunicou que uma paciente estava sentindo muitas dores no hospital. Fim de diversão para ela! Chegou bem à tempo de atender aquele doente que, como todos os outros, era a sua razão de viver. A sua simples presença era um fator de paz e tranquilidade para aqueles que se encontravam num leito de dor. Se faz necessário lembrar que, em algumas situações, fez o  papel de médico ao realizar pequenas cirurgias. Sempre preocupada com os doentes, saía pela cidade em uma ambulância com o objetivo de arrecadar alimentos, em especial, leite, isso nos momentos de dificuldades que o hospital atravessava. Sempre gozou da confiança dos médicos que se tornaram grandes amigos como Everardo Silveira, Laércio, Antônio Magalhães, Francisco Brasileiro, Jonatas, Benedito, Durval, Mesquita, Ítalo, Arlindo, Raimundo Amorim,  dentre outros. Com o passar dos anos e dedicação, quase que integral ao trabalho, a querida Nirinha adoeceu, mas sem jamais lamentar o fato de ter dedicado toda a sua saúde aos que dela precisavam. Não lhe faltou todo o carinho dos filhos e dos amigos que sempre  foram lhe prestar solidariedade. Doutor Antônio Magalhães a visitava todos os dias e afirmava que torcia pela sua recuperação, pois queria contar com ela numa clínica que planejava construir. A família faz questão de ressaltar o empenho do jovem médico Gutemberg que, segundo Nirinha, se comportou como um filho, dando-lhe toda assistência. Nirinha fez uma entrega incondicional a sua missão que lhe foi confiada por Deus. Ela foi o conforto de muitos filhos da terra dos monólitos. Esta grande mulher nos deixou em 10.09.2005, deixando de luto, seus familiares e um pesar profundo no coração das enfermeiras, médicos e,em especial, naqueles que foram salvos pelas suas mãos celestiais. Lágrimas de saudade ainda são derramadas por aqueles a quem dedicou um amor de mãe! A filha Teresa Carla, ao se referir a sua mãe, assim se expressou: "Aquelas vestes brancas de mamãe me lembravam a imagem de um anjo da guarda, só que não tinha certeza disso! Hoje, quando recordo sua imagem, garanto, tenho certeza que ela era verdadeiramente um anjo!