quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

JOÃO PIRES E NILO- IRMÃOS QUIXADAENSES NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


João Pires e Nilo- quixadaenses na Segunda Grande Guerra
João Pires em treinamento militar
<>Retornar a sua querida Quixadá! Rever os familiares, os amigos queridos, matar a saudade da terra tão amada que nunca saiu de suas lembranças. Era o grande desejo dos filhos da terra dos monólitos que estiveram no palco de guerra em terras italianas. A participação de quixadaenses na Segunda Guerra Mundial(1939-1945), conflito que promoveu danos irreparáveis a toda a humanidade, ainda é pouco conhecida. Na verdade, aqueles que detém este conhecimento são os familiares dos pracinhas(termo carinhoso dado pela imprensa e a população da época aqueles que formaram na Itália a única frente da America do Sul nos campos de batalha da Europa), amigos e alguns poucos pesquisadores. Quixadaenses, como nós, estavam entre os 25 mil brasileiros enviados ao conflito. Quem foram estes heróis anônimos! Quem são suas famílias? Quem esteve realmente no "front"? Quase 80 anos já são passados e, nos parece, que a história ficou realmente adormecida. Precisamos, juntos e com força de vontade, contribuir para a memória social, pois só assim os mais jovens conhecerão o feito de seus pais, avós e de amigos. A grande questão é "Quantos de nossos irmãos estiveram no conflito?" Sabemos que o estado do Ceará contribuiu com 377 pracinhas. E a nossa Quixadá? É preciso louvar o esforço de professores e de jovens universitários com suas sacrificadas pesquisas. Dentre os vários irmãos nossos, presentes na Itália, hoje nos deteremos a conhecer um pouco dos irmãos Nilo e João pires, em especial deste último, por ter sempre morado aqui e pela sua convivência fraternal com todos. Filhos do cratense José Ferreira Pires que veio para Quixadá fugindo da seca de 1915, se estabelecendo nas proximidades do açude do Cedro devido a fertilidade das vazantes. Uma das suas grandes emoções foi ter recebido o filho João Pires na estação ferroviária de nossa cidade, quando do retorno da Itália, acontecimento este brilhantemente relatado pelo escritor quixadaense, João Eudes Costa, no livro "Ruas Que Contam A História De Quixadá". O irmão Nilo ficou residindo em outra localidade, mas sempre a lembrar da cidade que é abraçada pelas pedras. Aqueles de mais idade lembram da inesquecível padaria de João Pires, onde a amizade explodia! Um dos seus filhos, o simpático Marcos Pires, chamava o espaço de "quartel general da falsidade", uma grande e gostosa brincadeira. Contam-se fatos pitorescos ali acontecidos, como por exemplo, aqueles que compravam no velho fiado, ainda terem direito a pedir dinheiro emprestado. Todos os amigos, próximos a ele, sabiam que criava um leão e o tinha como um amigo. Ás vezes, aquela alegria transformava-se em prantos ao lembrar, com muita saudade, dos seus colegas pracinhas que perderam a vida naquele conflito mundial. Dos 443 brasileiros mortos, teve contato com alguns deles e, nos poucos momentos de repouso, falava para eles da beleza de uma cidade no interior do Ceará e até falava em levá-los para conhece-la, o que nunca viria a acontecer. João pires, o conhecido Pirão, nos deixou em 1993 e, ainda hoje, é lembrado ,com saudade, pela família e amigos. Através das imagens,cortesia da família Pires, poderemos ter uma ideia do que aconteceu com estes heróis da pátria que, na realidade, o Brasil muito lhes deve! Vamos então ao desafio de conhecer estes heróis quixadaenses! Vamos ao desafio!
João Pires era um dedicado pracinha

O ar sério mostrava a saudade de sua Quixadá

Primeiros momentos no exército

João pires e colegas pracinhas

Desfile dos pracinhas no sete de setembro 

Condecoração do governo brsileiro


João Pires no desfile militar